A casa das sete mulheres

A casa das sete mulheres Letícia Wierzchowski




Resenhas - A Casa das Sete Mulheres


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murilzj 07/11/2024

Sete velas luzem por nós na escuridão...
A Casa das Sete Mulheres é uma obra que, assim como O Tempo e o Vento, está no meu imaginário desde quando criança e, finalmente, ter o privilégio de ler este livro... foi incrível!
Como descrever tão bem a espera quanto esperar pelo futuro?
Como viver flertando com a insanidade confinado no pampa sem fim?
"Se a vida é uma longa espera, então ensina-me a te esperar."
O livro é marcando constantemente pela presença do tempo — o tempo, inimigo de todos —, procurando tecê-lo, as mulheres que ficam em uma estância durante a Guerra dos Farrapos, anseiam pelo fim da sua solidão, aguardando pacientemente os dez anos vindouros...
Dentre tanta desesperança, ainda brota o amor, amor esse que arraca-nos a alma; assim como o minuano estoura os tímpanos, a desgraça sempre acompanha essas mulheres gauchas, ao verem seus maridos, filhos, netos morrendo na guerra, ao não ser permitida a viver seu amor... A sina do infortúnio segue-as como segue o tempo no relógio, segue-as como segue o vento no descampado infinito.
A linguagem simples, por vezes bruta, de tanto desgaste das batalhas; a linguagem delicada que aguarda o retorno de um amor, e, que de tanto esperar, nunca se extingue, fica registrada para sempre nos cadernos de Manuela...
"Se quem chegou, partiu; se quem virá, já foi; só pra quem fica os dias são todos iguais...
Mil sonhos pra enterrar, ventos e vendavais, corpo e alma afetam se os anos pesam demais no coração."
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Thayana.Pinho 28/10/2024

História linda
Li depois de assistir a Minissérie da globo. Eu tinha 11 anos e amava os romances e as aventuras do livro, pretendo reler agora adulta.
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Mary 23/09/2024

Romance novelão
A espera se tornou a personagem mais presente e longínqua desse romance. A família, as mulheres, a guerra, os homens, todos em torno da espera pelo fim da peleja, pelo término das batalhas.
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Camilamartins_9 22/09/2024

A casa das sete mulheres
Havia tempos que não lia um romance ambientado no pampa gaúcho, o último foi ?um certo capitão Rodrigo?, um fragmento da obra de Érico Veríssimo.
A escrita de Letícia é cativante, mais do que isso, é completamente imersiva. Impossível não sentir o misto de sentimentos vivido pelos personagens, a angústia da espera, a alegria das festas, o alívio de cada regresso, e a tristeza de cada perda.
Há muito tempo que uma leitura não me despertava tamanho entrevero de sentimentos, há muito que um livro não me cativava tanto. Seriam ?um farol no pampa? e ?travessia? tão cativantes quanto seu predecessor? Confesso que me toca um misto de curiosidade com receio.
Acredito que vem por aí uma boa ressaca literária.
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Carolina.Lausmann 20/09/2024

“A Casa das Sete Mulheres” é um livro ambientado na Revolução Farroupilha, e coincidentemente terminei a leitura hoje, no dia 20 de setembro, ao som do desfile dos cavalarianos. No geral, gostei bastante da história.

O que mais me chamou a atenção foi a forma realista com que Letícia Wierzchowski retratou as mulheres da época, sem exagerar ou distorcer os papéis que elas desempenhavam. Além de ocuparem o papel tradicional de espera, cuidado com o lar e gestação de filhos, elas surgem também como administradoras de grandes estâncias, fundamentais para manter a economia funcionando enquanto os homens estavam na guerra. Essa abordagem trouxe uma nova dimensão ao papel feminino na época, mostrando sua força e relevância.

Além de darem vida, essas mulheres estavam, de certa forma, gestando algo ainda maior: paciência, esperança e o futuro. No silêncio de suas rotinas, elas aguardavam o retorno de boas notícias, o fim das incertezas e a continuidade de uma luta que não acontecia apenas no campo de batalha, mas também dentro de suas próprias casas. A autora conseguiu capturar bem essa dualidade entre a espera e a resistência, embora, em alguns momentos, isso tenha trazido certo tédio, refletindo a monotonia e a longa espera que elas viviam.

