O Começo do Adeus

O Começo do Adeus Anne Tyler




Resenhas - O Começo do Adeus


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Ana Luiza 03/10/2012

É preciso dizer adeus
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br

Aaron desenvolveu uma deficiência no braço e perna direita durante a infância, o que somado a uma pequena dificuldade na fala, fez com que ele fosse sempre muito mimado pela mãe e pela irmã. Na realidade, Aaron é mimado por muitas pessoas, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos, principalmente após a morte de sua esposa Dorothy, o que o irrita profundamente. Ele odeia depender de outras pessoas, ser considerado incapaz e até mesmo receber qualquer tipo de demasiada atenção, o que faz com ele seja extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado.
Aaron seguia sua vida normalmente, trabalhando na pequena editora da família e sempre tentando escapar de interações sociais desnecessárias. Ao procurar uma médica para ajudar em um dos livros da editora, Aaron conhece Dorothy, uma médica super dedicada ao trabalho e que, como ele, é bem antissocial. O que mais atrai Aaron para Dorothy é o fato dela não o mimar, e assim, em poucos meses eles se casam.
Quando Dorothy é atingida pela árvore que cai sobre a casa deles e falece alguns dias depois, Aaron tenta seguir em frente e superar a dor e a saudade da esposa. Mas, quase um ano depois, Dorothy começa a aparecer nos lugares mais inesperados e Aaron percebe que ele ainda sente muita falta dela e que ainda não superou sua morte.
“Talvez seja um caminho muito, mas muito longo a ser percorrido e, por isso, Dorothy tenha demorado aqueles meses todos para voltar. Ou talvez ela tivesse tentando ficar sem mim, como eu já tinha tentado ficar sem ela – para ‘superar’ minha perda, ‘fechar o ciclo’, ‘seguir em frente’ e todas aquelas frase ridículas que as pessoas usam quando incitam a suportar o insuportável. Mas, no final das contas, ela havia encarado o fato de que simplesmente sentíamos demais falta um do outro. Ela tinha desistido e voltado. Era nisso que eu queria acreditar.” (Pág. 12/13)
Enquanto tenta seguir a vida normalmente, mesmo que esteja vendo a esposa morta, Aaron acaba por voltar ao passado, relembrando muitos momentos com Dorothy, ele acaba descobrindo que não quer que a esposa parta novamente e que poderia ter feito muitas coisas diferentes.
“Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse." (Pág. 162)

O Começo do Adeus é uma história simples, com uma pitada sobrenatural e de romance que traz um tema delicado, mas muito comum a todos: como se dizer “adeus” aos falecidos queridos, como “superar” a morte de pessoas próximas. Todo mundo, em algum momento da vida, vai passar pela mesma situação de Aaron. Não é fácil nos despedir de quem parte (em todos os sentidos), mas é necessário.
Anne Tyler criou uma história pouco complexa, mas que tem seu brilho e beleza. Além de ser fácil de ler, o livro cumpre seu papel de nos fazer refletir sobre um tema difícil, mas de forma leve e, acredite, sem nos fazer soltar uma lágrima.
Os personagens são simples e reais, mas possuem suas singularidades. Apesar de não me identificar com nenhum deles, consegui vê-los em pessoas que conheço. Aaron, como já disse, é extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado. Em alguns momentos tive vontade de xingá-lo pela sua completa falta de tato e sensibilidade, mas em outros momentos, fiquei com pena dele e entendi seu comportamento e sua dor. Dorothy se parece muito com Aaron, mas como o livro é narrado por ele, a vemos apenas pela visão dele, portanto é difícil saber realmente como ela é.
A editora, como sempre, fez um ótimo trabalho. A tradução está bem feita e o único erro que encontrei foi uma frase sem ponto final. A capa ficou bonita, mas não vi muita relação dela com o conteúdo do livro.
O Começo do Adeus é um livro bom de ler e por causa de sua temática, o recomendo a todos. O livro superou as minhas expectativas e fiquei com muita vontade de ler outras obras da autora.

Autora da resenha: La Mademoiselle

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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05/09/2012

"Se você se distanciar de um evento o bastante, ele se nivela e se mistura a paisagem de sempre. p.154"

Em O Começo do Adeus, conhecemos a história de Aaron e como ele perdeu sua esposa em um acidente, dentro de sua própria casa. Aaron e Dorothy, sua esposa, eram completamente diferentes, mas se davam muito bem. Ele havia tido uma doença quando criança que o deixou com uma deficiência do lado direito do corpo, e tudo o que não queria era receber tratamento especial por isso. E ela era uma médica radiologista que sempre vivia ocupada, e que nunca se preocupava com coisas superficiais.

Aaron perde Dorothy depois de uma discussão entre eles, e passa pelos estágios do luto se cobrando, dizendo coisas como 'se eu não tivesse discutido por besteira', ou 'se eu tivesse feito diferente, ela poderia ainda estar aqui.' Todos ao seu redor tentam fazer-lhe gentilezas, que são vistas com maus olhos por ele. Aaron não queria piedade, queria sua esposa de volta.

