Sula

Sula Toni Morrison
Toni Morrison
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Resenhas - Sula


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Guedes 08/06/2021

Um livro perturbador, com um enredo um pouco pesado e histórias complicadas. Mas também retrata a sociedade e vale a pena ser lido por isso.
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Rebeca 10/06/2021

Encontrar a si fora da comunidade
Sula é o espelho do que algumas mulheres admitam e outras odeiam. Ela coloca sua liberdade acima de qualquer coisa e prova que é possível viver sem laços (e lida com as consequências disso), porém, acaba ruindo com a empatia com quem se importa com ela, o que prejudica suas relações. O contexto familiar também não é das melhores, fiquei marcada com o desespero de Plum e sobre a não-identidade dos Deweys, Nel parece uma mulher que tentou seguir o que a sociedade espera e ainda assim descobriu que por mais que se faça não é suficiente.

A história trás uma perspectiva interessante sobre muitos problemas que permeiam a vida do preto periférico e os impactos do racismo e do capitalismo nessa realidade, seja no apartheid e a cena do metrô, seja a traição na comunidade e a busca por sobrevivência.

Acredito que merecia parte 2,3,4,5 sobre cada um dos personagem, pois cada um é muito peculiar e me deixou curiosa para explorar sua árvore genealógica.
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Pri | @biblio.faga 22/06/2021

Ler Toni Morrison é sempre um prazer "doloroso". A escritora dispensa a luva de pelica e o seu tapa é certeiro. A verdade arde, dói e incomoda, mas também fascina em razão da inegável propriedade com qual fora exposta.

Em "Sula", ela explora a amizade entre mulheres, relação mítica e tantas vezes [dura e injustamente] criticada pelos homens; e os riscos do individualismo, de reivindicar a liberdade de ser quem realmente é e de retomar as rédeas da própria vida em uma sociedade pequena e limitada pelos rasos padrões predefinidos.

A promessa de que "conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" nem sempre é cumprida. Perceber o estado de ignorância como um incômodo, questionar a inércia da ordem estabelecida, por muitas vezes, teve custos extremamente altos e que já acabaram em fogo. Especialmente quando não se ostenta o sexo masculino.

Helen(e), Nel, Eva, Hannah e Sula conduzem a trama do Fundão de Medallion, um pequeno vilarejo de Ohio. O que as afasta, diz tanto quanto o que as aproxima. Tal como Machado de Assis, Toni fala muito ao não dizer. E bebendo do realismo latino-americano usa o místico e o lirismo para contar uma realidade dolorida, mas que não podemos esquecer. Afinal, a memória é um poderoso instrumento contra a repetição de antigos e grotescos erros humanos.

A marginalização [inclusive geográfica], o sentimento de não pertencimento, o reflexo do racismo estrutural e do machismo, a opressão do ilusório sonho americano, vulgo, esforço e meritocracia, a ausência de sentido das guerras, o preço da liberdade dos tordos, tudo isso e muito mais cabem em um livro que, infelizmente, não passa das 200 páginas. Eis o milagre daqueles que tem o dom das palavras e o coração na ponta dos dedos.

Ler Toni pode não ser fácil, a crueza dos acontecimentos podem assustar, e com razão, mas é uma experiência que sempre vale a pena.

Pois bem. Talvez devamos aceitar mais vezes e com maior gentileza a avaliação da vida alheia, e por que não, "celebrarmos" o dia 3 de janeiro.

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Thiago 01/07/2021

Uma escrita bela, que descreve as marcas da segregação e da gentrificação, mas um roteiro que não me cativou.

Este livro cobre o longo período da vida das personagens, inicia com a formação do bairro fundão e termina com a destruição do mesmo, coincidindo com boa parte do período de vida das duas personagens principais.
Sula e Nel são as duas garotas sob as quais a história passa a contar, tomando em boa parte o foco sob seus pontos de vista. Uma amizade se forma entre essas duas logo quando crianças, apesar de criações completamente distintas. As diferenças de criação acabam fazendo essa união ser ainda mais forte, pois suas diferenças acabam complementando uma a outra.

