Adormecida

Adormecida Anna Sheehan




Resenhas - Adormecida


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Flavia_Marcato 05/10/2012

Adormecida – Anna Sheehan
Notas para leitura:
- Comprei esse livro achando que ele era uma releitura de “A Bela Adormecida”;
- Sabia que era um livro distópico, mas achei que o foco seria diferente do que foi dado;
- ODIEI NO INICIO, AMEI NO MEIO E TERMINEI COM UMA SENSAÇÃO DE TRISTEZA MUITO FORTE, NÃO SEI SE ISSO É BOM OU RUIM, MAS ME FEZ REFLETIR SOBRE MUITA COISA.


Rose Fitzroy esteve dormindo profundamente por 62 anos, quando acorda – com um beijo – numa nova época, descobre que é herdeira de uma corporação interplanetária multimilionária, que seus pais morreram e o rapaz por quem era apaixonada é somente uma lembrança. Rose tenta se adaptar e seguir com a vida, mas tudo é estranho e ela se sente deslocada, tendo somente dois amigos – sendo um deles estranhamente familiar.

Acho que seria mais fácil pra eu justificar minha opinião sobre esse livro se a leitura não tivesse se tornado tão prazerosa, se a autora tivesse mantido o mesmo ritmo inicial. Talvez desta forma, eu não estivesse aqui sentada tentando entender o que á ADORMECIDA. Mas como a realidade não é assim e como não posso me colocar em estase até clarear as ideias deixe-me falar sobre algumas coisas.
Rose Samantha Fitzroy é uma menina que levou 38 anos para completar 16 anos e depois disso passou 62 anos em estase*. Ela não tem a menor autoestima e está sempre subjugando seus desejos em prol do que seria esteticamente melhor de ser assistido pelo restante da sociedade. Sem amigos e sem o menor traquejo social – afinal são 62 anos de novidades que ela não viu – a escola torna-se um tormento, e a única escapatória é a amizade que criou com Bren Sabbah (o garoto que a acordou), o estúdio de arte e Zavier (que ela ganhou quando voltou para seu antigo apartamento), além da amizade com Otto (mais pra frente no livro).
Otto alias merece um parágrafo só pra ele, ele é um dos personagens mais interessante de Sheehan, seu DNA foi modificado, tendo sido unido ao de um organismo alienígena. Ele é azul, sim azul, não fala, mas ao tocar as pessoas consegue falar por meio de seus pensamentos, fazendo-as entende-lo e ouvi-lo além de conseguir entender elas de uma maneira muito mais tocante, uma vez que ele consegue sentir o que elas sentem. O Otto é inteligente, fofo, e um amigo dos mais fiéis e confesso que a partir de um determinado momento desejei que ele fosse mais que um amigo para a Rose.
A partir do inicio da amizade entre Rose e Otto o livro muda completamente, ele vai da coisa mais chata da humanidade para a coisa mais instigante e você sente vontade de ler ate chegar a ultima linha, gostei muito disso nessa autora, a habilidade que ela tem de preparar uma historia e fazê-la deslanchar.
Mas as surpresas não param por ai, o livro tem suspense e revelações muito perturbadoras. Adivinhei boa parte dos fatos relacionados aos pais de Rose e a Xavier, mais simplesmente eu não acreditava que a autora tomaria algumas decisões, elas parecem tão tristes, tão cruéis!
Tudo envolvendo Xavier é simplesmente muito trágico, muito triste, muito intenso, muito irreversível, a história dele é muito cheia de ‘muitos’ e isso nem sempre é bom. Mas te faz refletir sobre a vida, e sobre quando realmente estamos vivendo, sobre nossas escolhas e sobre a repercussão delas. Terminei o livro chorando, com muita pena de tudo o que envolveu Xavier, se de repente tudo fosse diferente... Mas não quero escrever muito mais sobre isso pra não soltar spoillers.


