A Pena e a Lei

A Pena e a Lei Ariano Suassuna




Resenhas - A Pena e a Lei


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Kdiaax 01/09/2024

Fico um pouco triste como o filme clássico de o Auto da Compadecida ?tirou? o brilho de várias obras do Ariano.

Digo isso não por maldade e nem como reclamação, somente por que várias piadas e cenas que seriam inéditas, eu já conhecia. Acho que isso é ser clássico.

Eu sabia que o filme misturava O santo e a porca com o Auto da Compadecida. Mas várias cenas também são da Pena e a Lei.

A escrita e o formato são marcas geniais de Ariano e sempre vou enaltecer isso. Um dos maiores escritores brasileiros!

Sempre vou recomendar!!
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Lipe 14/04/2021

Ariano Suassuna (1927-2014) foi poeta, dramaturgo, ensaísta, artista plástico e romancista. Um grande defensor da cultura popular brasileira e fundador do Movimento Armorial. Em sua peça teatral "A Lei e a Pena", escrita em três atos, ele mobiliza temas que perpassam pela área do Direito, a começar pelo título, com cenas sobre justiça, trapaça, delitos e julgamentos utilizando o universo da cultura popular nordestina com a reincidência de elementos cênicos utilizados em "O Auto da Compadecida", mas com o tom ainda mais cômico e poético, por mobilizar a Literatura de Cordel. Obra tragicômica e de costumes, mas sem deixar de abordar temas pertinentes, como: corrupção, religiosidade e racismo. Ariano Suassuna é simplesmente transcendental!
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Perdida_nas_Estrelas 18/01/2024

Carisma puro!
Ariano Suassuna me conquistou novamente com mais uma peça; peça esta cheia de crítica social, e ao mesmo tempo muito bem humorada, acabei o texto querendo ler muito mais obras do autor.
No meio do enredo ele até coloca uma piada sobre "O Auto da Compadecida", foi genial.
Aliás, eu chamaria autores como Ariano de gênios, pois é incrível a sensação de ler e poder se sentir no teatro vendo atores interpretando aquilo que está escrito.
E a literatura nordestina sempre representa muito bem tudo de mais maravilhoso que podemos encontrar nesse país gigante que é o Brasil.
Sempre me sinto agraciada por poder ler esse tipo de literatura!
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Yara 22/06/2011

Não sei dizer se eu gostei desse livro, os dois primeiros atos foram muito divertidos de ler, mais já no meio do terceiro ato, a peça saiu do lado cômico para ficar um pouco mais seria.
Mesmo não sabendo se gostei ou não, eu posso garantir que me diverti bastante, a esperteza do Benedito é um dos pontos fortes do primeiro e do segundo ato. Cheiroso e Cheirosa também fazem toda a diferença na introdução de cada ato, eu ria tanto com eles que minha mãe achou que eu tava passando mal.
Os livros de Ariano Suassuna estão me surpreendendo, assim como o “Auto da Compadecida”, a leitura foi gostosa, e eu mal percebi que cheguei ao fim do livro.
Agora deixando um pouquinho a estória de lado, eu me apaixonei pela capa, é tão linda, fiquei admirando ela por muito tempo. Se eu não me engano a capa é de Romero de Andrade Lima, e as obras dele são muito legais, fiz até uns marcadores com uns trabalhos dele.
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dulce 02/04/2023

Tremendamente engraçado e recheado de críticas. Não imaginei que eu fosse gostar tanto.
(In)justiças, desigualdades, oligarquias, a inconveniência de ser corajoso, fé e perdão.
Adorei as analogias entre personagens.
Marieta como Maria Madalena, Pedro que negou Jesus três vezes...
A representação do pobre, do retirante, da prostituta, do padre, do patrão. A salvação, os erros, a justiça dos homens e a justiça de Deus.
Lembrei muito do Auto da Compadecida. Ariano é genial.
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Daniel1890 31/03/2024

Beleza da vida
Bom livro, ele aborda bons temas, a história trata de pessoas que no final mostram suas lutas pela sobrevivência no sertão, que, mesmo com dificuldades de conviverem nessa terra pequena, sabem a beleza da vida, outro bom tema é a materialização do homem no mundo.

