Armas, Germes e Aço

Armas, Germes e Aço Jared Diamond




Resenhas - Armas, germes e aço


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seufuviu 28/02/2009

Armas, germes e aço - As metáforas da dominação
Resenha do livro: Diamond, Jared M - ARMAS, GERMES E AÇO: os destinos das sociedades humanas. Rio de Janeiro, Editora Record, 8ª ed, 2006, 472p.



Jared Diamond, professor de fisiologia da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, Los Angeles, iniciou-se na ciência pela fisiologia - adjetivou ao seu leque epistêmico pesquisas no campo da biologia evolutiva e na área da biogeografia. Seu livro - “ARMAS, GERMES E AÇO: os destinos das sociedades humanas” - chegou ao mercado recomendado pelo prêmio Pulitzer de melhor produção de literatura não ficcionista em 1998. Propõe em suas páginas analisadas por parâmetros da história ambiental, os fatores determinantes às mudanças sociais e culturais nas sociedades humanas - em argumentos, fotos, gráficos e mapas, ao longo de 19 capítulos, divididos em quatro partes e um epílogo, que procuram demonstrar as condições e o porquê de como diferentes grupos étnicos se encontraram a partir do último pleistoceno, e a forma que interagiram nesses encontros, sempre sob condições político econômicas de dominados e dominadores. O livro indicado a leitores inseridos na pesquisa histórica acadêmica, nas várias áreas do conhecimento científico, trata a temática ambiental nas diferentes sociedades do planeta. A mídia internacional anuncia seus enunciados como inteligentes, insinuantes, reveladores e simples, portanto indica sua leitura também a leigos, que tenham o hábito de ler os novos e interessantes assuntos da história humana.

Dentro desse contexto, o “best-seller” sobre o ‘destino das sociedades humanas’, afirma a importância das várias situações que transportaram as diversas civilizações na viagem histórica da humanidade, desde o fim da última era glacial, quando ocorreram os desaparecimentos dos grandes mamíferos e iniciou-se o desenvolvimento do homo sapiens, período que a arqueologia nomeou de revolução neolítica.

Este foi o 2º livro de uma trilogia iniciada com o lançamento da 1ª edição de “O 3º Chimpanzé”, 1991, que situa o homem como membro da família dos chimpanzés, com a mesma tipicidade do chimpanzé comum e o chimpanzé anão, tese amparada pelas variantes genéticas apresentadas neste livro. Finaliza seus três segmentos literários da ambientação histórica da humanidade, com o “Colapso: Como as Sociedades Escolhem o Fracasso ou o Sucesso”, 2005 , onde desenvolve um parecer que adverte para o temerário colapso em que as sociedades modernas poderão entrar na relação com o meio ambiente, por conseqüências típicas das atividades tecnológicas desenfreadas, adicionada pelo perigo de confiar que essas mesmas tecnologias poderão ser as salvadoras do planeta.

Os pressupostos semânticos pertinentes ao sentido conotativo empregado nas metáforas da dominação - “ARMAS”, posse de armamento em ferro, pólvora e chumbo, utilizadas para guerrear, conquistar e proteger, “GERMES”, doenças epidemiológicas que dizimavam os povos por elas contaminados e a posse de anticorpos que protegiam as populações que os retinham em seus organismos, “AÇO”, técnicas e tecnologias desenvolvidas por sociedades que conseguiram se estabelecer em um local, concentrar uma grande população, para assim fazer uma divisão social do trabalho, através da domesticação de animais e plantas - subtendidos pelo autor, Jared Diamond em “ARMAS, GERMES E AÇO: os destinos das sociedades humanas” (1998), delineiam-se por um saber multidisciplinar com o propósito de explicar porque certas populações capacitaram-se a prolongar objetivamente sua existência temporal e espacial no planeta.

