Resenhas - Mansfield Park

livi123 20/07/2023

Talvez seja o livro mais lento da autora, começa a ter alguma "ação" quase no fim do livro e parece que o final foi feito as presas.

Fanny é uma protagonista de dar pena, uma jovem que já não teve boa infância é adotada pela família rica para ter um futuro melhor. A ideia de adotar Fanny foi da personagem mais insuportável que Jane Austen já escreveu (na minha opinião e dentro dos 3 livros que já li), ela em momento algum teve intenção de assumir alguma responsabilidade, foi somente para dizer o quanto era boa, mas no fim ela reprimia e humilhava a sobrinha o quanto pode e de certa forma influenciando as outras pessoas da família a ser indiferente a mesma. O único que tratava bem Fanny era seu primo Edmund, o mais sensato da família.

Gostei dos personagens que foram acrescentados aquele ambiente familiar que era tão recluso e monótono, gostaria de ter visto Fanny em algum momento impor suas vontades e opiniões, até porque gratidão nada tem a ver com submissão, ao invés de ficar apenas julgando os outros personagens mentalmente. Gostei muito do plot da Maria para mostrar que as filhas de ouro também podem envergonhar a família, só fiquei um pouco arrasada porque acreditei na mudança de Henry, mas no fim ele reconheceu que se deixou levar pela vaidade.
Agora o romance dos protagonistas eu achei muito estranho porque aconteceu muito rápido em um momento ele amava a Mary e Fanny era como uma irmã, mas em pouco tempo resolveu amar e casar com a prima porque pensavam iguais, seria interessante se tivesse sido contado como aos poucos essa amizade passou para o amor, como ele superou a decepção causada por Mary.
No mais é um livro que representa bem o ambiente que Jane já traz em outros livros, sobre a elite monótona, fútil e interesseira.

Rute.Severo 19/07/2023

Foi ok
? Em vários momentos, fiquei triste e revoltada com a forma como Fanny era tratada pela família adotiva. Acho que ela não merecia passar por tanto sofrimento. Admiro muito o seu esforço em permanecer fiel aos seus valores, mesmo que às vezes seja um pouco moralista.

? Fiquei desapontada com o Edmund, pois esperava que ele fosse o herói da história. Embora ele tivesse um bom coração, ele se perdia ao julgar os outros com muita severidade.

? Os romances da Austen, de um modo geral, são uma verdadeira representação da sociedade daquela época, mostrando tanto suas qualidades quanto seus defeitos. Em Mansfield Park, ela consegue transmitir esses detalhes mesmo em momentos aparentemente simples da narrativa, como as longas caminhadas em grupo entre familiares e amigos.

? A estória tem um ritmo constante, sem grandes reviravoltas, e a verdadeira beleza do livro está na habilidade de Jane em refletir sobre a sociedade daquela época.

? Por último, uma dica: mais uma vez tive que fazer um mapa mental dos personagens, pois eram muitos. Vale muito a pena pois a autora não os descreve fisicamente, mas sim através de suas características de personalidade, o que dificulta a memorização.

? Os três últimos capítulos são os melhores, pois têm mais conflitos e, consequentemente, mais emoção para a história.

? Depois de ter tido uma experiência não muito positiva com "Orgulho e Preconceito", aprendi a apreciar melhor os livros de Jane Austen e o ritmo de suas histórias. Consequentemente a leitura foi mais prezerosa.

Camila.Dias 17/07/2023

Prefiro outros títulos de Jane Austen
Dentre outros títulos, prefiro outros da autora.
Este livro não é ruim, mas é mais parado e desde uns 60 ou 70% já é possível adivinhar qual será o final.
Os livros da autora em si são mais parados, até pelo estilo de escrita,as este me si é mais.
O livro conta a história de Fanny, que vai ainda jovem morar com os tios, para ajudar nas demandas da casa e ser companhia para a tia. Ela e o primo Edmund se afeiçoam muito e acabam por ser muito amigos e confidentes.

raquelveir 09/07/2023

Mansfield Park é uma leitura diferente, inicialmente é vagarosa, tantos detalhes que acabam por confundi em alguns momentos, mas nada que não possa ser superado. E nas últimas páginas, onde de fato a emoção enfim acontece, ela se torna uma leitura breve, sem tanto detalhismo, mas é uma obra sem duvidas que despertar interesse.

