Eugénie Grandet

Eugénie Grandet Honoré de Balzac




Resenhas - Eugénie Grandet


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Lou.Y 20/07/2024

Recomendo.
É um livro clássico e de grande notoriedade, de Balzac. É um retrato de como nos deixamos levar por entre tanto, mesmo tendo nada.

A protagonista é uma jovem, com um amor, amor esse perdido por uma pequena ganância, que se torna a cada ouro, maior. Eugénie era grande para o mundo em que vivia, por não se importar com classe, dinheiro, ser apenas simples. Mas quem ela amava estavam sempre presos na grande avareza em que Honoré os colocou. Ou foi os próprios que escolheu isso, por já ser automático de nós, ter a avareza de ter.

Um retrato emblemático da literatura de Honoré De Balzac, para uma realidade infinda.

"Suas reflexões combinavam com os pormenores da singular paisagem, e as harmonias de seu coração fizeram aliança com as harmonias da natureza". E.G.
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ismaelmarquesdias 28/06/2024

Relações familiares
No livro Balzac cria o maio avarento da literatura Ocidental, Felix Grandet, o bom Grandet.

O ávaro burguês introduz na sociedade francesa do século 18 a superação do deus Cristão antropomórfico como o centro e objetivo da vida. Assim, coloca no lugar a devoção ao lucro como o deus de sua existência.

E, a despeito de sua fortuna inigualável, vive e submete sua esposa, sua única filha (Eugenie Grandet) e sua única empregada doméstica (Nanon) a um regime de miséria, racionando até mesmo a lenha em período de frio intenso que faz sua esposa sucumbir à doença.

Assim, após a morte do ávaro e de sua esposa:

"Aos trinta anos, Eugénie ainda não conhecia nenhuma das felicidades da vida. Sua infância pálida e triste transcor- rera ao pé de uma mãe cujo coração, ignorado e espezinhado, sempre sofrera. Ao deixar a vida com alegria, aquela mãe lastimou a filha por ter de viver, deixando-lhe na alma ligeiros remorsos e eternas saudades. O primeiro e único amor de Eugénie era-lhe motivo de melancolia. Depois de entrever o bem-amado durante alguns dias, entregara a ele o coração entre dois beijos furtivamente dados e recebidos; depois ele partira, pondo um mundo inteiro entre os dois. Aquele amor, amaldiçoado pelo pai, quase lhe custara a mãe e só lhe dava dores misturadas a débeis esperanças. Assim, até aque- le momento, ela correra em direção à felicidade, perdendo forças, sem as recobrar. Na vida espiritual, assim como na física, há uma aspiração e uma expiração: a alma precisa absorver os sentimentos de outra alma, assimilá-los para devolvê-los mais ricos. Sem esse belo fenômeno humano, não há vida no coração; falta-lhe ar, ele sofre e perece. Eugénie começava a sofrer. Para ela, a fortuna não era poder nem consolo; ela só podia existir pelo amor, pela religião, pela fé no futuro."
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elfojonas 14/06/2024

Amor e ouro
Um romance bem romance mesmo, com uma escrita bem minuciosa em vários detalhes. Legal que existem dois ventos de história, um amor bobo e demorado de um personagem e uma dependência por dinheiro de outro.

Essa leitura me prendeu por um motivo bem diferente: raiva. Em vários momentos a vontade era de botar juízo na cabeça de Eugénie, nem que fosse a base de uns tabefes. E quando vi, já tinham ido várias páginas.

Foi uma leitura legal, história bem simples de entender e sentir.
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wangover 11/06/2024

Eugénie era um anjo. uma santa. simplicidade. amor. graça e beleza. ingenuidade. humildade. bom coração. eugénie merecia toda a felicidade do mundo e não seria o suficiente.
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Giovanavski 04/06/2024

Recomendo muito esse livro, um romance comum, com pessoas que poderiam ser seus vizinhos de tão atual. Filha de um milionário avarento e de uma mãe alheia aos negócios do marido, Eugénie é uma boa alma, que acaba se apaixonando pelo primo falido.
É um ótimo livro de Balzac, você torce para que tudo acabe bem para mocinha e tem acesso de raiva ao pai muquirana.
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abibliotecadamica 01/05/2024

