Aninha 22/10/2012Um Chick-lit escrito por um homemPrimeiramente me apaixonei pela capa desse livro, e simplesmente não resisti e o peguei para ler assim que o vi ao vivo na Livraria da Travessa. "Um romântico incorrigível" é um chick-lit narrado por um homem, o que é um tanto inesperado, já que isso não é normal acontecer no gênero, e isso me despertou ainda mais vontade de ler , pois a promissa é leve e divertida, do tipo que eu ainda não tinha lido nada igual narrado por um homem. Além de tudo, um homem romântico sem ser escrito pelo Nicholas Sparks não é coisa que eu vejo muito na literatura ultimamente.
"Eu tinha me dado conta de que estar só não é apenas um sentimento. É uma marca. É a primeira coisa que os outros notam. Não importa o que mais você tenha realizado na vida, isso o deixa marcado a ferro como um fracassado aos olhos deles - e, o pior de tudo, aos seus também." (pág. 29)
Tudo começa quando Gavin, um jornalista que tem uma coluna sobre casamentos no jornal The Paper, vai a uma festa de Ano Novo com a sua melhor amiga Hope e conhece Melinda, a mulher perfeita que ele idealizou encontrar a vida toda. Ele se apaixona a primeira vista mas não percebe que ela dá sinais de que também está afim até ela ir embora. Gavin tenta encontra-la por todos os cantos da cidade mas não a acha, e quando ele "desiste" é convidado a escrever uma história sobre o casamento dela.
"Nunca tinha me imaginado arriscando a vida e membros do meu corpo por alguém, ainda mais pela noiva de outro homem, mas havia algo em Melinda que me fazia desejar ser melhor. Mais valente. E um pouco mais idiota." (pág. 168)
Não vou dizer que não é clichê, porque é sim! Esse não é o livro que vai mudar sua vida, nem te dar profundas reflexões, mas não deixa de ser um livro agradável, leve, divertido, engraçado e fofo ao extremo. Quem curte comédia romântica, certamente irá amar esse livro! Vi o tempo todo como se fosse o roteiro de um filme enquanto lia e tirei vários quotes que pude me identificar muito com o personagem, apesar de ele ser um homem. O livro é curto, tem apenas 252 páginas, é bem rapidinho de ler.
"Não me importava mais que a maior parte do que Mike disse soasse artificial. Eu queria o que ele tinha. Queria alguém olhando para mim com desejo em uma foto num porta-retrato. Alguém com quem conversar depois de apagar as luzes. Alguém para ficar ao meu lado no altar." (pág. 83)
Em algumas passagens há um pouco de linguagem jornalística, mas a editora pecou em não colocar rodapés para explicar um pouco o que elas significam, e o leitor precisar procurar em um dicionário (ou ficar boiando). Não é nada que atrapalhe a leitura, mas não custava nada um mimo para o leitor, né? Citam o filme 'Vestida para casar' no livro, mas não entendi também porque a tradução é outra, sendo que o filme não é novo e a edição do livro sim.
O autor deste livro, Devin Sipher, é um repórter da coluna 'Vows' no New York Times, ou seja, seu livro foi totalmente inspirado no seu trabalho. Me pergunto se ele não já encontrou uma Melinda por aí. Quem quiser conhecer mais sobre o autor, ele tem um site onde fala sobre seu livro e carreira.