Thalya.Amancio 03/10/2015
Uma visão de mundo genial
Com a leitura de certos livros podemos nos sentir conectados e/ou como se estivéssemos conversando intimamente com as palavras do autor. E na minha opinião, Carl Sagan, conversou – com a ajuda de Ann Druyan – ao longo de Bilhões e Bilhões comigo.
A obra tratou no início de assuntos matemáticos, o que pode afugentar muitos leitores que temem este conhecimento. No entanto, se todos derem uma chance à leitura, verão que todo tipo de assunto será tratado. Desde potenciação, a criação do tabuleiro persa (o xadrez como é conhecido comumente), nossa queda genética a ser caçador, ondas que se propagam na água e os tipos de luzes, questões sobre a existência de vida fora do nosso planeta, o mundo que nos falta descobrir, as implicações das guerras para a humanidade, a ameaça de auto- destruição iminente da espécie humana, - com as bombas nucleares cada vez mais potentes - os CFCS (os clorofluorcabonetos) e a destruição da camada de ozônio, o aborto, – pró-vida ou pró-escolha – as descobertas do mundo científico, - seus prós e contras - e principalmente, uma reflexão sobre o que devemos fazer para não extinguir a nós mesmos e a diversidade da natureza.
Sagan para quem não conhece, foi um cientista-astrônomo que buscava compartilhar e facilitar a busca por conhecimento e sabedoria. Ficou conhecido mundialmente com a série Cosmos – baseada no livro Cosmos – de treze episódios de viagens ao redor do universo exterior e interior. O seriado foi um dos quais mais fez sucesso e que mais disseminou a ciência para as pessoas leigas. Além disso escreveu outras obras que merecem ser lembradas: Contato, - que por acaso possui um filme - O mundo assombrado pelos Demônios e Pálido Ponto Azul, sendo estas as mais conhecidas e aclamadas.
Carl tendo morrido em 1996, nos deixou um legado enorme e sem precedentes. Seu jeito de conversar sobre a ciência, mudou a maneira de muitas pessoas pensarem. E Bilhões e Bilhões, sua última obra – que mal deu tempo de terminar e que graças a sua esposa Ann que a revisou, pudemos lê-la como está hoje – ofereceram aos olhos e mente das pessoas um tipo de alimento contra a ignorância, superstição e fundamentalismo, ou seja, como Druyan fala no epílogo: Carl vive.
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