ADORMECIDA TE LEVA A EXTREMOS, PROVOCANDO SENSAÇÕES MUITO CONTRADITÓRIAS, primeiro achei um porre de tão chato, depois fiquei empolgada quando Otto começa a ‘falar’, então me apaixonei com a história da Rose e Xavier, e em seguida me desesperei pelos acontecimentos do passado e presente dela, terminando com uma tristeza que me fez refletir sobre um monte de coisas.
DEFINITIVAMENTE RECOMENDO, mas ressalto, não se trata de um livro bonitinho, leia esse livro quando estiver numa boa fase pois trata-se de um livro extremamente triste, com um final comovente mas bem sad.


*Estase é uma espécie de sono sob o qual a pessoa pode ficar por anos sem precisar se alimentar e sem envelhecer. Nesse sono é como se ela estivesse na sua mente, mas tendo lindos sonhos sem ser nunca sentir medo ou tristeza.
Michele 14/11/2012minha estante
Vdd, não é um livro bonitinho, é triste, me levou as lágrimas, mas é um dos melhores livros que eu li ultimamente!!




Vivi 10/09/2012

A princípio achei que esse livro fosse apenas uma releitura da história da bela adormecida, maas, a cada página virada ficava claro que não se tratava apenas disso. Realmente a história nos remete ao conto da bela adormecida, as semelhanças em que Rose é despertada nos levam a isso, mas, novamente paramos por aí.

Rose Fitzroy dormiu por mais de 60 anos em seu tubo de estase, esquecida em um porão empoeirado. Despertada por um rapaz desconhecido, Rose sofre um grande impacto ao descobrir quanto tempo se passou desde a última vez que a colocaram para dormir. Agora, herdeira de um império multimilionário, com a ciência de que seus pais e seu grande amor não passam de lembranças...

Além do impacto de descobrir que todos que amava estão mortos, vem a terrível fase de adaptação pós estase, dores musculares, órgãos que precisam de nanorrobôs para continuar funcionando, dificuldade para se alimentar e vários outros sintomas bem incômodos...

O mundo mudou, as pessoas mudaram, tecnologias avançaram, e Rose precisa (tentar) se adaptar à essa nova realidade. Assim, o representante da UniCorp designa tutores para cuidar dela e a matricula no Preparatório Uni, que era considerada a melhor escola do sistema solar, então aí começa todo o drama de Rose com sua falta de aptidão para os estudos e para fazer amizades...

Eu meio que bufei quando a história se encaminhou para esse drama adolescente, sim, apesar de tecnicamente Rose ser maior de idade ela tem apenas 16 anos, mas a autora me surpreendeu aí, apesar de passarmos por uma fase meio cansativa devido a todos os dilemas e dramas de Rose, creio que a autora soube dosar e não passou muito do ponto.

Vou abrir um parêntese aqui para explicar melhor o que é o estase:
(Acho que posso comparar o estase a um tipo de coma induzido, a pessoa é colocada em um tubo estase e uma mistura de substâncias químicas induz a pessoa a dormir, durante o tempo que se passa adormecido seu corpo para de funcionar, não envelhece, não precisa de nutrientes, pois todo seu sistema é posto em um estado de letargia.
E assim se passam dias, meses, anos... sem que a pessoa que está em estase perceba, durante todo o tempo em que permanece nesse estado de suspensão as sensações de medo, ansiedade, preocupações, tristeza são eliminados do sistema nervoso por "supressores do medo" e tudo o que resta na mente da pessoa são uma espécie de sonho, só que não são sonhos de verdade, é mais como se a pessoa estivesse vendo dentro de sua própria mente.) Foi um parêntese enorme, mas acho que deu para passar a ideia central.

"Adormecida" é uma distopia que se passa em um tempo após o que poderíamos chamar praticamente de Apocalipse, grande parte da humanidade foi dizimada por infestações de doenças e até mesmo a tecnologia que deveria ter sido uma das grande aliadas se mostrou uma das principais pragas que levou a humanidade aos chamados "Tempos Sombrios", é muito tempo após a reconstrução que Rose é despertada.

