Resenhas - Dois Irmãos

edu 13/06/2023

Incrível
Surreal a densidade psicológica desse livro. cada personagem com sua particularidade e com seu passado muito bem explorado, sem ficar forçado ou massivo. o desenrolar da história é um mistério e descobrir as coisas aos pouquinhos, mas nunca demorando demais é a cereja do bolo.
melhor leitura em meses!

beatriz 13/06/2023

Definitivamente não é um livro tão complexo quanto outras leituras obrigatórias, ele tem uma história relativamente interessante, não imaginava a presença de libaneses no norte do Brasil. A forma como a história é narrada, por um ponto de vista observador e ao mesmo tempo personagem, além de fluido, me cativa bastante, apesar de ser, por vezes, confuso.
Acho que a parte mais difícil de ler foi, sem dúvida, todos os retratos da relação entre Zana e o caçula, que é minimamente estranha. Além disso, a aparição de diversos personagens ao final do livro me confundiu bastante, mas ainda vou buscar análises para entender melhor.
E, apesar de detestar, creio que o pai de Nael seja Omar.

Nicolas27 04/06/2023

Que livro surpreendente, revela muito sobre a vida em Manaus, os barões da borracha, a influência da ditadura militar, as mudanças sofridas na cidade e tudo isso ao acompanhar uma história ardente, turbulenta e cativante que prende o leitor.

O estilo de narrativa é muito bom, o narrador é uma personagem que acompanha e interage com a trama, de início não há muito detalhes, mas, ao decorrer, é revelado quem é a personagem que nos narra sua vivência, pensamentos, emoções e tentativas de compreender as pessoas que a cercam.

Ademais, o enredo traz como dois irmãos que se odeiam, agem de formas diferentes, com personalidades únicas e opostas, podem ser iguais no fim. Aqueles que mais se odeiam e se divergem são os mais semelhantes, não à primeira vista, mas ao conhecê-los profundamente.

Obra riquíssima.

cherry.luly 01/06/2023

Muito bom!!!
O que falar sobre "Dois irmãos"... que livro marcante, as histórias se completando , as mortes melancólicas. O fato de eu ter lido em uma aula de literatura melhorou muito minha experiência.
Os personagens eu não posso dizer que são legais , mas eles te prendem , Omar e Yakub são os irmãos mais complicados que eu já li e a forma como eles tem desavenças torna o livro mais complexo.
??????
Resumindo o livro em poucas palavras:
" Eu quero saber , de quem é o filho... eu quero saber quem é o pai desse menino!!!"
Mto bom KKKKKK

MariaBoo 01/06/2023

Farofa libanesa?
Narrativa envolvente, dois irmãos é um livro que nos mostra além de um núcleo familiar meio problemático, problemas sociais não muito comentados e que merecem mais atenção!

Recomendo a todos a leitura!

isabelle138 29/05/2023

Final confuso
Não sei quem realmente é o pai, algumas páginas antes do fim ele diz que é o yaqub porém no fim Omar aparece e deixa uma lacuna de segunda intenção, eu particularmente não achei o livro um romance, como diz a maioria das pessoas e até mesmo o verso do livro, porém o livro é sim interessante e retrata uma família disfuncional

Amanda 28/05/2023

O rancor corroi
Rancor define essa triste família libanesa vivendo na capital amazonense. Um ambiente familiar com carência de afeto gerando intrigas, egoísmo, inveja... o perdão não se encaixa nesse contexto, pelo contrário, se acumula e se transforma em rancor, enraizando nesta família a marca da tragédia. Os marginalizados da situação, Domingas e Nael, são os mais afáveis nesta história, vítimas do elitismo e da escravidão retrato de uma Manaus em desenvolvimento, que sofre as consequencias do esquecimento por parte do governo.

Ketlin.Lino 28/05/2023

Só fui gostar do livro no final
Comecei por ser uma leitura obrigatória, levei dias presa nas primeiras páginas. Simplesmente não conseguia gostar de nenhum personagem, até o final, para mim, o Omar segue sendo insuportável. Foi uma leitura que me incomodou, não aguentava mais ler sobre o fogo de Halim e a cegueira da Zana pelo caçula.
Por fim, chorei muito com a morte de Domingas, ela e o Nael foram minha motivação para terminar o livro.

louchp.gabi 28/05/2023

Uma complexidade fora do normal
Por ser uma leitura obrigatória da escola, confesso que só esperava chatice do livro. Porém fui surpreendida positivamente; o livro está longe de ser dos melhores, mas é bem melhor do que muitos que já li.
Bem complexo, trama bastante desenvolvida, personagens muito bem descritos.
Só me incomodei com o tamanho da letra e com alguns pontos da história qe acredito poderem ter sido excluídos.
Gostei