A partir da leitura do livro “Metáforas da Vida Cotidiana” (2002), de George Lakoff e Mark Johnson, feita para aferir o tipo de linguagem usada por Diamond, verifico em seus escritos que a metáfora é uma figura de linguagem consistida na mudança do sentido do signo ou unidade lingüística pelo autor em: ARMAS, GERMES E AÇO, através do acréscimo de um significado próximo, GUERRAS, EPIDEMIAS E INVENTOS, assim, como em outras variáveis signas desdobradas a partir desse mesmo princípio; dá-se como exemplo a questão de que GERMES também puderam ser ARMAS, pois as epidemias mataram mais que as espadas e arcabuzes, a varíola, a peste bubônica, a malária são ícones dessa situação limite. AÇO podia estar intrínseco em GERMES, como técnicas que provinham à proteção das epidemias, como raízes e vacinas. ARMAS figuravam como AÇO, tecnologias agropecuárias, espadas, escudos etc. Sempre que por meio do sentido base e o acrescentado houve uma relação de parecença, de cruzamento, isto é, quando demonstrou traços semânticos inerentes, uma característica de procedência semântica, exeqüível devida à capacidade que permitiu relacionar coisas análogas ou semelhantes.

Este foi, em essência, o traço característico do processo metafórico utilizado pelo autor no livro ao nomear as características que continham as sociedades dominadoras, pois metaforizarão é conotação, a partir daí, ampliou-se o campo de abrangência do vocábulo ao introduzir-se a polissemia, indispensável à realização de qualquer processo de transformação, que exigiu variação e continuidade contidas nas metáforas da dominação e no signo ‘cargo’, contido na pragmaticidade locucional do povo de Yali para nomear os diferentes produtos frutos da produção de mercadorias e consumo dos diversos povos do planeta, como pratos, fósforos, remédios, ferramentas, sombrinhas etc. Nessa direção afirma-se que as metáforas geram realidades, pois as similaridades estabelecidas passam a ser real para a cultura que as recebem e as aceitam, daí a inquirição de Yaly a Jared Diamond:- “Por que vocês, brancos, produziram tanto ‘cargo’, mas nós, negros, produzimos tão poucos ‘cargo’?”.

A interrogação feita pelo amigo papua da Nova Guiné, Yali, incorpora-se à importância para o público leitor na construção da pergunta principal desenvolvida pelo livro - “Por que as variáveis culturais da humanidade, no espaço e no tempo, facultaram ou dificultaram a expansão dos humanos?”. O desenrolar da narrativa histórico ambientalista do professor Diamond responde a esta questão de forma naturalista, pois demonstra que o caminho do desenvolvimento das sociedades foi facilitado pelas condições da biologia, da fauna, da flora, bem como suas relações com o ambiente e entre si, isto é, as leis que os regem, os climas e a geologia - como demonstra através da tabela - “Fatores que marcaram um padrão mais amplo da história” (capítulo quatro, p. 85), onde esquematiza o conjunto de causas que levaram aos fatores imediatos, as metáforas da dominação - ARMAS, GERMES E AÇO - e dessa maneira permitiu a alguns povos a conquista ou domínio de outros, sempre direcionados pelos eixos continentais, que orientaram seus deslocamentos a partir do Crescente Fértil, em busca de condições satisfatórias de estabelecimento e ampliação de domínios - “o eixo dos paralelos/latitudes”, Eurásia - Leste/Oeste uma solução axial que permitiu aos povos que por ele deslocaram-se, situações semelhantes de ambientações climáticas, constitutivas de um menor número de obstáculos geoambientais na domesticação de plantas e animais, portanto facilitadoras do seus desenvolvimentos populacionais, tecnológicos e políticos, enquanto “o eixo dos meridianos/longitudes”, América e África – Norte/Sul, dimensionado por um processo de deslocamento/ assentamento demorado e dificultoso, em função das muitas barreiras geográficas/ climatéricas para o estabelecimento de sociedades sedentárias, livres dos germes provocadores das doenças epidemiológicas.

Ao partir dessa perspectiva ‘geoevolucionista’, Diamond logra à Europa uma propensão de domínio ambiental sobre outras sociedades; reafirma o legado europeu à domesticação de animais e plantas. O autor, jamais transparece temer ser identificado como defensor do determinismo geográfico, idealizado pelo alemão Friedrich Ratzel no séc XIX, em que o ambiente molda definitivamente o comportamento humano, ideologia doxológica que estruturava como mote o domínio da superioridade do homem europeu e branco sobre os ‘negros’ na África, e os ‘índios’ nas Américas. Ele nega aos ‘dominadores’ diferenças biológicas que afirmem suas supremacias, característica básica do racismo.



