The Remains of the Day

The Remains of the Day Kazuo Ishiguro




Resenhas - The Remains of the Day


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Radamila 24/03/2023

A história narra as memórias de um trabalhador que, após muitos anos de serviço, faz uma viagem para encontrar uma antiga colega.
Tem muitas minúcias que deixam a narração sensível e triste, mas não fica chato.
Recomendo pra quem curte texto leve.
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ludwig2 29/12/2022

"[...] But I suppose you wouldn't, Stevens, because you're not curious. You just let all this go on before you and you never think to look at it for what it is.[...]"
Resenha de 19/05/2020
Por algum motivo escrevi em inglês (loucuras pandêmicas), agora tenho preguiça de traduzir, fica assim mesmo

I actually had a bit of an existential crisis after finishing this book.
The Remains of the Day by Kazuo Ishiguro is a great book. I followed the narrator, a butler called Mr Stevens, on his 6-day road trip from Oxfordshire to Cornwall. However, the story is not mainly about the towns and fields he passes through, even though they are very important, but rather it is more focused on his memories, which emerge as he goes on his travelling and which, throughout the book, helped me understand who is this Mr Stevens, and how does his past influence his present situation.
To me, what remained after reading was the impression that Mr Stevens was very naive both regarding his attitudes as a butler and his superficial interpretation of his past memories. I could see that he spent his life being very occupied with his work as a butler in Darlington Hall, and he was so busy thinking about his job that he even created some kind of "philosophical doctrine" regarding the essence of his profession, trying to answer the question "What is a 'great' butler?" and "What is 'dignity'?". However, with his obsession of being a great professional and being loyal to his employer, there remained no time for him to think about certain essential things in life, which are much more important than work: friends — Mr Graham, a fellow butler, with whom he has lost contact for years; family — his father, who died on the night of a very important meeting in Darlington Hall, so Mr Stevens couldn't be beside him in his last moments; and, most important of all, love — Miss Kenton, with whom Mr Stevens worked alongside for many years.
During the years they worked together (I don't recall exactly how many, I think about 14), they built a relationship of partnership and friendship and had very private moments, especially during the time in which they met every night in Miss Kenton's room for cocoa. However, as she made continuous attempts to cut through Stevens's armour of seriousness and become only a bit more intimate with him, he kept displaying an obsessed professionalism and loyalty to his employer, which did not allow for any breaches of his butler personality. More than once, he almost got out of his "butler-shell", but he never actually did, and those moments remained with him (he even calls them "crucial moments" of the decay of their relationship), as he wrote them on his diary: for instance, after he told Miss Kenton of her aunt's passing, he left her room and, standing in the corridor, he was sure that she was crying inside. However, he couldn't bring himself to knock the door and offer his condolences. The result of his distant and seemingy uncaring attitudes towards Miss Kenton was that she started leaving Darlington Hall to meet another young man; she eventually got married to him and left the house definitively — which Mr Stevens did nothing to stop, even though she gave him the opportunity more than once, as if she had one last hope that he would show his feelings and object to her moving out of Stevens's side forever. Twenty years later, Stevens goes on his motoring trip, and at the end he meets Miss Kenton again (their final meeting is probably the main event of the story); as they talk, he realizes how his heart is broken, having missed the opportunity of a life he might have had with her; and thus the book ends with a sorrowful tone, as Mr Stevens is still very busy thinking about being a good butler to his current employer, Mr Farraday — indeed, what else is there to do, with the years that remain to him?
There are many other themes in the book, and many other characters — I noticed that I didn't even talk about Lord Darlington. However I wrote what remained mostly of the story for me. Now going back to what I said about some existential crisis. This book made me think of what I am missing as each day passes — maybe something I didn't do, that could have changed my life completely; an opportunity I didn't grasp, and condemned me to some sad future. I think it is very easy to fall into this "rabbit hole" of negative thoughts, or maybe one could call it the "fear of missing out (FOMO)", especially in 2020, the Coronavirus year, in which we are all told to stay home and self-isolate, or else we will help to spread the virus and possibly die from it. So, during "quarantine", what remains after each bright, sunny day spent at home? Mostly nothing. However, even in "normal times", when there is not a world-wide pandemic, one can have a very similar fate as of Mr Stevens's: only thinking about working, studying, and "self-improvement" (this is called "being productive"), and having very little time to worry about friends, family, lovers, and other truly essential things, one might end up old and sorrowful, with a broken heart — and it is for the fear of this outcome that many people end up trying to do as many things as they can on their youth, while at the same time not doing anything really meaningful. So maybe it is an irreconcilable question — whether to do a lot of things in fear of missing out, trying to produce a memorable remainder out of each single day, or just accepting to miss out anyway because you will always miss something in life, something will always remain undone. I don't know the best way to live, the best guidance to follow. But after reading this book I've been thinking more and more that I don't want to end up like Mr Stevens.
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Raony 22/03/2021

O Ishiguro. Sem palavras pro Ishiguro. Cada livro é um universo completamente diferente, mas a beleza com que ele conduz tudo, é sempre impressionante. Relutei a começar esse, porque conta a vida de um mordomo britânico, relembrando seus muitos anos de serviço. E eu, na minha ingenuidade, pensei, "não, nem o Ishiguro consegue deixar isso interessante". Pois consegue. Magistralmente. Demorou um pouco pra engatar, engatar mesmo, porque ainda é sobre um mordomo, né. E é narrado em primeira pessoa, com toda a pompa e fleuma da personagem. Mas desde o começo já te conquista e conforme vão se desenrolando as reminiscências e a história vai se aprofundando, você fica mais e mais absorvido. O livro tem um ápice no meio, creio eu. Não é o clímax, que é bem desenvolvido e não deixa a desejar no final. Mas o momento mais impactante mesmo, pra mim, é aquele bem no meio da narrativa, envolvendo o pai dele. O livro poderia ter acabado ali e já seria maravilhoso. E já tá tudo ali. O que depois só confirmaremos no personagem e na "moral" da história. Enfim, não sou crítico literário, gosto do Nobel de Literatura, pq de vez em quando ele traz a tona uns autores que eu nunca ouviria falar e vale a pena, mas via de regra são uns pau no cu eurocêntricos. Daí quando premiaram o Ishiguro, colocaram ele no meu mapa. E foi um prêmio muito bem dado. Mas muito bem dado.
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Edison 10/10/2020

