Dois irmãos

Dois irmãos Milton Hatoum




Resenhas - Dois Irmãos


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Bruno 18/02/2021

Enredo complexo
O narrador observa a vida de uma família que praticamente gira em torno de dois gêmeos, idênticos na aparência, mas muito diferentes em todo o resto.
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Mila 17/02/2021

Briga de irmãos, mas não é Caim e Abel
Romance indicação do blog Ler Antes De Morrer, e que (ao menos nos 2 capítulos que assisti) foi bem representada na telinha da globo. Clássica trama de gêmeos rivais, mas, aqui sem aquele chavão de gêmeo bom Vs gêmeo mau, ambos protagonistas são maus, cada um a sua maneira. O livro é composto por personagens complexos, falhos, e cheios de vícios, o que faz com que as atitudes tomadas sejam realistas e sobre tudo humanas. A historia caminha a passos pequenos, mas constantes, para o fim trágico das primeiras paginas, e nos dá a sensação de poder ter acontecido a um conhecido distante.
O romance todo parece um aceno do escritor, que é libanês e manauara ,(só não sei se é gêmeo) as suas raízes, e nos apresenta a vida e algumas tradições de uma comunidade imigrante e um cenário riquíssimo e cosmopolita de uma parte as vezes esquecida do nosso Brasil.
É Vencedor do Jabuti por um motivo.
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Encontro de leitores 12/02/2021

Que presente vocês me deram ao escolher Dois irmãos no projeto de desencalhe 2020, lê-lo foi uma experiência profundamente emocionante. Hatoum me fez emergir em uma Manaus, até então desconhecida para mim e, construiu tão brilhantemente seus personagens que me senti parte da família. As escolhas feitas pelo autor para nos apresentar a história dos dois irmãos são tão potentes que a narrativa envolve a ponto de não querermos parar de ler. Zana e Halim são pais dedicados, mas a superproteção que a mãe tem para com os filhos beira o extremismo, fazendo com que o caminho da rivalidade entre os dois irmãos seja o único possível, mas engana-se quem pensa que esse é um drama familiar comum. A narrativa vai além, nos coloca frente as nossas origens, apresenta a cultura libanesa com primor e ainda critica de forma pontual a colonização sofrida por nosso povo e que coloca como bastardo aquele que é o responsável por nos contar essa história. Afinal, Nael ganha voz e dá voz a um povo que viveu sempre tão marginalizado. São tantas vertentes dentro de uma mesma obra que fica difícil traduzir em palavras o quanto a leitura é instigante, atrativa e emocionante. Simplesmente leiam!

site: https://www.instagram.com/p/CIT0jPPD5Ag/?utm_source=ig_web_copy_link
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eumariaa 02/02/2021

Dois Irmãos, Milton Hatoum
Com uma narrativa enxuta e uma linguagem única, acompanhamos a tumultuada relação de ódio dos gêmeos Yaqub e Omar.

A história é narrada por um personagem e observador que acompanha o ódio dos irmãos, assim nos deparamos com a relação deles e as pessoas em sua volta, pais, irmã e a empregada Domingas e o seu filho, que narra a história.

Dois Irmãos não é apenas uma história de ódio, mas também uma história de como os laços e relações são construídas. Uma narrativa muito instigante!
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victoria961 25/01/2021

manaus e líbano parecem até perto
milton hatoum constroi uma obra extraorinária em cima de dualidades. dois irmãos. excesso e ausência, riqueza e pobreza, capital e interior, esperança e amargura, vida e morte, manaus e líbano, bem e mal.

a narrativa é rica de tal forma que em certo ponto você questiona se, dessas dualidades, existe mesmo um bom e um ruim, os dois são ruins de alguma forma, e bons de outra.

em meio ao golpe de 64, imigrantes árabes desenvolvem sua personalidade em uma casa que se esvazia no decorrer da narrativa. inevitável não se apaixonar pela domingas :)

e o melhor, a fluidez é tanto que deixamos passar detalhes importantes, como o nome do narrador, tão íntimo da família mas, ao mesmo tempo, tão distante.

uma daquelas obras que vai ficar pra sempre comigo! além do mais, tem o nome do meu avô tannus ahaha
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J^! 25/01/2021

Intenso
Bela escrita. Uma história pesada que por meio da riqueza de detalhes vai nos conduzindo nas entranhas dos relacionamentos.
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mariana113 20/01/2021

Muito bom
A história flui de uma maneira muito agradável, criando uma esfera de tensão e sensualidade muito particular. Gostei muito da ambientação da história em Manaus, e a narração dos fatos fez com que eu me sentisse ali.
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gabrieucastro 19/01/2021

"Os pesadelos pertencem a nós mesmos"
O livro é incrível e é impossível não ficar instigado a ler o começo ao fim "de uma vez". Nesta obra Milton Hatoum escreve com maestria um romance caloroso, cheio de ponderações morais e de recursos linguísticos que se aproveitam da beleza e sensualidade inerente a Amazônia. Por falar em sensualidade, devo dizer que meu conterrâneo escreve de maneira tão harmônica e sensual que causa inveja nas melhores orquestras ou amantes.

