Dobby Apresenta 10/03/2017
O livro é uma adaptação do filme Os Goonies ( The Goonies,1985), produzido por Steven Spielberg e dirigido por Richard Donner. James Khan, escritor, é conhecido pela novelização de Star Wars Episódio VI: O Retorno do Jedi e outras adaptações como : Poltergeist e Indiana Jones e o Templo da Perdição.
A obra é escrita em primeira pessoa, na perspectiva de Mikey Walsh. Mikey é quem encontra o mapa do tesouro de Willy Caolho, mas antes de falar de perigo e aventura vamos conhecer Os Gonnies:
Bocão, o palhaço. Bobo, gosta de brincar com rimas, rir dos amigos e tem facilidade com línguas. É aquele amigo que faz as piadas nas horas erradas, piadas inconvenientes. Tagarela e boca suja.
Mikey. Líder do grupo. Usa aparelho e tem asma. Embora não se considere corajoso, é obstinado. O seu negócio é a AVENTURA!
Gordo, o loroteiro. SEMPRE atrapalhado, vive quebrando uma coisa aqui, outra ali e seus amigos sabem usar isso a favor do grupo. Gordo durante o livro é conduzido a quebrar um trinco, dentre outras coisas. Loroteiro? Sim, o carinha tem um talento para aumentar histórias e inventar algumas (ou várias).
Dado (Ricky Wang), o gênio. Pequeno gênio. Sempre tem uma engenhoca saindo do seu casaco, desde ventosas a bonecos de ação e outras coisas surpreendentes. Nem todas funcionam direito, mas esse carinha sabe inventar! Tem facilidade com computadores e eletrônicos
Gordo, Mikey, Bocão e Dado - respectivamente.
Tudo começa quando o grupo se tranca no sótão da casa de Mikey. Seu pai trabalha no museu da cidade e algumas obras de arte acabaram ficando em sua casa durante uma reforma ou arrumação do museu e ainda não voltaram para ele. Os amigos descobrem em meio as poeiras e velharias, um mapa que parece levar a algum tipo de tesouro. O tesouro do pirata Willy Caolho. E eles PRECISAM desse tesouro para salvar suas casas. Por que? Para comprar suas próprias hipotecas e impedir que seja construído um campo de golf sobre seus lares. Começa então a caça ao tesouro, iniciando-se no sábado e terminando na madrugada de domingo para segunda.
Mas existe um elemento surpresa: Os Fratelli. Uma família de bandidos armados que escaparam da prisão e estão escondidos no Restaurante Salão do Farol, onde a trilha começa. A família é formada por Mama, Francis, Jake (os três criminosos) e Sloth, a Coisa. Sloth, como as crianças descrevem, é um monstro sinistro, com a cara toda deformada e não fala muito bem, é muito inocente. Sua família o trata como aberração de circo, ou melhor, maltrata e isso nos revolta um pouco na história. Mas ele vai ter um papel fundamental no desfecho da aventura.
Eu achei o livro previsível, já no primeiro capítulo eu soube o que iria acontecer (Caça ao tesouro, os Fratelli no caminho, a compra das hipotecas no final...), mas me interessou muito COMO essas coisas aconteceriam, o enredo. No grupo todas as personalidades são diferentes, mas se combinam, se encaixam umas nas outras, talvez porque seja sobre isso também: Amizade. Eles embarcam nessa juntos não só porque precisam, mas porque seria, hipoteticamente, sua última aventura juntos e um confia no outro. Podem não levar o tesouro, mas estão fazendo algo grandioso juntos. Nessa aventura, se envolvem também o irmão de Mikey, o Brand, mais velho, e mais duas garotas: Stef e Andy. Agora eles são sete.
Mikey sente durante toda a aventura, como se o próprio Willy o deixasse encontrar o tesouro, talvez porque eles precisassem, talvez pela aventura. E uma prova disso é um trecho do epílogo:
"Então, o que eu queria dizer é, se você tentar pegar coisas que pertencem a outra pessoa, não vai obter o que pensou que estava pegando, vai acabar obtendo apenas o que deve obter.
Mas se você pegar o que alguém está tentando lhe dar enquanto você pedia pelo que imaginava querer, você acaba recebendo muito mais do que pudesse imaginar.
Foi o que aprendi com o Willy." (pág.237)
E algumas coisas engraçadas e esquisitas acontecem no subterrâneo, como esqueleto segurar um objeto de volta.Não parece sobrenatural, embora talvez seja e isso explicaria o sentimento de Mikey, que Willy os guiava, pareceu mais cômico que assustador.
O livro é todo engraçado e cheio de expectativas. Te prende do início ao fim. Também tem o fato de que cada marcação de capítulo é uma prévia do que vai acontecer, e você mesmo sabendo o que vai acontecer, pode não ser da forma que imaginou, e as vezes esse "spoilerzinho" te prega uma peça ;)