A maior parte das personagens foi inspirada em figuras históricas, resultado de uma pesquisa cuidadosa, o que deu ainda mais peso à trama.

Um detalhe interessante é que Letícia tinha menos de 30 anos quando escreveu o livro, o que talvez explique por que algumas situações não receberam tanto peso dramático, tira um pouco do envolvimento com a trama.

Apesar de em certos momentos a história parecer um pouco romantizada, como na forma passiva em que os negros são retratados na casa, isso se justifica pela perspectiva da protagonista Manuela, uma jovem “sinhazinha”. Esse ponto de vista mais limitado faz sentido dentro da narrativa, e no meu ponto de vista, deixou a história coerente.

Por fim, gostei de como a autora conseguiu entrelaçar os eventos dentro da casa com os fatos reais da guerra, criando um equilíbrio interessante entre ficção e história, o que tornou a leitura bem agradável.
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Floreios 18/09/2024

Pelotas, 4 de junho de 1900 - cadernos de Manuela.
Trechos | [...] Algum tempo depois, recomecei a escrever, porque não sabia mais levar os dias sem derramar meus pensamentos no papel, e as silenciosas tardes na instância pediam a companhia das palavras. Quando a guerra findou, Mariana me entregou uma caixa de madeira. Lá dentro estavam meus velhos cadernos. Foi lendo-os cheguei até aqui. Passou-se muito tempo, depois daquilo tudo, e tanta gente morreu, quase todos morreram... Restei eu, como um fantasma, para narrar uma história de heróis, de morte e de amor, numa terra que sempre vivera de heróis, morte e amor [...].


A Casa das Sete mulheres, livro de Leticia Wierzchowski, romance que deu origem a produção da minissérie da TV Globo, adaptada por Walther Negrão e Maria Adelaide Amaral, trata da mais longa guerra civil da História do Brasil na perspectiva de sete mulheres da família dos Gonçalves da Silva.
Família de grandes estâncieiros gaúchos e líderes militares que organizam e fomentam a guerra, revoltados com o governo provincial e os altos impostos cobrados pelo Império brasileiro sobre o charque.
Com uma escrita detalhada e sempre margeada pelo clima do pampa riograndense, o livro envolve o leitor nos longos anos de espera dessas mulheres por notícias de filhos, maridos, familiares e pelo fim da guerra.
Os capítulos são narrados em terceira pessoa e intercalados com o que a autora chama de Cadernos de Manuela, trechos do diário de uma das mulheres que vivem na casa com suas reflexões sobre o conflito anos depois e as cartas dos homens que estavam na guerra.
O romance se passa em um período da História do Brasil que a escravidão ainda estava em voga, e sabemos que não moravam apenas sete mulheres na estância. Tantas mulheres negras escravizadas também moravam na fazenda e poderiam ter sido mais exploradas em suas angústias, medos e esperas, assim como, os papéis de gênero muito bem demarcados, característicos do século XIX, também chamam a atenção e para uma leitora do século XXI com um pouco de incômodo ao longo da leitura.
Porém não deixa de ser uma boa experiência de leitura e muito envolvente.
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Lariana1 01/09/2024

Triste e lindo
Rico, uma escrita maravilhosa. Apesar da tristeza da guerra é um livro que não dá vontade de parar de ler.
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Andressa.Severo 31/08/2024

Um romance com plano de fundo histórico
O livro é muito bom, o plano de fundo histórico deixa mais interessante.
Confesso que desejava um final diferente pra muitos personagens, mas a ?realidade? da obra é implacável.
Por ter muitas descrições as vezes a leitura se tornou mais lenta. De qualquer forma valeu muito a pena conhecer a história.
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AAnacruz 05/08/2024

