Raomi1 19/06/2024
É sobre estar no lugar certo com as pessoas certas
É o primeiro livro de gestão que leio que não está centralizado no óbvio e no bom e velho feijão com arroz que normalmente se observa por aí. A obra trata-se de uma forma pela qual o autor, com muita maestria, empregou conhecimentos extremamente técnicos de forma a não sermos deixados levar pelo tédio.
Alex Rogo, gestor de uma unidade fabril, se vê diante de uma problemática de cunho operacional, em que possui apenas 3 meses para mudar os resultados da fábrica, antes que seja fechada. Ele possui noção da responsabilidade que lhe foi entregue, principalmente ao saber que o seu emprego e o de várias outras pessoas ali estariam em cheque. Em paralelo a isso, Alex também está diante de uma crise no seu casamento, junto à relação com os seus dois filhos. Sabe-se que tudo isso culmina numa grande nuvem que paira sobre a cabeça do protagonista, que se vê em estresse constante e considera difícil pensar claramente, pois os seus dias são completamente dedicados ao trabalho.
Certo dia, de forma quase que mágica, Alex segue em uma viajem em que acaba reencontrando, por acaso, um conhecido seu, professor - de física - Jonah. Eles batem um papo momentâneo em que Rogo expõe a sua situação, iniciando assim um contato proximo com quem viria a se tornar o seu tutor, que eu, particularmente, chamaria de um anjo da guarda.
O enredo é muito rico em detalhes, achei muito interessante como o autor trouxe a contextualização de diversas aplicações que nós, das áreas de Business, costumamos ver apenas em explanação conceituais. Aqui nós nos deparamos com a gestão de fato, que é pautada na necessidade de sabermos apagar incêndios, bem como um grande caso para ensino que nos faz refletir acerca daquilo que nós convencionalmente conhecemos. Ao final, vê-se que tudo aquilo que até então era conhecido pelo protagonista, vai caindo por terra, no que diz respeito a como auferir resultados, bem como dispor de competências que vão além da escala técnica. Ao final, vê-se ainda algo que, por mais clichê que seja, ainda faz-se necessário repetir nos dias de hoje: a subjetividade humana deve ser levada em consideração. Tudo se deu principalmente pela forma como os sujeitos da trama se envolveram e se empenharam, usando do que sabiam, dos seus talentos e da sinergia dos seus esforços.
5 estrelas!