Para enriquecer mais ainda a trama alguém está tentando eliminar Rose e esse será um dos grandes pontos de interrogação durante a história. Um personagem que me chamou muito a atenção foi Otto, que é o resultado de uma experiência cientifica que cruzou DNA humano com um micróbio alienígena, e as particularidades em sua forma de comunicação, além de sua história que é extremamente triste, Otto é um personagem apaixonante.

Adormecida iniciou para mim como qualquer outro livro, mas se mostrou uma das histórias mais lindas que li nos últimos tempos. A autora consegue mostrar o mundo que ela criou, de uma forma simples, com muitos detalhes sem cansar ou deixar dúvidas.

"Então, quando o vibrante azul da paisagem marinha que eu tentava segurar foi interrompido, não por uma mão, mas pela sensação de lábios tocando os meus, fiquei surpresa. Respirei fundo e me sentei ereta, batendo a cabeça contra meu suposto salvador." Pág 7

"Com todo cuidado, pousei meus dedos na palma da mão dele e, com toda delicadeza, os dedos de Otto se fecharam ao redor da minha mão. Boa tarde, princesa pensei em uma voz que não era a minha. Meu nome é Otto Sextus." Pág 41

Resenha: http://emporiodoslivros.blogspot.com.br/2012/09/resenha-sorteio-adormecida-anna-sheehan.html
Damiana 21/09/2012minha estante
este livro é serie? nao aguento mais ler series


Vivi 22/09/2012minha estante
Ei Damiana, ao que tudo indica será uma trilogia. Porém não encontrei informações sobre... Lá fora só foi lançado o primeiro.

Beijos!


Laura 04/11/2012minha estante
Gostei muito do livro também! Achei o tema genial; Uma estória fácil de ler, comovente, interessante e inteligente! Acho que faltou um pouco (okay, na verdade, muito) de romance, por isso dei nota 4. De qualquer forma, realmente me surpreendeu!


Manuka 05/03/2013minha estante
Adorei o livro, Vivi! E também achei que usar "A Bela Adormecida" na sinopse do livro foi meio equivocado por parte dos editores; o livro é MUITO MAIS que isso! Simplesmente, amei. :)


Karina 28/05/2013minha estante
Ual, quando li a sinopse do livro, ele me interessou levemente, mas depois que li sua resenha notei que a história é muito mais cativante do que aparenta. Vou ler com certeza! xD


Carol 03/10/2013minha estante
Quero um Otto para mim! Tenho certeza que todos que lerem se apaixonarão por ele :}


Junina 04/02/2014minha estante
Que leitura gostosa! O livro despertou minha curiosidade e me apaixonei pelos personagens (em especial pelo Otto), o final foi surpreendente; mas deixou a desejar em determinado ponto (não vou contar spoilers!). Estou em dúvida quanto ao meu desejo de que tenha uma sequência, mas se tiver de qualquer forma será bem vinda!


Gabi.ccoutinho 13/10/2015minha estante
adorei o livro, muito legal mesmo. Queria saber se vai ter continuação?




Elidiane 08/09/2012

Adormecida
Quanto mais leio, mas me surpreendo com a capacidade criativa de alguns autores, mesmo lendo a sinopse não sabia o que esperar de Adormecida, até pensei que seria algo sobre A Bela Adormecida, mas com o decorrer da leitura, percebi que o livro é muito mais que isso. É uma história futurista, intrigante e cheia de suspense, que me prendeu assim que pus os olhos nas primeiras páginas.

A história do livro se passa em um tempo muito à frente ao nosso, muito à frente mesmo, onde viagens para outros planetas já era uma coisa super normal. A nossa protagonista se chama Rose Fitzroy uma garota de 16 anos que após passar mais de 60 anos em Estase Química, (uma espécie de câmara onde a pessoa entra em um sono profundo e o corpo para de envelhecer) acorda em um mundo totalmente diferente, e de um jeito bastante inusitado com um garoto beijando-a, igualmente como A Bela Adormecida (as comparações terminam por aí), porém ela se vê em pânico, e começa a se perguntar onde está os seus pais. E aí que ela percebe que o mundo em que ela viveu não é mais o mesmo, mas com a ajuda de Bren, o garoto que a encontrou e a beijou, ela vai tentar adaptar-se a nova vida, afinal ela é herdeira de uma corporação interplanetária.