Por um tempo ele voltou a morar com sua irmã, Nandina, na casa em que se criaram. Sua rotina era casa-trabalho-casa; sendo ele e sua irmã donos de uma editora de livros independentes. As coisas mudam quando Dorothy começa a aparecer para ele. Começa a andar ao seu lado, a até cobrar atitudes que ele não tinha tomado. Aaron estaria ficando louco? Tudo o que ele sabia era que não queria passar a ficar sem ela novamente.

"Mas agora eu queria as dores e as delícias de uma vida normal. Queria que minhas consoantes interrompessem minhas vogais ao falar, meus pés tocando os dela em um abraço, meu nariz cutucando o dela durante um beijo. Eu queria a realidade, mesmo que fosse imperfeita e repleta de falhas.
Fechei os olhos e desejei, de todo o coração, que ela aparecesse só para colocar uma mão em meu ombro. Mas ela não veio. p.163"

Quando recebi os lançamentos de agosto da Novo Conceito, além de encantada com os kits, fiquei curiosa para ler logo este livro. Mas estava esperando que ele me fisgasse, estava esperando me envolver com a estória. Isso, infelizmente, não aconteceu. O Começo do Adeus é um livro que fala sobre perdas, e sobre continuar seguindo em frente. Sobre como aprender com os erros, e se dar uma segunda chance. É uma estória bonita e bem contada, mas não pude evitar sentir que faltou algo nela - algo que não sei o que é.

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Endry 08/10/2012

Quando recebi este livro de parceria da Novo Conceito, fiquei extremamente feliz e empolgada com "O começo do Adeus". A capa é linda, muito expressiva e tem um relevo no título, além de ser dourada a fonte. Quanto ao trabalho gráfico, a Novo Conceito sempre capricha: folhas amareladas, espaçamento e fontes em tamanho bom... Porém, desta vez, tenho uma crítica quanto à capa: ela é linda, isso não se discute, porém não está nem um pouco relacionada com a história. Confesso que isso me entristeceu um pouco, já que eu adorei a capa. Enfim... O livro conta a história de Aaron, que acaba de perder sua mulher Dorothy, e está tentando superar. Ele começa a vê-la em algumas situações... E ele acaba questionando sua vida. Foi bacana o livro, mas eu esperava muito mais. A escrita da autora é bem fluente e a leitura é agradável. Porém, a história não me cativou tanto. Aaron é um tanto depressivo e tem uma história de vida um tanto complicada. A história do casal é simples, e a Dorothy é um tanto fria, não demonstra tanto seus sentimentos pelo Aaron. Ele se apaixonou quase que instantaneamente por Dorothy, uma médica simples e prática. Faltou um pouco mais de descrição na história de vida dela e isso me incomodou um pouco. Só recomendo para quem quer uma leitura leve e rápida.

Mais em: http://sonhos-de-princesa.blogspot.com.br/2012/10/eu-li-o-comeco-do-adeus-anne-tyler.html
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Jaqueline 18/09/2012

O começo do adeus conta a história de Aaron, um homem de meia-idade, trabalha em uma editora independente de sua família, e desde os dois anos vive com uma deficiência no braço e perna direita. Ele passa sua infância tentando viver sem ter que aturar a falação da sua mãe e irmã, que aparentavam acha-lo incapaz de fazer certas coisas, e ele acaba mostrando que é igual a todo mundo, independente de sua deficiência.

Então ele conhece Dorothy, uma médica louca por trabalho e nada organizada. Apaixonam-se, casam e levam a vida em diante da melhor forma possível, até que uma árvore cai em sua casa e acaba atingindo sua esposa, que não resisti e morre.

Aos poucos ele vai tentando superar, mas em certos momentos ele começa a ver Dorothy, e então passa a se perguntar se é possível isso, ou será que ela voltou para cumprir com sua missão?

Enfim, a leitura desse livro para mim fluiu muito bem, eu comecei e terminei de ler ontem, mas confesso que terminei com um vazio enorme. Não consegui entender onde a autora queria chegar.

A capa é bonita, mas em compensação não tem nada haver com a história.

Não estava com expectativas, então não me decepcionei, apenas achei um livro morno, mas a leitura é agradável então não perdi nada lendo-o.

Se forem ler não tenham nenhuma expectativa, por favor, caso contrário você correrá um sério risco de se decepcionar.
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Uma Peregrina 25/06/2021

Mim surpreedi...
Eu esperava muito menos deste livro, até que mim surpreendeu no final.
" E então q vida sempre segue..., Você sofre, chora mas não morre por isso, ao contrário, torna-se cada vez mais forte... ".
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Paula 26/09/2012

Simplesmente adorei O Começo do Adeus, 19º romance da autora Anne Tyler. A narrativa é perfeita, em primeira pessoa, e a história é tocante e sensível, pode-se dizer que achei o livro trágico-cômico, com personagens muito singulares e alguns bastante excêntricos.

A história é narrada por Aaron, um homem que está quase na casa dos 40 e Aaron é um personagem único e complexo, que dá a obra uma leveza incrível e ao mesmo tempo nos mostra, de forma bem desajeitada, todo o seu sofrimento.

