Childhood

Childhood's End Arthur C. Clarke




Resenhas - Childhood's End


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Bernardo235 10/04/2024

Um livro de filosofia disfarçado de ficção científica
É um bom livro que, na minha opinião, atende ao que se propõe a fazer.

Sem entrar em spoilers, Childhood's End (ou o Fim da Infância) é uma ficção científica onde alienígenas chegam ao planeta Terra e assumem o controle do rumo da humanidade. São tiranos no sentido de que sabem que possuem o poder nas mãos e o utilizam para intimidação, mas ao mesmo tempo são altruístas que querem apenas fazer com que a humanidade chegue a uma era de ouro. Para isso, impõem medidas para gerar equalidade entre as pessoas e extinguir a crueldade, guerras e preconceitos. Claro que esse é um processo lento e, por isso, os acontecimentos do livro se passam no decorrer de algumas décadas, até os humanos de fato internalizarem a mensagem. Em paralelo, ficam as dúvidas quanto às reais intenções dos chamados Overlords.

Essa é basicamente a minha sinopse. Agora, quanto à mensagem:
Esse livro me lembrou bastante o estilo da Revolta de Atlas, da Ayn Rand. É uma ficção científica intercalada com reflexões filosóficas, que muito superficialmente aborda também o lugar da religião na essência do ser humano. É um estilo que me agrada e, nesse caso, apresentou de maneira leve alguns questionamentos bastante atuais (apesar de o livro ser de 1952).

- É possível existir uma utopia? Se sim, será que viver em uma vai te satisfazer como você imagina?
- A ciência e a religião caminham juntas? Ou são forças opostas que desmentem a existência ou dogmas uma da outra?
- O que faz as pessoas acordarem pela manhã? Qual é a sua motivação para fazer e ter curiosidade pelas coisas que te interessam hoje? O que te incentiva a se aperfeiçoar?
- Qual é o nosso lugar nesse universo infinito que não somos sequer capazes de mensurar?

E talvez a pergunta que mais permaneceu comigo: até que ponto o ser humano continua sendo um ser humano quando aspectos da sua essência são descartados? Um homem que não cria e/ou não aprecia arte de nenhuma forma continua sendo um homem? Essas são algumas das ideias centrais, que para mim são o ponto alto do livro.

Falando sobre a escrita, ela é bastante fluida e fácil. Deixo apenas o alerta de que os personagens são apenas instrumentos para te fazerem chegar do ponto A ao B, então não espere um grande foco ou desenvolvimento nesse sentido. Em sua essência, esse é um livro pra te fazer pensar e se sentir pequeno diante da galáxia e universo em que vive.

Recomendo bastante para quem se interessar pelos temas que mencionei.
comentários(0)comente



Jairo.Escudero 26/03/2013

Arguably, the only science fiction literature that can be considered universal is written by this man!
Clarke is amazing in this story, just as he was in the Space Odyssey Series. Here, man's violent instincts are kept in check by an alien race that humans christened as Overlords. These creatures, who do not show themselves at first, are immensely ahead of human beings in their scientific knowledge and technology. They are peaceful and do not allow violence in any way. Human beings are completely free to do anything they wish, as long as it does not involve violence. There is intrigue, mystery, adventure, drama, and, in the middle of it all, Clarke manages to include several universal themes that are almost imperceptibly philosophical in nature dealing with ethics, religion, politics, etc.

Originally, this was a short story, which was later expanded into a novel and published in 1953. As in the Space Odyssey Series, Clarke describes this new world, new society, the visitors, and, later, their world in such minute details that one, at times, feels they actually exist. Almost like we are reading a non-fiction psychological analysis of this new society and world run by the Overlords. In the process (remember it was written in 1953), he predicts the formation of the European Union, and such technology as photo-realistic computer animation, audience interactivity with entertainment venues, and, most interestingly, the hundreds of TV and radio channels pouring thousands of hours of entertainment, which will (or is?) make(ing) people turn into "passive sponges, absorbing but never creating."

A great story, by a brilliant and prescient man, whose stories are so scientifically possible and accurate that, to this day, they still inspire technological advances (see NASA to launch enormous, Arthur C Clarke-inspired solar sail in 2014 [http://www.wired.co.uk/news/archive/2013-03/26/solar-sail-sunjammer]). Technology and science are not the only subjects of his scrutiny, though. God and faith are frequently discussed in one form or another within his stories. In Childhood's End, I found it curious and somewhat stirring that, in more than one occasion, the Overlords, who were so much more advanced in mastering the physical universe with their science and technology, mention that they could not evolve any further because they didn't have what human beings had: the ineffable entity that is faith and God.

I strongly recommend this book, and the Space Odyssey Series. And you can be sure other novels by Arthur C. Clarke will be inserted into my constantly revised list of "Books I Need to Read."
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR