Resenhas - Frango Com Ameixas

hime 06/03/2020

O motivo da vida da Nasser Ali era tocar seu Tar (instrumento musical), e em uma briga com a mulher dele, ela acabou quebrando-o.
E em um belo dia, tentando procurar um novo Tar (mas sabendo que não encontraria um tão bom, e tampouco que substituiria o que o seu mestre havia o presenteado) encontrou o amor da sua juventude, Irâne.
E perguntou se ela se lembrava dele, ela disse que não. (mas na verdade lembrava sim)
Foi nesse momento que ele decidiu morrer, porque a alma da música dele era o amor que ele pensava que teria com Irâne, se o pai dela a permitisse casar com ele.
A história corre em torno dos oito dias antes da morte dele. Eu confesso que teve algumas partes do livro que me emocionei, como por exemplo: no livro eles dizem que quando alguém quer muito morrer, ou está muito doente e quer ir daqui, se uma pessoa faz preces por ela ela continua aqui. O que me emocionou foi que o Nasser Ali pensou que quem estava pedindo para ele ficar era a Farzaneh, a filha preferida dele, quando na verdade quem estava pedindo para que ele ficasse foi o filho que não tinha nada em comum com ele, Mozaffar, e que o Nasser Ali não fazia muita questão.
E o triste também é quando conta como ele conheceu a mulher com quem ele casou, Nahid.
A mulher sempre amou ele, e ele se casou com ela sem amor.
Triste como ela conta das histórias dos dois emocionada, e ele apático. Fiquei triste por ela.

Adriana Scarpin 15/01/2020

É um belo conto de maneira geral, mas a normatividade perversa em alguns trechos é de lascar e não tem nada que abomine mais do que gente normativa em qualquer segmento, especialmente literatura.

JJ 24/11/2019

Uma história sobre a vida
Esta história, apesar de narrar os últimos oito dias do personagem principal, o músico Nasser Ali Khan, é uma história sobre a vida, melhor dizendo, acerca das escolhas que definem para sempre os caminhos que cada qual vai seguir.

Depois de sua esposa quebrar seu instrumento musical, o tar (um instrumento de cordas tradicional da cultura persa), e ele não conseguir encontrar um outro capaz de emitir o mesmo som do anterior, Nasser Ali decide morrer.

A partir dese momento, realiza uma retrospecitva de seu passado, em que relembra sua infância, suas relações com a mãe, a abdicação forçada a uma paixão de sua juventude, tendo como pano de fundo o cenário político do Irã na década de 50 do século passado.

Focado mais nas relações pessoais e familiares, do que no cenário político do país, a obra de Marjane Satrapi nos leva a refletir sobre a necessidade de seguir em frente, mesmo que a vida traga obstáculos e obrigue a reveses, os quais nos conduzem a novos caminhos e, mesmo que seguir em frente, seja deixar morrer, eis que a morte também é um dos momentos da vida.

Dude 06/09/2019

Drama bem contado
Mais uma fascinante história dessa excelente autora.

Prii 01/06/2019

Incrível
Essa história aconteceu 10 anos antes do nascimento de Marjane Satrapi (autora do autobiográfico Persepolis) e contra sobre a vida de um tio avô dela que em certo momento decide morrer, e esse quadrinho incrível mostra os 8 dias que ele ficou na cama pensando sobre toda sua vida e esperando a morte.

Leticia Muniz 20/02/2019

Triste
A história de um homem profundamente deprimido, pois seus talentos e escolhas e a pressão social o levaram a um ponto de infelicidade que considerou sem volta.

Renata (@renatac.arruda) 13/08/2018

Li essa HQ há dez anos, assisti ao filme uns anos depois, mas não me lembrava mais de nada. Aliás, faz muito tempo que não releio os quadrinhos da Marjane, uma de minhas autoras favoritas. Foi muito bom me reencontrar com seu humor e sensibilidade nessa pequena HQ inspirada no tio-avô de Marjane, um músico que se deprime gravemente ao ter seu instrumento quebrado e deita-se para morrer.

Os capítulos são divididos entre os dias que antecedem a morte do músico, e em cada um deles vamos conhecendo melhor seu passado, até descobrirmos o que realmente está por trás de sua depressão. É mostrado como essa doença atinge a percepção de quem sofre dela, fazendo com que pessoa se lembre apenas das situações ruins e acredite que ninguém se importa com ela.

Mas apesar de parecer pesado, não é. Como em todas as HQs da Marjane, há um comentário político e social no texto, mas o verdadeiro tema aqui é o amor e suas várias facetas: o amor familiar, o amor pela música, o amor não correspondido, o amor perdido para sempre. É uma bela história sobre sentimentos que mudam nossa vida e nós marcaram para sempre.

Em: https://www.instagram.com/p/BmbpZpKHDV0/

Afamachado 14/07/2018

Sensível
Antes de ler o aclamado Persépolis, achei melhor encarar uma obra menos bombada de Marjane Satrapi, e com certeza, deu certo.
Frango com Ameixas é sobre a vida simples de um músico que entra em profunda depressão após perder seu instrumento preferido. Mas mais do que isso, é uma história sobre sensibilidade.

