Resenhas - O Psicopata Americano

Bunig 17/11/2024

Repetitivo
Primeiro assisti ao filme e é inusitado porque na primeira vez em que o vi, detestei. Na segunda eu já entendi melhor. Tinha visto alguns vídeos e lido algumas análises que me deram um contexto melhor. E ainda assim me questionei por que os homens ficam endeusando Patrick Bateman? A questão é que muito provavelmente eles, assim como eu, não entenderam o foco da história.

Patrick Bateman é um homem obcecado por aparências e por obter uma boa impressão das outras pessoas, até mesmo daquelas que ele diz não se importar. Em um sistema capitalista, num mundo consumista, as marcas que veste dizem mais sobre você do que suas ações. E no centro disso se localiza Bateman, uma pessoa medíocre com delírios de grandeza, se achando o tal do Übermensch que Nietzsche tanto falou.

Apesar das reflexões interessantes, entremeadas por crimes violentos contra minorias, o texto se torna repetitivo e extremamente cansativo.

Bianca 13/11/2024

"Há uma ideia de um Patrick Bateman, uma espécie de abstração, mas não existe um eu real, apenas uma entidade, algo ilusório."
Para começar eu achei o enredo do livro um tanto interessante, a ideia de vida superficial e vazia de Patrick Bateman e os outros yuppie no final dos anos 80 genial, confesso que me divertia em muitos dos jantares com suas conversas fúteis sobre como combinar a meia com a gravata e tantos outros assuntos, onde fica claro que ninguém se importa com ninguém e muitas vezes os rostos e nomes se misturam porque no fundo ninguém se importa, ninguém se reconhece de fato, o protagonista está mais preocupado com a marca da vestimenta das pessoas do que ela em si. Todavia o livro não fica só nisso e vem as partes que não me agradaram, primeiramente não ter uma continuidade entre os capítulos, capítulos sobre músicos e abusar de sequencias explícitas até demais, entendo que a última foi essencial para o que o autor queria transmitir mas me incomodou bastante.

Grabiis 29/10/2024

Um retrato do rico americano
Patrick Bateman é um banqueiro de investimento, branco, rico e hetero, vive uma vida luxuosa e superficial, rodeado por pessoas iguais a ele, porém ele consegue se diferenciar em uma parte, Patrick é um homicida cruel.
Extremamente racista, homofóbico, elitista e misógino, Patrick se deleita com o sofrimento e humilhação daqueles que ele considera inferior, uma pessoa extremamente manipuladora, que não sente nenhum remorso por seus atos, e se deleita a cada assassinato cometido.

Esta é uma historia de um psicopata que tenta ser diferente de todos ao seu redor, já que vive em um mundo repleto de coisas supérfluas, sua personalidade consiste em restaurantes chiques, transar com as mais gostosas do lugar, roupas caras, uso de drogas e por fim, assassinatos brutais.
Lendo este livro você acaba se perdendo na loucura de Patrick, não sabendo mais diferenciar se seus atos são reais ou fruto de sua imaginação. O foco aqui não é o passatempo sombrio de Patrick, e sim sua vida, que a todo tempo tenta ser importante e diferente, mas sempre acaba sendo mais um na roda de amigos, sendo sempre confundido com outras pessoas, a todo momento tentando ser descoberto para ser relevante, mas sempre sendo ignorado, pois ele é apenas mais um rostinho bonito no meio de outros 500 iguais.

O livro visa essa critica ao consumismo, com personagens que são amigos mas não se importam um com os outros, só se importando com o status, os assassinatos é um meio que o Patrick usa para tentar se diferenciar, mas no final ninguém liga ou acredita nele, talvez Patrick seja tão iludido que não tenha cometido nem metade dos horrores que narra.

Se for ler este livro, se prepare para uma leitura lenta, cada capitulo é desconexo do seu anterior, você vai seguir o dia a dia de Patrick, então vai ler capítulos sobre musica, roupas, rotina de academia e Skin care, e é claro, os assassinatos. Se você tiver problemas/gatilhos com cenas de violência física e sexual, NÃO LEIA O LIVRO, ele é extremamente gráfico e detalhado, o Patrick se excita com a violência então espere uma coisa bem grotesca, esta não é uma historia para quem tem estomago fraco.