Ótimo livro
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Jhanade 05/10/2021

Se você gosta de humor inteligente ?
Ariano Suassuna é muito conhecido por conta do filme O Auto da Compadecida, adaptação de um de seus livros, mas a obra de Ariano é muito vasta e nesse post venho trazer a obra A pena e a lei.

O tom satírico e crítico perpassa toda a peça, a crítica sobre corrupção nas instituições segue firme. Usando de teatro de bonecos - mamulengo a peça vai se desenrolando a mostrar a cobiça, ambição, mentiras, subornos, até descambar para a morte dos personagens, nesse entremeio uma pitada de ironia do próprio Ariano em uma das falas dos personagens.

- pois vão dizer que você não tem mais imaginação e que só sabe fazer, agora, o Auto da Compadecida.

- Isso é fácil de resolver: na próxima peça, em vez de o personagem ser sabido, é besta, e, no terceiro ato, em vez de tudo se passar no céu, se passa no inferno. Aí eu quero ver o que é que eles vão dizer!

Os motivos das mortes são as mais hilárias possíveis e diante da explicação de cada uma surge Joaquim reclamando de que sua morte poderia ter sido mais elegante, com a qual rebate João: você queria bem uma morte por cansaço intelectual?

Eu me acabei de rir com o desenrolar, ainda mais quando Benedito tira sarro do padre quando este não sabe o nome da morte: é a morte padre! Esse povo é engraçado: estuda, se forma, lê tudo quanto é de livro, e não sabe que o nome da

morte é ...... Hahahahah, não direi, para saber qual o nome da morte leia essa peça maravilhosa, repleta de dia a dia.
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Paulo Silas 20/10/2023

"A Pena e a Lei" é uma das grandes peças de Suassuna que segue o estilo da crítica bem humorada contra aquilo que se apresenta como oficial em detrimento daquilo que é o efetivamente real - diz-se aqui do Brasil como ele é. Produzida pelo autor no final dos anos 50 (em momento posterior à obra "O Auto da Compadecida"), a peça é fruto da junção e aprimoramento de alguns textos seus a fim de funcionar como uma grande e coesa obra, o que é feito mediante a costura de três enredos que, unidos, aqui se dividem em três atos de algo que passa a ser e funcionar como uma mesma história.

O primeiro ato da peça - que originalmente se chamava "A Inconveniência de ter Coragem" - conta com as personagens de Pedro, Benedito, Marieta, Cabo Rosinha e Vincentão em uma trama que envolve um grande plano sendo posto à prova mediante enganação e confusão, a qual se dá no melhor estilo do autor. No segundo ato - cujo título original era "O Caso do Novilho Furtado" -, uma nova confusão é vivenciada pelas personagens Mateus, Joaquim, Vincentão, Cabo Rosinha, Marieta, João, Mateus, Benedito e Padre Antônio, tendo como pano de fundo o sumiço de um novilho que é apontado como tendo sido furtado, repercutindo em uma acusação que precisa ser resolvida pelo delegado. Por fim, o terceiro ato - "Auto da Virtude da Esperança" sendo o nome original - reúne as várias personagens no pós-vida a fim de que suas ações sejam julgadas, o que é feito no grande estilo próprio de Suassuna.

Vale registrar que todos os atos da peça são inicialmente apresentados por Cheiroso e Cheirosa, que funcionam como espécie de guia para a plateia/leitor e contribuem para o seguimento da obra de uma parte para outra, tratando-se de um elemento bastante útil e necessário ao considerar o desdobramento que se tem entre um ato e outro e o significado que embasa essa transição. A edição da editora Nova Fronteira conta com uma nota explicativa de Suassuna sobre como se deu a criação das peças isoladas e sua posterior junção em "A Pena e a Lei", tendo ainda um texto inicial de Sábato Magaldi que muito bem explora a obra e evidencia a qualidade da peça ao pontuar que "desde a concepção cênica inicial, tudo é extremamente engenhoso em A Pena e a Lei".
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ssadnerb 14/10/2024

