Era dos Extremos

Era dos Extremos Eric J. Hobsbawm




Resenhas - Era dos Extremos


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Javalis de Chernobyl 07/10/2024

“As maiores crueldades do nosso século foram as crueldades impessoais decididas a distância, de sistema e rotina, sobretudo quando podiam ser justificadas como lamentáveis necessidades operacionais [...] Assim, o mundo acostumou-se à expulsão e a matança compulsórias em escala astronômica, fenômenos tão conhecidos que foi preciso inventar novas palavras para eles: ‘sem Estado’ (‘apátrida’) ou genocídio.”(pág.57)

Apesar de não se considerar um historiador contemporâneo, Hobsbawm é uma das mais importantes referências para se pensar a História Contemporânea com suas obras. Portanto é leitura obrigatória para aqueles que estudam História e querem se especializar no assunto, muito embora seja um tanto confuso as vezes, justamente por querer abordar amplos temas.

Ele sugere que o público pelo qual direciona o livro é de leitores leigos e não-acadêmicos, com interesse na História Contemporânea. Este também é um ótimo livro como base histórica para preparação de aulas de História e Geopolítica.

Hobsbawm separa o século XX sob três estruturas: A Era da Catástrofe, que cobre as duas Guerras Mundiais, a crise econômica de 1929, a Revolução Russa e a ascensão dos fascismos; A Era de Ouro, onde o capitalismo se renova e proporciona algumas décadas de bonança, bons costumes e revoluções culturais para as sociedades da Europa e América do Norte; e o desmoronamento, onde a partir dos anos 70 as sociedades se veem em total colapso de suas bases econômicas, políticas e culturais, possibilitando a queda da URSS e a consequente crise política no leste europeu, os problemas no Terceiro Mundo, a crise do liberalismo e as ideias pós-modernas.

Já no primeiro capítulo, ele analisa a “era da guerra total”, período que atravessa a primeira guerra, o período entre guerras e a segunda guerra, traça uma narrativa factual e ao mesmo tempo analítica, discute a economia de guerra e o fator humano na perspectiva dessas três décadas de massacre generalizado, defendendo a ideia de que as duas guerras mundiais se tratam de uma única guerra, separada por algum período de cessar-fogo, mas que a confusão politica internacional permaneceu se complexificando. Com base no que ele diz, podemos interpretar a Segunda Guerra, não como um conflito ideológico entre capitalismo e comunismo, mas entre duas forças, uma que herda o progresso histórico que surge desde o Iluminismo e das revoluções que o seguiram (russa, inclusa) e a outra que nada mais é do que o lado bárbaro e brutal deste progresso, que assimila fatores do progresso europeu que muitas vezes são ignorados pela História, como o colonialismo e a escravidão, e que brutaliza essa sociedade em colapso, mas que nada mais é do que uma reação ao suposto Progresso europeu e tudo o que este precisou fazer (sujar as mãos de sangue) para alcançar o patamar de topo de mundo.

O que diferencia o trato de HOBSBAWM neste livro, ao meu ver, é o empirismo com que ele descreve a história do século XX, de forma que o mesmo muitas vezes se utiliza de exemplos pessoais para melhor contextualizar o que está dizendo, já que o mesmo viveu durante boa parte deste período. Muito do pensamento da época, das questões cotidianas e mesmo políticas em que ele descreve, invariavelmente passam pelo fato de que o autor viveu o que narra.

Para deixar uma crítica, por ser um historiador político e econômico, notavelmente ligado ao marxismo, Hobsbawm é muito mais interessante nos capítulos em que fala factualmente sobre política do que nos capítulos que se arrisca a analisar fenômenos culturais e artísticos. Em outros capítulos parece que ele quer dar conta de milhões de coisas e seguir uma linha do tempo que vai pra frente e pra trás a todo momento e o texto acaba sendo um pouco confuso, bagunçado. A Terceira Parte do livro é composta de capítulos um tanto quanto confusos, onde o autor pareceu querer dar conta de um universo de informações que ele não necessariamente domina, onde faltou um “eixo” que carregasse sua narrativa. Além da desorganização temporal que o mesmo aplica em seus textos (o que não é um problema tão incômodo).