“Os racistas vão sempre distorcer qualquer idéia para justificar políticas dominadoras. Mas deixei claro em meu livro que, quando estudo as maldades registradas na História, como o genocídio dos índios americanos e o arpatheid na África do Sul, não desejo justificar tais atos. Ao contrário, meu objetivo é compreender como essas atitudes surgiram para que não se repitam”. (DIAMOND, JARED. Entrevista a revista época, Edição 182, 12/11/2001)



O marxismo afirma que na história nada se faz sem tempo e espaço, os escritos do historiador francês, Fernand Braudel, Escola dos Analles, reivindicam a compreensão do mundo negro africano à geografia, que prevalece sobre a história, em virtude dos contextos geográficos não serem os únicos a se imporem, mas são os mais significativos, ainda que a história sempre tivesse algo marcante a ser dito –A história pré-colonial da África Ocidental recebeu uma atenção especial graças à reabilitação das tradições orais como fontes ao lado de documentos escritos, feita pelo historiador senegalês, da Escola de Dakar, Cheikh Anta Diop, que através de suas pesquisas prova que a África tinha uma história de valor intrínseca aos grandes impérios medievais e que sofreu assaltos de conseqüências gravíssimas para seu acervo histórico, com o tráfico de escravos e a colonização européia.

São diversas as contribuições acadêmicas que projetam o dialogismo sobre a metodologia a ser utilizada nos estudos das diversidades africanas. Questões da variedade geográfica e a longa duração da sua pré-história colocam-se como raízes das diversidades de seus povos. A África possui uma extensão de 30.367.618 km2, e a exclusividade de situar-se entre os dois trópicos - Câncer e Capricórnio - para assim, ter sua extensão localizada entre as zonas temperadas do norte e do sul. Abrange três grandes áreas desérticas (30% dos desertos da Terra), além de uma extensa floresta tropico-equatorial. A África trouxe ao seu espaço os primeiros humanos - uma primazia sobre quaisquer outros locais do planeta.

Com relação ao estudo do negro, em África, a obra tem em seu capítulo 19, “COMO A ÁFRICA TORNOU-SE NEGRA” - uma crítica eloqüente às perspectivas dos conceitos excludentes, introduzidos pela mentalidade estrangeira, representados pelos pensamentos de muitos americanos e europeus, ao comparar os africanos nascidos na África ao negro africano levado como escravo para a América; os africanos brancos aos invasores do continente africano, e sua história racial à história colonialista européia, sempre vinculada ao tráfico negreiro. O erro dessas situações falaciosas é constatado pela importante heterogeneidade dos negros africanos, anteriores a chegada dos brancos europeus, quando seus territórios não eram habitados somente por negros (séc. XI), e sim por “negros, brancos, pigmeus africanos, coissãs e asiáticos” (ver figura 19. 1)Os componentes das diversidades étnicas são por ele reconhecidamente validados, ao afirmar que não se podem grupar humanos tão diferentes como os “... somalis e zulus”, sob o manto classificatório de ‘negros’; porque este ponto de vista exclui a diversidade que garante suas identidades étnicas, atestada pela grandiosa produção lingüística africana, que produziu um quarto das línguas faladas no planeta, e dessa forma construiu a grande diversidade do continente – ÁFRICA.

A ancestralidade humana oriunda desse berço, a cerca de sete milhões de anos, ampliou-se ao Homo sapiens e à sua anatomia, por ser conseqüência dos fatos africanos em desenvolvimento desde então, geminada por uma pré-história construída por movimentos migratórios, com destaque para o mais importante nos últimos cinco mil anos – “a expansão banto” – são essas reciprocidades com o passado que dialogam com os contextos atuais, e assim proporcionam as particularidades contundentes nas construções dos contornos históricos na atualidade africana. Até o século XIV, grandes partes dos povos negros habitavam áreas ao sul do Saara, grande parte da África Subsaariana, a costa ocidental africana, o leste africano, a parte setentrional sudanesa e a região mais austral da África; enquanto ‘brancos berberes marroquinos, egípcios e líbios’ viviam na costa litoral norte, mediterrânica - em sua maioria, tanto negros quanto brancos, dependiam das práticas na agricultura e no pastoreio - enquanto outras etnias – ‘pigméias’ - habitantes da floresta tropical da África Central, “os bosquímanos”, e ‘coissãs’ (os Khoi e os San), viviam nas regiões meridionais da África – ambos provinham-se da caça e da coleta de alimentos, sem assentamentos domésticos de plantas ou animais. Diamond especifica o cuidado às diferenças étnicas entre ‘negros’, ‘brancos’, ‘pigmeus’, ‘Khoi e San’, ao referir-se a eles desta maneira.