Muito divertido!
Embora seja um texto teatral, o que me incomoda um pouco, eu gostei bastante de ler. Afinal, é uma obra de Ariano Suassuna, não haveria de ser de outra forma. É uma leitura muito rápida e divertida, recomendo!
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Nathi 23/03/2023

(4,5/5)
Rindo muito do início ao fim. Me vinha na mente até os trejeitos do povo falar. Ariano era um gênio. Diversão de umas horas, o livro se foi bem rápido e eu fiquei querendo mais.
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Lidiany.Mendes 28/01/2024

Um boa dose de cultura popular
Ariano Suassuna é o representante maior do teatro nordestino, da representação da cultura popular do povo do sertão. Sua obra traz a força, as dores e os amores desse povo valente que mesmo com tantas dificuldades tem tanta vontade de viver.
Gosto da poesia, do bom humor e das reflexões que o texto proporciona. Gostaria de assistir essa peça encenada lá no nordeste. Deve ser magnífico!
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Mel | @resenhasalacarte 13/07/2020

Resenha: A Pena e A Lei - Ariano Suassuna
No início somos apresentados a Cheiroso e Cheirosa – donos de um teatro de mamulengos – que utilizam seus bonecos para entreter o público e iniciar a contação de histórias de seu “incomparável drama tragicômico em três atos” ou ainda “a maravilhosa facécia de caráter bufonesco soberbamente denominada A Pena e A Lei“.

A partir daí, conhecemos os personagens Benedito, Pedro, Cabo Rosinha, Vicentão Borrote, Joaquim, Mateus, João Benício e Padre Antônio. Juntos, eles disputam um amor, um novilho, e até vão parar no céu enquanto julgam o todo-poderoso.

Por se tratar de uma peça teatral, no início dos atos Ariano Suassuna comenta o que espera da adaptação, de que forma os personagens devem se portar, etc. Isso acaba deixando a leitura ainda melhor, pois realmente conseguimos mergulhar no universo criado pelo autor. Por exemplo: ele comenta que alguns personagens podem ser caricatos: Vicentão pode falar fino, enquanto Cabo Rosinha tem a voz grossa e rouca… Entre outras dicas.

A Pena e A Lei ainda traz algumas canções populares e rimas que auxiliam na caracterização da peça, deixando-a ainda mais rica, além de gírias típicas do nordeste brasileiro.

O livro conta com algumas belas ilustrações de Manuel Dantas Suassuna, porém, não irei mostrar nenhuma aqui para deixar vocês com ainda mais vontade de ler. Além das ilustrações, o projeto gráfico e a capa, desenvolvidos por Ricardo Gouveia de Melo, também merecem destaque, pois remetem aos famosos cordéis nordestinos.

LEIA A RESENHA COMPLETA NO BLOG!

site: https://resenhasalacarte.com.br/resenha/a-pena-e-a-lei-ariano-suassuna/
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Rayssa Bonissatto @livrosdarayssa 19/02/2022

Suassuna sempre vale a pena!
Essa obra é uma peça do grande Ariano Suassuna, amplamente conhecido pela peça teatral "O Auto da Compadecida" adaptada para a TV e Cinema em 1999.
Curiosamente, o primeiro ato de A PENA E A LEI também inspira uma das melhores passagens da adaptação de O Auto da Compadecida (coisa que eu não sabia!).

A PENA E A LEI, como característico do autor, esbanja cultura nordestina, sátira e crítica social, tudo com muito bom humor!
Nessa peça vemos crítica a corrupção das grandes figuras de Taperoá, cobiça, ambição, subornos, jeitinhos... até dar na morte de todos os personagens no terceiro ato, em que, brilhantemente, o autor debocha de si mesmo.
As mortes são as melhores partes... um morre de "susto", outro de "desgosto", outra de "besta"...
Os três atos (o primeiro ato “A Inconveniência de ter Coragem”, o segundo ato “O Caso do Novilho Furtado” e o terceiro e último ato, o “Auto da Virtude da Esperança”) são histórias bem redondas, talvez até independentes, mas com os mesmos personagens, certamente é uma escrita mais complexa que O Auto da Compadecida, mas em nenhum momento menos engraçada ou crítica, em que vemos dois Brasis: o da elite e o dos demais.
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