O Pêndulo de Foucault I

O Pêndulo de Foucault I Umberto Eco




Resenhas - O Pêndulo de Foucault


83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Brenno.Garcia 11/11/2024

Com um humor irônico e alta erudição evidente, Umberto Eco cria uma trama cativante e com tantas nuances que dificilmente serão percebidas logo de cara. Uma crítica sagaz à cultura conspiratória deixa tudo com um ar interessante e envolvente. Meu primeiro livro do autor.
comentários(0)comente



Reccanello 13/10/2024

...o mal está em que eles têm por certo estarem na luz...
Como muito bem dito por Fernando Pessoa por meio de seu heterônimo Alberto Caeiro, "o único mistério é haver quem pense no mistério".
===
Mergulhando o leitor num universo complexo e repleto de referências históricas, religiosas, filosóficas, herméticas e literárias, e apesar de ser relativamente recente (foi publicado originalmente em 1988), "O Pêndulo de Foucault", de Umberto Eco, já é considerado um dos grandes clássico da literatura contemporânea, sendo aclamado tanto pela crítica especializada quanto pelo público em geral.
===
Casaubon, Belbo e Diotallevi trabalham em uma empresa editorial em Milão e a grande paixão dos TRES é o aparentemente inofensivo interesse por conspirações e sociedades secretas. E é sobre essa verdadeira obsessão que se desenvolve a trama central do livro: para se distrair nas longas horas de tédio do trabalho, os três amigos criam um jogo que consiste em inventar teorias conspiratórias a partir de fatos e personagens históricos aparentemente sem qualquer conexão. Mas, apesar de divertirem com as bizarrices que inventam, acabam envolvidos em um enredo de dimensões inimaginavelmente maiores do que esperavam, dando de cara com um grupo secreto de ocultistas fanáticos que não apenas acreditam em suas mentiras como, justa e perigosamente, ansiavam por um fio, um "plano", uma programação talvez divina do Universo que desse coerência, significado e sentido para suas existências e às de suas organizações secretas.
===
Por meio de múltiplas camadas de narrativas que se interconectam em um emaranhado labiríntico de ideias, fatos e personagens o autor tece sua história de forma a construir uma obra única, intricada e repleta de simbolismos, e que convida o leitor a se envolver em uma busca pelo conhecimento. Inspirada crítica, irônica e livremente na realidade da época de sua criação, um dos temas centrais da obra é a criação de teorias conspiratórias, facilmente se percebendo semelhanças de sua trama com a lenda da criação de "Os Protocolos dos Sábios de Sião" (documento apócrifo que, conquanto sabidamente forjado no final do século XIX, supostamente revelava ao público um antiquíssimo plano secreto de dominação mundial pelos judeus). Assim como os personagens de "O Pêndulo", os autores de "Os Protocolos" criaram uma narrativa fictícia baseada em fatos isolados e sem relação entre si, mas que acabou sendo aceita como verdade inatacável por muitos. Da forma magistral como somente ele sabia fazer, Eco utiliza tal pano de fundo como um exemplo do poder das teorias conspiratórias na sociedade contemporânea e da importância de se questionar e investigar a veracidade das informações que recebemos, principalmente no mundo moderno e interconectado pela Internet.
===
Riquíssimo em detalhes e nuances, o livro é de uma densidade incomum para um thriller literário, e sua narrativa se desenvolve de forma lenta e meticulosa, permitindo ao leitor se aprofundar cada vez mais na trama e nas reflexões propostas pelo autor. No entanto, é preciso destacar que "O Pêndulo" não é uma leitura fácil, exigindo um mínimo conhecimento prévio de história, literatura, religião, filosofia e ocultismo, além de um grande esforço de concentração para acompanhar sua complexidade. Ao mesmo tempo em que desafia nosso intelecto, o livro recompensa largamente aqueles que se dedicam a desvendar seus mistérios.
===
Em suma, indiscutivelmente uma obra-prima da literatura contemporânea, "O Pêndulo de Foucault" combina suspense, erudição e reflexão em uma narrativa envolvente e desafiadora na qual Umberto Eco mais uma vez demonstra total maestria na construção de universos complexos e intrigantes, oferecendo ao leitor uma experiência literária única e inesquecível. Mais importante, no entanto, o livro é um estudo sobre a própria natureza humana e sobre como somos capazes de criar histórias e narrativas para dar sentido ao mundo a nossa volta.
comentários(0)comente



pivaaa 26/09/2024

Acho que eu *queria* ter gostado mais do que gostei, o mistério central é interessante mas não sou tão fã hardcore de ocultismo/teologia/história/sei lá mais o que tem nisso daí
e colocar passagens gigantes em francês/latim sem traduzir é sacanagem com nós que samos burros
comentários(0)comente