Através da valiosa contribuição lingüística (ver figura 19.2, p. 383), pode-se verificar que o tronco lingüístico – nígero congolês – espalhou-se pela extensão do ocidente africano em sua parte abaixo do Equador, sem que se pudesse localizar sua origem, porém os estudos da glotologia feitos pelo lingüista americano - Joseph Greenberg - indicam que os idiomas ‘nigero-congolês’ falados na África subequatorial pertenciam a um único tronco, o banto, com cerca de 200.000.000 de falantes. Com a prova identificatória de que os falares do nigero-congolês, banto, pertenciam aos povos ‘negros’, conclui que sem o empréstimo da pesquisa lingüística não se chegaria a nenhum procedimento científico, pois os conteúdos doxológicos da antropologia física não servem para identificar quem era quem nessas migrações. Ao verificar que os ‘pigmeus’ fragmentaram-se em suas motivações socioculturais, que transformaram sua forma de falar semelhante aos ‘negros’ - banto com quem comerciavam, e baseado na tendência que a peculiaridade dos povos leva a uma peculiaridade lingüística, Diamond sugere que as áreas originárias dos ‘pigmeus’ foram absorvidas/dominadas pelos agricultores ‘negros’ – banto. Quanto à postura lingüística dos ‘coissãs’, que aponta para uma incorporação muito mais contundente e restringida à região austral da África, anteriormente encontrada em falantes no extremo norte de seus atuais locais, demonstram que foram também subjugados/dominados pelos ‘negros’ – banto. Mais uma vez o conteúdo do raciocínio das propostas feitas no livro são amarrados pelas

variáveis polissêmicas das metáforas da dominação – ARMAS, GERMES E AÇO - pois os humanos que aprenderam e desenvolveram a técnica de dominar a terra, as sementes e os animais, puderam crescer, liderar, proteger-se contra doenças e procurarem motivos para suas expansões em sociedade.

O autor do livro, Jared Diamond, afirma que a arqueologia indica para a produção alimentar africana surgida no Saara (9000 a 4000 a.C.) - hoje uma área desértica - antes um local úmido, onde se encontravam paisagens verdes, compostas por lagos e prenhes de muitas caças, em uma data anterior à produção de alimentos no império egípcio, e que os ancestrais bantos - habitantes das savanas, Quênia, deram início à sua expansão por volta de 3000 a. C(ver figura 19.4, p.395), em direção ao sul, favorecidos pela umidade do clima, mantinham culturas de inhame e possuíam uma pecuária. Ao se expandirem mais para dentro da zona equatorial da floresta - nas margens do rio Congo, conseguiram ampliar sua população e por épocas próximas a 1000 a.C., conseguem obter o ferro do Sahel. Iniciaram o jugo aos ‘pigmeus’ – caçadores coletores – massificados em seu habitat – a floresta. A partir de então, passam a usar ferramentas de metal e com seus inventos transformaram-se em donos de uma atitude militar/produtiva insuperável. Encontram outros povos caçadores-coletores – ‘coissãs’ – que não possuíam o domínio do ferro nem domesticavam sementes ou animais. Os bantos – Zulus - chegam ao rio Peixe, na atual África do Sul, após dominarem os coissãs. Foi o avanço mais extenso de um povo na história africana. As contribuições dos estudos lingüísticos e arqueológicos suplantam os preconceitos dos paradigmas físicos e racistas, e assim respondem a uma das perguntas feitas no livro: “Por que foram os negros os que se espalharam tanto, em vez dos outros grupos étnicos, cuja existência os estrangeiros costumam esquecer?”.

