Caminho de Pedras

Caminho de Pedras Rachel de Queiroz




Resenhas - Caminho de Pedras


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Rodrigo 04/02/2012

Escrito com pena e tinteiro - magistral.
Rachel de Queiroz apresenta em Caminho de Pedras uma literatura madura ríspida, fazendo com que o leitor compare essa obra com outros grandes títulos da literatura universal. Simples, objetiva e comovente, esse é o relato de uma família que vivia em meio a ditadura militar no Brasil. Envolve ainda traição, mágoas e dor. Como é triste quando sentimos que todas as pessoas que amamos nos estão deixando, não é verdade? Sentimo-nos sozinhos nesse mundo de tanta violência, inseguros e frágeis... E é o que acontece com Noemi, que, depois de casada e com um filho ainda novo, julga ter encontrado um outro verdadeiro amor, Roberto. Desistindo do primeiro marido e arriscando-se um novo relacionamento, vê o ex-marido, Jean Jaques ir-se embora, deixando a ela os cuidados do filho. A obra retrata ainda a morte da ilusão do amor perfeito, da beleza que idealizamos nos relacionamentos amorosos e que morre aos poucos nas mãos da realidade. Uma obra pra se ter sempre nas mãos, lendo e relendo, um deleitoso talento extraído do coração de Rachel de Queiroz.
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escrivadocaos 19/10/2024

Gosto de histórias da vida exatamente como essas. Os ímpetos humanos - muitas vezes irracionais - que nos levam à decisões que nos arrependemos depois.

Este livro conta a história de Noemi, que com a chegada de Roberto à cidade se vê envolvida numa amizade certamente perigosa que pode trazer muitas consequências para sua vida.

A escrita de Rachel é divina. E sigo na minha meta de ler todas as suas obras.














SPOILER A PARTIR DESSA PARTE DO TEXTO:


As escolhas de Noemi trouxeram à ela consequências mais intensas do que o normal devido à sociedade da época e os julgamentos que sofreu.

Uma mulher? Deixar o marido? Perde tudo, inclusive os amigos pela escolha. É doloroso ver, mas foi a realidade.

Isso nos faz sentir que ela foi castigada pela escolha livre que fez (e realmente foi).

Uma coisa que me pegou muito na obra é que não senti de maneira alguma que a decisão que ela fez foi justa com seus próprios sentimentos. Entendam bem: não serei eu como seus amigos e a sociedade a julgá-la por terminar seu casamento, certamente esse não é meu ponto. Mas, seus sentimentos estavam confusos, sofreu a partida do marido, sofreu a ausência desse homem que além de companheiro tinha sido seu fiel amigo por seis anos e também pai do filho.

Preocupou-se e chorou.

Meu incômodo quanto a escolha é que talvez ela não tenha sido sincera consigo mesma e infelizmente essa decisão gerou um série de desventuras que não estavam ao seu controle.

Sinto que Roberto é uma metáfora para um posicionamento político e revolucionário que na verdade é apenas ingênuo e um tanto superficial. Ele parece representar como esses pensamentos, quando mal formulados, podem ser sedutores, mas na prática não realizarem coisa alguma.

Alguns pensamentos políticos podem vender uma vida incrível e utópica que nunca se realiza na prática, pois, além do ativismo ardente, não se baseiam em estratégias e em preocupações lógicas.

Acredito muito que essa é a crítica que a Rachel quis trazer ao movimento pois, apesar de acreditarmos nas causa, devemos ser autocríticos com nosso discurso e reconhecer certas faltas. Tanto acredito nisso que nunca soubemos as propostas de Roberto com o movimento, onde queriam chegar em curto prazo. Idealiza-se uma sociedade mais justa, mas esse é o resultado ao longo: quais são os passos que nos levarão lá?
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LucasTheReal 04/07/2024

"Ai, até numa mulher fácil há mistérios...
...Nem que seja só os que a roupa encobre.Sempre são mistérios, e o gesto de despir é sempre uma revelação."

