A alma encantadora das ruas

A alma encantadora das ruas João do Rio




Resenhas - A Alma Encantadora das Ruas


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sky 18/11/2024

A Alma Encantadora das Ruas
João dos Rios escreveu o que toda fofoqueira escreveria se tivessem diploma em letras!

O olhar aguçado do escritor e sua maneira de representar as coletâneas inspiradas no cotidiano e vidas que possivelmente de fictícias tem pouco, cria uma atmosfera que torna esse livro sofisticado uma grande oportunidade de reflexão.

Super recomendo!
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Otávio 13/11/2024

Uma Declaração de Amor às Ruas
Os livros de história geralmente dedicados às grandes questões ao falar da nossa primeira república não tem espaço sobrando para falar sobre garotos que ganham seu sustento, com agulhas e graxa, a tatuar pessoas no meio da rua, ou de homens que ganham o seu caçando ratos. Nem para os artistas de rua, das casas de ópio de chineses em pleno Rio de Janeiro e dos trabalhadores explorados nos portos. Muito menos das mulheres mendigas, das crianças de rua e da vida nas prisões.

Para quem se interessa por História e quer ver o passado em uma perspectiva diferente daquelas que se vê habitualmente ( aquela história do Estado Nacional, ciclos econômicos e grandes líderes ), e ler então uma visão de como era a vida dos trabalhadores, dos miseráveis e dos marginais, este livro é delicioso.

O autor, um jonarlista boêmio, frequentador dos altos círculos culturais do Rio de Janeiro e integrante da academia brasileira de letras produz um texto bastante contrastante. Por um lado, erudito, gosta de usar palavras difíceis, referênciar grandes escritores e figuras históricas e fazer citações em línguas estrangeiras ? aliás, vai uma crítica a minha edição que não posssuí notas com a tradução ? com algumas partes que denotam certo elitismo, sua escrita transita entre momentos de profundidade e beleza poética e momentos que parece um tanto exagerada e prolixa para o nosso gosto contemporâneo ? ou pelo menos para o meu ?. Por outro lado porém, ao contrário de seus pares, João do Rio, caminhou pelos locais menos favorecidos da cidade, observou atentamente e ( aí talvez o mais importante ) ouviu as pessoas destes lugares. Ele demonstra um amor muito grande pelo Rio de Janeiro, suas ruas e sua cultura popular, e mesmo seus preconceitos, misturados a sua sensibilidade social, ao invés de manchar, parece na verdade trazer mais sinceridade ao texto, dentro, claro de seu contexto histórico, tirando dele qualquer ar pretencioso de manifesto político e afirmando ele como o que realmente é, um relato sincero de um jornalista que observou de perto o que a elite carioca não queria ( e até a data em que escrevo esta resenha ainda não quer ) enxergar.

Se querem entender um pouco mais de Brasil e principalmente de Rio de Janeiro, leiam.
KatAudaz 14/11/2024minha estante
Preciso colocar um João do Rio na minha lista de ?Quero ler?




Vinicius 06/11/2024

A encantadora alma popular
João do Rio tem um olhar muito sensível sobre as ruas.

Imaginar que o livro foi lançado em 1908! O gostoso é justamente perceber esse registro do seu tempo. Comparar os hábitos, perceber que algumas coisas mudaram muito e outras nada.

A rua, como era conhecida, era a manifestação da cultura popular, da música, dos artistas, local de convivência, de debate, de conhecimento trocado. Hoje temos remanescentes dessa intensidade... mas cada vez em menor escala.

Fato é que estamos perdendo este espaço de troca e vivências pra uma tela. E estamos vendo as consequências de uma vida mais isolada, dentro de uma bolha distorcida.

Achei algumas crônicas cansativas, mas valeu a pena conhecer mais do trabalho desse homenageado da Flip e também do Rio do início do século XX.
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Biblioteca Álvaro Guerra 21/10/2024

No início do século XX, o Rio de Janeiro pretendia respirar modernidade. Grandes transformações urbanas aconteciam na cidade na época e foram registradas por seu maior cronista: João do Rio, pseudônimo do jornalista Paulo Barreto.

A Alma Encantadora das Ruas é seu terceiro livro e seguramente o mais importante. Aqui, o autor faz um inventário único sobre o que se vê nas ruas da cidade. Vemos o Rio de Janeiro daquela época pelos olhos sensíveis de um observador capaz de perceber as contradições da modernidade, presentes principalmente na diversidade de tipos humanos e na desigualdade social.

A obra é dividida em cinco partes, sendo que a primeira e a última são conferências proferidas em 1905. As demais partes se desdobram em vários textos. “A rua” detalha o espaço público ocupado por diferentes tipos de pessoas; “O que se vê nas ruas” é uma descrição minuciosa e fascinante de várias profissões que ocupam as ruas e também de festas populares;“Três aspectos da miséria” descreve as terríveis condições de vida dos operários e a mendicância, inclusive infantil; “Onde às vezes termina a rua” contém relatos dos presos da Casa de Detenção e, por fim; “A musa das Ruas”, uma espécie de celebração da pujança das ruas, com sua fascinante diversidade.