Hoje, ao depararmo-nos com os novos conceitos de sociedade e espaço, que o sociólogo marxista, Manoel Castells - (A SOCIEDADE EM REDE-1999) – descreve como o acontecimento de uma revolução das tecnologias a operar modificações nas bases materiais da sociedade, que provocou o surgimento de uma nova realidade, iniciada desde o fim do capitalismo tardio (fim dos anos 60/70) – quando Yáli fez sua pergunta a Diamond, e coincidiu na historiografia com o surgimento de um novo cenário virtual – pós-moderno e globalizado – organizado por seus três processos independentes – a revolução nas técnicas da informação – o mundo virtual/real - a crise monetária do antigo capitalismo industrial e a derrota do estatismo. Surgiu uma nova atividade estruturante do social, induzida pelas tecnologias informacionais a um novo sentido de riqueza, poder e criação da codificação cultural. A sociedade da cultura virtual surgiu na forma de uma sociedade em rede, a ampliar suas teias de interesses globais por diferentes espaços, técnicas e negócios entre as “cities” pontuais do planeta,

A globalização edificou-se por um conjunto de parâmetros econômicos comuns, posicionados por um capitalismo endurecedor em seu mote, mas que comparativamente se flexionou muito mais que os outros modos de produção capitalistas - pelos quais as sociedades modernas passaram - em virtude de suas amarras econômicas estarem presas a uma mesma cultura virtual, e estimuladas pelas tecnologias informacionais, no entanto – Castells - alega que a sociedade não é determinada pela tecnologia, em virtude das diversidades de valores que interagem nas configurações pertinentes a cada momento histórico, e assim, deixa um espaço no tempo que permita configurar ao amigo da Nova Guiné uma nova pergunta a Diamond, pertinente a esse momento novo na história das sociedades humanas – “Será que o mundo globalizado, a reter no centro da ‘city’ suas decisões, responde de fato às novas questões que se formulem a partir da produção de mercadorias nas sociedades periféricas?”.

É notório perceber na leitura do livro - “ARMAS, GERMES E AÇO: os destinos das sociedades humanas” - que o ponto de vista de Diamond transita por questões relativizadas à natureza e não só a procedimentos socioculturais, quando se colocam frente aos eventos das sociedades. Apesar de sua acentuada dominância nos procedimentos instrumentais das ciências, nos campos genéticos, geográficos e biológicos, jamais abandona as outras disciplinas, ao se multidisciplinar pelas valias antropológicas, arqueológicas, históricas, sociológicas e lingüísticas. Atento a todas as inovações nas fronteiras do conhecimento das disciplinas histórico-sociais, o professor Diamond conduz sua lógica direcionada pelas metáforas da dominação – ARMAS, GERMES E AÇO - de uma maneira audaciosa e pertinente, o que corrobora com o propósito científico do livro, aliado ao intuito que prescreve de produzir argumentos de uma história das civilizações de cunho adjetivado à contribuição das leis da natureza, que permeiam seus escopos ambientalistas para a humanidade. Ainda que a geografia tenha uma interferência bastante consistente em seu discurso ambiental sobre o destino dos povos, há sempre ponderações importantes do autor, que alertam para o valor das atitudes decisivas às particularidades individuais e culturais dos humanos, ao colocar a crítica metodológica como vetor principal às atividades da natureza em seus múltiplos espaços, quer sob os matizes da ecologia ou sob as performances da história humana, portanto ratifica-se a recomendação do livro à comunidade científica e acadêmica em seus compartilhamentos docentes e discentes, assim como àqueles ávidos de uma boa leitura, que procurem respostas atuais num passado remoto - pertinente ao caminho da longa duração histórica das sociedades humanas - desde do surgimento dos primeiros hominídeos.
Marct 31/01/2012minha estante
Só uma dúvida: a 1ª edição de o terceiro chimpanzé é de 1991 mesmo?




André Goeldner 27/01/2009

I N D I S P E N S Á V E L!
Sem dúvida, um dos melhores livros que já li.

Com ampla e convincente argumentação, o autor demonstra que os países desenvolvidos e subdesenvolvidos são assim devido às armas (guerras), germes (doenças) e aço (tecnologia).

Um brilhante ABC da evolução humana.
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