Devo complementar que como manauara (capital onde a obra se passa) estarei inclinado à elogios para o autor e seu livro, mas devo dizer que se trata de um dos grandes clássicos da literatura brasileira e, como muitas coisas nessa vida, não importa quanto adjetivos as resenhas empreguem, somente lendo você saberá se esse mistério amazônico lhe agrada.

"Parece que o diabo torce para a mãe escolher um filho"
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Gabi 18/01/2021

"a viagem, a separação. A distância que promete apagar o ódio, o ciúme e o ato que os engendrou."

"uma dor ainda viva, uma paixão ainda acesa, a perda coberta de luto, a esperança de que os caloteiros saldassem as dívidas."

"Praga de palavras: cada um inventa duas e todos acreditam."

"Zana não escutava vaias nem conselhos; escutava sua própria voz"

"não tinha pressa para nada, nem para falar. Devia amar sem ânsia, aos bocadinhos, como quem sabe saborear uma delícia"

" 'Louca para ser livre.' Palavras mortas. Ninguém se liberta só com palavras. Ela ficou aqui na casa, sonhando com uma liberdade sempre adiada. Um dia, eu lhe disse: Ao diabo com os sonhos: ou a gente age, ou a morte de repente nos cutuca, e não há sonho na morte. Todos os sonhos estão aqui, eu dizia, e ela me olhava, cheia de palavras guardadas, ansiosa por falar."

"É melhor assim: lembrar o que me faz viver mais um pouco."

"Mas a memória inventa, mesmo quando quer ser fiel ao passado."

"Toda valentia é vulnerável."

"Escravos da aparência e ocos de alma."

"Pela boca morriam todos."

"Tinha brasa nos olhos, e, quem sabe, cinzas no coração. Calada diante dos vizinhos, muda para os conselhos de fulana, muda para tudo. Mas por dentro, lá no fundo, um banzeiro se agitava."

"Colhe a orquídea mais rara, mas também arranca a aninga da lama."

"Esperava, um pouquinho crédulo, como alguém que anseia colher um pequeno milagre: ver piscar a luzinha do acaso, quando já nada se espera.??"

"Revelou-se um mestre do equilíbrio quando as partes se tensionam. Não reagiu na juventude, quando um caco de vidro cortou-lhe a face esquerda; tampouco conformou-se com a cicatriz no rosto, como alguém que aceita passivamente um traço do destino."

"Deus fecha uma porta e abre outra."

"Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras"
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jac 10/01/2021

uma leitura que me surpreendeu
achei que fosse ser mais uma leitura cansativa mas foi justamente o contrário. pra quem já leu outros clássicos da literatura brasileira é uma boa recomendação, achei semelhante à obra Dom Casmurro - Machado de Assis, por motivos da leitura ser toda construída em cima de um enigma, quem é o pai do protagonista? apesar da gente saber muito pouco sobre o narrador, é interessante como o autor coloca a dinâmica dos personagens. A eterna briga entre Yaqub e Omar. O apego (que beira a obsessão de Zana com seus filhos, principalmente Omar), o ciúme de um pai que se vê disputando com seus filhos a atenção de sua esposa. Isso tudo durante períodos como segunda guerra e o golpe militar de 64, que aliás é ambientado em alguns parágrafos do livro.
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Lucas.Romano 20/12/2020

Que livro!
Que historia envolvente e magnética! Muito bem costurada as tramas, e quanta coisa envolvida nessa família, mas o que mais pegou pra mim foi a intensidade dos sentimentos, as paixões, as vinganças, tudo elevado ao extremo. Tinha horas que sentia falta de ar o que me fazia dar pausas na leitura, embora seja um livro pequeno, é uma leitura enfadonha em alguns momentos, mas a historia vale por si só. A beleza de Manaus transcende as páginas do livro. Recomendadíssimo!
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