Xelepe 18/09/2024

Pretensioso e chato
A história é sobre teorias da conspiração e o processo de invenção das mesmas e como as pessoas ficam malucas tanto ao fazê-las (a melhor mentira que você conta é a que você acaba acreditando também) quanto ao consumi-las. É super atual mas foi publicado em 1988, mostrando a genialidade de Umberto Eco ao anteceder a pós-verdade em quase três décadas. Pena que é tão chato!
Após uma introdução de umas quarenta páginas, o livro realmente começa lá pela página 300. Isso resume muito o suplício que foi lê-lo. E no restante não espere a diversão que você encontra em ?Baudolino? e em ?O Nome da Rosa?. Esse aqui se arrasta e confesso que só levei a leitura a cabo porque era a terceira fez que tentava fazê-lo. Mesmo com a passagem no Brasil (o que deve ter valido uma maia estrela acima na minha avaliação).
Fica evidente que o calhamaço levou tempo e estudo para ser feito. O problema talvez seja esse: o autor deve ter estudado tanto para fazer o livro que várias vezes ele parece se aproximar de uma tese de teorias da conspiração com personagens históricos, a maior parte secundários, e se afastar do cerne da história. Fica a impressão de não querer desperdiçar tamanho esforço. Faltou baixar um Graciliano Ramos e cortar toda a gordura do texto para ficar
O mais curioso é que ?Cemitério de Praga?, uma obra bem mais recente do mesmo escritor, tem a mesma estrutura e tema, porém bem mais bacana. Umberto deve ter se enciumado pelo sucesso milionário de Dan Brown ao extrair ?O Código da Vinci? do seu ?Pêndulo de Foucault? quinze anos depois.
A vida é curta para perder tempo com livros tão aborrecidos. Se eu soubesse, teria lido a página da Wikipédia sobre o livro e economizaria meu tempo.
Acacio 22/09/2024minha estante
Finalmente




Douglas Ferrari 09/08/2024

Muito interessante como Umberto Ecco trás informações históricas ao mesmo tempo em que transforma isso numa ficção altamente envolvente.
comentários(0)comente



Bille 16/04/2024

Transitando por caminhos enigmáticos de conhecimento esotérico e histórico, essa narrativa se destaca pela sofisticação de sua intertextualidade e pela densidade de seus enredos. Ela cativa pelo entrelaçamento de mitos, ciência e filosofia, estabelecendo um diálogo vibrante com o cânone literário e com o leitor contemporâneo. Embora ocasionalmente caia na armadilha da erudição excessiva, a maioria dos seus personagens oferece um estudo profundo de arquétipos psicológicos, refletindo um mestre do realismo filosófico em ação. A obra desafia e redefine as fronteiras entre o ficcional e o factual, fazendo do leitor não só um espectador, mas um decodificador ativo dos mistérios propostos.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



florescerdaleitura 08/12/2023

Erudito
A trama complexa criada pelo trio Causabon, Belbo e Diotallevi tornam essa aventura muito erudita. São muitas referências históricas e as vezes é difícil separar a ficção dos fatos reais. É muito bom ler e aprender com esse livro, o conhecimento abordado nele é amplo e variado e me encantou na leitura. Até o funcionamento do motor do carro entra na história. Além do magnífico pêndulo de Foucault.
Gostei muito dele ter mantido o ritmo da narrativa até o fim. Excelente leitura ?
comentários(0)comente



Heros Pena 26/11/2023

Gosto muito de Umberto Eco, mas desse livro não gostei, é denso, prolixo e chato, confesso que não consegui acompanhar a estória.
comentários(0)comente



Marcos606 05/09/2023

Jacobo Belbo, Casaubon e Diotallevi, começam a inventar conspirações para prazer pessoal depois de ficarem exasperados com sérias teorias de conspiração sobre o ocultismo. Intitulando seu projeto satírico “O Plano”, os três escritores ficam cada vez mais apegados ao jogo, esquecendo sua natureza satírica. O seu projeto torna-se complicado quando começam a aprender que os “reais” teóricos da conspiração estão a ler a sua publicação e a levar as suas conspirações a sério. Como resultado, Jacobo Belbo é alvo de uma sociedade secreta que está convencida de que ele possui a chave do tesouro escondido dos Cavaleiros Templários. O romance confunde a fronteira entre a sátira e a realidade, à medida que os proponentes de ambos os lados são repentinamente colocados em contato uns com os outros.