Em termos didáticos, essa obra de Hobsbawm tem muito valor, no sentido de que todo livro ou material didático referente ao século XX foi influenciado diretamente por Era dos Extremos, seja em materiais de História, ou mesmo os de Geografia e Sociologia.

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Jacke.Perobelli 02/09/2024

Li faz muito tempo, mas tenho umas anotações da época sobre um trecho específico do livro que acabou sendo abordado na faculdade:

"Apresentando uma combinação de fatos do século XX, o autor aborda desde as grandes descobertas do século, até suas implicações na própria sociedade e, claro, na maneira de vivermos. Dessa forma, é possível verificar tanto o avanço científico influenciando a sociedade, quanto a sociedade sendo influenciada pelas mudanças ideológicas e tecnológicas provocadas pelo próprio avanço científico.

Para mim, este foi o ponto mais interessante do texto, afinal, podemos identificar uma conexão causal entre os acontecimentos do século e, assim, compreender como chegamos nos dias de hoje com determinados valores, crenças e tecnologias. Um desses pontos interessantes de conexão está intimamente relacionado ao fato de o século XX ser, ao mesmo tempo, dependente e distante da ciência.

Conforme a ciência e suas conquistas passaram a ser mais prestigiadas, passaram a haver também mais investimentos na educação e projetos, dessa maneira, houve um claro aumento no número de cientistas ao redor do mundo, especialmente em países altamente desenvolvidos e falantes da língua central da ciência, o inglês.

A partir disso, houveram diversas implicações, como a maior seleção de profissionais, os quais passaram a precisar de uma especialização cada vez maior, distanciando, assim, a ciência da população leiga. Por fim, juntando tal concentração de pessoas (estudiosos com alto grau de especialização) e de recursos (em países desenvolvidos, especialmente nos EUA), passou a haver uma hierarquia muito grande, a qual pode ser vista ainda hoje, no século XXI.

Levando estes fatos em consideração, é possível identificar até mesmo a forma como o sistema de hoje funciona, seja em laboratórios, fábricas ou em casa. Podemos afirmar, com toda certeza, que com os investimentos em ciência sendo convertidos em tecnologia, esta se tornou indispensável e onipresente no cotidiano da população.

Apesar disso, essa dependência da tecnologia não demonstra uma aproximação das pessoas ao conhecimento científico, pelo contrário, este continua muito distante da realidade da maior parte da população. O que acontece é que a tecnologia não exige conhecimento prévio dos usuários finais, os quais perdem seu valor intelectual e, muitas vezes, tornam-se não só substituíveis, mas também controláveis.

Este rompimento com as certezas e hábitos tradicionais gera uma sensação de desconforto e, consequentemente, desconfiança. Se juntarmos tudo isso - além das disputas ideológicas e políticas que permeiam a ciência contemporânea - chegamos à sociedade atual: desde os “funcionários descartáveis” nas linhas de produção, até o negacionismo, do qual tanto ouvimos falar nos últimos tempos.

Basicamente, através desses fatos é possível entender o rumo da ciência e, principalmente, sua relação com a sociedade, bem como compreender a “trilha” que nos trouxe até o mundo atual e, quem sabe, enxergar os possíveis caminhos à nossa frente."
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Talitasda 07/07/2024

Finalmente terminei!
Depois de cinco meses (isso mesmo), finalmente concluí esse calhamaço. Hobsbawm como sempre genial, apesar da escrita ser meio prolixa. Mas recomendo muito.
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Policaio 29/12/2023

Uma bíblia!
Finalmente terminei a bíblia sobre o século XX por Eric Hobsbawn, um dos historiadores mais estimados da academia que cita a si mesmo em suas obras (rs).

