1977

1977 David Peace




Resenhas - 1977


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Biblioteca Álvaro Guerra 08/01/2020

Em 1977, prostitutas são assassinadas. A crieldade dos crimes faz lembrar a ação do obsciro estripador de Yorkshire, que segue desaparecido desde 1974. Baseando-se em fatos reais, 1977 é a segunda parte da sério Red Riding, que investiga os casos do criminoso ao longo de vinte anos.

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788564065789
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Carlos.Santos 04/08/2017

DO INFERNO
1977 - continuação de 1974 - narra alguns dias durante o verão no ano do título em que o Estripador de Yorkshire - assassino real - aterrorizou a região. Assim como seu "colega de profissão" do século XIX, o serial killer ataca prostitutas de maneira horrenda deixando a polícia completamente perdida e a opinião pública apavorada.

Aqui temos dois protagonistas. Personagens que fizeram uma pequena participação no livro anterior, o jornalista Jack Whitehead - a estrela da sessão policial do Yorkshire Post - e o sargento detetive Bob Fraser. Cada capítulo da narrativa divide-se entre um e outro, sempre na primeira pessoa, passando as impressões de cada um de forma subjetiva. Ambos são personagens atormentados, cheios de devaneios que beiram a insanidade.

A escrita de Peace continua vertiginosa, agora até mais do que 1974. O norte da Inglaterra continua caótico, feio e agora quente, pois a trama se passa no verão. A corrupção e amoralidade toma conta da polícia, que tortura sem o menor pudor qualquer um que entre na lista de suspeitos dos crimes. Paralelamente, Fraser e Whitehead fazem suas próprias investigações, envolvendo-se de forma doentia com prostitutas e mergulhando de cabeça nesse universo cinza e violento tanto física quanto psicologicamente. Mais noir impossível.

Peace abraça o estilo staccato de James Ellroy (ou seja frases curtas que aceleram a ação e a narrativa) e muitos diálogos. Rápidos, ácidos e certeiros. Talvez seu único problema seja o excesso de experimentações para que possamos adentrar na mente dos protagonistas. Eu entendo suas motivações mas para mim soam um tanto gratuitas. Porém, não é nada que atrapalhe a leitura.

O único, realmente, defeito que me incomoda por deveras nessa edição é a tradução. Percebe-se que o tradutor não sabe dosar o uso de certos adjetivos que funcionam bem no inglês britânico mas que se tornam cansativos em português. O português brasileiro é tão rico em adjetivos de baixo calão que não tem desculpa o uso repetitivo de uma única palavra. Pena que os quatro romances do quarteto de Yorkshire sejam traduzidos pelo mesmo sujeito.

Tirando isso, 1977 é um ótimo policial e David Peace é o escritor europeu que mais se aproxima da maneira de escrever noir como os estadunidenses sabem fazer. Agora é partir para sua continuação, 1980.
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JUNIM 11/04/2015

CONS-PIRAÇÃO
Peace é realmente surpreendente e nossa história é uma montanha russa de informações e angústias experimentadas pelos personagens e vítimas do ex-tripa-dor... A ausência de descrições fortalece ainda mais a experiência de estar dentro desse mundo perverso e de todas as ambiguidades que carregam o ser humano e nos leva em todas as direções... O tempo é o grande remédio para as sutilezas de nossa imperfeita natureza.
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Gildo 09/02/2013

Sem inocentes em Yorkshire
Excepcional romance policial - mais uma vez - da série Red Riding. O estilo inédito e quase conturbado de David Peace recria nosso subconsciente. Com lampejos de ideias fragmentados, mas que, no todo, compõem uma grande consciência.

Ao acompanhar um detetive e um jornalista no rastro do estripador de Yorkshire, "1977" segue os passos da investigação que acontece simultaneamente com novos crimes. Entre devaneios, sexo, muito álcool, violência e corrupção, a obra sublinha o cenário inglês dos anos 1970, com os ritmos musicais, costumes e preconceitos da época. Como nos filmes noir, há sempre uma chuva nos ambientes e sempre uma névoa que deturpa o olhar dos personagens.

David Peace vai demonstrando que, nesta série, não há inocentes. É uma brilhante continuação de "1974", sem ser óbvia. Trocam os protagonistas, mas a coerência é mantida. Por diversas vezes, é preciso reler páginas e capítulos inteiros, para não perder detalhes. Particularmente, voltei até ao livro anterior, para rememorar passagens. O que comprova uma inebriante riqueza de conexões.

Imperdível, criativo e de estilo ímpar.
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