Com um valor de verdade ambíguo, a narrativa de 'O Pêndulo de Foucault' termina com a questão de saber se é moralmente certo ou errado fornecer mentiras para criar um significado original. Eco recusa-se a fazer uma declaração sobre o valor da verdade mas, oferece um comentário poderoso sobre uma interpretação aberta irrestrita.
comentários(0)comente



Julio.Argibay 01/08/2023

Eco
Vou confessar, eu tive dificuldade de acompanhar a estória contada no livro de Humberto Eco - O pêndulo de Foucault, pois várias referências sobre sociedades secretas são abordadas pelo autor, muito rapidamente. O romance é histórico e descreve, dentre muitas outras coisas, o cotidiano dos templários e de outras seitas religiosas. Ele comenta sobre Jerusalém antiga, relaciona com o Santo Graal e aí vai. A viagem é longa e antiga. O autor também comenta sobre o deus Hermes, a cabala, sobre as pirâmides egípcias e pré colombianas e ainda comenta sobre a relação entre Celtas, Hebreus, fascismo e os Rosa - Cruzes, etc. Eco se utiliza dos personagens do romance para ensinar história. A leitura é um pouco difícil e exige concentração. Os cenários e assuntos mudam rapidamente. Em certo momento, alguns personagens passam uma temporada no Brasil: em Salvador e Rio de Janeiro. Neste país, muito distante, eles discutem sobre: o sincretismo religioso, as diversas entidades religiosas de matriz africana como: Oxum, Pomba Gira, além do culto ao candomblé e da umbanda, assim como a figua do pai de santo, o próprio terrero, etc e tal. Mas, voltando a Europa, os amigos, pero no mucho: Belgo, Diotallevi, Bramanti, Garamond discutem a respeito da edição de um novo livro sobre temas exotéricos, que eu acho que o objetivo dos autores e amigos. Vai saber. Além disto tudo, há ainda, conspirações, traições e romance, entre os amigos, sócios, etc . Achei meio confuso, tive dificuldade em unir os fatos históricos, as conspirações, as sociedades secretas e religiosas e a vida cotidiana dos personagens. É muita coisa viu. Boa sorte.
comentários(0)comente



Reccanello 18/04/2023

Tens a senha?
Como muito bem dito por Fernando Pessoa por meio de seu heterônimo Alberto Caeiro, "o único mistério é haver quem pense no mistério".
===
Mergulhando o leitor num universo complexo e repleto de referências históricas, religiosas, filosóficas, herméticas e literárias, e apesar de ser relativamente recente (foi publicado originalmente em 1988), "O Pêndulo de Foucault", de Umberto Eco, já é considerado um dos grandes clássico da literatura contemporânea, sendo aclamado tanto pela crítica especializada quanto pelo público em geral.
===
Casaubon, Belbo e Diotallevi trabalham em uma empresa editorial em Milão e a grande paixão dos TRES é o aparentemente inofensivo interesse por conspirações e sociedades secretas. E é sobre essa verdadeira obsessão que se desenvolve a trama central do livro: para se distrair nas longas horas de tédio do trabalho, os três amigos criam um jogo que consiste em inventar teorias conspiratórias a partir de fatos e personagens históricos aparentemente sem qualquer conexão. Mas, apesar de divertirem com as bizarrices que inventam, acabam envolvidos em um enredo de dimensões inimaginavelmente maiores do que esperavam, dando de cara com um grupo secreto de ocultistas fanáticos que não apenas acreditam em suas mentiras como, justa e perigosamente, ansiavam por um fio, um "plano", uma programação talvez divina do Universo que desse coerência, significado e sentido para suas existências e às de suas organizações secretas.
===
Por meio de múltiplas camadas de narrativas que se interconectam em um emaranhado labiríntico de ideias, fatos e personagens o autor tece sua história de forma a construir uma obra única, intricada e repleta de simbolismos, e que convida o leitor a se envolver em uma busca pelo conhecimento. Inspirada crítica, irônica e livremente na realidade da época de sua criação, um dos temas centrais da obra é a criação de teorias conspiratórias, facilmente se percebendo semelhanças de sua trama com a lenda da criação de "Os Protocolos dos Sábios de Sião" (documento apócrifo que, conquanto sabidamente forjado no final do século XIX, supostamente revelava ao público um antiquíssimo plano secreto de dominação mundial pelos judeus). Assim como os personagens de "O Pêndulo", os autores de "Os Protocolos" criaram uma narrativa fictícia baseada em fatos isolados e sem relação entre si, mas que acabou sendo aceita como verdade inatacável por muitos. Da forma magistral como somente ele sabia fazer, Eco utiliza tal pano de fundo como um exemplo do poder das teorias conspiratórias na sociedade contemporânea e da importância de se questionar e investigar a veracidade das informações que recebemos, principalmente no mundo moderno e interconectado pela Internet.
===
Riquíssimo em detalhes e nuances, o livro é de uma densidade incomum para um thriller literário, e sua narrativa se desenvolve de forma lenta e meticulosa, permitindo ao leitor se aprofundar cada vez mais na trama e nas reflexões propostas pelo autor. No entanto, é preciso destacar que "O Pêndulo" não é uma leitura fácil, exigindo um mínimo conhecimento prévio de história, literatura, religião, filosofia e ocultismo, além de um grande esforço de concentração para acompanhar sua complexidade. Ao mesmo tempo em que desafia nosso intelecto, o livro recompensa largamente aqueles que se dedicam a desvendar seus mistérios.
===
Em suma, indiscutivelmente uma obra-prima da literatura contemporânea, "O Pêndulo de Foucault" combina suspense, erudição e reflexão em uma narrativa envolvente e desafiadora na qual Umberto Eco mais uma vez demonstra total maestria na construção de universos complexos e intrigantes, oferecendo ao leitor uma experiência literária única e inesquecível. Mais importante, no entanto, o livro é um estudo sobre a própria natureza humana e sobre como somos capazes de criar histórias e narrativas para dar sentido ao mundo a nossa volta.