Mas a nova vida de Rose não vai ser nada fácil, mesmo com a ajuda de Bren, ela não consegue se enturmar na nova escola, nem ao novo estilo de vida. A única coisa que lhe resta são as lembranças do seu namorado e único amigo Xavier, seu cachorro Zavy, e o amor pelos desenhos e pela pintura. Mas com o tempo ela vai criando amizade com um garoto azul, isso mesmo azul, chamado Otto que é uma mistura de DNA humano com alienígena, Otto é muito fofo, um dos personagens que mais gostei no livro, já Bren é o típico garoto por quem todas as meninas suspira, moreno, forte, e lindos olhos verdes, contudo foi um personagem que não conseguiu me envolver como deveria, diferente da nossa personagem Rose que vai nutrir por ele certos sentimentos...

Porém as coisas começam a piorar para Rose quando um Plastine (um homem robô assassino) começa a persegui-lá, sem saber o que fazer para se proteger, só lhe resta confiar em seus tutores, mas será que ela pode realmente confiar neles? A partir daí muitos segredos serão revelados, e muita emoção vai acontecer! Rose vai descobrir muita coisa sobre o seu passado, e sobre os seus país a quem ela sempre julgará a amarem tanto.

A narração da autora Anna Sheehan, é de encantar qualquer leitor, ela sabe como criar um bom suspense, ficando impossível deixar a leitura de lado. Ela também sabe como nos emocionar, pois o romance de Rose e Xavier me deixou com os olhos marejados, sem contar a aflição que dava toda vez que o Plastine vinha atrás de Rose. Não posso deixar de mencionar também a inteligência da autora, enquanto lia ficava fascinada pelo mundo que ela criou: os'' tempos sombrios'' os ''supertablets'' a ''limobarca'' o ''processo de estase'' e até mesmo algumas expressões que os personagens usavam como: ''capete'' e ''noide, isso é das alturas!'' nunca tinha lido nada parecido.

Adormecida foi um livro em que não criei muitas expectativas, mas que acabou me surpreendendo tanto que entrou para a lista dos meus favoritos, com certeza foi uma das minhas melhores leituras desse ano! O livro me deixou extasiada, com um misto de sentimentos tão grande, e com a esperança de que tenha uma continuação, eu sinto que terá.
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Ana Ferreira 08/09/2012

Uma surpresa emocionate
Uma jovem que dormiu por mais de 60 anos, conservando sua aparência bela e angelical e que, num dia, repentinamente, foi despertada pelo beijo de um incrível rapaz, um herói, um príncipe. Esta ingênua descrição seria o suficiente para convencer qualquer leitor de que "Adormecida", semelhante até no título, é uma releitura do clássico sobre a princesa Aurora, "A Bela Adormecida". Fatal engano, contudo. E feliz também, pois a história que aqui possuímos tem apenas esses fatos que remetem à outra, sendo muito mais dura, triste, até bonita, mas especialmente visceral, de tal maneira que atingiu em cheio minha sensibilidade, fazendo-me derrubar muitas lágrimas, como insisto em deixar claro desde o princípio.

Rose Fitzroy nasceu cercada de regalias, no berço de uma família extremamente poderosa que tinha em suas mãos uma das empresas mais poderosas do mundo moderno, a Unicorp. Sua vida, contudo, foi uma sequência de passagens interrompidas pela obsessão de seus pais ao moldá-la conforme suas vontades e submetê-la a um procedimento cruel chamado estase: a cada vez que precisavam viajar, ir a uma festa ou simplesmente quando cansavam de suas atitudes, a menina se deitava numa câmara de vidro em que gases químicos eram lançados por meio de suas vias respiratórias para impregnar seu corpo e impedir que ele envelhecesse, mergulhando num estado de letargia e sono absoluto, perdendo horas, dias, meses e anos da vida que continuava a acontecer ao seu redor, sem poder possuí-la, estática no tempo. Já habituada ao tratamento, contudo, a moça vai crescendo lentamente, nos momentos em que seus pais ficam em casa e se acostuma a aquiescer as vontades de todos, não tendo a sua própria, acreditando que é má e egoísta simplesmente por contestar a ideia da estase.