sindel3 28/09/2024

O livro tem várias partes entediantes, assim como também tem partes totalmente pesadas.
patrick, é apenas um homem narcisista e esquizofrênico, ele vive uma realidade onde ele mesmo criou, tem fantasias/fetiches em mulheres sendo dilaceradas, mortas brutalmente. acho que em todas as vezes que ele tinha um encontro com uma mulher, já era coisa da cabeça dele a partir das partes que ele transava e matava elas, para mim não faz sentido aquilo ter acontecido na realidade. além do fato de que quando ele ?matou? o Paul, ele ter mentido para o detetive dizendo que ele estava em Londres, poderia ser verdade, pois no final do filme, patrick acaba confessando tudo para seu outro colega, e o mesmo diz ter jantado com Paul há 10 dias atrás em Londres, talvez, a partir do momento onde patrick invade o apartamento de Paul logo depois de ter ?matado? ele, Paul poderia ter viajado nesse meio tempo. Paul nem sequer deve ter ido ao apartamento de Bateman, talvez nem sequer se conheciam na realidade.
as partes mais reais e sentimentais que ele tinha, era apenas com Jean, sua secretária.
acredito que ela poderia ser sua fuga, ele mesmo fala no livro que ela enxergava uma alma onde ele sabia era vazia, ele não é inteiro.

Patrícia 08/09/2024

Essa foi uma leitura difícil, tem muitas descrições de roupas e marcas que acabou deixando a leitura lenta...
Já as partes de torturas e mortes foram bem mais rápidas e tem que ter estômago pois as cenas são bem pesadas mesmo.
Acabei achando uma leitura mediana por na maior parte do tempo eu ter ficado entediada com a leitura.

Lucas 04/09/2024

Uma ambiguidade magnífica
O livro, apesar de toda a polêmica envolvendo a violência, tem o seu maior acerto na ambiguidade do protagonista. Afinal, será se toda a história ocorreu ou foi apenas um delírio?

hermesfr 03/09/2024

Enfadonho
O livro é extremamente repetitivo nas situações, uma sequência sem fim de jantares e descrições de comida e roupas intercalada ocasionalmente com sexo e assassinatos. Lá pela página 200 já estava achando enfadonho e ainda não tinha chegado na metade. Vale pela acidez e pelo deboche da sociedade americana, só que se você ler uns cinco capítulos já sabe como é o livro todo. A história não avança além disso e nem o autor levanta outras questões.

kamylism 31/08/2024

Na escrita detalhada de Bret, Pat Bateman vai além de gabaritar o código penal numa história crua e brutal.

@hmhenrique 30/08/2024

Cenas impactantes
Confesso que estava ansioso pra ler esse livro, principalmente pelos comentários do pessoal sobre o impacto de certas partes.

A leitura é meia monótona, pois ele detalha 100% dos acontecimentos, de maneira bem irritante, confesso. Entendo que esse estilo de escrita é pra gente começar a entender como a mente dele funciona. Ele é fútil, egocêntrico e bem narcisista, mas esse detalhamento acaba atrapalhando a história e nos faz perder o interesse.

Tem alguns capítulos totalmente desnecessários e que de nada somam a história.

O fato da linha temporal não ser bem apresentada me incomodou. Fica difícil de saber se, se passaram dias, meses e tal. A gente se apega as datas especias como Natal e Dia dos Namorados pra entender essa linha.

Sobre as cenas impactantes que todo mundo fala, sim, são bem impactantes em relação ao detalhamento dos crimes. Realmente incomoda e causa certa repulsa, mas confesso que não são tantas cenas assim. Quando li as críticas, acreditava que o livro como um todo seria assim, mas não, da pra contar nos dedos as cenas pesadas.

No geral o livro é Ok, ele realmente é um ser humano doente e psicopata. Mas fica muito no ar também se esses crimes foram reais, ou se foram alucinações.

O filme é melhor mesmo!

skywalkerjr 22/08/2024

O filme ainda é melhor.
Um livro muito frio, pesado e BEM complexo, cheio de detalhes e que em muitos momentos me deixaram com sono. ?Psicopata Americano? foi uma das minhas experiências literárias mais diferentes, nunca tinha lido um livro tão detalhado em toda a minha vida e entender o que o autor quis passar torna tudo muito melhor. O livro tem momentos muito interessantes e marcantes, mas também tem outros que foram um saco de acompanhar. Apesar de tudo é um livro bacana.

ClariceTuma 16/08/2024

O filme é melhor...
Chocante, apenas isso. A suposta critica do livro fica perdida entre cenas pornograficas de necrofilia e canibalismo. Não me surpreenderia se um incel já tiver se masturbado pra esse livro.