Foi um fardo de meses, mas finalmente compreendi a importância de Era dos Extremos o qual traz panoramas sobre o século XX, marcado por inéditas guerras mundiais, crises econômicas, polarização política, mas também marcado por prosperidade e avanços tecnológicos e científicos, além de uma vasta produção cultural e artística.

Um livro essencial para todo historiador ou professor de História e para todos que desejam ter argumentos sólidos sobre nossa sociedade e política, para fugir de achismos!
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BeatrizFonseca1 20/04/2023

Mravilhoso
Texto Crítico
A Era dos Extremos é um livro escrito pelo historiador e professor Eric Hobsawn, que nasceu em Alexandria no Egito, no dia 9 de Julho de 1917. Publicou obras como A Era dos Impérios, A Era do Capital, e outras. A metodologia usada por ele para escrever esse livro foi o memorialismo, já que ele lutou na segunda guerra mundial e viveu esse período, fontes escritas de outras obras, artigos de jornais e criticas de filmes e ele faz parte da corrente historiográfica marxista.
Nesse livro o autor faz uma abordagem sobre o final do século XIX e o século XX, que foi uns dos períodos mais conturbados para a humanidade, pois houveram duas guerras mundiais, envolvendo vários países como EUA, Rússia, que na época era chamada de União Soviética no período , Japão, Itália, Alemanha, e outros. Foi um tempo, que alguns territórios, deixaram de existir, pois foram anexados por outros países, e outros surgiram, que milhares de pessoas morreram, acreditam que o fim estava próximo.
O século XX, foi cheio de transformações, ocorreu o surgimento do carro, o ser humano substituiu o sistema de manufatura pelo de maquinofatura, pois era necessário produzir mais em menos tempo, as fabricas começaram a poluir cada vez mais, e as pessoas passaram a desenvolver doenças respiratórias devido a grande quantidade de fumaça e poluição.
O autor argumenta que foi no período da segunda guerra mundial que as mulheres tiveram a oportunidade de começar a ter espaço no mercado de trabalho, pois a maioria dos homens estavam no campo de batalha lutando e por isso elas começaram a ter maior importância na sociedade , mesmo que por um período curto, tiveram maiores responsabilidades, pois deveriam cuidar dos filhos, trabalhar e cuidar da casa, entretanto conseguiram obter o poder da compra, ficando assim, menos dependentes dos maridos. O autor traz a bailá que “A liberação feminina, incluindo o abordo e o direito ao divórcio enfiou talvez a mais profunda cunha entre a Igreja e o que se tornara no século XX, o pilar básico dos fies.” (p.330), com o direto do divorcio e do abordo garantido às mulheres começaram passaram a ter mais valor na sociedade, pois elas não tinham mais a obrigação de conviver com um cara, que ela não gosta mais, ou que não que não tenha mais afinidade.
Hobsawn salienta que o período da segunda guerra mundial foi um que mais avançaram em tecnologia, pois surgiram eletrodomésticos como o rádio e mais tarde a televisão, o rádio servia para as pessoas, terem noticia da guerra, ouvissem rádio novela, foram criadas as bombas nucleares, o computador começou a surgir, mas apenas para planejar estratégias de batalha.