Até o dia em que se apaixona por seu melhor amigo, um rapaz que viu crescer e que, enfim, encontrou-se com ela no auge da adolescência de ambos, fazendo-a temer os longos períodos de sono e de desaparecimento de um mundo que continua a pulsar. Rose, pela primeira vez na vida, sente vontade de envelhecer como os outros, de ser levada pelo tempo, de construir bases sólidas, relacionamentos e ser independente. Mas também esta vontade seus pais lhe tomam, dilacerando seu coração ao sacrificar o amor de Xavier e mergulhar numa estase profunda da qual só despertaria 62 anos depois, num mundo totalmente novo, sem aqueles que conhece, onde tudo lhe causa medo, dor e tristeza.

É nesta atmosfera insuportável em que Rose é encontrada no subsolo de um edifício moderno por Bren, o qual fica abominado pelo fato de a moça, famosa em todo o mundo pelo nome de seus pais, estar viva e, principalmente, por ter ficado em estase durante um período tão longo. A partir daí, novos membros da Unicorp, com a qual o rapaz também tem ligações pelo trabalho de sua família, passam a ficar responsáveis pela tutela de Rose, garantindo-lhe segurança e cuidados até o dia em que completará 18 anos (sua forma estática a deixou com 16, apenas) e assumirá a presidência da empresa como herdeira principal. Enquanto isso não acontece, ela deve levar uma vida comum em meio à sociedade, frequentando a escola, fisioterapia para seu corpo quase atrofiado e o consultório de uma psicóloga que tenta ajudá-la a compreender os longos vazios em sua mente e a dor imensa que aloja em seu coração perdido e assustado.

Dona de uma narração eletrizante e dura, simultaneamente, Anna Sheehan, de outra maneira, não poderia ter sido tão eficaz ao redigir um livro juvenil de tamanha complexidade do qual, confesso, pouco esperava. Apesar de, primeiramente, todo o contexto tecnológico da nova sociedade em que Rose é obrigada a viver na qual há, inclusive, viagens interplanetárias e supertablets utilizados em salas de aula, substituindo os nossos ultrapassados cadernos, há no texto da autora um ímpeto de humanidade tão forte que cada sentimento que passa pela mente perturbada da protagonista (e narradora) acaba também tocando o leitor, confundindo-o, fazendo-o sofrer e compreender o poder das escolhas numa realidade em que tudo é aceito sem resistência.

Rose é o tipo de protagonista do qual podemos tentar sentir raiva e que, ao final, todavia, sobressai um sentimento de pena de quem foi educado para seguir as vontades alheias, as quais tomou por suas. Ao mesmo tempo, é uma personagem muito doce, que o leitor a todo o tempo quer acalentar quando flashes de seu passado, especialmente com Xavier, inundam sua mente com um sentimento de saudade e tristeza, principalmente esta última. E também todas as outras personagens de Adormecida tiveram uma atenção especial da autora, muito bem compostas, especiais à sua maneira. Bren é amigo, forte, determinado, quase intransponível em tratando-se de paixão, mas frágil por dentro, em algum lugar inquietante de seu espírito. Otto, por sua vez, está para mim como um dos mais especiais de todo o elenco, uma espécie de experimento da Unicorp que tem embriões humanos e alienígenas em sua composição, de bondade admirável e uma enorme dor na alma que se comunica com a de Rose.

Em Adormecida, ao contrário do que vemos em tantos outros juvenis, não temos amores que brotam do nada nem tampouco herdeiros que levam uma vida bacana de riquezas e libertinagens. Contrariando os paradigmas, temos, sim, um indício de paixão meio fracassada, uma amizade delicada que se sustenta na confiança lenta, uma melancolia desoladora que arde os olhos de quem o lê e, ainda, uma classe diferente dos humanos que batalhou por seus direitos e foi parcialmente destruída em nome do preconceito, além de uma protagonista que tenta aceitar e compreender a si mesma, deixando para trás toda uma vida fracassada por um futuro incerto e duro de se aceitar. A favor de Rose, o leitor conhecerá também a sua arte, que já lhe rendeu tantas alegrias e mantém viva, através de seus traços precisos e da análise sensível, sua mais amada memória do passado.