Ghi 01/06/2018

Sensibilidade da vida
Quadrinho fabuloso como todos da Satrapi. Fala sobre escolhas da vida, "coincidências", amores e fatalidades sem aquela dose de humor, mesmo tratando de questões super sérias e a sabedoria/ cultura familiar.
Super recomendo.
Curto li de uma senatada só.

Claudiomar.Filho 28/08/2016

Muito bom
Historia super interessante

phendragon 25/03/2016

COMO DESTRUIR UM AMOR
Já disse a todos vocês que quadrinhos não trazem apenas histórias infantis. A muito tempo não é mais assim, porém algumas pessoas não se atentaram a este fato por puro preconceito. A autora Marjane Satrapi ficou famosa com sua história "PERSÉPOLIS", mas é muito talentosa ao escrever várias outras e a biografia "Frango com Ameixa", ela relata a história de um tio-avô e mistura flashbacks a fatos futuros, levando o leitor a uma viagem completa para entender as raízes de sua estrutura familiar.

No livro, após uma briga com a esposa, Nasser Ali, musico e tio-avo da escritora, tem seu Tar (instrumento de cortas iraniano) quebrado pela mesma. Inconsolável, após buscar outros instrumentos para substitui-lo, decide que não quer mais viver, se entregando completamente para os braços de Azazel. A historia narra justamente isso, os últimos 8 dias de vida de Nasser Ali, e a sua entrega para os braços da morte.

Apesar da arte simples, apenas preto e branco, o traço é lindo e o enredo é perfeito. Gostei muito de uma passagem que conta a parábola do elefante: "Cinco sujeitos foram colocados em uma sala escura, com um grande animal e tinham que identifica-lo. Cada um falou uma coisa diferente e não conseguiu identificar. Foi apenas quando trouxeram uma vela é que todos conseguiram identificar que era um elefante! Quer dizer que, cada um de nós tem uma opinião diferente sobre as mesmas coisas, mas só quando somos iluminados (quer dizer, quando sabemos mais e aprendemos) é que realmente compreendemos o que estamos vendo!! Sensacional!!

Leitura rápida e altamente recomendada para aqueles que querem um lazer entre os livros!! Obrigado por seguirem minhas resenhas e deixem seu comentário abaixo... E voltem para ler minha resposta, pois sempre respondo!!!


site: http://www.lerparadivertir.com/2016/03/frango-com-ameixas-marjane-satrapi.html

Débora 25/11/2013

Notas do sofrimento
Dez anos antes de Marjane Satrapi nascer houve uma história verídica que ocorreu em sua família, em que coloca a prova da decadência e o sofrimento de um amor que fora interrompido.Um pretérito imperfeito em que refletiu pelo resto da vida de Nasser Ali, seu tio-avó. O livro Frango com Ameixas é retrato biográfico do músico egocêntrico, no qual entrega-se a morte após sua esposa ter quebrado o objeto de sua inspiração, de sua arte, de sua paixão. Isto era um tar (um instrumento musical típico da cultura pérsia), em que nenhum outro conseguirá suprir a ausência daquele objeto sagrado. Conciliando todos os tempos da vida de Nasser Ali antes de partir. Um artista que tocava as notas de sofrimento do seu coração.
Pois como ele mesmo dizia "Para viver não basta estar vivo."

Carina 09/09/2013

Uma história de família
A autora de quadrinhos autobiográficos mergulha fundo na história de um tio-avô querido, em uma narrativa de tragédias pessoais sobrepostas. Só ao final o enredo passa a fazer sentido de fato - não podemos nos deixar levar pela impressão inicial de incoerência.
Apesar da narrativa ser boa, há alguns exageros... ou talvez seja eu que enxergue hipérboles no que é comum e corrente nesta sociedade iraniana, tão distinta da minha.

dai_araujo 05/05/2013

Frango com Ameixas
Marjane Satrapi está de volta. Uma história curta, porém simpática e deliciosa como Persepolis, livro anterior de Satrapi lançado no Brasil, já comentado aqui no blog. Nasser Ali é um músico reconhecido, tocador do Tar, instrumento típico da cultura persa. Certo dia, em uma discussão, sua esposa- com a qual havia se casado sem verdadeiro interesse - quebra o valioso instrumento, o que leva Ali a um suicídio premeditado e não muito convencional. O tar, ganhado do seu mestre, era a vida de Ali, por causa da música em si, mas também das lemvranças e do símbolo que ele representa de um acontecimento do passado: sua paixão nunca superada por uma outra mulher.

Marjane narra a decadência emocional, a reação dos filhos - um deles, um pirralho insuportável - e os oito dias que trancorrem desde que Ali decide morrer até o momento em que Azrael, o anjo da morte na religião persa, vem ao seu encontro. Mas não não pense que se trata de um dramalhão. Satrapi continua com o humor afiado e com a narrativa da comédia familiar que a consagrou em Persépolis. É a combinação perfeita que faz da autora um sucesso mundial: uma história tocante, muitas vezes fatídica, mas contada de um perspectiva pessoal, empática, sem soar pretencioso. Vale lembrar também que trata-se de uma história auto-biográfica. Nasser Ali era tio-avô de Satrapi, e a história se passa antes mesmo do nascimento da autora.

Antológico!!
http://twitter.com/#!/daianearaujo

(esta minha resenha foi publicada pelo site PDL - Projeto Democratização da Leitura)