Resenhas - A Pena e a Lei

Iaraz1nha 12/09/2023

Tive uma leitura maravilhosa. Eu me senti, literalmente, na 1° fileira do teatro, assistindo a peça e cantando junto com o cheiroso e cheirosa, sério. Amo livros neste estilo de teatro, pois, particularmente, não tenho tempo e nem dinheiro para ir ao teatro, logo, livros assim me fazem sentir sensações de experiências na qual não posso viver no momento. Se quiserem sair da realidade, leiam.

Biblioteca Álvaro Guerra 06/11/2024

Em A Pena e a Lei, Ariano Suassuna se mostra mais do que nunca um crítico severo das instituições que transformaram o “Brasil oficial” no país das elites, em detrimento do povo pobre do “Brasil real”. A peça, baseada na tradição popular nordestina dos cordéis e teatro de bonecos, vai do profano ao sagrado, do trágico ao cômico, misturando temas e linguagens na medida certa. Como boa farsa, expõe verdades dolorosas incitando o riso, ao passo que estimula a reflexão sobre a imperfeita justiça dos homens frente à infalível justiça divina.



site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520942864

Vitória 08/08/2023

Uma incrível leitura
Que livro incrível! Eu não esperava diferente, mas nossa que delícia de leitura. Foi uma leitura leve e com uma compreensão tranquila também. Eu consegui gostar de todos os personagens e imaginar tudo com uma tranquilidade. Leria mil vezes. Li por conta da faculdade de direito, mas recomendo como uma leitura normal também, porém ele apresenta algumas relações jurídicas que também são interessantes.

Louise 23/10/2023

Adorei
É uma leitura super rápida, consegui ler em mais ou menos 3h em um dia, gostei bastante das reviravoltas, então é um livro q eu indico!!

Bruno Araújo 22/06/2023

ENTRE A MORAL E O CASTIGO
Tentando interromper esse hiato compulsório de leitura, pois ando bem cansado da rotina e, por conta disso, não estou conseguindo engatar em uma leitura, me deparo com Ariano Suassuna, muito pela leveza, e um pouco pelo trabalho também porque “A Pena e A Lei” tornou-se obra obrigatória para os meus alunos que irão iniciar o PAS neste ano.

Suassuna traz nessa peça dividida em 3 atos ilustrações acerca da moral sob o recorte do comportamento brasileiro. Quem já leu ou já assistiu “Auto da Compadecida”, ou mesmo “Lisbela e o Prisioneiro”, este último assinado por Osman Lins, reconhecerá algumas semelhanças. São 3 histórias distintas que vividas pelos mesmos personagens. Em todos os atos é percebido a malandragem, a covardia e a canalhice dos personagens movidos por seus próprios interesses, todos dosados com uma boa quantidade de humor que Suassuna sabe fazer bem.

No primeiro ato é contado as peripécias de Benedito na tentativa de conquistar Marieta e, para isso, usa da esperteza para driblar os maiorais da cidade que também estão apaixonados pela mesma mulher. No segundo ato há também a malícia de Benedito, mas agora somada com a de Mateus e de Joaquim com o objetivo de escapar da prisão após um suposto roubo de novilho do fazendeiro Vicentão, o ricaço da cidade. Enquanto o terceiro ano, conforme já foi visto em “Auto da Compadecida”, os personagens são confrontados com a morte trágica e o julgamento divino por conta de suas ações enquanto ainda vivos.

É uma obra leve, de fácil absorção, curta, rápida e, sobretudo, divertida. Apesar de não ser exatamente inédita por parecer muito com a sua antecessora, “A Pena e A Lei” ainda comporta o melhor de Ariano Suassuna, tanto na comédia, quanto na sagacidade habilidosa do autor.

NOTA: 🌕🌕🌕🌕🌑

SIGA O MEU PERFIL PARA MAIS CONTEÚDOS LITERÁRIOS: instagram.com/mrandmrjones

site: instagram.com/mrandmrjones

Sofia136 28/05/2023

Ariano entregando como já é de costume, uma leitura leve e engraçada, que aquece o coração do leitor . Ótimo para quem está saindo de alguma ressaca literária!

Zelinha.Rossi 01/01/2022

Mais uma obra brilhante e divertidíssima de Ariano Suassuna! Cada vez mais apaixonada pelo autor!

??a coragem é coisa improvável e carga pesada neste mundo de surpresas e disparates.?

?Não tem jeito não, essa vida é um fiofó de vaca.?