Aaron está sofrendo com a perda da sua mulher, que morreu em um acidente um tanto "bizarro", mas ele não está se lamentando pelos cantos, pelo contrário, Aaron odeia que as pessoas fiquem perguntando se ele está bem ou se precisa de algo. Sempre foi superprotegido pela mãe e pela irmã, o que faz com que tenha certa dificuldade em aceitar a aproximação de outras pessoas. A narrativa de Aaron chega, por vezes, ser hilária. Sua vida é extremamente comum mas seus pensamentos e devaneios são um tanto extravagantes.

Por ter sido tão superprotegido, casou com Dorothy, uma mulher mais velha que parecia compartilhar com ele a idéia de que ambos deveriam viver suas vidas de forma independente. Mas com a sua morte e, pior, com as aparições de Dorothy após a sua morte, Aaron acaba repensando sua forma de agir. Não que existam mudanças drásticas ou diálogos profundos entre os dois, Dorothy simplesmente aparece e fica lá, ao lado de Aaron.

Ele até cogita a hipótese de Dorothy ter uma missão à cumprir, mas não seria Aaron que precisa aprender a perdoar, especialmente a si mesmo?

Um livro muito bonito e surpreendente, recomendadíssimo!
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jacdeoliveira 10/09/2012

Uma história bonita, mas triste.

Aaron é um homem que não consegue ter perspectiva de vida, ele trabalha na editora independente de sua família e desde os dois anos de idade ele tem um problema na perna e braço direto, mas isso não o impede de nada. Um fato que acontece com ele é que sua mãe e irmã o mimam muito devido a isso, estão sempre ao seu lado, o cercando, o que ao meu ver prejudica Aaron, pois parece que ele não tem liberdade.
Certo dia ele conhece Dorothy, uma médica por quem se apaixona completamente, e logos os 'pombinhos' se casam.
E então, num dia 'triste' um carvalho cai em cima da casa deles e Dorothy acaba morrendo. Com toda a dor seu coração Aaron começa a ter alucinações (ou não), com sua finada esposa, que o acompanha em diversas situações e que no fundo está ajudando Aaron a superar a sua morte e poder finalmente dizer um adeus 'digno' a ele.

Um livro que teria tudo para ser emocionante e lindo, mas que apesar de ter um contexto incrível não me surpreendeu tanto assim.
A autora por mais que tenha uma escrita ótima não conseguiu me tocar com suas palavras, nada foi tão emocionante e tão triste como tinha tudo para ser. Um assunto tão delicado e bonito (e que eu amo) como esse, não confirmou as minhas expectativas e confesso que fiquei um pouco chateada com isso.
O livro ganhou minhas 3 estrelas e apesar de tudo, num apanhado geral o livro é bom, mas não espere muito da história, pelo menos não tanto quanto eu esperava. Depositei todas as minhas expectativas nele e acabei me chateando, mas espero poder lê-lo mais uma vez daqui a algum tempo e aumentar essas minhas estrelinhas.

PLAYLIST: Adele - Someone like you
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Mari 13/11/2012

Ainda não conhecia essa autora, mas quando li uma resenha de um outro livro em um blog, a curiosidade me pegou e resolvi passar na frente de outros livros que estão na lista.
Esse não me chamou tanta atenção pela capa, mas pela história em si, antes de começa a leitura já estava preparada para algo com emoções.
É um romance sábio como já está escrito na sinopse, nos conta história Aaron um homem de meia idade que pede sua esposa e fica desolado, pensando e imaginando que seus dias não serão mais os mesmos, só que ele certas vezes começa a ver Dorothy sua esposa. Mas essas aparições são raras e ele começa a fica nervoso, vai aos lugares que ela costumava aparece mais sem sucesso de encontra-la.
Ele trabalha na editora da família e começa a repara que ela publicou alguns guias para iniciantes, que presumem serem guias para iniciantes durante os caminhos da vida.
Com o tempo ele vai começando a aprende a viver sozinho, sem sua esposa, mas sempre com as lembranças dela, mas consegue percebe as alegrias que estão em sua volta, e percebe que deve continua seguindo seu caminho.
Um livro rápido e sem muitos personagens, leve e melancólico, em minha opinião o livro é isso, mas que nos faz refleti nessa etapa que é impossível fugir, O começo do Adeus, nunca estamos preparados para tal fato que será inevitável, por isso é sempre bom lembra as pessoas que amamos o quanto gostamos dela e o quão é importante para nós.
Como já disse o livro é bem tranquilo, ótimo para ler naqueles dias tranquilos que devemos parar pra refleti sobre algo. Indico esse livro a todos que gostem de um livro rápido e leve, mas que nos fazem refleti.
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Joe Silva 22/11/2012

O Começo do Adeus
Aaron Carter começa a ver sua esposa morta esporadicamente no seu dia a dia. Isso seria algo assustador, mas longe de ser algo sobrenatural, suas aparições se dão de uma forma normal e explicável ao longo do livro. Ele que é herdeiro de uma editora famosa por seus guias para as diversas situações da vida tenta seguir sua vida como se nada tivesse acontecido, apesar de todos à sua volta o lembrarem do contrário.

