Resenhas - Frango Com Ameixas

Carina143 26/10/2012

Filme
Conhecia a história através do filme homônimo. Só depois fui ter conhecimento de que era baseado em uma HQ. E logo meu interesse em ler a obra foi despertado.
A obra cinematográfica ficou extremamente fiel à obra escrita, o que é excelente, já que temos inúmeros casos de filmes baseados em obras escritas que fogem do contexto ou que acabam não ficando fieis e ficam horríveis.
Apesar das ilustrações serem simples, acredito que esse seja o charme da HQ. O foco fica no texto, nos diálogos, e não nas imagens.
Fora toda a parte cultural que nos é apresentada ao longo da história.
Muito bom. Recomendo. E a história é ótima pra quem gosta de música.
Também recomendo o filme, que ficou excelente!

Mari Moscou 21/12/2011

Morrer de amor
Morrer de amor. A história com nome de comida. É livro mas é quadrinho. No Domingo chegou um amigo de viagem trazendo entre outras encomendas, meu livro. Chata, eu queria ler na versão original e não em português. É, sou meio chata mesmo com isso. Prefiro saber o que foi exatamente que o autor escreveu, quando posso. E se posso, por que não?

Frango Com Ameixas (Poulet Aux Prunes) não é um livro de receitas, não é uma história sobre comida. É sobre dor, depressão e amores perdidos. O segundo livro de Marjane Satrapi (aquela do fabuloso Persépolis, que virou filme) conta a história de seu tio-avô, Nasser. Ao invés de reconstruir, como em Persépolis, a história social de sua família através de anedotas pessoais, ela conta, simplesmente, os sete ou oito dias que antecederam a morte de seu tio-avô. Por amor.

[leia a resenha completa em http://www.mulheralternativa.net/2011/09/morrer-de-amor-o-ultimo-livro-que-li.html]

janaina 10/08/2011

divino!!
é realmente lindo a mistura de tristeza e nostalgia encontrada em "frango com ameixas". De fato, me surpreendi muito com a forma em que a vida comum é posta aqui. muito mais melancólico que persépolis, e muito, muito melhor. eu ri em algumas passagens e quase chorei no final. é realmente lindo. certamente um dos melhores quadrinhos que li/vi/senti.

Camila_Andrade 07/06/2010

Delicado e dolorido! O final é lindo.

Raoni 10/02/2010

Vida pré-Persépolis
Linda obra. Marjane Satrapi traz desta vez uma história mais melancólica e menos florida: o relato da vida de seu tio-avô Nasser Ali, morto antes da geração dela, mas com quem ela muito se identifica.

O típico humor singelo e ao mesmo tempo irônico que marca a história de Marji em "Persépolis" está presente, mas só se intensifica lá pelo último terço da obra. As primeiras partes são um pouco maçantes, mas o desfecho emociona, retomando elementos do início e tornando o texto precioso em sua inteireza.

Pra quem leu "Persépolis" e gostou: recomendo. [Ressalva: é menos acessível a crianças] A autora apresenta uma dimensão fulcral de seu universo pouco explorada naquela obra. Pena que é um texto curto... Mas talvez só pudesse ser assim.

Pra quem não leu "Persépolis": talvez o contato com o cenário islâmico à ótica da autora seja muito cru. Acho bom ler as duas obras!

Ivan Picchi 25/08/2009

Um sucinto bem comovente
Marjane compartilha uma história concisa de seu falecido tio, um músico famoso e virtuoso, que entra em desgraça por ter seu bem mais precioso destruido...

Mas será que realmente é culpa de seu tar? ou foi só o estopim?

Parece apenas mais uma vida comum; porém os flashbacks sagazmente salpicados colaboram para uma compreensão da real trágica saga de Nasser Ali. E junta o que a vida costuma separar, os fatos. Entre o que ele enxerga e o que realmente acontece. O que realmente está ruim em sua vida, e durante toda ela.

É o que um ser humano costuma fazer: desenvolver um ponto de vista no qual ele seja vitimado. Um no qual o seu "tar" seja destruido, sem motivo nenhum aparente. Não esquecendo que a culpa de tudo, desde o início, seja descontada nas últimas pessoas que surgirem em sua vida. Tudo, frustações e suas raivas, tudo é culpa destas últimas. Até que é bem comum ouvir uma destas por ai, não é?

Marjane nos faz refletir, e se comover, em uma leitura de uma ou duas horas, com uma história tão simples, curta e pessoal. Incrível como uma situação real e corriqueira fica tão atraente e reflexiva, só porque alguém descobriu que o segredo "é o jeito que se conta". Um ponto de vista de um espectador, que não faz questão de rotular vilões, heróis e injustiçados..

Bruna Carolina 02/02/2009

Em quadrinhos, mas inteligente
Apesar de ser um livro em quadrinhos, a história é interessante. Um mínimo da cultura iraniana, pouco conhecida, ao menos por mim. Um desejo do personagem principal que já foi o meu.
Enfim, ótima escolha para o horário do almoço, por exemplo, por ser de rápida e fácil leitura.