Se alguém tentar te convencer que existe algo a mais nesse livro está mentindo ou não o leu. O filme é melhor.

Brunna158 14/08/2024

Pablo marçal in the multiverse of madness
Eu acho que existem poucas sátiras tão bem construídas quanto esse livro (mesmo o objeto satirizado sendo por si muito caricato).

bret nos oferece um retrato cômico e trágico dos yuppies de wall street com uma maestria que eu nunca vi. cada caracterização é enriquecida com detalhes extremos. esses detalhes nos oferecem um perfil perfeito de pat bateman, um homem obcecado por se enquadrar e que no final não encontra nada além do nihilismo.

as descrições são cruéis, frias e MUITO engraçadas tem hora. toda a futilidade de uma elite é esmiuçada aqui, a preocupação excessiva com a própria imagem, com as comidas certas, os produtos certos, as roupas da última moda. todo esse esforço pra no final todos serem exatamente iguais.

é muito cômico como todos eles são parecidos, ao ponto de não se reconhecerem mais. o retrato de nova york beirando o gotham city também é muito rico e esclarecedor.

um livrão (quase 500 páginas) aterrorizante e divertido. recomendo (mas com parcimônia pois MUITO violento).

Laís Binek 12/08/2024

Não é uma leitura fácil; é um livro que provoca, desafia e, muitas vezes, choca.
"Psicopata Americano", de Bret Easton Ellis, é uma obra visceral e perturbadora que mergulha nas profundezas do comportamento humano e da psicopatia. Publicado em 1991, o livro se destaca como uma análise sombria e cruel da cultura consumista e da superficialidade da sociedade dos anos 80, e continua a provocar e a dividir opiniões até hoje.

A história é narrada em primeira pessoa por Patrick Bateman, um jovem executivo de Wall Street que leva uma vida de luxo e excessos em Manhattan. Bateman é, ao mesmo tempo, o epitome do sucesso e da riqueza, e um assassino em série insaciável e cruel. A narrativa detalha seus crimes grotescos e sua espiral descendente de violência, oferecendo uma visão chocante e desumanizante da mente de um psicopata.

Ellis cria um retrato perturbador da sociedade da época, cheia de superficialidade e materialismo. A obsessão de Bateman com status, aparência e consumo é um reflexo satírico e brutal da era Reagan, onde o consumismo desenfreado e a indiferença moral são expostos em toda a sua crueldade.

A escrita de Ellis é implacável e detalhada, muitas vezes expondo o leitor a cenas de violência explícita e tortura. Esse estilo gráfico e a abordagem fria e calculista de Bateman criam um ambiente literário desconfortável e angustiante, refletindo a desconexão e o vazio existencial de seu protagonista.

"Psicopata Americano" não é uma leitura fácil; é um livro que provoca, desafia e, muitas vezes, choca. A obra explora temas de identidade, moralidade e a natureza da violência, forçando o leitor a confrontar o que está oculto por trás da fachada de sucesso e normalidade. É uma crítica mordaz à sociedade e uma exploração perturbadora da psique humana, que continua a ressoar e a provocar discussões intensas anos após sua publicação.

Hugo 09/07/2024

O livro proibido
O livro foi proibido em vários países. No primeiro quarto da história pareceu-me exagero. No entanto, nunca havia encontrado uma descrição de violência tão brutal como está escrita nesse livro. É surpreendente a habilidade do autor.

Iury Ribeiro 28/04/2024

Resenha sobre O Psicopata Americano
Simplesmente genial, Bateman é um enigma em todos os ângulos, o livro é um enigma. O autor permite que o leitor crie versões do que aconteceu, já que Bateman é o narrador, e é difícil distinguir o que é real e o que é fruto da mente perturbada do protagonista.

Importante enfatizar também que o livro é uma crítica ao estilo de vida "Yuppie" ("Diz-se de ou jovem profissional da década de 1980, bem-sucedido financeiramente, caracterizado pela ambição, materialismo e pelos gastos excessivos em atividades caras e artigos de luxo: As festas mais concorridas dos anos 1980 eram frequentadas por rapazes yuppies.")

site: https://michaelis.uol.com.br/palavra/QwdvO/yuppie/#:~:text=Dicion%C3%A1rio%20Brasileiro%20da%20L%C3%ADngua%20Portuguesa&text=pej%20Diz%2Dse%20de%20ou,eram%20frequentadas%20por%20rapazes%20yuppies.