Resenhas - Mulheres

Laripenguim 07/10/2023

Mulheres
Sempre quis ler algum livro dele por conta do que as pessoas falam sobre e essas coisas só se confirmaram kkkkk
Foi uma leitura interessante, diferente do que estou acostumada.
É bem problemático a quantidade de mulher mais nova q ele se relaciona, mais problemático ainda elas se interessarem realmente por ele. Mas acho q esse interesse delas vem muito da sinceridade dele e querendo ou não ele foi uma pessoa engraçada. Várias vezes me peguei rindo com situações ou falas dele e a última coisa q imaginei era q eu iria rir com esse livro, mas senti mt raiva e nojo da pessoa q ele era.
Bukowski é uma leitura q tem q ser em momentos específicos da vida, se não, acho q mt gente largaria a leitura.

Paula1735 22/01/2024

Bebidas&inseguranças
É, definitivamente, um livro desconfortável de ler, principalmente quando se é mulher. Iniciei o livro sem saber do que se tratava, e, inclusive, foi meu primeiro contato com Bukowski. É um livro nojento, um homem doente, alcoólatra, que se blinda como alguém durão para esconder o ser inseguro que vive dentro de si, e que é viciado em - o que, ao meu ver, tem uma ligação com a busca por aprovação externa e auto-afirmação. Henry Chinaski é Bukowski, e Bukowski é Henry Chinaski, por isso acho que a crítica ao livro está no caráter do leitor: ou você se identifica, e se sente tão vazio quando ele no final do livro, ou se distancia do personagem e percebe as falhas dele. Meu ponto favorito do livro foi o final, Henry cansado de mentir para si mesmo e buscando, genuinamente, uma versão mais curada de si.

Onibaba0 15/02/2024

Insight
Quando terminei um relacionamento infernal que tive ele leu um trecho desse livro pra mim e honestamente devo ter dado algum sentido meu pra isso mas hoje lendo entendo completamente o por quê disso, o cara se achava o próprio Henry Chinaski. Era exatamente assim.
Bom eu deveria ter estranhado esse ser o único livro de literatura na estante dele...

kirao0 07/03/2024

Difícil opinar
Vamos dizer que foi uma leitura muito difícil,tanto por eu ser mulher e sentir nojo pelo oq henry diz e faz e por que eu tenho contato com essas nojeiras pelo contexto em que eu estou inserida(uma sala de mecânica aonde a maioria é homem)
Bukowski soube perfeitamente como escrever e construir uma narrativa em que é de fácil entendimento e cruel em vários pontos
Recomendo demais pra quem tem estômago forte

Pdener77 20/04/2024

Sensacional
O incrível Charles bukowski, que livro fascinante sem palavras para descrever o quanto eu curti essa leitura.

Lucas 11/07/2024

Show
Bem bom. Curti o estilo do cara, e até as partes negativas eu enxerguei como traço da educação da época (preconceitos, machismo). Li rápido até, então por regra considero um bom livro. Ele fala algumas vezes sobre a loucura dele e dos tipos de pessoas que existem no mundo, e eu achei isso bem interessante (pra mim, que valorizo a loucura e o lembrete de sua existencia).

wallace_thx 14/07/2010

Mulheres²
Mulheres²
Henry Chinaski alter ego de Charles Bukowski vive sua vida entre empregos medíocres, 365 dias por ano de bebedeira, mulheres fúteis, prostitutas, drogas, enfim..ele vive junto a escória de Los Angeles. O Livro se desenrola apenas em torno de sua vida medíocre e suas bebedeiras acompanhado de mulheres que muitas vezes nem lembra o nome. No livro Factotum, Chinaski sofre entre um emprego e outro, já em Mulheres ele conseguiu ser um escritor "famoso", ao menos pagam suas contas, assim ele se aproveita para ficar cada vez mais bêbado e vagabundo.
Apesar de todo o cenário, enredo, e personagens, Mulheres trata apenas de paixões que o próprio Bukowiski, terminando por fim mudando por uma mulher que realmente valeria apena. Intrigante, e envolvedor um ótimo romance.

Svartzorn 09/11/2011

Nunca li Bukowski buscando o que se denomina arte. Nunca busquei nele o supra-sumo do que se convencionou chamar alta cultura, isso seria um contra-senso dada o caráter do que ele escreve [ainda mais quando ele está, de certo modo, relacionado com uma geração que se tornou famosa por fazer criar anti-arte]. Uma vez ou outra, em um poema ou num conto, pode-se encontrar algo que chega perto disso, mas não é o caso de nenhuma passagem deste livro.
Por sinal, quem gosta do lado durão do Chinaski vai se desapontar com este livro. Aqui ele tende mais à frieza, poucas passagens são realmente engraçadas e o erotismo é de segunda mão. Demasiadamente repetitivo. Certamente não é um dos melhores.

Lucas Fraga 22/02/2013

uma viagem pelo mundo delas ...
Na trama Chinaski , nosso escritor alcoólatra , faz sua " pesquisa " sobre as mulheres conhecendo uma após outra , sem intervalo após ter passado anos sem transar . assim ele debate pequenos detalhes dos encontros humanos e sobre sentimentos , bastante sutil em meio a escrita suja e descompromissada do velho Bukowski.