Atrelando a inovação de uma humanidade em desenvolvimento e a força de sentimentos mais antigos e duradouros que as próprias estases da protagonista, tenho para mim que fui presenteada e também dilacerada por Anna Sheehan com um livro de extrema delicadeza e que, certamente, ainda vai emocionar muitos outros leitores por aí.
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Gabi 03/09/2012

www.livrosecitacoes.com
Eu fui enganada por Adormecida. Tudo o que eu imaginava que seria esse livro é errado - oh Deus, que drama! Eu pensei que Anna Sheehan havia escrito uma nova adaptação do conto Bela Adormecida (errei feio), e que esse seria um volume único (errada novamente). Então, eu, como prestativa que sou, já aviso que não é nada disso.

O livro centra-se em Rose Fitzroy, uma garota que dorme por décadas e é acordada por um beijo... E aqui acaba tudo que você pode associar com um conto de fadas. Rose está em sono induzido, foi esquecida em um porão por mais de meio século e todos que ela ama morreram. Agora ela está em uma nova época, é herdeira de uma corporação multimilionária e os problemas mal começaram. Ela não sabe mas sua sobrevivência coloca em risco segredos escondidos há muito tempo. Além de deslocada, ela virou alvo.

"Eu já havia perdido tudo. O que mais havia para perder?"

Rose é um mistério e eu não colocava muita fé nessa garota. Afinal, por que ela entrava continuamente em sono induzido? Havia um propósito real ou ela só era uma boba rica sem ter o que fazer? Eu não vou responder nenhuma dessas questões porquê ninguém gosta de spoiler e eu menos ainda de soltá-los, mas apesar da minha primeira impressão sobre esse livro, ele é mais do que a história de uma garota rica. Há um drama, suspense e nostalgia. Tudo o que ensinaram para Rose é mentira e aprender isso vai doer e muito.

O enredo também evolui para outro patamar ao mostrar o contraste entre a sociedade atual e a de sessenta anos antes, principalmente ao se referir ao resultado das ações que geraram doenças e mortes por todo o mundo. Outro grande ponto positivo são os personagens secundários. Alguns deles são tão ou mais interessantes que a própria protagonista.

"Será que voce nao vai se preocupar com voce mesma pela menos uma vez?"
"Não estou certa de que eu saiba como. Nao valho muito."

Eu posso parecer piegas ao escrever isso mas, sem perceber, comecei a ler um livro lindo. E tão triste. Apesar de ser futurístico e com um enredo bem doidinho, esse livro tocou na alma. Adormecida é um livro bom. Não ótimo mas quase lá.
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Adriana 27/08/2012

MA-RA-VI-LHO-SO!
Eu nem tenho palavras pra expressar o quanto eu gostei desse livro, simplesmente me apaixonei pela escrita de Anna Sheehan, os personagens são tão vivos, tão reais, nada soou artificial ou forçado; o romance é fofo e profundo, me fez suspirar e derramar várias lágrimas. Tem também o mistério, muitas perguntas não são logo respondidas, as coisas são reveladas aos poucos e isso nos deixa curiosos e prende a atenção até o fim. As cenas de ação foram de tirar o fôlego. Os sentimentos e conflitos de Rose nos angustiam, e a ficção foi bem plausível, nada que um pouco de tecnologia não possa fazer em um futuro distante, quer dizer a gente vê cada coisa né? Não dá pra dizer muito bem o que é ou não é possível.
http://hobbyecletico.blogspot.com.br/2012/08/adormecida-anna-sheehan.html
Michele 14/11/2012minha estante
Me fez derramar muitas lágrimas tbm!! Adorei o livro!




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Isa Souza 30/08/2012minha estante
Com certeza vai ter continuação. Com um gancho desse, duvido não ter.




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