A Alemanha foi culpada, pelo inicio da primeira guerra mundial, devido ao fato que não respeitou o pacto de versalhes, assinado no final da primeira guerra, que proibia que o pais tivesse soldados, armamento, treinamento de guerra, etc, e isso foi um dos motivos que fizeram que ocorresse a segunda guerra mundial.
O autor argumenta que Hitler foi um cara, que sonhava em ser pintor, mas não obteve sucesso na área, deu um golpe no estado alemão e virou filler, criou o partido nazista, e adotou a ideologia que a etnia ariana era superior as outras e elas deveriam ser exterminadas . Ele possuía uma ótima oratória, por isso conversou o povo alemão a acreditar nisso, e começou a perseguir e exterminar judeus, deficientes, negros, ciganos, e outros povos, em campos de concentração.
Aborda o tema da crise de 1929, quando os EUA, entrou em crise econômica muito séria, que deixou milhares de pessoas falidas financeiramente, e o plano New Deal, criado pelo presidente Frank Roossevelt para tentar recuperar a economia.
Fala sobre a questão da guerra fria, que foi um conflito ideológico, que ocorreu depois da segunda guerra mundial, entre os EUA, que queria a implantação do capitalismo e a União Soviética, atual Rússia, que defendia o socialismo, não houve nenhum embate direto entre ambos,
essa rixa, entre eles, gerou, uma disputa por território, armamentista, cientifica, etc. Esse conflito, fez que muitos países se separassem como a Alemanha, que foi dividida por um muro, em Alemanha Oriental e ocidental, e a Coréia, que ficou divida entre Coreia do sul e do norte, e provocou a guerra do Vietnã. Hobsawn, mesmo tentando ser imparcial, com isso em algumas partes, ele “vacila” e deixa claro que a favor do socialismo, que não deveria existir a luta de classes e que todos deveriam ter as mesmas condições econômicas.
Eric trata da questão dos estilos musicais ouvidos, no período da segunda guerra mundial, que era muito rock, jazz, e os jovens gastavam muito dinheiro, comprando discos e LPS, que alguns indivíduos, viram rippers, fumam drogas, e viviam na “paz e amor”, como uma forma de se revoltar contra o sistema capitalista.
Ele aborda a questão países do terceiro mundo, como o Brasil, as pessoas gastam muito horas, no transito, devido ao fato, que moram muito longe dos seus trabalhos, ou mesmo para ser divertir , indo a estádios de futebol, pra assistir jogos .
É uma obra muito interessante, pois mostra de uma forma critica como as pessoas pensavam, viviam se relacionavam no século XX, ele também fala que o ser humano, no período dos conflitos mundiais, se adaptou a viver com medo da morte, da guerra e criou-se novas palavras como genocídio, que quer dizer morte em massa e apraticardo, que dizer sem pátria, sem território. Nos faz refletir como era a sociedade do século XX, era e porque, e como ele teve impacto no século XXI, na forma de interpretar o mundo, na nossa forma de viver, com as tecnologias, com as nossas ideologias, com a economia, etc
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Biblioteca Álvaro Guerra 03/04/2023