"Esquisito, o amor. Parece uma luta, a gente parece inimigos. Vontade de possuir, de mandar, de dominar. Desconfiança. Fiscalizando, esmiuçando nuanças de voz, entonações, olhares. Tudo fica intoxicado, doentio. Entre Roberto e ela já não havia mais hiatos de paz, de amizade, de camaradagem serena. Foi-se embora isso tudo, assim que se disseram as primeiras palavras de amor. Hoje era só aquela tensão, aquela necessidade recíproca e angustiosa de se verem, aquela força bruta que a atirava para os braços dele com os lábios trêmulos e o coração quase parando."

Neste livro, acompanhamos a história de Roberto, um burguês vindo do Rio de Janeiro, embarcando em uma tentativa de revolta dos operário na Era de Vargas. Entretanto, o mundo do homem vira de cabeça para baixo quando ele conhece Noemi, uma mulher casada e mãe de um pequeninho chamado Guri. Porém, o que eles não esperavam seriam a fortr atração que os rodeia.

É muito estranho o quanto eu me senti afetado e apegado do meio para o fim. Acho que a Queiroz mostra seu potencial de verdade na reta final. É tudo tão profundo e ela sabe como escrever bem. A escrita dela tem que se acostumar, mas quando isso acontece, fica maravilhado. Ela sabe o que, quando e onde escrever certas coisas que batem de certas maneiras. Só acho que o começo é meio sem rumo e eu queria saber mais sobre a revolta ? mesmo que toda a trama do casal tivesse me deixado muito interessado, outro feito da Rachel; todo o não-dito entre os personagens foi o que me cativou. A revolta dos operários servia tanto para criticar quanto para os personagens dizerem coisas com outros pretextos. Genial em sua complexidade.
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mari! 08/04/2024

Caminho de pedras
A história em si é boa, nada de surpreendente ou fora da curva, mas o que me impressionou nesse livro foram algumas descrições que a rachel escreveu
A forma como ela escreveu os sentimentos dos personagens me encantou muito e eu adorei
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Danyllo 03/04/2023

A morte não grita.
Raquel de Queiroz mostra, aqui, a grande autora que foi e continua sendo. Há uma firmeza na linguagem, um domínio, uma demonstração de alguém que sabe o que está fazendo e que tem vigor.
Caminho de pedras vem forte com suas questões pertinentes e gritantes, mas também é íntimo, ao passo que acompanha sua protagonista em uma difícil luta nas várias instâncias da vida, mas também a mostra com um ser humano comum, como qualquer outro, com duas questões de contradições, seus erros e acertos, e como tudo isso afeta seu ambiente.
A fome vem; a dor vem; a morte vem, mas não grita, é modesta e silenciosa, nós quem, na verdade, não somos...
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Sophia 16/11/2024

???
Cada coisa que a fuvest faz a gente passar viu!!!
Sendo bem sincera, não gostei, a história é chata, os personagens são irritantes e não agregou nada na minha vida.
Acontece né, temos que ler uma coisa que não gostamos de vez enquando.

Não leiam!!!!!!!!!
?????
Deize.Seifert 17/11/2024minha estante
Ainda bem que vi essa resenha ??




lauraa 15/11/2024

?Noemi o olhava com tristeza: mais um que ia embora.?
O começo até quase o final do livro é muito chatinho, muito cansativo.
achei bem triste, realmente a Noemi perde todo mundo aos pouquinhos.
o Roberto é muito chato mas o Filipe é bem legal.
achei um final sem graça e triste
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 14/02/2018

Durante a Era Vargas, em meio ao calor das lutas sociais, nasce o amor entre Roberto e Noemi. Um romance permeado por muitas lutas e sofrimento.