Foi um final de finalmente, tudo se encaixando nos seus devidos lugares. As lições que poderiam ter aprendido foi aprendida.

Edmund sempre será meu favorito.

Ingrid579 04/07/2023

O livro mais grande da jene Austen que já lir, claro que vai entra para lista de perfeitos dela como todos que leio.

Cynthia70 02/07/2023

Esperava mais
Foi o meu primeiro contato com a escritora, estava ansiosa pelo fato dela ser muito reconhecida, não tinha a menor ideia do que seria a história já que tinha ganho o livro de uma amiga. A história não a ruim, apesar de ser bem antigo não se tem grandes dificuldades para entender a escrita, mas o que mais me incomodou foi a demora e o quanto a autora se extendia em assuntos não tão interessantes, fiquei bem cansada e por diversas vezes parei a leitura por dias, além disso a protagonista é umas das personagens menos interessantes da história, senti que o final foi feito as pressas, apenas pra concluir logo o que já estava se delongando demais, faltou os detalhes que se excederam durante a narrativa. O livro não é de todo mau, mas não recomendaria.

Vanessa.Cristina 21/06/2023

Final demasiadamente moralista
Segundo livro de Jane Austen que leio. O primeiro foi Orgulho e Preconceito. Eu tinha lido algumas opiniões negativas de leitores mas não me deixei influenciar. Li o livro disposta a gostar, mas o final me decepcionou.
A premissa da história era muito interessante: Fanny um sobrinha pobre vai morar de favor na casa de seus tios ricos. Ela cresce sabendo muito bem o seu lugar naquela família. A personalidade tímida e retraída de Fanny é bem compatível com o tipo de criação que ela recebeu naquela casa.
A história possui um ritmo bem lento, mas compreensível com a realidade monótona da vida confinada de Fanny em Mansfield Park.
O que me incomodou foi o tom moralista do narrador no desfecho da história. Os personagens que se constrataram com a personalidade recatada de Fanny sucumbiram a desastres morais e sociais. E o narrador evidenciava o que cada um tinha errado, como e porque, como se quisesse passar uma mensagem sobre vicios e virtudes ao leitor. Péssima condução da história por parte da autora. Não gostei só por isso. Tinha tudo para ser uma boa história.

Ana_lanna 19/06/2023

O início do livro dá uma sensação de que Fanny é uma personagem principal boba, apática e submissa a todos ao redor. Mas é ao longo dos capítulos que vamos conhecendo melhor essa personagem e nos aprofundando mais em seu mundo. O único ponto negativo do livro é que ele enrola muito tempo em alguns momentos da história, e em outros acaba passando apenas uma visão geral, porém foi um livro que gostei bastante e recomendo.

anapauladias 17/06/2023

Demorei para conseguir engatar a leitura e conseguir entender quem era quem mas com o tempo se tornou uma leitura muito agradável e prazerosa.

Rogers.Silva 14/06/2023

Aquele livro da Jane Austen que você pode pular...
Ano passado tive minha primeira experiência literária com Jane Austen ao ler pela primeira vez "Orgulho e Preconceito". Que livro maravilhoso, lembro da delícia que era sentir o friozinho no estômago lendo as peripécias de Mr. Darcy e Elizabeth.

Por influência da leitura coletiva do canal do YouTube, Ler Antes de Morrer, que iria fazer a leitura dessa obra tão pouco comentada da Austen, me senti tentado a mergulhar nessa obra menos conhecida da autora. Confesso que fiquei meio desapontado com a história, com as personagens, com o ritmo e ambientação.

Longe de ter toda a dinâmica, vivacidade e bom humor de "Orgulho e Preconceito", aqui temos o cotidiano de uma família rica em sua propriedade, a tal Mansfield Park, tendo como foco principal a personagem Fany Price, uma prima distante adotada pela família para servir como uma "empregada/dama de companhia". Fany nutre um amor não correspondido pelo primo chato e excessivamente virtuoso, Edmund, que por sua vez é completamente apaixonado pela vizinha ambiciosa, Mary Crownford. E aí temos páginas e páginas intermináveis acompanhando o cotidiano de futilidades dessa família, seus amores correspondidos e não correspondidos, briga de status e uma protagonista absurdamente apática, sonsa e cansativa.