O renomado historiador Eric Hobsbawn trouxe nova visão crítica sobre o século XX e descreveu como sendo o mais terrível dos séculos e o mais veloz de todos, um século de guerras, de nascimento e fenecimento de utopias de conhecimentos mais ao mesmo tempo, do predomínio de ignorância e medo. Em 1994 publicou “A Era dos Extremos” onde o historiador analisa o período compreendido entre 1914, início da Primeira Guerra, e 1991, ano da queda da União Soviética e o fim dos regimes socialistas do Leste Europeu.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788571644687
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Ogaiht 20/07/2022

Uma Obra Fantástica
Eric Hobsbawm foi um dos maiores historiadores de nosso tempo. Depois de escrever a trilogia ?Eras? (A Era das Revoluções, A Era do Capital e A Era dos Impérios) que analisava os acontecimentos mundiais de 1787 até 1914, o autor escreveu este quarto e último volume, desta vez cobrindo os anos de 1914 até 1991.
O autor começa sua análise com a a eclosão da Primeira Guerra Mundial, causada pela ascensão da Alemanha que lutava por espaço e hegemonia contra as tradicionais potências europeias: França e Grã-Bretanha. Esse conflito teve duas consequências: a queda de antigos impérios como o Turco-Otomano e o Austo-Húnguro (a Rússia, apesar da queda da monarquia, conseguiu manter seu território, agora sob a forma da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a derrota da Alemanha e os pesados termos do Tratado de Versalhes deixaram a Alemanha numa difícil situação sócio-econômica, fazendo deste país um solo fértil para se prosperaram as ideias revanchistas e os ideias nazistas defendidos por Adolf Hitler.
Com a ascensão de Hitler e Mussolini ao poder e do expansionismo japonês no Pacífico, uma outra grande guerra parecia inevitável. E, em 1939, ao invadir a Polônia, a Alemanha nazista inicia a Segunda Guerra Mundial, maior conflito da história onde mais de 40 milhões de pessoas morreram. Derrotando rapidamente as forças francesas e encurralando os ingleses em sua própria ilha, os alemães ocupam toda a Europa, deixando assim o caminho livre para enfrentar seus grandes inimigos: os soviéticos. Mas, a partir de 1942, depois da batalha de Stalingrado, os alemães começam a perder a guerra, e os soviéticos começam expulsar o alemães e libertar o países do leste europeu, ocupando Berlim em 1945. Os Estados Unidos, reticentes em entrar no confronto, se veem obrigados a declarar guerra ao Eixo depois dos bombardeios japoneses a Pearl Harbor. Também em 1945, o conflito mundial tem fim definitivo com as duas bombas nucleares lançadas no Japão pelos americanos.
Com o fim da guerra, duas grandes superpotências emergem no mundo: os EUA capitalistas e a URSS comunista. Depois da inusitada aliança, ambos se distanciam e começam um conflito chamado de Guerra Fria, período da história onde o mundo se viu a beira da destruição com a possibilidade de um conflito nuclear entre os dois gigantes. A Guerra Fria teria fim em 1991, ano do colapso da URSS, representando o fim do breve século XX.
De um conhecimento enciclopédico, o autor nos dá uma verdadeira aula de história mundial, nos mostrando porque chamou o século passado de era das catástrofes, nos mostrando que a história é, entre outras coisas, um registro dos crimes e loucuras da humanidade.
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Gabriel 22/06/2022

Um período de extremos
Eric Hobsbawm, renomado historiador, em "A era dos extremos", obra que segue a lógica da trilogia "As eras", de mesma autoria, aborda os acontecimentos compreendidos entre 1914 e 1991.
O autor começa com as origens da primeira guerra mundial e termina suas conclusões com a queda da URSS. Para ele, o século XX é fruto de uma série de instabilidades e catástrofes, sendo, por isso, complexo.
O autor trabalha o período selecionado através de referências a fatos conhecidos que passam a ser criticamente explicados, como a guerra total, a guerra fria e demais conflitos. O livro divide-se em três partes: A era das catástrofes, anos dourados e desmoronamento.
Essencial para compreender a miríade de acontecimentos do século XX e como os menos foram responsáveis por moldar o século XXI.
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Loko 11/05/2022

Fascinante, mágico e espetacular
"Era dos Extremos" é o quarto e último volume da tetralogia escrita pelo historiador Eric Hobsbawm. Sua análise se inicia nas agitações revolucionárias da França (retratadas no primeiro volume, "A Era das Revoluções") e termina com o colapso do Comunismo Soviético em 1991.
Sinto, que a mensagem de Hobsbawm foi clara: os antagonismos e polarização do século 20 condenaram a humanidade ao período mais assassino da história. Em primeiro, tríplice aliança contra a Entente; depois o Nazismo e Fascismo contra a democracia e Socialismo; e por último, o capitalismo contra o comunismo. A morte de 187 milhões de seres humanos (estimativa dada por Hobsbawm sobre o número de vítimas da carnificina) nos faz refletir que a crença de estar do lado certo, ou a certeza de que está fazendo a coisa certa, foi o que conduziu a humanidade a um século tortuoso e brutal.
Como marxista, Hobsbawm ainda analisa as consequências práticas da Revolução de Outubro e do colapso do comunismo.
Sobre a escrita, o que posso dizer é que é necessário uma profunda concentração e calma ao ler a Obra; o leitor não habituado pode, facilmente, se cansar e desistir. Demorei dois anos, mas finalmente consegui terminar.
Era dos Extremos é indispensável para qualquer um, se profissional ou amador (como eu) que se interesse pela História Contemporânea.
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Tiago.Zulian 13/04/2022

