Aurora

Aurora Friedrich Nietzsche




Resenhas - Aurora


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Gabi 10/02/2023

Um bom livro para contemplar pensamentos
Como já comentado o livro devagar. É necessário paciência e atenção para usufruir ao máximo das ideias de Nietzsche.
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medderao 09/12/2022

Um livro que opõe os apressados
Essa foi minha leitura do Nietzsche mais demorada. Não é arrastada, mas, por faltar uma finalidade mais bem delineada (como encontramos nos projetos filosóficos de outras obras), toma seu tempo e se estende um pouco mais que o normal.

Os aforismos são um pouco maiores e se conversam menos que outrora. Esse é um livro único na obra do pensador alemão. O horizonte de Aurora (1881) me parece ser menos decadente que as exposições que Nietzsche acostumou seu leitor a acompanhar. Um livro mais leve, diferente.
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Murilo 28/05/2022

"A moralidade torna estúpido". Essa frase retirada do livro resume bem o pensamento do autor. Outro trecho que considero importante é: "o cristianismo considera a dúvida um pecado". Aqui conseguimos entender o que Nietzsche quer dizer. Em resumo: a moralidade e os valores cristãos impedem o desenvolvimento racional da humanidade, nos tornando escravos de costumes e tradições ultrapassadas e infundadas.
Esse foi um livro com uma leitura relativamente fácil e que considero uma boa porta de entrada para a obra de Nietzsche.
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paulo.magalhaes 23/03/2021

Nietzsche é fantástico, mas um pouco cansativo rs
Nesse livro, Nietzsche demonstra o como a moral está baseada em ressentimentos, em tradição e não em algo racional, como muitos filósofos defendiam.

Nietzsche demonstra os sentimentos por trás das escolhas morais e como nossa vontade de poder permeia até mesmo nossas decisões mais aparentemente altruístas.

Enfim, um livro para perceber o quanto nossa moral é falsa quando baseada em princípios que nada tem a ver com nossa humanidade, pois se baseiam em um mundo inexistente.
Vanessa 26/03/2021minha estante
Dá pra resumir o "fantástico"?


paulo.magalhaes 28/03/2021minha estante
Ah, a forma como ele descreve a origem dos sentimentos e das ações humanas é muito boa. Depois eu procuro alguns exemplos de frases para mostrar




Pedro Matias 25/01/2021

Bom livro sobre a moral
Nesta obra, Nietzsche faz reflexões sobre a moral, abordando diversas perspectivas, demonstrando sua historicidade e fazendo críticas e reflexões acerca de certos paradigmas morais. O livro é construído a partir de aforismos e pequenos parágrafos exemplares ou de tese. Recomendo.
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Lau 05/11/2020

Foi minha primeira leitura de Nietzsche, e comecei "errado". Pesquisei uma ordem melhor de leitura de suas obras e pretendo a seguir. Quanto ao livro em si, são vários aforismos reunidos, principalmente sobre moral.
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Paulo Silas 23/12/2018

Como adianta o autor no seu prefácio, "Aurora" é o resultado de um empreendimento que, para que pudesse ser estabelecido, teve como desafio a descida até as profundidades da confiança humana na questão da moral. O terreno sólido dos costumes, que institui a moral, é quebrantado pelo penetrar do filósofo em seu âmago, a fim de examinar a fonte, a base, a origem e as razões pelas quais a crença na moral (enquanto tal) permanece inabalável na humanidade. Chacoalhar esse terreno, sólido apenas na aparência, derrubando seus alicerces, destruindo suas construções, desmistificando suas crenças, inquietando-se com o fato de o trilhar permanecer sempre igual, sem se dar conta de que quando tudo vem abaixo o que se faz é meramente colocar a mesma coisa, mais uma vez, naquele mesmo lugar, é a intenção da filosofia de Nietzsche aqui posta. O início do martelar aqui está. Se a imersão no problema e a exposição da nova filosofia estão mais bem explicitadas e construídas nas obras seguintes do autor, em "Aurora" já se tem os passos primevos disso - pelo menos a partir da ideia de poder que resultará posteriormente na vontade de poder nietzschiana.

