Dois irmãos

Dois irmãos Milton Hatoum




Resenhas - Dois Irmãos


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Juliana 19/03/2023

Interessante, mas triste
Quando a minissérie da Globo foi ao ar, comecei a assistir, mas não terminei. Fiquei curiosa e me prometi um dia ler o livro. Resgatei lá da lista infinita. É um bom livro. Descreve com beleza a região de Manaus e retrata de forma dura a vida de imigrantes libaneses e da população marginalizada da região na época do pós-guerra e na ditadura militar. A temática gira em torno da briga dos dois irmãos, gêmeos, os dramas familiares, a deterioração das relações. A narrativa é em primeira pessoa, feita de forma genial e não linear, por um personagem que só descobrimos quem é no decorrer da história. Gostei, mas sempre que lia, me deixava com um sentimento de tristeza e de angústia. Será que essa era a intenção do autor? Aí está um mérito seu? ?
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Filemingnon_e_nutella_2.0 18/03/2023

Achei interessante como o autor escreve u sobre toda a manipulação e dependência emocional de Zana e toda a sua família.
Porém, ao acabar o livro eu só tinha um pensamento "família estranha do caramba".
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Ster_DinizMaia 16/03/2023

Espetacular.
Um dos melhores livros que eu já li. Leitura envolvente, tranquila e interessante.

Achei interessante que a história não é contada exatamente em ordem cronológica. Aborda muitas questões problemáticas com sutileza, como uma "normalidade". Adorei o final e adorei a construção de personagem do Yaqub. Recomendo muito.
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bia.cavenaghi 14/03/2023

Dois Irmãos
Li por conta do vestibular. Confesso que no começo não me interessou, mas pro final ele acabou que ficou mais legalzinho (???)
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Nick 11/03/2023

Dois irmãos
O final desse livro acabou cmg. Que livro foda, mt bom de ler. Os personagens são todos idiotas, td mundo faz alguma merda, menos o nael (narrador). Eu amo o yaqub mesmo com tds as merdas, adoro o Halim, gosto mt da domigas. Confesso que no final fiquei com pena da Zana
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Júlia 09/03/2023

+14 / ??? / tw: incesto, estupro, assassinato, violência, mortes, problemas familiares, alcoolismo, entre outros

Mais um lido pro vest e não está na lista de piores, mas não chega a ser um dos meus favoritos. O livro conta sobre a história de Omar e Yakub, dois irmãos gêmeos, com semelhanças que se limitavam à aparência. Isso claramente resulta da forma como eles eram tratados pela mãe, o que é evidente ao longo do livro.
Houve acontecimentos confusos, desnecessários, mas não deixa de ser um livro que trata de temas importantes e relevantes. Desse modo, foi uma leitura que não me fez arrastá-la, mas não me deixou curiosa. O final foi trabalhado para mostrar a passagem de tempo, e achei coerente para mostrar a relação que alguns personagens não tinham mais.
Não é uma leitura que eu recomendo, mas não é tão ruim se você for obrigado a ler.
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Juliana2370 09/03/2023

A vida imita a arte
Gnt é surreal q casos d mãe como a Zana, irritantemente protetora d apenas UM FILHO, sejam reais. Q ódio dessa mulher,estragou o Omar e fez o Yacub se corromper d angústia e rancor
E ,como eu disse, infelizmente existem mães c esse favoritismo doente ?
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r.reads 03/03/2023

QUE livro bonito (e sofrido)
"Naquela época, tentei, em vão, escrever outras linhas. Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cumplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras."
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evermore 01/03/2023

?A loucura da paixão de Omar, suas atitudes desmesuradas contra tudo e todos neste mundo não foram menos danosas do que os projetos de Yaqub: o perigo e a sordidez de sua ambição calculada. Meus sentimentos de perda pertencem aos mortos. Halim, minha mãe. Hoje, penso: sou e não sou filho de Yaqub, e talvez ele tenha compartilhado comigo essa dúvida. O que Halim havia desejado com tanto ardor, os dois irmãos realizaram: nenhum teve filhos. Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos.?
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Bella 01/03/2023

Dois irmãos
Só li esse livro pois terei uma prova dele na escola E pq esta na lista da fuvest... se não, não teria lido ou teria parado no meio...

o final foi extremamente ruim, foi rápido e sem explicação
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Flávia Menezes 22/02/2023

?SUPER GÊMEOS ATIVAR! ????
?Dois Irmãos?, lançado em 2000 e ganhador do prêmio Jabuti em 2001, é o segundo livro publicado por Milton Assi Hatoum, escritor, tradutor e professor brasileiro, descendente de libaneses, e considerado um dos grandes escritores nacionais vivos.

