Flavs Machado 29/10/2013
Em primeiro lugar, devo dizer que fazia um bom tempo que não lia um trabalho de fantasia da Meg Cabot que me prendesse tanto como aconteceu com a trilogia Abandon. Os elementos usados como base do mito grego de Hades e Perséfone (ou a própria mitologia em si) foram muito bem encaixados na história e a cereja do bolo foram os trechos d’A Divina Comédia de Dante na abertura de cada parágrafo que condiziam completamente com o momento da história. Acho que foi um dos melhores trabalhos de Meg, justamente por conta de toda a hipertextualidade que ela usou.
Awaken foi um final bem coerente para a trilogia e a personagem Pierce está bastante mudada desde que foi apresentada em Abandon, está mais madura e com a mente um tanto “mais aberta” pode-se dizer. Também foi bem interessante ver a mudança de John no passar da leitura.
Os personagens secundários são os mais aprofundados em Awaken. Quando em Abandon eles eram apenas um contraponto para mostrar a vida de Pierce, a partir de Underworld começam a ganhar maior importância e aparecer mais e em Awaken, cada um deles tem um papel importante para história, assim como suas personalidades são bem mais aprofundadas e não decepcionam, todos são muito interessantes, únicos e fáceis de se gostar.
Acho que o que mais senti falta no livro, foi uma aprofundação nos “vilões” e os enredos em torno deles. O livro acabou com a sensação de que ficou faltando algo em relação à eles.
Em suma, foi uma boa conclusão de uma história um tanto coerente. E apesar de um final satisfatório, ele também deixa uma pequena abertura para possíveis continuações. Inclusive, a própria Meg Cabot não se fechou completamente para tal possibilidade.
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