Evandro 15/12/2014

Mulheres
Henry Chinaski, 50 e tantos anos, profissão: ...Escritor. Hobby: beber, ir ao boxe e ver corridas de cavalo. Um prazer? Mulheres. Um velho safado, que gosta também de mulheres, mesmo acreditando que o sexo não é tudo na vida, e o beijo é mais íntimo do que qualquer relação sexual. Suas pernas, suas coxas, seus mistérios, Chinaski se perde nesse mundo de rebolados, lábios brilhantes de batons das mais diversas cores e brilhos.

Ao mesmo tempo em que Chinaski é um homem rude, ele é também uma pessoa sensível, não quero dizer com isso que ele seja do tipo "debilóide" sentimental, que chora pelo cair de uma pétala de flor sobre uma poça de chuva da manhã de outubro, não, mas ele possuí a sensibilidade de perceber a vida, de fotografar o momento, de pensar sobre o que acontece com esse mundo tão seco e errado.

Chinaski, como muitos que já estão habituados com a leitura do Buk sabem, é o alter ego de Bukowski. Isso quer dizer que o que ele escreve não é necessariamente realidade, contudo, também não quer dizer que tudo isso seja mentira. Esse é um dos pontos de melhor prazer da obra do Velho Safado, isto é, essa mistura entre realidade e ficção, esta confusão leve que nos leva longe de nossas vidas, porém, nos trás mais perto do que nunca para nossa própria realidade.

Assim, este é um livro sobre mulheres, sobre o difícil mundo de ser uma mulher num mundo cada vez mais cruel e mesquinho. Em um mundo onde que se espera mais e mais que a mulher torne-se um objeto sexual e não um ser humano. Henry tem muita culpa no cartório nisso tudo, ele sabe que tem, porém, isso não o impede de pensar sobre essas mulheres e, da sua maneira, em fazer alguma coisa a respeito delas.

Eddington 31/12/2014

Muito fraco
Após receber algumas referências sobre Bukowski e pesquisar um pouco, escolhi esse livro dele para conhecer a sua escrita. Resultado: não pretendo ler mais nenhuma linha sequer deste autor. Apesar da leitura ser fácil, já que se trata basicamente de diálogos curtos e a construção das frases é bem direta (para não dizer superficial), troquei a leitura diversas vezes por outros obras de tão chato que estava avançar cada página. E o pior: muita repetição sobre o mesmo tema central, apenas mudando a ambientação e características de alguns personagens. Repito: lembra muito as novelas de televisão, que sempre se repetem e apenas mostram cenários e personagens diferentes.

Este livro mais parece uma novela centrada em um único personagem limitando-se a descrever o seu dia-a-dia, relacionamentos pessoais e dinâmica de trabalho. Para dizer que não tem mais nada, lá pela página 300 ele começa a fazer algumas reflexões sobre a vida que ela leva, mas nada demais.

Sinceramente, só terminei de lê-lo porque não gosto de deixar nada incompleto, mas poderia muito bem ter aproveitado o tempo em coisas mais proveitosas.

Gilstéfany 11/05/2015

Sexo, mulheres, hipódromo, sexo, leituras
Bom... eu não fui com muita sede ao pote, então acabei não me decepcionando muito com o livro. Acaba que, no final das contas, tudo se resume a sexo, mulheres, hipódromo, sexo, leituras, bebida e ressaca. E sexo.

"O amor é bom pros que aguentam a sobrecarga psíquica. É como tentar carregar uma lata de lixo abarrotada nas costas, nadando contra a correnteza num rio de mijo." Ah, Buk...

site: medium.com/@gilstefany

Ana Paula FZ1 27/04/2016

FInalmente me rendi à uma leitura do Bukowski. Confesso que não foi uma leitura fácil, apesar de ter gostado muito da escrita dele, muito direta, sem mimimi, mas ainda to na duvida se amei ou odiei ler o vovô. rrss
Gostei de muita coisa, mas muitas outras me incomodaram profundamente. Talvez por eu ser mulher?? , não sei, to me fazendo essa pergunta ainda.
Mas de verdade ainda quero dar mais uma chance e ler outro livro do velho, porque eu sinto que eu vou gostar, gosto dessa coisa prática dele, pá pum, então talvez eu me convença numa outra leitura, porque essa achei ate repetitivo as vezes, o que confesso me cansou um pouco... mas enfim desvirginei no Bukowski, e confesso que não foi tão horrivel como costumam ser algumas primeiras vezes.