A história segue essas duas mulheres durante o tempo através de saltos temporais. Muitas coisas são mostradas nesses saltos, acontecimentos das famílias, marcadores de comportamentos sociais, eventos climáticos, etc. Não consegui pegar qual foi a intenção da autora na construção, entendo que pelo próprio titulo, a ideia era mostrar a complexa personalidade de Sula, mas da forma como foi mostrada não me cativou.
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Claudia.Correia 04/07/2021

Sula
Confesso que apesar de ler muito rápido, pois fiquei curiosa como a história ia se desenrolar, o livro não me cativou. Fiquei com a impressão de que preciso ler novamente para tirar minhas conclusões. É o primeiro livro de Toni Morrison que leio e talvez sua escrita complexa tenha me deixado com esse sentimento.
Mas o livro traz a história de duas meninas negras, Sula e Nel, que se conhecem na escola e que vivem numa comunidade negra. A amizade genuína e o segredo que as une ainda mais as tornam quase que únicas. Os anos passam e a trajetória, o amadurecimento, os sentimentos e os caminhos que seguem, determinam a história e as consequências de suas escolhas.
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Vicky 22/10/2021

Algo de insólito paira no ar
Sula é um retrato vivo do Fundão, comunidade em que ocorre a narrativa dessa história, que leva o nome de uma das personagens, mas que parece muito mais um complexo de pequenas biografias, de vidas que se completam umas às outras, como se o morro fosse um organismo vivo e dependente das ações sutis ou impetuosas de seus moradores, composto por uma maioria de negros e pobres, que ali estão, pois aos brancos interessa habitar a parte mais baixa da cidade. Morrison ambienta seu romance na década de 20 e as questões relacionadas ao apartheid e à exclusão social aparecem como uma ferida que não se fechou até os dias atuais. O homem branco, sempre tentará contar vantagem e sobrepujará aqueles que considerar inferiores. Apesar do romance dar conta dessa questão, ela não parece ser o elemento central, há algo de mais importante a ser contado. Tudo parece girar em torno do funcionamento da máquina Fundão, enquanto seus moradores são as engrenagens. De maneira um tanto quanto insólita, o que acontece com um, reverbera em outro, e assim se cria um mecanismo que funciona para além do grau de consciência das próprias peças. Fundão não é Macondo, Fundão é simplesmente Fundão, o que acontece no mundo exterior a este mundo é apenas pano de fundo, nota sem importância. O universo completo está dentro dessa microesfera que se auto alimenta e que insiste em continuar funcionando, a despeito de todas as adversidades e mistérios que alí se instauram.
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Lara 16/09/2021

Surpreendente
A autora traz temas delicados de forma sensível, despertando no leitor a paixão pelas personagens e a empatia pelas suas dores.
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Mariana 21/09/2021

e ela se tornou perigosa...
Um livro excepcional!!!
Quando peguei SULA para ler fui arrebatada nas suas primeiras páginas, completamente envolvida pela escrita de Toni Morrison.
Um romance sobre amizade, sobre os comportamentos de uma sociedade nos anos de 1920 e de uma comunidade negra, mas que pode facilmente se estender aos dias de hoje. Principalmente sobre a influência que a sociedade exerce sobre a mulher.
A história percorre algumas décadas (1940) e Morrison é simplesmente perfeita ao narrar um diálogo entre Nel e Sula, que na minha leitura foram as melhores páginas do livro. Esse diálogo me fez refletir sobre o que é certo? O que é errado? O que é bom ou mau? Porque fazemos o que fazemos ? A troco de que ? E, Como amamos ?
Um romance que trata de temas desagradáveis, com personagem forte e atitudes nada convencional e que mesmo assim te encanta e a faz amar.
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marcosalexndre 25/09/2021

Sula
Toni morrison é uma escritora genial, mas, porém entretanto, não gostei do curso do enredo. Na MINHA opinião ele tinha mais potencial do que foi entregue.
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Daniel263 27/09/2021

Como julgar o orgulho/recalque do invisibilizado?
11ª leitura de 2021.

É o 2º livro de Toni Morrison que leio - e também foi o 2º que ela escreveu.

A autora foi laureada com o Nobel em 1993 - a primeira mulher negra que recebeu o prêmio.

Eu gostei muito mais desse 2º livro do que o anterior (também o 1º que li dela), “O olho mais azul”.

No entanto, esse “gosto” é mais uma questão de maturidade desse leitor que vos fala, e também de mais intimidade com a autora.

Toni é genial porque ela tem uma narrativa muito lírica e descritiva, mas com conteúdo sócio-político subliminar.