Narrando sua história desde o acidente que resultou a morte de sua mulher até o momento em que ele encontra uma resposta para a sua dor, grandes lições são passadas de como seguir em frente mesmo em meio a tanta dor.

Em vida, Dorothy era uma médica metódica e cheia de manias. Um pouco mais velha que o seu marido e também acima do peso, se apaixonou por ele através de um grande acaso. Mesmo não tendo correspondido as expectativas da família de Aaron, ela aceita se casar com ele e a partir de então constroem um lar modesto e feliz. Aos poucos vai conquistando os familiares e amigos do círculo social de seu marido. Mas o destino trama para ela e, num dia após voltar do trabalho cansada e discutir com o seu Aaron por causa de uma coisa bem besta, o velho carvalho do seu jardim despenca sobre o cômodo onde ela estava obtendo resultados fatais.

O Começo do Adeus não é um drama sobre a morte de um ente querido, mas uma linda história sobre o recomeço após uma morte.

Read more at http://escrevendoaospouquinhos.blogspot.com/2012/11/sobre-livros-83-o-comeco-do-adeus.html#8t9UL4vmM5A4GwkW.99
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* 14/09/2012

O Começo do Adeus -Anne Tyler [Editotra Novo Conceito]
O começo do adeus nos conta a história de Aaron, um rapaz de meia idade que trabalha na editora de livros independentes da família, casado há anos com Dorothy, uma médica meio excêntrica e viciada em trabalho, na realidade o livro nos conta a dificuldade de Aaron em suportar a dor de perder a mulher de forma abrupta.

Em uma tarde comum, como tantas outras, Aaron e Dorothy tem uma briguinha boba de casal, por um motivo igualmente bobo. E cada um vai para seu canto remoer o que acabou de acontecer, ele vai para o quarto esperando que a mulher fique curiosa e vá atrás dele. E ela vai para o soslaio sentar em sua escrivaninha, mas aquele dia deixaria de ser normal. Um velho carvalho que estava no jardim bem antes de eles comprarem a casa cede e vem abaixo. Derrubando metade da estrutura e matando Dorothy.

Aaron fica arrasado, e as pessoas a sua volta tentando minimizar sua dor na realidade o irritam. Ele tem que aprender a passar pela perda, receber milhares de telefonemas dos amigos, pratos de comida dos vizinhos e a preocupação constante de Nandina sua irmã. Além do problema que a casa do casal se tornou, ou pelo menos o que sobrou dela.

Mas tudo tende a mudar quando Dorothy reaparece...




“Talvez a razão pela qual eu não tivesse perguntado a Dorothy por que ela tinha voltado quando voltou era porque isso faria com que ela se perguntasse a mesma coisa. Se ela tivesse simplesmente voltado aos poucos, vagueando sem perceber, como se retorna a um endereço antigo por força do hábito, então, se eu trouxesse o assunto a tona, ela poderia dizer: “Ah! Mais que coisa! Eu deveria estar indo embora!”.“ Página 11

MINHA OPINIÃO
O começo do Adeus foi o primeiro que eu peguei para ler da leva que a Editora Novo Conceito me enviou esse mês. Não sei ao certo o que me chamou a atenção nele. Talvez por ele ser mais fino que os outros, pensei que o terminaria em tempo hábil. Mas não foi bem assim. Embora ele seja fino a leitura não é rápida, pois o livro pra mim foi entediante.

A trama é bem convidativa. Marido perdeu a esposa/Marido esta sofrendo/A esposa reaparece dos mortos. Bem atraente não? Pra mim sim, e muito. Adoro qualquer coisa relacionada a fantasmas, mas a capa e a sinopse tendem a enganar o leitor. Na realidade não é bem isso, ou nada disso que o livro trás. Dorothy realmente reaparece. Mas no começo pensei que isso iria adiante, que as pessoas ao redor descobririam, ou que tivesse mais diálogos. Enfim, pensei que seu "fantasma" tinha um propósito. O que no começo do livro não é muito bem explicado, ( o leitor fica a deriva, tentando entender a onde a autora vai chegar) e lá pelo final Aaron vai narrando às vezes em que a viu e o que os dois conversara. Aí sim conseguimos entender o porque de seu aparecimento. Eu achei tudo muito chato e mal explicado. Ou nada atraente. Simplesmente não gostei nem um pouco!

