Tauan 07/01/2017
Já há alguns anos eu pretendo ler 2001: Uma Odisseia no Espaço, do genial Arthur C. Clarke, mas por um capricho do destino Encontro com Rama chegou às minhas mãos mais cedo. E foi ótimo porque o livro é excelente, muto bem elaborado, com uma linguagem clara e direta, com detalhes ricos mas lógicos e um enredo ímpar.
Clarke usa e abusa de seu conhecimento literário, fazendo referências a obras de seus contemporâneos, mesmo em uma trama que se passa um século e meio a frente de seu tempo. Ele também se vale de sua formação em Física para um sólido embasamento teórico em suas conjecturas para o futuro.
Na história, após um cataclismo causado pelo choque de um meteorito com uma região amplamente povoada da Europa em 2077, os cientistas constroem sistema de monitoramentos dos astros dedicado a proteger o Sistema Solar, o Spaceguard. Cinquenta anos depois, é encontrado um asteroide de proporções inimagináveis se dirigindo ao Sol. Ele é batizado de Rama — um deus da mitologia hindu — e atrai as atenções de toda a humanidade, agora espalhada entre os planetas Terra, Marte, Júpiter e a Lua.
Os primeiros estudos indicam que o asteroide que se aproxima da Terra tem estrutura cilíndrica regular, uma rotação de quatro minutos e, dada sua massa e densidade, seris oco. Ou seja, não se trata de um corpo celeste, mas de um objeto artificial, construído por uma inteligência alienígena.
Capitão Norton, da nave Endeavour é escalado para a missão de reconhecimento de Rama, e conduz uma expedição sem precedentes, ao interior de uma construção alienígena. É sua tarefa liderar a única equipe que poderá investigar Rama, devido a sua trajetória em direção ao Sol. Pela mesma razão a tripulação da Endeavour deve abandonar Rama antes que atinjam uma temperatura insustentável.
Haveriam formas de vida alienígena no interior de Rama? Seria ele uma tumba? Uma nave? Uma ecossistema independente? Traria algum risco à Terra?
Não sei se era a intenção do autor, mas livro acaba lembrando bastante o clássico de Júlio Verne, Viagem ao Centro da Terra, com suas descidas ao interior de Rama, a investigação inusitada o sentido de estar onde nenhum outro homem esteve.
De qualquer modo é um ótimo livro e deve estar em toda biblioteca de ficção científica.