A narrativa da história é feita por um personagem que só vamos conhecendo ao longo da trama, quando, aos poucos, ele vai revelando detalhes da sua ligação com os personagens principais, falando de suas vidas, amores e dissabores, sem deixar de fora os sentimentos que ele nutre por cada um deles. E nesse caminhar, o narrador vai nos transportando para Manaus, e essa é uma parte belíssima da história, porque vamos tendo detalhes de cada lugar, cada costume, das comidas típicas da região, e até da flora e fauna que são encontradas por lá. É algo tão primoroso, essa descrição que o autor faz, que deu até vontade de viajar para Manaus, só para poder ver (ao vivo e à cores) cada lugar que era descrito, e que eu conheço tão pouco sobre.

Mas a forma com que eu me apaixonei pelas descrições do autor sobre Manaus, não foi igual ao que eu senti pela trama, ou mesmo por seus personagens. Quando a minha amiga me falou que era uma história sobre gêmeos, eu confesso que fiquei instigada em ver como seria, o que aconteceria, e foi aí que iniciei. Porém, o mesmo motivo que me fez iniciar essa leitura, foi aquele que me fez desgostar dela.

A história da família de Halim, o pai, Zana, sua esposa, e os filhos gêmeos Yaqub e Omar, demonstra ter uma grande ligação com a do autor, pois esta também é uma família descendente de libaneses, que vive no Brasil. E nessa miscelânea de culturas, me fez pensar que a construção dos gêmeos pode ter sido influenciada por essa questão, porque a forma como ele os desenvolveu, tem muito a ver com uma tentativa de reproduzir um Caim e Abel, do que de falar propriamente de como são os filhos gêmeos idênticos. Falo aqui sobre gêmeos com muita propriedade, já que eu tenho uma irmã gêmea idêntica, e ainda convivi a vida toda com outros pares de gêmeos idênticos (além de fraternos), tendo inclusive minha irmã gêmea e eu, batizado dois meninos gêmeos idênticos, hoje com 9 anos.

Na minha vida, essa questão de ser gêmea sempre foi algo muito normal, porque, na base da aeronáutica onde cresci, no mesmo prédio onde vivíamos, havia mais 4 pares de gêmeos, sendo que, 3 desses pares, eram de meninas na mesma idade escolar. Eu me lembro que quando brincávamos, a gente se dividia em 2 grupos, sendo um das que nasceram primeiro (o meu!), e o outro das que nasceram depois. E é muito comum, quando alguém encontra um par de gêmeos, fazer exatamente essa pergunta: "Mas quem nasceu primeiro?" Mas nunca ouvi falar de chamar um dos gêmeos de "caçula", como acontece na história. Até mesmo porque Omar não é o mais novo, e sim uma irmã. Sendo assim, que lugar é esse que ele ocupa que nem dele é? Não fez o mínimo sentido!

Mas como eu disse, o autor estava tão voltado em transformar os gêmeos em um Caim e Abel, que pouco trouxe dessa ligação tão rica que existe entre duas pessoas que surgiram de uma divisão de um mesmo óvulo fecundado. E por mais brigas, competições (e gêmeos são altamente competitivos!), e até rivalidades que possam existir, essa ligação é muito mais forte. Se nada no mundo é mera obra do acaso, imagina isso na vida de duas pessoas que vieram ao mundo juntas? Eu digo com propriedade, mas essa não é uma ligação normal como a que temos com os demais irmãos. É algo muito mais forte.

Outro ponto de grande exagero do autor, foi colocar as personalidades de forma tão extremista. Um é mau, e o outro é bom. Um tem sucesso, e o outro fica com o fracasso. Achei isso tão forçado, e tirou completamente a beleza da história, porque não existe isso. Todos nós somos dotados de qualidades e defeitos. E uma divisão de um óvulo, não faz com que um tenha 100% das qualidades e o outro fique com os defeitos. Não teve o mínimo nexo, e deixou tudo muito empobrecido.