Excelente.
Escrito em 1833 e publicado pela primeira vez no semanário L'Europe littéraire, com o título de 'Eugénie Grandet, histoire de province', esse é um dos primeiros e mais famosos romances da Comédia Humana, de Balzac.
A narrativa nos apresenta a família Grandet, humilhada pela avareza do patriarca Felix, pai de Eugénie. A família vive em uma velha e gelada casa, privada de todo o conforto material, onde tudo é miseravelmente contado e poupado: a comida, a vela, a lenha, as moedas, visto que Felix prefere apenas acumular seu dinheiro.
A rotina dos Grandet, porém, é abalada pela chegada de Charles, um primo de Eugénie vindo de Paris, enviado pelo próprio pai diante do fracasso em seus negócios, mas que não se desvincula de seu passado de esplendor e riqueza.
A partir da chegada do primo inicia-se então o despertar emocional da moça provinciana, instigado por seu amor puro e quase infantil pelo primo, o que a coloca em conflito direto com seu pai. Apesar da evolução da personagem e do desenvolvimento de seu caráter, de maneira bastante positiva, é impossível não sentir comiseração por Eugénie. Uma pobre moça, tão sonhadora e honrada, em uma sociedade na qual a posição social e o desespero pela riqueza atropelam todos os mais nobres sentimentos. Aliás, o amor e o dinheiro, temas tão vastos na literatura, se enfrentam grandiosamente nessa obra, nos lembrando que nessa batalha a obsessão por riqueza e títulos sempre é vencedora. Leitura adorável e muito recomendada.
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julia 09/03/2024

Resumo do livro: o dinheiro corrompe
É um romance um pouco trágico, que brinca com as nossas expectativas e nos revela um desfecho que é o mais coerente considerando não somente a sociedade da época mas também a nossa própria sociedade, já que encontrei nesse livro uma história muito atemporal.
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Diego Rodrigues 08/02/2024

"Esta é a história de uma mulher que, no meio do mundo, não pertence a ele"
Publicado originalmente em 1833, "Eugénie Grandet" é um dos primeiros romances da chamada "Comédia Humana", como é conhecida grande parte da obra balzaquiana. A trama se desenvolve em Saumur, uma cidadezinha do interior onde vivem os Grandet. O patriarca da família é um vinhateiro avarento que rege a casa com ares de despotismo, condenando sua esposa e filha à uma vida próxima da miséria, enquanto enche os próprios bolsos de ouro. Mas numa cidade pequena é difícil esconder segredos e o povo de Saumur desconfia de sua riqueza. Por isso, a mão de sua filha Eugênie é muito cobiçada, especialmente pelos Cruchot e os des Grassins, duas famílias rivais. Ambos os pretendentes tentam cair nas graças do velho Grandet, mas esse "teatrinho" logo é perturbado pela chegada de um novo personagem: um primo dos Grandet, vindo de Paris. A chegada do jovem com ares de Don Juan altera drasticamente a rotina da casa e também o coração da pobre Eugênie.

Tem início então todo o drama e sofrimento típicos dos romances do século XIX. Mas essa não é uma história de amor. Balzac vai muito mais fundo e destrincha o ser humano em seu âmago, para assim melhor analisá-lo. O contraste entre capital e província que a obra evidencia rende um fiel retrato do que era a França pós-napoleônica. A vida conjugal e o papel da mulher na sociedade do século XIX também vêm à tona. Com pinceladas de humor, Balzac ridiculariza as hipocrisias das convenções sociais e a rigidez dos costumes e políticas daquela época. Aqui, o homem e suas motivações sãos postos a nu e dissecados pelo autor, observador arguto do comportamento humano e da sua relação com o meio em que vive.

Importante mencionar que o primeiro terço do livro não faz jus ao que vem pela frente e pode soar um pouco monótono, com descrições um tanto enfadonhas. Mas isso parece ser proposital, pois com a chegada do primo do exterior é que a trama realmente começa a se desenrolar e a leitura passa a fluir de forma esplêndida. A chegada do primo não só acaba com o marasmo do interior, como também muda o tom da narrativa. A ironia de Balzac é um show à parte e deixa suas críticas ainda mais afiadas, além de bem-humoradas. A obra também é dotada daquele poder dos clássicos: o de se manter atual; pois muitas de suas críticas, principalmente aquelas relacionadas ao dinheiro e a influência deste nas relações políticas e pessoais, permanecem atuais, tornando os Grandet e aqueles que o cercam facilmente reconhecíveis no meio em que vivemos.