Mas a cereja do bolo é a não explicação das ações dos personagens. O leitor precisa “tentar compreender” o que se passa, e de camarote, devendo destrinchar a moralidade das ações: o que é certo e o que é errado?

Em Sula, acompanhamos o companheirismo da infância de Nel e Sula e a complicada relação de ambas na vida adulta.

Elas vivem no Fundão, o subúrbio de Medallion, onde os negros ficam segregados do resto da cidade.

Um das amigas tenta se adaptar a sua dura realidade, enquanto a outra não: busca sua liberdade e paga um alto preço dentro de sua própria comunidade.

Eu achei o livro excelente! É daqueles em que o leitor carrega a história para sempre!

site: https://www.instagram.com/p/CL_-VJNDQbc/
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Bruna.Ribeiro 06/10/2021

Expectativas altas
Gostei do livro, contudo,esperava mais devido ao tema e sua importância, bem como a sinopse. Talvez tenha sido o momento que li, mas não fez tanto sentido assim para mim e creio que poderia ser melhor discorrido e abordado
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Rosiene5 02/11/2021

Luta feminina e racial
O livro, ambientado em um lugar fictício nos EUA, Fundão, nas primeiras décadas do século XX, tem uma abordagem complexa sobre diversos temas: feminino, sexualidade, pobreza, segregação racial e até mesmo questões filosóficas sobre nossa existência, traz reflexões sobre o comportamento humano, o que leva uma pessoa ser considerada boa ou má.
Foi um livro que peguei por acaso, sem indicações, sem ler resenha e acabou por entrar na lista do "preciso reler", pois a temática é bem interessante, gostei, mas achei difícil, confesso que preciso de uma segunda leitura para captar melhor a mensagem da autora.
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Poliana.Piovezana 13/12/2021

outra cultura
este livro fala muito da mulher em outro contexto e outra cultura diferente das que conhecia. É muito bacana a narrativa e veria diversas vezes nossa opinião a favor e contra os personagens, afinal, todos temos qualidades e defeitos, acertos e erros.
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Ana Luiza 16/11/2021

Um estudo brilhante sobre a sociedade e do papel feminino e negro
Lançado em 1973, o segundo romance de Toni Morrison chegou ao Brasil pela editora da Companhia das Letras com tradução de Débora Landsberg neste ano. E o que falar deste livro depois de todo impacto de “O olho mais azul”?
Sula é um livro denso, apesar de pequeno. Talvez para quem leia o resumo dele, ache os eventos da vida particular sonsos, mas posso garantir que Toni Morrison faz um brilhante estudo sobre a sociedade e do papel feminino e negro.
Como bem dito em seu discurso do nobel, a ficção nunca foi entretenimento a ela. E em Sula, esta filosofia se destaca mais uma vez. O retrato pintado de uma mulher que ousa ultrapassar limites e correr para sua liberdade pode chocar ao leitor, principalmente por esta mulher não querer ser “cômoda” ou mesmo “agradável”. Diferente de “O olho mais azul”, o sentimento que domina a narrativa é sufocante e de angústia, transbordado das dificuldades de mudanças nas vidas dos moradores do Fundão, que tem seus papéis sociais bem limitados, numa sociedade racializada e segregada.
Sula não é uma leitura simples e cômoda. A narrativa não perde tempo se explicando ou enfeitando para tornar a realidade das pessoas mais suave. A escrita de Toni não é isenta e ao mesmo tempo que nos narra, cutuca os leitores a fazerem os questionamentos importantes sobre culpa, segregação racial, pobreza e sexualidade que permeiam a vida das mulheres que marcam a trama: Sula, Nel, Eva e Helene.
Antes de recomendar, quero deixar um comentário sobre a tradução: mesmo com as perdas de não ler o original, acredito que o trabalho feito aqui foi bem alinhado e respeitoso. Gostei muito da escolha da tradutora em não tentar emular o vocabulário que a obra original tem.
Minha única orientação para leitura deste livro é entender que é uma obra não esperançosa, mas com grande potencial para aqueles que resolverem se aventurar.

site: http://gataleitora.blogspot.com/2021/11/sula-resenhista-convidada.html
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Tacy 09/09/2021

Reflexivo, perturbador e belo
Achei toda forma que foi escrito muito lírico, tudo muito bonito. É um livro que é necessário ter calma e buscar refletir o que está estrelinhas.

É aquele livro que quando a gente termina, já sabemos que teremos que ler mais uma vez na vida.
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