vanes.rc 27/12/2023
Monstros e um artefato mágico a muito tempo perdido.
O Mar de Monstros, assim como O Ladrão de Raios, tem uma escrita fácil e super fluída, nos absorve para dentro da história, como uma sensação de participação, sabe? Parece que estamos de fato presenciando os personagens, os acontecimentos e isso é incrível, nos instiga a continuar e desperta nossa curiosidade. Quando percebemos, simplesmente acabou e queremos começar o próximo.
Este segundo livro começa com Percy tendo um sonho com o seu amigo Grover fugindo de alguma coisa e ao acordar para seu último dia de aula recebe a notícia que não voltará ao Acampamento Meio-Sangue neste verão, o lugar mais seguro do mundo está um verdadeiro caos, sofrendo ataques inesperados de monstros após o envenenamento da árvore de Thalia por um inimigo misterioso. As barreiras que protegem o acampamento está enfraquecendo e é preciso ajudá-la, mas o relógio não está a favor deles.
Assim, Percy, Annabeth e Tyson embarcam em uma missão arriscada (não permitida para eles, aliás) pelo Mar de Monstros para resgatar o amigo e assim também encontrar o único artefato mágico capaz de salvar o pinheiro de Thalia. Então, acompanhamos os semideuses em sua jornada repleta de monstros como Hidra de várias cabeças e sereias que lhe mostram o que você mais deseja, lutas e descobertas, assim como ajuda inesperada.
Neste segundo volume de Percy Jackson temos a introdução de Tyson, um sem-teto que estudava com Percy. A névoa fez com que nem Percy percebesse a verdadeira forma do amigo, que tardiamente vira a ser mais que isso. O Tyson é adorável, uma verdadeira criança grande. Ele é todo tímido e chorão, mas enfrentaria qualquer coisa para ajudar os amigos sem pensar duas vezes. Também temos uma participação mais ativa de Clarisse, entendemos um pouco mais sobre ela e suas motivações. Podem falar o que quiserem dela, mas a garota tem personalidade e atitude, coragem para encarar os obstáculos e criaturas que surgem em seu caminho.
Ao final de tudo isso conseguimos dar um breve suspiro de alívio, mas realmente dura muito pouco a calmaria. O Velocino de Ouro funcionou bem até demais e isso pode ser um perigo para o futuro dos deuses.
Na resenha do primeiro livro de Percy Jackson, eu comentei como o Rick não enrola em seu desenvolvimento. São livros rápidos e cativantes, os acontecimentos vão surgindo e não fica desinteressante. A essência do anterior não se perdeu, ainda temos o Percy se metendo em encrencas depois de um ano estranhamente calmo, sem monstros tentando matá-lo. Percebemos como ele faria de tudo pelos amigos e o Acampamento.
Estou cada vez mais encantada com esse universo. Não esperava gostar tanto, ainda mais por nunca ter pretendido ler essa saga, só rolou e está sendo incrível. Eu, particularmente, gostei mais do primeiro livro, mas esse não deixou de ser uma aventura cheia de adrenalina e eletrizante.
ps: fiquei toda bobinha com a foto da Annabeth no caderno do Percy.