Aaron é um homem meio estranho. Aos dois anos de idade ele teve um problema de saúde que o tornou deficiente e ele não tem absolutamente nenhum problema quanto a isso, ou pelo menos acha que não tem. Ele consegue fazer tudo sozinho e faz questão de dispensar a bengala sempre que pode, seu único problema é ter criado aversão a pessoas querendo agrada-lo. Ou mimado, o que todos tendem a fazer quando sua esposa morre. Ele é praticamente incapaz de agradecer alguém por algo legal, ele simplesmente fica investigando os motivos de a pessoa fazer isso. Dorothy também é estranha. Chegamos ha conhecê-la um pouco pelos diálogos dos dois (quando ela reaparece ou quando ele nos conta passagens do passado), ela é excêntrica, viciada em trabalho, uma negação na cozinha, desordeira, enfim esses são alguns de seus defeitos, o que não a torna estranha, e na realidade não sei explicar o porquê de eu achar isso. Ela simplesmente é. Na verdade não são só os dois que são estranhos, mas a relação deles também é. Não sei o que um viu no outro, (tenho a mesma opinião do que os outros personagens kkkk). Enfim não gostei muito de nenhum dos dois personagens principalmente de Dorothy. A irmã de Aaron, Nandina também não me agradou, o único personagem que eu gostei foi Gil, o empreiteiro da obra, que esta concertando a casa de Aaron.

Os únicos pontos positivos do livro pra mim são: O personagem ter uma deficiência acho isso muito legal para o leitor. Aaron dá algumas lições de vida nesse sentido, se mostrando forte independente de suas limitações. Ou seja, ele prova que é igual a mim e a você, embora não possa correr uma maratona. A forma como ele lida com a dor também é um ponto positivo, passo a passo vamos conhecendo a relação que ele tinha com a esposa e vamos o vendo enfrentar seus medos e apreensões.

O final também é um ponto positivo. Aaron termina bem por isso eu gostei. Achei que era o final certo pra ele, mas nem isso fará com que eu dê uma classificação melhor para o livro, pois ele como um todo merece a nota a seguir e a única explicação pra isso é o gosto. Para o meu gosto ele não é bom!




CLASSIFICAÇÃO: 1/5

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naniedias 12/09/2012

O Começo do Adeus, de Anne Tyler
Aaron trabalha em uma editora que publica livros de autores independentes. Não é um trabalho muito recompensador, mas ele até parece gostar. Não é esse o problema de Aaron. Também não é sua deficiência no braço e na perna direitos - com isso ele já se acostumou e sabe lidar muito bem (ao menos é o que ele acha).

O que atormenta Aaron é a morte recente de sua esposa - que ele ainda não conseguiu superar. Mais de uma ano depois da partida de Dorothy, Aaron ainda não conseguiu seguir em frente. É quando ele começa a ver algumas aparições da mulher.
Será que é tudo alucinação? Dorothy teria voltado para ajudá-lo?

Uma cativante história de crescimento e descoberta.


O que eu achei do livro:
Eu não sabia muito bem o que esperar de O Começo do Adeus. Nunca havia lido nada de Anne Tyler, nunca havia ouvido falar da autora. Na minha usual maluquice também decidi que não queria ler a sinopse. Eu gostei da capa, amei o título e só isso já havia sido o suficiente para me instigar a ler essa história. Portanto, comecei a leitura sem a menor ideia do que esperar. Ainda bem que resolvi ler - foi uma surpreendente delícia me deparar com essa história tão linda!

Não, eu não chorei lendo O Começo do Adeus. Me emocionei muito, mas não chorei. Refleti bastante - sobre quem eu sou, como me porto e o que faria caso um ente querido partisse repentinamente. Percebi que não saberia o que fazer. Como todo mundo, eu sei que um dia a vida acaba e que para morrer basta estar vivo. A pessoa mais saudável do mundo pode morrer de forma súbita e inesperada. Todavia, saber disso não faz com que encarar a morte seja algo mais fácil. Porque não é, certo?! O que eu faria se algum parente próximo morresse?! Eu não sei - acho que choraria muito. E, claro, teria que seguir em frente. Fácil falar, mas não é fácil de fazer.

Foi isso o que aconteceu com o protagonista dessa história - Aaron. Em um segundo ele estava casado. Talvez não exatamente em um casamento perfeito, mas ainda assim, ao lado da esposa que ele certamente muito amava. E no segundo seguinte algo acontece - e sua esposa acaba morrendo. Agora ele está sozinho e todo mundo parece ter pena dele - e ele não quer a pena de ninguém, nunca quis. Mas tampouco consegue lidar bem com a perda da esposa. Aaron fica perdido e não sabe o que fazer.

Com uma escrita sedosa, Anne Tyler nos mostra a história desse homem. Um homem imperfeito - cheio de defeitos - que era esposo de uma mulher cheia de defeitos também. Acho que encontrar personagens tão problemáticos assim me fez gostar mais ainda do livro. Geralmente quando lemos uma história sobre o amor são ambos tão bonzinhos, tão maravilhosos... os defeitos existem, mas são suplantados pelas qualidades gritantes. Não é o caso de Aaron e Dorothy (aliás, de nenhum personagens do livro! A autora consegue trabalhar os personagens secundários de maneira incrível).
Quando era criança, Aaron teve uma doença que deixou sequelas visíveis - o braço e a perna direitos não são normais. A mãe sempre foi superprotetora - e a irmã também - e isso deixou marcas inegáveis no garoto, que cresceu um homem ranzinza - vê qualquer gentiliza como um ato de pena e, por isso, as despreza. Com a leitura do livro, é possível perceber que até mesmo o casamento dele sofre com tudo isso. Ele é grosseiro, mandão, frio e distante. Às vezes, mesmo visto sob seu próprio ponto de vista, já que é ele o narrador, Aaron é um babaca, um completo idiota - um homem que é incapaz de compreender as necessedidades dos outros e,sem se dar conta, só tem olhos para si mesmo.