"Eugênie Grandet" é considerada uma das obras-primas do autor. Não li tanto Balzac assim para poder opinar com propriedade, mas li "Ilusões Perdidas" e achei anos luz à frente deste aqui, embora poucos anos separem uma publicação da outra. Se você já leu Dickens, vai parecer que está lendo um romance dele. Não por acaso o escritor vitoriano tem em Balzac uma de suas principais influências. É um livro que ajudou a moldar as bases do realismo que tomaria de assalto o século XIX. Logo, se trata de uma obra de suma importância, principalmente pra quem gosta desse tipo de literatura. É um livro que pode não ser perfeito, como apontado pelo próprio autor no epílogo desta edição, mas é aquilo, ler Balzac é sempre um prazer! Quanto à edição da UNESP, segue o padrão da coleção "Clássicos da Literatura" e conta com tradução de Fernando Santos, prefácio e epílogo redigidos pelo próprio autor.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Marcos606 23/10/2023

A história de uma jovem cujo pai rico, mas mesquinho, tenta arranjar o casamento financeiramente mais vantajoso para ela quando ela se apaixona por seu primo pobre. Felix Grandet é a personificação do poder do dinheiro. Balzac mostra as consequências do amor humano ao dinheiro a partir do exemplo de seu personagem e de sua história de vida. Por um lado, vemos uma atitude cuidadosa e econômica em relação às coisas, por outro, uma restrição irracional de si e de sua família ao essencial.

O pai Grandet aprecia não o poder e as oportunidades que o dinheiro pode oferecer, mas o próprio dinheiro. Ele adora tudo o que está relacionado com ele - ganhos, aumentos, investimentos de capital em um ou outro empreendimento, armazenamento, movimentação, admiração (como é o caso das moedas de ouro, que ele dá à filha Eugênia em todos os aniversários) e até mesmo a consciência de a existência do próprio dinheiro.

Felix Grandet vê dinheiro nas pessoas, e pessoas no dinheiro: as moedas de ouro vivem e fervilham, como as pessoas: vão, venham, suem e aumentem. Em uma conversa com Charles, sente compaixão não pelo fato de o sobrinho ter perdido o pai, mas pelo fato de ter perdido a fortuna.

Eugenie Grandet poderia ser chamada exatamente o oposto de seu pai, se não houvesse um "mas": ela herdou dele seu principal traço de caráter - a teimosia interior. Personagens movidos por sua paixão interior primária – o amor de Eugenie e a avareza de Grandet; o velho mesquinho está disposto a sacrificar o bem da filha amorosa por algumas placas extras de ouro.

Em particular, Balzac está preocupado com a forma como a sua sociedade se tornou grosseiramente materialista, abandonando códigos de honra e concentrando-se inteiramente na acumulação de riqueza.
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kiki.marino 16/10/2023

Para o avarento só existe o presente...
Quanto a Eugene só lhe restou uma vida em segredo. Em circunstâncias normais de leitura de Balzac e sua descrição minuciosa de formas,objetos do ambiente, eu acharia irritante, porém aqui foi perfeito. Tal qual os moradores desta casa,são vázios e arruinados, esqueciveis e invisiveis,depois de um certo tempo. Um ambiente assombrado pelo egoísmo e avareza do pai Grandet, no qual mãe e filha,são prisioneiras resignados de uma perspectiva de vida diferente à educação provinciana religiosa que receberam: perpetuar papéis de submissas.
É claro também um livro sobre voracidade por dinheiro e posição social dos franceses novos ricos apos Revolução Francesa . Corrupção moral que atinge o amado de Eugenie.
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liza.ana 24/06/2023

De longe um dos melhores romances que já li, traz uma riqueza de detalhes imprecionante e que te envolve na história. Você sente junto com os personagens e tem uma visão de vida muito verdadeira.
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Thamiris.Treigher 30/03/2023

Avareza × inocência
Eugénie Grandet é filha de Félix Grandet, um rico comerciante de vinhos, que possui uma fortuna imensa, mas que é extremamente avarento. Tudo é milimetricamente contado e economizado: a comida, a vela, a lenha, as moedas. A casa da família Grandet precisa urgentemente de reparos e reformas, mas para o Sr. Grandet é muito mais importante ter o dinheiro guardado. Para ele, o valor de sua fortuna vem antes mesmo das suas relações familiares. Sua avareza chega a ser repugnante (e às vezes cômica).