Neste romance, Rachel transborda sua prosa poética recheada de fome de revolução e nos presenteia com reflexões acerca da luta de classes, dos perigos de enfrentar uma revolução em busca de novas perspectivas, bem como do peso de ser mulher e ter que enfrentar as barreiras e os preconceitos de uma época em que esta ainda estava a conquistar o seu espaço na sociedade.

Caminho de pedras nos envereda pelas dores e percalços pelos quais Noemi passou, nos faz por ela torcer, e com ela rir e chorar (e chorar muito!) Um livro de uma sensibilidade incrível, só vista em obras de grandes autores como a maravilhosa Raquel.
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Dayane 15/06/2015

Caminho de Pedras
Noemi é uma mulher casada com João Jacques, um bom homem, com quem tem um filhlo. Jacques sempre foi um bom marido e o casamento deles sempre foi muito calmo, mas Noemi não se agradava muito de tamanha calmaria.
Noemi então conhece um homem chamado Roberto, por quem sente uma grande atração e vê que ele sim se parece muito com ela, logo a atração vira amor.
Por seu marido ser um homem muito bom, Noemi não consegue separar-se dele pois se sente culpada então vê no adultério a unica saída, porém Noemi não se sentia confortável com tal situação e tempos depois o seu casamento ficou insustentável.
João Jacques foi embora e Noemi passou a viver com Roberto e o filho, ela sofria muito preconceito da sociedade chegando a ser demitida pelo chefe.
A partir de então a vida de Noemi sofreu grandes reviravoltas a começar pela morte de seu filho, o afastamento de seus amigos e a perda de Roberto que foi preso tentando defende-la.
Noemi foi solta pois esperava um filho de Roberto.
Toda a história sofrida de Noemi justica justica o título do livro e principalmente o final que descreve a cena de noemi subindo uma ladeira e conversando com o filho ainda no ventre quando pisa em falso numa pedra.
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Gláucia 14/03/2011

A Era Vargas vista do Nordeste
Memorial de Maria Moura é considerada a obra prima da autora mas considero esse livro um pouco melhor. Talvez por ser bem menos extenso houve maior objetividade ao narrar a vida pedregosa de Noemi e de um grupo de trabalhadores em busca de uma realidade mais amena, de uma sociedade mais justa.
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Taniel.Ferreira 27/12/2017

Muito bom! Como sempre uma das melhores autoras nacionais! Nada de ficção com ela é tudo pura realidade! O final é bem made in Brasil mesmo!!! Hahhaha recomendo a todos!!
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Rafaellamfferreira 20/06/2024

?A morte é silenciosa e modesta. Os vivos é que a cobrem de gritos, de aglomeração, de ritos?.

Esse livro aborda de forma profunda e sensível a realidade do Nordeste brasileiro, especialmente no que diz respeito às dificuldades enfrentadas pelo povo nordestino.

Rachel apresenta personagens complexos e verdadeiros, cujas vidas se entrelaçam em um emaranhado de sentimentos, lutas e superações.

Ao longo do livro ela mostra as questões de desigualdade, pobreza e resistência que marcam a vida no Nordeste. Tem a busca por identidade da Noemi, a força dos laços familiares e a esperança diante das adversidades.
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Itsmemelly 14/07/2024

Livros para a fuvest 2026 (2/9)
Caminho de pedras foi escrito por Rachel de Queiroz em seu período de privação de liberdade durante a ditadura, e acho que esse sentimentos sentidos durante esse período transparecem no livro, tendo sentimentos muitos fortes misturados com uma esperança de um mundo melhor com a revolução do proletariado. Este é um livro muito difícil de se começar, mas depois que você realmente começa e entende toda a história, quando acaba fica um nó em seu peito, que dói depois de tantas perdas e sacrifícios
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Laura4217 13/08/2024

QUE LIVRO TRISTE
Muito triste, mas a autora escreve muito bem. Do inicio pro meio não me prendeu muito na leitura, mas quando o romance realmente começou, lia paginas e paginas sem cansar.
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