O mais incrível no livro, entretanto, é ver o crescimento de Aaron - a forma como, aos poucos, ele vai se dando conta do que está fazendo. É muito interessante acompanhá-lo quando vai descobrindo e amadurecendo aos poucos. O protagonista aprende a encarar melhor a vida, a aproveitar melhor um relacionamento, a escutar quem está ao seu redor e a enxergar além de seu próprio umbigo.

O título do livro em português é frustrante. Não faz muito sentido. Ok, na verdade até faz, já que é a história de um personagem que precisa dizer adeus. Mas não foi por isso que o título do livro foi escolhido. Em inglês ele faz todo o sentido. Aaron - narrador e protagonista - trabalha em uma editora que publica alguns livros duvidosos, dentre eles a série "Para Iniciantes" (The Beginner's), que seria algo como a famosa série "Para Leigos" (for Dummies, em inglês). E é baseando-se nos títulos publicados pela editora onde Aaron trabalha, que a autora nomeou o seu livro: The Beginner's Goodbye. Seguindo a tradução do livro, o título do livro teria que ser algo como "Adeus Para Iniciantes". Seria mais interessante - mais engraçado até. Por esse e alguns outros lapsos, eu fiquei pensando o quanto a tradução desse livro pode ter deixado a desejar. A revisão, certamente, não ficou muito boa. Imagino que a tradução também não tenha ficado excelente, embora não tenha o original para comparar. O que é uma pena, certamente.
A capa do livro (que é uma adaptação de uma das versões de capas americanas) também não me agradou - nada tem a ver com a história. Mas as outras capas que vi na internet também não têm... Não me pergunte qual seria uma boa capa - mas essa certamente não foi. Esses são os únicos pontos negativos do livro - nenhum ligado a história em si, que é muito boa!

Eu não sei explicar exatamente como Anne Tyler fez dessa história algo tão incrível, marcante e tocante, mesmo sendo tão simples e comum. Mas ela fez e eu amei o que encontrei! Espero poder ler outros livros da autora. Com histórias simples - que parecem cotidianas -, personagens cativantes, muito reais e imperfeitos, além de um enredo envolvente e encantador, O Começo do Adeus é um livro que desperta sentimentos e emoções, além de fazer o leitor refletir bastante sobre suas escolhas e suas atitudes. Muito recomendado.

Nota: 8
Dificuldade de Leitura: 5


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Fabiane Ribeiro 11/09/2012

Resenha - O Começo do Adeus
O romance de Anne Tyler vai muito pouco além do que já dito em sua contracapa.
A não ser pela questão de que os livros da editora desempenham papel fundamental na vida de Aaron, porque não é bem assim.
E isso não chega a ser uma crítica. Afinal de contas, se você gostou da sinopse, provavelmente vai gostar do livro.
Eu, particularmente, achei a sinopse intrigante e pensei que as aparições de Dorothy seriam interessantes e surpreendentes. E provavelmente esta foi minha maior frustração com a obra. Nada nela é surpreende.
O romance é linear, bem escrito e parado. Trabalhando simplesmente a dor e recomeço que Aaron enfrenta após perder a esposa.
Diálogos e mais diálogos poderiam ser dispensados na trama. Mas ela já tem apenas 208 páginas (que, muitas vezes, parecem 500).
Há quem goste de ver briguinhas de irmãos. A constante implicância e a preocupação exagerada que Nandina tem com a vida do irmão chega a ser engraçada no início. Mas segue exatamente a mesma até o final.

“Dorothy era médica. Eu trabalho como editor na editora de minha família. Sem grandes disparidades, certo? O que Nandina queria dizer era que ela era dedicada demais à profissão. Obcecada demais pelo trabalho. Ela saía de casa cedo para trabalhar, ficava lá até tarde, não me recebia com os chinelos na mão quando eu chegava em casa e mal sabia fritar um ovo. Por mim, tudo bem. Mas não para Nandina, obviamente” (Pág. 12).

O livro é permeado por um tom triste, de perda e superação, mas não chega a arrancar lágrimas; o drama não é tão explorado, embora você saiba que ele está ali, como um coadjuvante da história.
Com uma trama não pretensiosa, Anne Tyler há de agradar a alguns com esse romance, mas, com certeza, ela tem outros títulos que a consagraram como autora best-seller.
O ponto positivo da história é mostrar a superação e a aceitação de tragédias que, muitas vezes, fogem do nosso controle. Os personagens, no geral, são bem construídos, mas um pouco caricatos demais.
O lado negativo irá depender muito do gosto de cada leitor, e creio já ter deixado a minha opinião saliente no início da resenha. Não foi um livro que me agradou, nem que combinou com a fase que estou vivendo. E, na tentativa de lê-lo com imparcialidade, eu diria que ele é raso e previsível. De certo, não agradará a todos, mas pode ser um amigo para aqueles que se vêem de alguma forma representados na dor da perda de Aaron.