Fernando.Araujo 26/05/2023

A viagem por uma família
Li essa obra por duas vezes. A primeira no ensino médio por obrigação, não entendi muito bem dela. Até disse para meu professor de literatura "qual o sentido disso?". Agora na releitura depois de adulto percebo a preciosidade que tenho em minhas mãos. Hatoum, brilhantemente, vai contando a história de um garoto e sua família. O garoto narrante não é o protagonista, é um mero observador do que acontece e nos descreve as mazelas que vão acontecendo em sua casa. Creio que ao final, ele se liberta da vida nos bastidores, fico feliz por ele. Mas a história principal não é sobre ele, ela aborda a relação de dois irmãos, Yaqub e Omar. Rivais desde sempre somos engolidos pela trama deles e da sua família ao redor que vai decorrendo com suas escolhas e consequências, com amargores, com as coisas não ditas, com as tristezas, com o poder materno. Uma lembrança de comparação é muito clara com Cem Anos de Solidão de Gabo, as famílias com seu início, seu auge, seu declínio, seu fim. O autor também nos trás um panorama espetacular da cidade de Manaus, suas mudanças conforme a história do próprio país, a escravidão indígena, o apagamento da cultura, as mudanças sociais da ditadura. Isso tudo imerso numa escrita rápida e com doses de sensualidade. Nada tenho a dizer desse livro a não ser:: "Seja lido!"

Rodrigo Neves 26/05/2023

Metáfora e intercultura
Mais do que uma narrativa a respeito da rivalidade entre dois irmãos e o impacto que isso traz ao microcosmo familiar, acredito que ?Dois Irmãos? seja uma metáfora.
Uma metáfora sobre Manaus como espaço vivo e sua decadência pós ciclo da borracha, e uma metáfora sobre o próprio Brasil como nação e sua intercultura formadora. Todo o ciclo de abusos, vinganças e o declínio que essas ações trazem à família de imigrantes libaneses refletem também o ciclo de perdas e decadências que o Brasil passou e ainda passa desde sua colonização.
Há uma marginalização no colonizado da mesma forma que há no filho bastardo ao mesmo tempo em que o filho bastardo anseia pertencer, ter um senso de identidade próprio, exatamente como o colonizado em sua terra.
E Nael, o narrador-personagem, que vai realizando as construções e desconstruções dos fatos, fechando as lacunas ou deixando- as em sua forma imprecisa, é essa expressão ao narrar a história a partir de concepções tiradas da oralidade das personagens que o cercam. Nael é um olhar ampliado sobre a questão da territorialidade diante da construção de uma identidade.
?Dois Irmãos? parece ser construído na relação entre a identidade e a interculturalidade, mostradas através do simbolismo da memória e a atemporalidade dos fatos.
É interessantíssimo e de uma análise muito maior do que esse espaço permite.
?Dois Irmãos? rompeu um silêncio de 11 anos que Milton Hatoum manteve desde ?Relato de Certo Oriente?, sua estreia como romancista. Ganhou o Prêmio Jabuti no ano seguinte.

Zayne.Amanda 25/05/2023

Essa é família é muito unida! (Sqn
Acontece umas coisas nessa família que você fica literalmente assim??? Coisas que nos fazem pensar na realidade da época, e como muitas dessas coisas eram consideradas normais.
O temperamento dos irmãos e as brigas que eles travam ao longo do livro são bem interessantes. A família toda é meio problemática kkkkk.
Não tem um ?final? para essa história; uma sequência. São as histórias da família, contadas aleatoriamente, pelo filho de Domingas, a empregada. Inclusive, muito bom que a história seja contada dessa perspectiva! A leitura não foi tão difícil, logo irei estudar mais sobre esse livro (afinal, li por causa da Fuvest)

Elena 24/05/2023

Me surpreendi com esse livro. Pensei que essa leitura iria ser somente uma leitura chata obrigatória para a escola, mas foi o contrário. Me interessei pela narrativa desde os primeiros capítulos e fiquei mais curiosa ainda para descobrir quem é o pai do Nael. A narrativa não é linear e pra mim isso é o mais interessante, voltar para acontecimentos passados para entender o que está acontecendo na história. Os personagens são bem desenvolvidos junto com a relação familiar que existe nessa família

JAlia.Feldmann 24/05/2023

Leitura difícil
De forma geral, gostei do livro, porém a trama é bem complexa e cheia de conflitos, o que não torna uma leitura fácil. Mas valeu a leitura.

Biaaa_Pascotto 21/05/2023

Dois irmãos
A história é realmente muito boa, mas é muito difícil aguentar a Zana colocando Omar acima de tudo, ela é a principal causa da rivalidade entre os gêmeos, pela forma que criou Omar e deixou Yaqub em segundo plano, e acabou colhendo um triste final!