Ambientado em uma pequena província francesa, por volta de 1830, o livro nos apresenta a história da família Grandet, que tem uma vida pacata, tediosa e quase monástica, imposta por Félix Grandet. Apesar de muito bem escondida, sua fortuna é conhecida por todos na cidade de Saumur, e cobiçada por duas grandes famílias, Cruchot e des Grassins, que disputam a mão e o dote Eugénie, a única herdeira de seus pais.

Eugénie, ao contrário de seu pai, não dá valor ao dinheiro e não dá a mínima para essa disputa. Ela é uma moça simples, de coração bom, puro, e ingênuo -- até demais. A vida pacata da família e da cidade muda com a misteriosa chegada de Charles, sobrinho do velho Grandet, vindo de Paris, que foi enviado pelo próprio pai diante do fracasso mortal em seus negócios. Charles é quem desperta o mais puro interesse de Eugénie.

Acompanhamos então toda a trajetória dos protagonistas, por meio da mestria de Balzac, que retrata os costumes, os atores e os espaços da vida provinciana francesa. A leitura é fluida, envolvente e cativante.

"Eugénie Grandet" é o primeiro grande romance de Honoré de Balzac, escrito em 1833, "num dos raros momentos felizes de sua vida", e, de acordo com muitos, também sua obra-prima.

Amei e super recomendo! ??
Carolina.Gomes 11/04/2023minha estante
Q lindo!


Thamiris.Treigher 12/04/2023minha estante
É um excelente livro, Carol. E a leitura é muito agradável ?




Adriana Naves 04/03/2023

Muito interessante
Gostei muito do livro. Acho que o sr. Grandet é o melhor personagem. É uma história tão natural que poderia ser vista em qualquer lugar, a única coisa difícil de acreditar e na fortuna dos Grandet, mas é interessante como aqui não temos grandes atos de heroísmo e honra, personagens que superam todas as dores com grande dignidade ou coragem. O que temos aqui são pessoas comuns vivendo como podem, tendo qualidades e defeitos presentes e tantos outros de sua espécie.
P.s: eu nunca teria a bondade da Eugénie, eu deixaria ele se ferrar, e ainda fazia questão de ir a Paris só pra espezinhar ele kkkkkk
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kkb 05/10/2022

Eugénie Grandet
Gostei muito da edição facile deste livro. Foi um alívio saber que ainda sei ler em francês (estou lendo L'avare do Molière e parece que não sei francês básico). O problema é que provavelmente terei que ler a edição original dps, visto que essa, aparentemente, é beeem recortada.
Recomendo a leitura desta edição do livro pra quem está no nível A2/B1 do francês -e pra quem, assim como eu, não aguenta mais ler textos complexos como os de Molière.
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Clio0 20/05/2022

Eugénie Grandet é um mais um dos grandes retratos da alma humana que Honoré de Balzac se tornou famoso por fazer. Nessa obra, a jovem Eugénie é uma jovem criada de forma humilde, acostumada a não se importar com a luxo e os títulos que a França pós-revolução tentava desfrutar.

Os pretendentes a sua volta estão apenas interessados em sua riqueza, não havendo basicamente alusões a sensualidade e as paixões no início da história. A mudança só ocorre com a chegada de seu primo Charles que mais tarde também se revelará outro escravo do dinheiro.

O termo é exatamente aplicado. Não há suavidade ou alívio para os comportamentos descritos pelo autor, especialmente em relação a Félix, pai de Eugénie, um avarento que regula o uso de velas, se recusa a reformar a casa e tantas outras pequenas mesquinharias que tornam seu caráter o mais emblemático por suas próprias peculiaridades. Para o leitor brazuca, é sedutor imaginá-lo como um Seu Nono francês.

Assim, embora a trama tenha todas as características de uma tragédia, vários de seus momentos puxam para o cômico, arrancam risos. Talvez propositalmente já que a crítica e o ridículo andam juntos.

Recomendo.
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