site: http://paixaoporleituras.blogspot.com

Thaís Sciota 10/06/2016

Uma vida sem sentido, a vida de Hank.
Sempre ouvi falar em Bukowski, sempre vi seus livros anunciados nos sites em que costumo comprar, mas, na verdade, o que me atraiu em "Mulheres" foi a capa desta edição. Achei a capa de uma simplicidade, de um minimalismo e de uma naturalidade encantadora. Por isso, parabenizo a editora.
Comprei pela capa, mas não gosto de edição de bolso, nem de folhas brancas, nem de não ter orelhas no livro, então, a decepção bateu quando o recebi. Mas por ser de bolso, já era de se esperar, mesmo assim, sempre me decepciono. rs
Quanto à história, estou meio perdida, não sei dizer se gostei, se não gostei, os prós e contras ficam pareados quando penso no livro. Acho que gostei mais do que não gostei. Lá vai!
Bukowski avisa, logo no início, para não fazermos relação com pessoas vivas ou mortas, deixando claro que o texto é pura ficção. Mas não senti isso, vi muito do autor no enredo, muita similaridade, um pouco de sua autobiografia em certas passagens.
Hank, a personagem principal, deixa seu emprego nos Correios para se tornar escritor. Leva uma vida sem muito conforto, mas tem o que mais lhe interessa: liberdade de horários (acorda depois do meio dia), consegue pagar seu aluguel e sua quantidade devastadora de bebidas alcóolicas, e por fim, tem fama suficiente para atrair mulheres 20 ou 30 anos mais novas que ele.
Impressionou-me a facilidade com que as mulheres aceitam suas investidas machistas e com que se jogam aos seus pés, como se ele fosse um garanhão (deve ser a questão oculta do charme, só pode. Pois o autor menciona Hank como feio, barrigudo, velho, alcóolatra, mulherengo...). Para Hank, que se casou, se divorciou e ficou em jejum de sexo por quatro anos, isso é um verdadeiro milagre que nem mesmo ele entende tal fascínio. Então, é como a música: "choveu na minha horta, vai sobrar na plantação", tem que aproveitar em quanto a oferta é grande, porque segundo o protagonista, sexo é uma fase sazonal.
Hank é uma máquina de bebidas e de sexo. As mulheres, à primeira vista, são apenas carne, puro sexo, pura sacanagem, pernas, seios e bunda, ele só quer saber de usá-las antes que os defeitos delas comecem a aparecer e a magia acabe. Mas, contraditoriamente, ele mostra um lado humano, tem certa paciência ao gastar seu tempo com elas, ouvindo-as se for preciso, não forçando o sexo se não quiserem, importando-se com suas vidas, sendo gentil e honesto até seu limite (adorava ficar sozinho e odiava gente, mas ainda assim, não vi Hank ser grosseiro, rude sem motivo). Gostei da tranquilidade de Hank.
O que me deixa confusa é, o fato de o livro deixar as mulheres com papeis vulgares em todas as situações, todas! Deve ser meu lado feminista achando um exagero de exposição da mulher "somente" como símbolo sexual, talvez.
O fato é que Hank leva uma vida rodeado de mulheres, mas ao mesmo tempo solitária, uma vida sem sentido. Seu passatempo para esperar a morte é beber, transar e fazer apostas em cavalos, nada mais o distrai da espera. É uma melancolia perceber que Hank não tem um objetivo, não tem algo que o motive, ele escreve para se sustentar e nunca quis ter fama mundial ou nacional, apenas o suficiente, nada mais.
Como não tenho com quem conversar sobre o livro, fico, nesta resenha, expondo meus pensamentos e conclusões, lá vão:
~ Bukowski escreve de forma direta, sem rodeios, com diálogos simples e curtos, a leitura é fácil; terminei o livro em três dias. O coroão fala abertamente sobre sexo, não há limites, ele narra seus pensamentos sem pudor; por que esconder e fingir que não pensamos nisso? Gostei da escrita do autor, lerei outro título. Em relação à edição contém alguns erros de pontuação, mas nada grotesco a ponto de me abalar.
~ creio que Hank tenha medo da velhice e tenha se complexado por ter tido uma vida comum de uma criança sem muitas expectativas, de um adolescente sem vida sexual ativa, de um cara automatizado trabalhando nos Correios, de ter uma casamento frustrante no qual seu amor morreu devido à bebida. Tais fatores fizeram com que ele jogasse tudo pro alto, não esperasse mais nada, aproveitasse o momento sem se comprometer com ninguém, só esperando o tempo passar, só curtindo cada momento que seu corpo, de mais de 50 anos, estava lhe proporcionando e que, infelizmente, não dura pra sempre.
~ creio que as mulheres o procuravam porque idealizavam um escritor interessante, talentoso, com algum tipo de dom que o diferenciava dos outros caras normais, ainda mais o fato de ser mais velho, que poderia lhes passar a imagem de segurança, de maturidade, de experiência, tanto sexual como pessoal. A forma como Hank consegue ser direto é muito espontânea, ele diz coisas absurdas, mas com tamanha naturalidade que a raiva não aparece. Ele não tenta se justificar quando algo dá errado, ele assume e não discute, simples assim. As mulheres podem gritar, bater, quebrar tudo, mas ele não sai da sua zona em momento algum, zona que o define como alguém sem compromisso mas que se importa lá no fundo.
~ no fim do livro, dá a entender que o protagonista percebe a vida promíscua e vazia que está levando e tenta se ajeitar com Sara, que parece ser uma pessoa legal, que se importa com ele. Hank vai tentar, mas ninguém nunca vai saber se conseguiu, só sabemos que ele alimenta um gato com uma lata de atum de 190 gramas.