Breve Longo Seculo XX
De uma forma detalhada e altamente profunda Eric Hobsbawn descreve os acontecimentos do século passado e que cada vez mais aparentam permanecer sobre a mesma inércia neste novo. Conhecer a história é essencial para não repetir os mesmos erros. Infelizmente poucos lêem sobre.
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Marcio440 03/03/2022

A história nua e crua
Uma análise do século passado mostrando até onde a humanidade está disposta a ir pelo poder. Fundamental para entendermos o começo do século XXI e refletir o que a humanidade espera para o futuro.
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Thalezito 15/01/2022

A Era de Hobsbawn
Era dos Extremos é com certeza um dos melhores livros de história que eu já li. Nesse livro Hobsbawn expõe toda a sua erudição e conhecimento sobre o assunto descrito, afinal ele viveu o século sobre o qual ele está escrevendo.
Era do Extremos começa em 1914, com o estopim da Primeira Guerra Mundial e termina em 1991, com o fim da União Soviética.
O livro é separado em três partes: a primeira é a Era da Catástrofe que vai de 1914 até 1948, a Era de Ouro que vai de 1949 até 1973 e O Desmoronamento que vai de 1973 até 1991.
Aprecio a abordagem focada mais na parte ecônomica do que na social, e também que ele desconstruiu o mito de que historiadores só escrevem livros maçantes e difíceis de ler.

Recomendo esse livro para todos que desejam aprender mais sobre o século 20.
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Marina 24/06/2021

Comentários sobre a leitura
Pontos positivos: achei o livro extremamente fluido, trata do século XX a partir de temas variados, desde as disputas geopolíticas macro até a arte e as tendências sociais e ensina bastante. Hobsbawn era de esquerda (marxista) e trazia sempre reflexões acerca de como os eventos históricos afetaram as classes trabalhadoras.

Pontos negativos: apesar do autor jurar que não está sendo eurocêntrico, ele está. Isso não é exatamente uma crítica a ele, percebe-se no livro que ele tenta comentar acontecimentos fora do ?primeiro mundo? o que já vai muito além da maioria dos textos historiográficos europeus ainda hoje. Ainda assim, a história que ele conta é a história da europa e dos brancos, e ela só vai falar do resto do mundo na medida em que esse interfere na vida dos brancos europeus.

Isso não tira o mérito da leitura, mas é importante ler com o senso crítico de saber que não se trata de fato de um compilado da história do século XX, mas sim de um compilado da história dos brancos no século XX.
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Bia 08/06/2021

O autor faz uma análise detalhada sobre os acontecimentos que marcaram o século XX, no âmbito político, econômico, científico e cultural. A leitura é vasta, mas é preciso ter conhecimento em história, ou você se perde.
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Clio0 09/04/2021

Era dos Extremos é o último volume da tetralogia escrita por Eric Hobsbawm.

O objetivo principal dessa série era facilitar o acesso aos estudos acadêmicos e esse livro, que abarca os anos transformadores do século XX, faz isso com louvor. Hobsbawn não é apenas um grande historiador, ele também é um ótimo comunicador e transforma um texto cheio de referências teóricas em algo quase didático, fácil de ler ao mesmo tempo que demonstra pleno domínio do parafraseado típico dos jornalistas.

Quanto ao conteúdo em si, a influência Marxista é exposta e alardeada: há toda uma argumentação sobre a Revolução Agrária e predominância da economia sobre o social. Porém, isso não retira em absoluto as observações quanto as Grandes Guerras, o avanço tecnológico e, em parte, os conflitos culturais.

Não se furtando da análise a Rússia e, é claro, o período de U.R.S.S., temos mais um ponto positivo pois há uma bela amostra não apenas dos problemas (tão frequentemente alardeados), mas também das conquistas e avanços. - Algo que levou muitos a criticarem-no como um compêndio propagandista.

Eu, pessoalmente, diria que a Era dos Extremos é mais uma coleção de ensaios historiográficos do que um livro de divulgação histórica. O que não é, de forma alguma, em detrimento.
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