Reflexões sobre os preconceitos morais. Tal como anuncia o subtítulo da obra, é disso que se trata. Dividido em cinco livros, "Aurora" questiona o estabelecimento da moral, o guiar-se pela crença, o pensar a partir dela e como tudo isso condiciona, de uma única maneira, o pensar, o agir e o trilhar. Há a ausência na humanidade de livres-agentes e livres-pensadores, que questionem a autoridade da moral, que a repensem, que reflitam sobre suas razões, sobre o seu berço - a fim de compreender o atual, o presente, e se assim mesmo é ou deveria ser. Nietzsche desempenha esse papel a contento enquanto clama e alerta para a necessidade desse novo pensar e as consequências disso. Diz o filósofo que "todos os que derruíram a lei moral estabelecida foram sempre considerados como homens maus" (aforismo 20), mas que quando a nova lei, a mudança, foi aceita, transformou-se o que se entendia e dizia sobre o novo - e é disso que a história trataria quase que exclusivamente: desses homens maus que passaram depois a ser chamados de homens bons. E é justamente aí que reside o efeito da moral: dizendo-se o que é o bom e o mau, define-se o que é passível de aceitação, o que se é autorizado, o que se pode fazer e pensar. Relegados, proibidos, execrados, fica tudo aquilo que não passa pelo filtro da moral estabelecida. É diante disso que se diz que "sob o império da moralidade dos costumes o homem desaprecia primeiro as causas, depois os efeitos e, por último, a realidade, e relaciona todos os seus sentimentos elevados [...] a um mundo imaginário, ao tal chamado mundo superior" (aforismo 33). Assim, acabam "os instintos transformados pelos juízos morais" (aforismo 38), condicionando o trilhar da humanidade num único direcionamento - irrefletido, ao juízo de Nietzsche.

A descida até as profundezas realizada pelo filósofo resulta em "Aurora", onde o questionamento, por meio de aforismos, é constante. É a filosofia nietzschiana a todo vapor, em que pese ainda não tão "martelante" como se verá nas obras posteriores, mas que ainda nem por isso deixa de ser ácida por sua crítica contundente. Como aponta o autor como sendo digno de reflexão no aforismo 101, "aceitar uma crença simplesmente porque é costume aceitá-la é má-fé, covardia, preguiça. A má-fé, a covardia, a preguiça não seriam a primeira condição da moral?". É a isso, dentre tantos outros questionamentos filosóficos, que Nietzsche busca, com êxito, explorar em "Aurora". A obra, portanto, é um espinhoso convite para se (re)pensar e questionar a moral.
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Filino 30/11/2017

Reflexões sobre moralidade, cristianismo e um bocado de coisa...
... como é próprio das obras do Nietzsche. Logo no início (e, a meu ver, o ponto alto da obra), uma aguda reflexão sobre a origem da moral, que segundo o filósofo de proeminentes bigodes não pode ser dissociada dos costumes.

Dividido em 05 livros, a obra traz aforismos sobre os mais diversos assuntos. Como nota o tradutor (Paulo César de Souza, que realiza um competentíssimo trabalho com o filósofo alemão), em alguns momentos Nietzsche parece escrever para si. Também acompanham a obra alguns poemas.
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PH 27/01/2015

Nietzsche zomba até dos leitores
Definitivamente o segundo Nietzsche é o mais belo de todos, pelo menos pra mim. É o Nietzsche mais poético, mais leve, sem deixar de ser, ao mesmo tempo, tão ácido em suas colocações. Aurora foi o primeiro livro que de fato gostei de Nietzsche. O livro no estilo aforístico sempre proporciona que o leitor faça uma reflexão mais apurada do que está lendo. Proporciona pausas e insights constantemente. O que me encanta, principalmente no segundo Nietzsche, é justamente sua capacidade de falar tanto em tão poucas linhas, em extrapolar tantos conceitos e derrubar tanta coisa com tão poucas palavras... Nem sempre muito é mais. O livro basicamente trata da moral, então é um prato cheio pra quem deseja refletir sobre os valores que balizam a nossa sociedade, principalmente os cristãos. Porém, o livro não se restringe e acaba abordando muitos outros temas interessantes. Um livro sublime pra ser lido com bastante calma, sem atropelamentos e sem achar que entendeu de fato o que leu... Nietzsche tem dessas: zomba até dos próprios leitores!
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Augusto 30/12/2014

Esse foi o primeiro livro que eu li de Nietzsche, mas na verdade eu já conhecia a escrita do autor, por parte da leitura de algumas partes de "Ecce Homo" e um texto intitulado "Da utilidade e desvantagem da História para a vida", por motivo de cursar História e esse ser um dos textos presentes no componente curricular "Teoria da História I". Devo confessar que a leitura desse livro não foi nada fácil, não só pela escrita do própria autor que não é fácil, mas também pela forma em que o texto está disposto, pequenos capítulos. Mas eu consegui terminar! Talvez não seja o livro mais cultuado de Nietzsche, mas traz a maioria dos temas que serão abordados em outras de suas obras. Sobretudo a ferrenha crítica que o autor faz a igreja, nesse caso ela como a principal responsável pela moral, esta última que vem a ser o tema desse livro.
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