Os 3 últimos capítulos do livro são a melhor coisa que existe nele, porque a autora resolveu dar alguma emoção e barraco de familia para a história. Mas, até chegar lá, temos uma árdua caminhada por um campo aberto, sem nada interessante a oferecer.

Se você nunca leu nada de Jane Austen, definitivamente não comece por esse.

Poliiii 13/06/2023

É...não é o melhor livro mas é bom
Foi um livro diferente dos últimos que li da Jane, não achei o livro ruim mas também não achei bom como os outros, teve momentos que senti ele bem arrastado...mas é como as coisas aconteciam antigamente kkk. No geral ele expressa bem como nem sempre uma boa educação e "dotes" podem formar um bom caráter.
Confesso que teve momentos que odiei a personalidade da Fanny por ser tão submissa e moralista em alguns aspectos e gostei até mais da Srta. Crawford porque ela tem bem mais personalidade. Mas aprendi a gostar dela e no final das contas o julgamento de caráter dela se mostrou mais certeiro que o de todos. Além disso, a questão da timidez retrata bem a realidade de muitas pessoas que são mal compreendidas pois não conseguem se expressar bem, com medo da exposição.

Achei meio fora da curva esse final, forçado até. Não entendi como uma afeição considerada fraternal pôde se tornar conjugal. Se vc considera uma pessoa como irmão ou irmã dificilmente isso evolui pra um sentimento de amor mas ok
No mais o livro é bom e vale a pena ler.

suenygomes13 10/06/2023

Mansfield 3x sim
Eu, leitora e defensora ávida de Jane, me vi em uma grande saia justa quando não conseguia sair do lugar com seu romance Mansfield Park. Pra quem havia recém acabado Abadia de Northanger, podemos dizer que existem entre esses dois livros elementos bem semelhantes: uma heroína passível de ajuda, famílias grandes e fortunas, sim fortunas interessantes. Porém, diferente de Abadia, Mansfield faz sua história se arrastar por cerca de 3 anos (ou mais) e faz parecer mais uma biografia que um romance. Nos apresenta vilões tardios, quase sem carisma ou banais; personagens que demoram a ser alguém, pois faz parte da trama esse amadurecimento lento; E Fanny, que meu deus como demorei a gostar.....
Mas calma, tudo sobe controle, as coisas se encaixam e valem a pena. Fanny nos mostra porque merece sim ser uma protagonista de Jane Austen e nos cativa da metade pro fim, logo quando começa a ser mais ela mesma, tendo suas vontades questionadas e se firmando ao que acredita (eita como dá orgulho à nossa Elizabeth Bennet). Assim, o plot final nos traz grande satisfação e posso dizer que vale a pena toda essa saga pessoal de anos tentando finalizar a história mais difícil de Jane.

Malu Collares 04/06/2023

Um dos meus livros favoritos da Jane Austen apesar de não ser um dos mais populares, já muitas críticas injustas sobre as personagens, admiro a Fanny por sua constância de caráter, por ter seus valores estabelecidos mas também por sua gentileza pata com todos e por saber reconhecer que pode ter errado, suas atitudes para com os outros são sempre gentis mesmo quando ela não acha o receptor uma companhia desejável. Os personagens também são muito bem elaborados e suas virtudes e vícios muito nítidas e esclarecidas, assim também como os de Fanny.

Ynnay@! 27/05/2023

Metade do livro não acrescenta nada a história
Eu dei três estrelas pela escrita da Jane que é muito boa e me prende muito e pelo dilema interno dos personagens que é bem interessante.
Fora isso achei um livro que é desnecessariamente longo e não me agradou muito no final porque a história se resolveu de um jeito muito aleatório nos últimos 10% do livro. Mas eu gostei da protagonista ao contrário do muitas pessoas que eu vi falando sobre esse livro.

Elizabeth 25/05/2023

Nem tão querida, Fanny Price
Comparado a Orgulho e Preconceito, a história de Mansfield deixa a desejar muito. Achei a protagonista aguada, seu senso de decoro e rigidez dos costumes não me agradaram. Mesmo sendo um livro ?de época?, mesmo sendo Jane Austen avançada, a história empaca num conservadorismo e em ideais de virtude que só posso considerar como defeitos. No entanto, não se trata de uma má leitura. Justiça por Mary Crawford, a moça só não queria que o sujeito do seu amor se tornasse pastor.