A forma como a mãe trata os filhos gêmeos, com tamanha distinção, eu achei também muito fora do que acontece. Claro que é real que um seja visto, muitas vezes, como mais frágil do que o outro, até porque gêmeos passam a vida com comparações. Quem é o mais magro, quem é o mais alto, quem é o mais inteligente... e por aí vai. Mas achei muito forçada essa cisão porque, que mãe no mundo não se sente feliz em ter filhos gêmeos? Essa separação que o autor fez entre eles, achei que forçou demais para promover uma rivalidade que, para mim, ficou muito exaustiva e desinteressante.

Já o pai, Halim, para mim é o melhor personagem dessa história, muito embora ele se pronuncie bem pouco. Ele é o que podemos chamar de ?o último dos românticos?, e a forma como falam sobre o seu amor pela esposa é indescritivelmente apaixonante. Sinceridade, mas quem em sã consciência não gostaria de ter um marido como o Halim? Eu gostaria! E como pai, ele também era muito certeiro, com seu pulso firme, e que só não podia fazer mais, porque a esposa não deixava. Mas de todos, confesso que ele é o melhor personagem da história.

A disfunção da família foi muito bem desenvolvida, embora, na questão dos gêmeos, o autor tenha pesado demais a mão, e tenha forçado a distinção existente entre eles, o que me deixou muito desgostosa com essa leitura. Porque depois de um tempo, a história se tornou altamente repetitiva, e era tudo tão igual, mais tão igual, que eu tive muita dificuldade em terminar. E o final... para mim, em 20 páginas chegava no mesmo lugar onde acabou.

Aliás, um outro ponto que deixou a leitura muito cansativa, foram as mudanças bruscas no tempo em que a história acontecia. Em alguns momentos, quando o narrador estava chegando no clímax do que estava dizendo, a história mudava do nada para o passado, e ficavam páginas sendo contadas da história, deixando aquela situação anterior extremamente desinteressante. Haviam momentos que não dava nem para saber mais do que o autor estava falando, porque ele ficava em um indo e vindo de passado para presente, que deixou a narrativa muito cansativa e muito desinteressante.

Muito embora esta seja uma história que tenha falado de Manaus com tanta beleza, eu confesso que os demais pontos expostos aqui, deixaram a leitura muito repetitiva e cansativa, e isso me faz dizer que (para mim!), esta não foi uma história que tenha me encantado. Mas, se você gosta de literatura nacional, não leve tão a sério os pontos que eu trago aqui, porque esse pode ser um livro que irá te agradar bem mais do que agradou a mim.
Alê | @alexandrejjr 22/02/2023minha estante
Flávia!! Achei fantástico o teu texto! Uma experiência muito particular com o maior romancista brasileiro vivo! Adorei os destaques a respeito da falta de verossimilhança da relação de irmãos gêmeos e do manequeísmo imposto pelo autor nessas personagens. Obrigado por compartilhar conosco!


Flávia Menezes 23/02/2023minha estante
Obrigada, Alexandre. Apesar de não ter gostado, não tem como não falar do bonito trabalho do autor em trazer Manaus como ele trouxe.


Dani 23/02/2023minha estante
Amiga? primeira LC que compartilhamos impressões diferentes! ?


Flávia Menezes 23/02/2023minha estante
Super diferentes, né amiga. Mas é que essa leitura pegou no meu Calcanhar de Aquiles! ? Falar de Cloninhos sem ser realista?isso me incomodou. Mas ambas concordamos que a forma como o autor trouxe as paisagens e locais de Manaus foi exuberante, não é? E também gostamos muito do Halim! ?


Dani 23/02/2023minha estante
Acho que foi isso, amiga! Como numa tive contato com nenhum gêmeo, acabei vendo eles apenas como dois irmãos ? o inteligente e rancoroso. E o mimado e fútil!


Flávia Menezes 23/02/2023minha estante
Mas foi bom? porque a sua visão nos ajudou a rir disso tudo! ??




Mandy 17/02/2023

Não me emocionou
Foi bom, eu acho? não é o tipo de livro que eu pensei que seria baseado na sinopse, mas não digo isso decepcionada. em geral, a escrita me manteve entretida e tive vontade de terminar o livro em busca de respostas. o livro fala muito de dinâmicas familiares e por mais que fosse o ponto, alguns personagens me irritaram demaisssss. pra terminar a resenha deixo aqui uma frase que vou levar comigo: "Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos."
Mandy 17/02/2023minha estante
*o incesto tb me fez vomitar wtf




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