site: https://www.instagram.com/p/CrMjSGMsWaR/
mpettrus 18/04/2023minha estante
Quando eu leio uma resenha extremamente bem escrita, permeadas de pequenas doses homeopáticas de curiosidades do enredo da história, a tentação de querer ler o livro em questão torna-se fortemente inevitável. E, fatalmente, sou convencido a ler.

Umberto Eco foi o segundo autor de origem italiana que li. O primeiro, por conta do Ensino Médio, foi Nicolau Maquiavel. Simplesmente, sigo apaixonado pela literatura do Eco. E estou em dívida com esse escritor. Certamente, esse romance deve ser uma ótima recomendação para matar as saudades das narrativas de Umberto Eco.

Parabéns pela resenha! Perfeita!
??????????


Reccanello 18/04/2023minha estante
São comentários como esse que me fazem querer continuar a resenhar minhas leituras.


Reccanello 18/04/2023minha estante
Se possível, veja meu perfil literário no Instagram!


mpettrus 18/04/2023minha estante
Pois continue com suas resenhas, Waldir!!! São maravilhosamente bem escritas!!!

?Podexá? comigo que vou procurar seu perfil na outra rede social ?




Elisa Coelho 07/04/2023

Quem não desiste, alcança ?
Eu sinto que poderia dar duas opiniões completamente distintas sobre esse livre: uma das primeiras 400 páginas e outra sobre as demais 200.
A primeira parte achei extremamente longa, não fui capaz de me conectar com nenhuma das personagens? continuei lendo na insistência.
As últimas 200 páginas, devorei. Finalmente (e ainda bem!) a história me cativou, e fiquei realmente curiosa com o rumo da história de Casaubon. E extremamente satisfeita com o final da narrativa, achei o final perfeito para o livro.
Meu conselho: leia. Insista. Não à toa, esse é considerado um dos livros mais brilhantes da literatura contemporânea.
Então insiste, que ao final? a recompensa vem??
comentários(0)comente



Diego Alves Z 28/01/2023

Adoraria que Eco fosse mais conciso em alguns momentos. Sobre o quanto a narrativa move a consciência coletiva do mundo, das sociedades e o quão perigoso isso pode ser.
Eco não mastiga o conteúdo do que apresenta, o livro parece uma enciclopédia sobre o conteúdo de enciclopédias. Apesar de O nome da rosa ser um livro de linguagem difícil, achei uma prazerosa leitura e neste aqui senti o oposto, claro são livros com temáticas muito distintas.

Indo e voltando no passado dos personagens, uma combinação entre memória e ficção, história e ensaio em histórias que se interconectam e exigem paciência do leitor.

Um livro difícil, mas o resultado de um grande trabalho sem dúvida.
comentários(0)comente



William.Almeida 18/01/2023

Depois de o nome da rosa, a expectativa era alta...
É um calhamaço. Isso não tem como discordar. Mas, será que precisava ser tão grande?
Bem, vi muitos comentando que o Dan Brown pegou o fio da meada aqui, coisa e tal. Daí, fui pesquisar mais a fundo. Comentaram tanto, na época, que o Eco foi ler o código da Vinci. E, de modo bem resumido, ao que parece, Eco disse que Dan Brown seria facilmente um de seus 3 personagens do pêndulo de Foucault. Se é verdade, é outra discussão.
O que absorvi (e aqui tem muita coisa para absorver) foi uma fotografia sobre o que se presencia nessa atualidade. Especulações e notícias falsas (ou com bases e premissas falsas, onde, portanto, não sustenta uma verdade) que ganham força e baseiam as ações de muitos indivíduos (lembro de uma reportagem sobre uma mulher que morreu em decorrência de um linchamento, por causa de um retrato falado sobre uma suposta bruxa que sequestrava crianças). E, depois disso, não avançamos, porque grupos invadiram e depedraram a praça dos três poderes...
Enfim, é um baita calhamaço, mas totalmente necessário!
comentários(0)comente



83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR