Cíntia Mara 05/10/2011Resenha postada originalmente no blog Free to be me (http://bit.ly/qvy4pM) em 30/08/2011As histórias são muito curtas para que eu fale sobre cada uma especificamente. Vale ressaltar que são românticas e singelas. Quaisquer revelações sobre o enredo poderiam tirar a graça e a beleza para quem ainda não leu. Em vez disso, falarei sobre três pontos que achei interessantes.
Histórias curtas: São duas histórias completas, cada uma com menos de 50 páginas. E o autor consegue falar tanto nessas poucas páginas! Ele é direto em alguns momentos e poético em outros, a narrativa é maravilhosa e você termina sem nem perceber.
Carta à prima D: As duas histórias são cartas do autor à sua prima D. A edição que li, essa da imagem, contém algumas páginas sobre a vida do autor e diz que essa prima pode ser sido real, já que Alencar costumava contar histórias às mulheres de sua família. Provavelmente por serem cartas, a linguagem é um tanto quanto informal; o autor não apenas conta os fatos, mas dá sua opinião sobre eles, aproximando-se do leitor.
Referências históricas, geográficas e literárias: Foi uma das coisas de que eu mais gostei. As referências históricas se referem ao modo de vida da época, bem diferente de hoje. As geográficas dizem respeito principalmente ao Rio de Janeiro, mas há também uma pequena referência a Minas. E as literárias, com notas de rodapé, incluem citações em inglês, italiano e francês, além de menções a obras famosas da literatura mundial.
Tenho certeza que há muitos outros pontos que poderíamos discutir, então, se alguém já leu, fique à vontade para deixar sua opinião. A quem não leu, só me resta recomendar: Leiam José de Alencar!