Trecho: “Em vez disso, senti cheiro de... Bem, era mais ou menos como álcool isopropílico, um cheiro menos pronunciado, delicado, de álcool flutuando na brisa, misturado a sabonete Ivory. O perfume exato da minha mulher. Então, fiz a curva e a avistei, de pé, na calçada. Ela estava a uns três metros de mim, de frente para nossa casa e olhando para ela, mas, ao ouvir meus passos, virou-se para mim” (Pág. 134).
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ricardo_22 11/12/2012

Resenha para o blog Over Shock
O Começo do Adeus, Anne Tyler, tradução de Ana Paula Corradini, 1ª edição, Ribeirão Preto-SP: Novo Conceito, 2012, 208 páginas.

Autora best-seller do The New York Times, Anny Tyler atualmente vive em Baltimore e já publicou dezenove obras, sendo que várias delas foram premiadas e tiveram adaptações, sobretudo para a televisão. Membro da Academia Americana de Artes e Letras, Tyler lançou em 2012 o seu mais recente romance: O Começo do Adeus.
O Começo do Adeus é narrado em primeira pessoa por Aaron, um homem de meia-idade, que possui uma deficiência no braço e na perna direita, e que sempre enfrentou alguns problemas em sua vida. Tudo passa a mudar quando ele conhece Dorothy, a mulher por quem se apaixonaria e se casaria.
Apesar de algumas dificuldades normais em um casamento, Aaron e Dorothy vivem felizes, pelo menos até o dia em que uma árvore cai na casa do casal e mata Dorothy, tirando o sentido da vida do narrador da história. O que reconforta Aaron são as aparições de sua esposa, que mostram que ele precisa encontrar uma forma de dizer adeus, algo que parece impossível para um homem apaixonado.

“Nada mais havia para qualquer um de nós dizer, apesar de sentir uma estranha relutância em permitir que ele desligasse. Por um momento, enquanto ele falava, Dorothy tinha sido, de novo, como era antes: voluntariosa, firma e teimosa. Não a vítima passiva que tinha se tornado em seus últimos dias” (pág. 47).

Com a quantidade de citações sobre O Começo do Adeus na orelha do livro, o mínimo que se espera é que a história seja capaz de emocionar e conquistar, mesmo que pela simplicidade. Além de tais citações, o que o livro propõe através de suas primeiras páginas dá a entender que será uma história marcante, mas ao final ficou faltando algo. Faltou o que provavelmente existe nos premiados livros de Anne Tyler, que possui uma narrativa delicada e que sabe o momento certo de intercalar a história entre o presente e o passado, dando uma fluidez maior a leitura – apesar de muitos terem encontrado dificuldade em continuar com o livro, ainda que não seja uma narrativa cansativa.
Se não bastasse ser narrado em primeira pessoa, o que já dá a impressão de que estamos lendo um diário, a forma como a história é contada coloca o leitor definitivamente dentro da história e o problema está no fato de que, assim como muitos diários, encontramos coisas desnecessárias e que nada engrandecem ou enriquecem a leitura.
O livro é tão dramático, que em grande parte da história o narrador-personagem lamenta a morte da esposa, se culpando e pensando o que teria acontecido caso algumas situações tivessem sido diferentes, por isso essa lamentação chega a irritar. Mas o drama criado por Anne Tyler em nada se assemelha aos dos principais autores do gênero e talvez não tenha conquistado como poderia acontecer – nem mesmo a emoção chega a ser tão grande.
Em partes a forma como o personagem se livra de seu luto não é convincente, principalmente quando se trata dos livros lançados pela editora da família de Aaron, porém existe uma relação bacana entre ele e sua irmã, e também com seus amigos, por mais que essas amizades não tenham sido totalmente exploradas ao longo do livro. De qualquer forma, mesmo que não sejam convincentes, muitas das coisas que acontecem são previsíveis e isso, diferente do que costuma ocorrer, não é nenhum fator negativo, pelo contrário, era exatamente o que torcíamos para acontecer, já que o leitor sabe o que seria necessário para o reencontro do protagonista com a vida.
Certos personagens, como o próprio Aaron, não chegam a se destacar e alguns inclusive não demostram qualquer tipo de emoção e sensibilidade com as situações encontradas na história, mas uma personagem, que quase não possui destaque algum, conquista de uma maneira tão intensa que fica impossível não dizer: “ela precisava ter sido revelada antes”.
Segundo o Kirkus Reviews, “O tom desta fábula extravagante é tão sutil que é praticamente imperceptível” e com certeza isso foi o ponto forte do livro. Essa citação não tem nada de exagerado, pois a essência da obra é exposta com uma sutileza quase única por parte de Anne Tyler, que ao final de apenas 208 páginas mostra que apesar de difícil de enfrentar, o adeus é essencial para transformar a vida de uma pessoa enlutada e mostrar a ela que a outra pessoa precisa partir – seja antes ou depois do perdão.