O texto impressiona pela sua unidade, pois é uma reunião de várias reportagens, crônicas e duas conferências, que, no entanto, formam uma unidade coerente, um panorama sem retoques do Rio de Janeiro da época.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520929988
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PedroLeituras 08/07/2024

Ótimo
Um livro que te leva para outra época. Descrevendo a cultura carioca esquecida não muito tempo atrás.
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Áquila 23/04/2024

Cronista profético?
João do Rio fala da cidade do Rio de Janeiro numa época de modernização. É umautor popular, muito lido nos jornais da época.
E um tanto misterioso. Vem falando de como os pobres são preguiçosos e corruptos, quase soltando um "bandido bom é bandido morto". De repente, fala de como são de fato explorados, e fazem o que podem para sobreviver, com uma sensibilidade tocante.
Mas acho especialmente interessante (e triste) que em 1905 ele fale de pessoas presas por delitos menores que são lançadas à cadeia junto com criminosos perigosos e se tornam criminosos também... tanto tempo antes das facções que conhecemos, mas na mesma história triste, óbvia e trágica.
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Hélio 26/02/2024

O livro é uma homenagem ao povo brasileiro, mais especificamente à população do "andar de baixo", e à língua portuguesa, com a elegância do estilo desse repórter do início do século XX. Além das ruas, João do Rio foi aos cortiços, ao comércio popular, às zonas de prostituição, ao carnaval, às igrejas e às prisões (há uma série de crônicas sobre os encarcerados). Em todos esses lugares, viu um Brasil que, triste constatar, em essência não parece ter mudado muito.
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JosA225 31/12/2023

A Alma Encantadora das Ruas
João do Rio nos apresenta crônicas tiradas do dia a dia da cidade do Rio de Janeiro. Esse cronista tem a habilidade de registrar cenas corriqueiras que transformam-se em estórias deliciosas.
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joanzitos 18/12/2023

Li algumas crônicas só, não terminei porém gostei! por mais que a escrita seja difícil e de 1900 o autor escreveu o rio de janeiro de uma maneira bem realista
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Alice.Burigo 14/12/2023

João do rio é inovador, revela as mazelas da sociedade com tanta emoção e detalhes que chega a dar arrepios.
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Magnus 10/12/2023

Entendo esse livro ser pedido em vestibulares pela época em que o livro foi escrito, relatando muitos acontecimentos que são vistos na matéria de história como: o Império (1° e 2° reinado) assim como a transição para a democracia com todos os acontecimentos, como o nome dos primeiros chefes da república, a aceitação ou rejeição do povo brasileiro quanto a isso e a vinda de muitos estrangeiros (fala-se muito sobre portugueses e italianos aqui, também faz breve menção aos árabes).
Tirando todo o contexto histórico, esse livro deixa de ser interessante e fica muito repetitivo já que logo no início você entende o que o autor quer dizer com a alma de uma rua (as pessoas que fazem a rua algo, por exemplo: uma rua onde se tem muitos sapateiros ou que tem muitos pontos de prostituição, será conhecida principalmente por isso). De modo que a leitura se torna muito maçante.
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Mari M. 17/09/2023

Méh
Se esse livro tivesse 150 páginas seria ótimo. Achei meio presunçoso pois todo mundo sabe que a primeira geração modernista era tudo menos das ruas. A observação é legal, porém se tornou muito repetitivo e eu só torcia para que acabasse. Tentou ser histórico, mas acabou sendo pedante e cansativo a meu ver. Me pareceu tanto, mas tanto, os poemas parnasianos. Não sei, fiquei com isso na cabeça o livro todinho. Faltou ritmo, falava da mesma coisa repetidas vezes, embora houveram sim momentos bem legais como o do cárcere, mas ficou bem mediano ao meu ver.
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paolla.torrilhas 10/09/2023

Maçante
Tem crônicas realmente muito boas e interessantes, principalmente as reflexões do autor sobre pobreza e a relação explorador -> explorado.

queria ter apreciado mais, mas a escritaa dele é bem maçante e a pontuação é toda confusa kkkkk

funcionou melhor quando li em voz alta, aí sim eu entendi e engrenei.

enfim, leia por conta e risco haha
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naju 09/09/2023

Retrato social de João do Rio
Lendo esse livro tão heterogêneo é possível perceber uma realidade crua, um tanto rebuscada, mas o panorama real do Brasil. João do Rio se aventura pelas ruas do Rio de Janeiro e depõe relatos de diferentes cenários marginalizados. Trata de temáticas como crime de amor, mulheres detentas, ?selistas?, viciados em ópio? Achei interessantíssimo, porém de linguagem meio desconexa; entretanto é esse retrato visceral, tão jornalístico dos becos cariocas que caracterizam o livro, então é valido todos os jogos de palavras e referências feitas pelo autor.
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