O final do livro me fez chorar como se não houvesse amanhã. Personagens tão reservadas, que nos mantém sempre a uma distância segura de seus sentimentos, não deveriam conseguir fazer isso. Mas esse livro me fez entender uma personagem com que seria difícil simpatizar.
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Lara 18/06/2020

É um livro de memórias de um mordomo inglês. Uma proposta literária com uma narrativa bem simples, mas cativante. O modo como o autor mostra a vida do personagem principal é muito interessante. Nunca tinha pensado em ler a história de um mordomo antes desse livro.
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Maitê 21/03/2020

Acho que fãs de Downton Abbey vão gostar desse livro. É do ponto de vista de um mordomo. Completa obcecado pelo seu trabalho, sua posição na sociedade, ao ponto que parece deixar de ser humano. As suas interações com as pessoas ao seu redor parecem quase autísticas.
Mas aonde esse livro vai? Vai em uma viagem, viagem por um condado na Inglaterra, e uma viagem pela suas memórias. Memórias de algo que passou e não volta, mas mesmo assim, percorremos o caminho na espera que o fim seja diferente.
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Lauraa Machado 26/02/2018

Uma história marcante
Não tem muito por que eu fazer uma resenha para esse livro, quando seu autor e o fato de ele ter ganhado o prêmio Nobel já serem mais do que propaganda suficiente. Teria, se eu tivesse detestado e tivesse vindo aqui reclamar de como o autor nem merece tanto reconhecimento. Mas é impossível fazer isso, quando pude perceber logo no prólogo que ele merece e que até eu fiquei feliz de ver que não lhe foi dado por acaso.

Pessoalmente, adoro a história da Inglaterra, em especial esses detalhes, muito mais profundos do que parecem à primeira vista, dos criados e das pessoas que dedicaram suas vidas ao serviços de casas grandes como essa. Foi bem por isso que resolvi ler, e acabei me impressionando desde o começo com o quanto foi fácil me apegar ao Stevens, protagonista e narrador. É impossível não perceber todos os detalhes que seu orgulho e sua 'dignidade' o fazem evitar mencionar diretamente, e talvez seja por isso que gostei tanto da sua narração. Foi uma das mais características que já encontrei.

Gosto também dele por reconhecer aquilo que eu esperava de um mordomo nessa situação, mas por ver também quão profundo chega essa dedicação ao serviço e mais ainda por vê-lo questionar, ainda que indiretamente (ele nunca teria a falta de educação de ser tão franco até mesmo com seu leitor, não é?), seu valor ao dar sua vida nas mãos de alguém que pode cometer erros a ponto de fazê-la ter sido quase em vão. Foi bonito, senão muitas vezes doloroso, ver como ele confiava em Lord Darlington para fazer a sua parte de melhorar o mundo, enquanto ele fazia a dele de facilitar sua vida nesse processo.

Esse não é um livro feliz, mas de reflexão, que consegue mostrar por lembranças e suas omissões muitos sentimentos que foram ignorados na busca de uma perfeição que, na minha opinião de quem nasceu no final do século vinte, não vale a pena. Mas foi extremamente interessante ver essa história contada por alguém completamente diferente de mim e que consegue chegar ao final com um pouco mais de esperança do que eu teria chegado. Não dá para negar que Stevens é tão nobre quanto tentou fazer sua vida inteira ser.
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sonia 10/12/2013

`A tarde é a parte mais luminosa do dia.`

Introspectivo. Denso.
O primeiro capítulo é difícil de ler, há muitos nomes nele, depois a leitura deslancha. O estilo do autor é agradável.
Um mordomo, com seu código de honra, seu senso de lealdade, de dignidade, é algo que só pode existir na Inglaterra. No passado: só pôde existir na Inglaterra.
Mr. Stevens, filho de mordomo, é obcecado pela questão: o que é ser um grande mordomo? O que é esta grandeza, de que se fala na Inglaterra, até mesmo no nome do país, a 'Grande' Bretanha?
Dedicando a sua vida ao cumprimento do dever, Mr. Stevens certamente deixou passar oportunidades de amor, amizade, e mesmo, até, de tomar partido em assuntos morais de grande impacto.
Já velho, passa alguns dias passeando pelo país e rememorando os grandes momentos de sua vida: a morte do pai, o convívio com Miss Kenton, que o admira, ainda, e ao encontro da qual está indo nessa viagem; ocasiões em que 'grandes eventos mundiais'foram afetados pelas pessoas que se reuniram em Darlington House, a mansão onde trabalha - porém Mr. Stevens permaneceu o perfeito mordomo: surdo, mudo, calado.
Ao fim da viagem, um desconhecido lhe diz, ao por do sol: (e ele, curiosamente, afirma, que, claramente, o sentido da frase é metafórico!):

`The afternoon is the lightineng part of the day'

Bem, Mr. Stevens, o que lhe restou ao fim de seu 'metafórico' dia?
Terá o senhor o mesmo destinho inglório, a mesma morte solitária de seu pai?
(curiosamente, ele nem cita a mãe)
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