“Mas ponha-se em meu lugar: pense em uma pessoa que você perdeu e de quem vai sentir saudade até o fim de seus dias e então imagine encontrar essa pessoa em público [...] Você não questionaria sua sanidade, porque não suportaria pensar que não é real. E com certeza não exigiria explicações, nem alertaria as pessoas ao redor ou estenderia a mão para tentar tocá-la, nem que sentisse que um toque valeria desistir de qualquer coisa. Você seguraria a respiração. Ficaria o mais imóvel possível. Pediria à pessoa amada que não fosse embora de novo” (pág. 153).

Original em: http://www.blogovershock.com.br/2012/12/resenha-121-o-comeco-do-adeus.html
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Literatura 21/11/2012

Dizer adeus pode ser libertador
Aaron tem deficiência no braço e na perna direita, e se movimenta com a ajuda de uma bengala. Desde criança, ele tentava se livrar de sua irmã que sempre lhe estava mandando fazer algo tornando sua vida uma tortura. E isso durou até o dia em que conhecera Dorothy, depois de ser encarregado de fazer uma pesquisa para o autor do novo livro que seria lançada pela editora de sua família.




Ao vê-la, é contagiado pelos sentimentos do amor. Apaixonado, ele não sabe como se declarar para Dorothy ou convidá-la para sair, pois além da deficiência nos membros, ele sofre de uma pequena gagueira. Mas nada disso impediu que depois ambos se casassem e vivessem felizes.




Quando uma árvore cai, por conta de uma tempestade, em sua casa provocando a morte de Dorothy, Aaron se ver numa torrente de tristeza. Ele é tomado pela dor da perda e não consegue acreditar que sua amada morrera.




“Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse.”

Pág. 162




Durante a reforma de sua casa, Aaron vai passar alguns dias com sua irmã. Ela o recebe carinhosamente e Aaron passa alguns dias sem ir trabalhar na editora de sua família. Ele fica desolado, revivendo consigo todos os momentos felizes que tivera com Dorothy, até quando ele fora pela primeira vez ver como estava ficando sua casa e se deparou com Dorothy do outro lado da calçada, a apenas alguns metros dele.




Ele não acredita que ela era e desvia o olhar, quando retorna a olhar para calçada do outro lado não mais a vê. Aaron então fica tendo encontros inesperados com Dorothy. Ela aparece em qualquer lugar em que ele pode esta e aos poucos Aaron vai se aproximando dela e chegam a conversar. Ele não sabe dizer se o que ver é real ou apenas coisa de sua cabeça.




“Mas agora eu queria as dores e as delícias de uma vida normal. Queria que minhas consoantes interrompessem minhas vogais ao falar, meus pés tocando os dela durante um abraço, meu nariz cutucando o dela durante um beijo. Eu queria a realidade, mesmo que fosse imperfeita e repleta de falhas".

Pág. 163

Veja resenha completa no Literatura:
http://www.literaturadecabeca.com.br/2012/11/resenha-dizer-adeus-pode-ser-libertador.html
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Hannah Monise 20/11/2012

História de Superação
Uma história simples e, ao mesmo tempo, muito bonita e tocante.

O Começo do Adeus conta a história de Aaron de superação da morte de sua esposa. Aaron nos conta tudo desde quando conheceu Dorothy, passando por momentos de seu casamento e, enfim, o luto e como seguiu em frente com sua vida.

Aaron é um personagem diferente dos que lemos em livros normalmente. Nunca (nunca mesmo, que eu me lembre!) li uma história em que os personagens centrais não fossem magros ou com a beleza, digamos que, um pouco mais “comum”. Dorothy é gordinha e não se veste de modo a valorizar sua beleza e Aaron tem problemas no lado direito do corpo que o fazem andar arrastando a perna. É claro que isso não muda o livro como um todo, estamos falando apenas de aparência, porém isso não deixa de dar um toque especial ao livro.

Com narração em primeira pessoa e um protagonista um tanto quanto diferente, este livro prende o leitor às páginas apenas pela curiosidade de saber como ele irá superar tudo. Digo “apenas” porque não vi algo de mais e grandioso na história, a vida do personagem vai se levando com calma, sem grandes acontecimentos e algo que desperte muita emoção durante a leitura.

A capa e o título do livro me despertaram uma expectativa que não foi totalmente atendida. Primeiro que o título diz sim um pouco do que se trata, mas eu não senti que a autora conseguiu passar uma mensagem completa com a história. Já a capa retrata quase nada, o protagonista tem algo com livros, pois trabalha numa editora, mas por ser uma capa mais “feminina” passa uma coisa bem diferente a quem se atrai por ela, porque sim, a capa é realmente linda.

Esta é uma leitura sobre superação e que mostra que, com o passar dos dias, as coisas difíceis vão ficando mais fáceis de serem levadas.

“Ela era única entre as mulheres. Não havia ninguém como ela. Meu Deus, ela deixou um enorme vazio! Eu me senti como se tivesse sido apagado, como se tivesse sido rasgado em dois.” (Página 19)
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