Cris 18/01/2024Muito envolvente“Como em todos os meios sociais humanos e em todos os tempos, as falanges que se devem mútuo apoio, por deveres de solidariedade, são as mesmas que menos se estimam e que mais se guerreiam, instigadas pelo ciúme e pela inveja, que não suportam os triunfos alheios (...)” Pág. 114
Esta história se passa na França no século XVI, no período em que Catarina de Médici era a rainha-mãe. Nessa época, a Igreja católica perseguia o protestantismo sobre o comando da monarquia. Foi assim que houve então terrível massacre da noite de São Bartolomeu, onde estima-se que milhares de pessoas protestantes foram exterminadas.
E é com esta ambientação que desenrola-se este romance, em que conhecemos Luís de Narbonne, chamado capitão da fé, que com seu fanatismo religioso foi um dos responsáveis pelos terríveis acontecimentos deste dia, até que seu coração e seu espírito tão inabaláveis são rendidos ao amor.
Ruth-Carolina, uma jovem vinda de família cristã, movida por vingança e um espírito obsessor, se envolve em uma trama de muito ódio, angústia e perdição de sua alma. E é aqui que a história destes dois jovens se cruza de forma muito dolorosa.
Gente, que história incrível! No começo, eu tive um pouco de dificuldade para desenvolver a leitura, porque a escrita é bastante rebuscada, mas depois que peguei o ritmo, não parei mais.
Este é um romance espírita e portanto, preciso dizer que saiu completamente da minha zona de conforto, mas surpreendentemente eu amei a história, que como falei, é muito bem escrita.
O livro que fala da doutrina espírita de forma muito sutil, eu fiquei presa na história que se desenrolava, sem me importar muito com a parte espiritual, porém, no final, tudo faz sentido e a mensagem que chega é muito tocante e bonita. Por este motivo, acho que é um romance que pode agradar tanto pessoas que são da religião espírita, quanto as que só querem ler algo fictício com um pano de fundo histórico muito interessante.
Esta é uma trilogia, e eu quero muito ler os outros dois pra ver como esta história evolui.
“(...) deu-nos o Criador o código supremo da sua lei, que prescreve o mandamento máximo do Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo - pois aquele devidamente respeita a Deus e ama o seu próximo, incapaz será de uma ação ofensiva contra quem quer que seja…” Pág. 298
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