Julia_Ricci 16/11/2024
"E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos infinitos."
Ser invisível pode ter as suas vantagens, como observar e absorver tudo em seus mínimos detalhes. Mas quando Charlie, um "wallflower" de carteirinha, ouve de seu professor que precisa participar, ele passa a questionar a passividade de seu viver.
Através de cartas para alguém e ao mesmo tempo ninguém em específico, Charlie (será que esse é seu nome?) torna suas dores, suas alegrias, suas conquistas e sua vida visíveis, se (re)descobrindo com uma sensibilidade que é difícil de ver, às vezes até mesmo confundida com ingenuidade. Porém, de ingênuo ele não tem nada pois já viu e viveu coisas inimagináveis para muitos.
"Então, acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conhecemos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas."
Podemos ser infinitos diante da finitude da vida. Podemos viver diante da morte. Podemos amar diante das dores. E é isso que Charlie fez.
Para todos que se sentem invisíveis, permitem-se serem vistos com esse livro.?