??se o desespero é coisa tão grave, a esperança deve ser algo de virtude maravilhosa, pois é o contrário dele.?

Avner 16/01/2022

Divertido
O primeiro ato é o melhor de todos. Tem uma boa narrativa mas não surpreende no final. O desfecho deixa a desejar.

Tiago 12/04/2023

Três peças em uma
Mais uma excelente história de Ariano Suassuna. É contada por Cheiroso e Cheirosa como uma peça de um teatro de mamulengos, que são bonecos típicos do nordeste brasileiro. A peça tem a sua dose de crítica e ironia com a sociedade e seus personagens típicos: o polícia valentão, o dono de terras, o pobre, a ?quenga?, o poeta, o padre, etc?

São três peças em uma. Cada ato é uma história independente mas os personagens são os mesmos. O primeiro ato é ?A Inconveniência de ter coragem?, o segundo é ?O caso do novilho furtado? e o terceiro é ?o Auto da Virtude da Esperança?. Os dois primeiros são cónicos e o terceiro é mais profundo e filosófico (mas não deixa de ter a sua graça). O contraste é bem interessante.

Dois destaques: primeiro, o personagem Benedito com suas armações e peripécias e segundo, para os versos rimados que aparecem ao longo da peça. Recomendo.

Katarine. 09/04/2023

Com a morte nos transformamos em nós mesmos
É um livro rápido e interessante de ler, algo bem comédia teatral para quem é apaixonado pelo auto da compadecida vai se encantar. E eu achei interessante o último ato que envolve a morte e o julgamento final diante de Cristo, fala sobre culpa e novamente cada personagem tem uma representação de algo que transcende o óbvio.

Lucca 08/08/2022

A pena e a lei
Mais uma vez lendo Suassuna e essa peça é uma sequência da ideia que o Suassuna quis passar ao longo de 3 peças, que finaliza com Farsa da boa preguiça, sendo cada peça de leitura independente. Em a pena e a lei nós acompanhamos Benedito, outro malandro criado pelo autor que tem que viver como pode para ganhar o seu sustento. No primeiro ato ele está querendo conquistar o coração de Marieta, uma mulher que é desejada por dois homens que Benedito não tem a mínima chance contra eles, e durante esse ato ele fará de tudo para conquistá-la, não medindo esforços, sejam os meios duvidosos ou não. A partir do segundo ato, o título da peça começa a ganhar mais força e veremos aqui novamente a moral dos personagens sempre se moldando conforme o que é conveniente para cada um. E indo para o último ato, a morte é mais uma vez utilizada, só que dessa vez o Suassuna vai para uma discussão mais existencialista, junto do bom humor de sempre que ele tem.

Pedro 22/11/2022

Ariano Suassuna é lendário. Toda obra dele consegue misturar na medida certa humor e moral, e aqui não poderia ser diferente. Magnífico!

Yasmin.Moraes 16/03/2023

Cotidiano
Esses livro é dividido em 3 partes (na peça seriam os 3 atos). Em cada um há uma situação distinta e o autor vai apresentar uma crítica diferente. No primeiro crítica a necessidade do homem de ser "valente", na segunda a corrupção do cotidiano e a terceira versa sobre a fé.

Yan de Alencar 19/05/2011

A Pena e a lei
Seria possível juntar obras escritas como só e fazer-se assim uma obra completa que retrate o universalismo e os costumes nordestinos?
Sim. Ariano Suassuna em 'A Pena e A Lei' levanta questões universais do homem, como a justiça, o vencer na vida e o viver para morrer.

Com os diálogos regionalistas dos personagens e o cômico da peça pode-ser pensar que os assuntos aqui tratados não são sérios, engana-se que tem essa perspectiva.
O nordeste aqui retratado (muito bem por sinal) é só puro teor cômico e de manifestação cultural.

Quem vence, é forte ou fraco?
A justiça é relamente justa?
Vale a pena viver sabendo da morte?

Essas perguntas fazem parte da vida de todos (seja ele sertanejo ou do sul). Mas a que nós faz pensar e todas ela e resumir é:
Se sabermos da morte pra quer viver e a resposta mais bem explicada foi a de Benedito que diz: "Eu só digo sim, se continuasse com o direito de lutar para melhorar a vida."
Benedito tem razão, temos tudo aqui para melhorar nosso espírito.
Extrai-se então que a vida é feita pra ter erros, pecados,problemas,etc.
Mas disto tem que se tirar o melhor porque só viramos verdadeiros homens (almas despidas do material) quando morremos e lá teremos todo saldo que juntamos aqui.