Dez anos de guerra, milhares de mortos e no fim não conseguiram a tão sonhada república. É uma história muito triste como é toda guerra.
Quero salientar como Maria Manuela é uma pessoa detestetavel. Todas perderam alguém naquela guerra, filhos maridos e amores. Mas ela como disse Dona Ana não sabe perdoar. Ela é o tipo de mãe que prefere perder a filha e o neto pra sempre do que perdoar. Tomara que tenha morrido só. Bicha ruim. Até Dona Antônia que foi a primeira a ser contra o namoro de Manuela e Giuseppe mudou de opinião ao longo dos anos da guerra e no fim ajudou Mariana e João.
Mas pelo visto a teimosia tá no sangue pq Manuela viveu sozinha e seca eternamente esperando pelo Garibaldi, trouxa demais.
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Daiany.Cordeiro 23/07/2024

Um livro sobre perdas, confiança e muita espera
Enfim, depois de abandonar este livro a 3 anos atrás, recomecei a leitura com a determinação de que dessa vez leria até o fim.

A história se passa durante o período de 10 anos da guerra da farroupilha. Apesar de ter vários relatos sobre a guerra, o livro é focado nas mulheres que ficaram esperando o fim da guerra, ansiosas e temerosas pelos seus maridos, filhos e irmãos, em uma estância.

Não é um livro que me faça ansiar ler mais um capítulo, ao contrário, fiquei postergando. Mas fico feliz de ter lido até o fim.

Se trata de um trilogia, mas acredito que não é necessário ler todos os três, pois esse terminou fechadinho, tem o fim de todos o personagem principais. Porém, pretendo ler os próximos.
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spoiler visualizar
Luciana 17/07/2024minha estante
Calma calabresa ??




Luciana 12/07/2024

A história se passa durante a Revolução Farroupilha. Misturando ficção com fatos históricos, foca principalmente na vida das 7 mulheres que ficam na estância, são elas irmãs, sobrinhas e a filha do general Bento Gonçalves.

Narrativa se divide sobre os acontecimentos na guerra, a vida que transcorre na estância e no caderno de Manuela. E dessa forma vai relevando aos leitores os ideiais, sonhos, perdas, amores, resiliência, amadurecimento e aceitação pela qual passam absolutamente todos os personagens, cada um tendo sua cota de intensidade e vivenciando uma batalha pessoal e intransferível.
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Ana Caroline 10/07/2024

Um romance sobre liberdade e espera?
A casa das sete Mulheres é um romance histórico que mergulha na Revolução Farroupilha, um dos conflitos mais marcantes do Brasil no século XIX. A narrativa foca nas mulheres da família do General Bento Gonçalves, líder da revolta. Enquanto os homens estão em batalha, as mulheres se isolam em uma estância no Rio Grande do Sul, enfrentando seus próprios desafios e emoções.

O livro é notável pela forma como entrelaça fatos históricos com ficção, destacando a força e resiliência das personagens femininas. A escrita é rica e envolvente, proporcionando um retrato vívido da época e da paisagem gaúcha. é uma leitura cativante para quem aprecia histórias de coragem, sacrifício e a luta pela liberdade.
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Marcia Pimentel 06/07/2024

Uma história emocionante!
Gostei muito da história, pois ela retrata perfeitamente como era a vida em 1835. Em tempo de guerra, as mulheres ficavam em casa esperando que seus maridos e filhos voltassem vivos da guerra. E não foi diferente com as mulheres da família Gonçalves. Enquanto os anos passam, Caetana, D. Ana, Maria Manuela, Perpétua, Manuela, Mariana e Rosário tem suas histórias contadas pelo narrador e também pelas cartas de Manuela. Essas sete mulheres passam os dias em esperas constantes. A espera da volta de seus maridos e filhos, de uma notícia ou de uma carta. Enquanto isso, umas se apaixonam, outras sofressem, ficam loucas, ou se casam. Uma leitura maravilhosa.
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Flavissima 06/07/2024

Simplesmente arrebatador!
Gente, que riqueza é ter esse escrito e esse livro! Que riqueza de detalhes essa trama é narrada e que incrível a forma como tudo é narrado. Muitas histórias narradas ao mesmo tempo e com maestria. Todas pontas se fecham ao fim da leitura e tudo se encaixa bem... Não da melhor forma para todos, mas da melhor forma que foi possível. Esse foi a segunda vez que li esse livro e com certeza, da primeira vez não teve nada de igual, apenas que amei demais!
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