Dany Maria 24/08/2020
Um mocinho que quebra a cara bonito...
Aqui mais um clássico da titia palmeirão, mocinho índio Lakota que coloca a mocinha branca Cecily sob sua proteção desde nova, e por mais que ela o ame e deixe isso bem claro, ele por questão de não querer se 'aproveitar' e por não querer misturar o seu sangue, por fidelidade a raça, tenta de todas as formas se distanciar dela. A trama inteira deles fica nesse impasse, a mocinha o querendo e ao mesmo tempo se conformando a uma vida solitária sem ele e o mocinho tentando a todo custo evitar a mocinha, resistir a atração entre eles, mas de vez em quando têm seus momentos de fraqueza e isso é mostrado quando é aflorado sua possessividade e ciúmes, além de ter a presença de uma rival da mocinha no meio, ou seja, tudo bem clichê, porém confesso que mesmo a trama não sendo muito sólida e tendo muitas coisas comuns de livros antigos de banca que me incomodam, como o machismo e pensamentos retrógrados, eu me vi entretida até 80% do livro, pois realmente o casal têm muita química e o mocinho índio têm um bom apelo, mas achei que o final acabou tendo cenas desnecessarias, o livro poderia ter bem menos páginas, e a questão da parte de 'ação e mistério' foi totalmente descartável, poderia ter focado só no romance, não gosto quando a autora insere ação nos seus romances.
Mesmo sendo um livro que poderia ter encurtado pela metade, confesso que curti a trama paralela da mãe do protagonista e do amigo da mocinha, a química entre o casal, os rompantes de independencia da mocinha, as cenas que valorizavam a importância da família e a cena do reencontro da mãe do mocinho com seu antigo amor (nunca irei esquecer kkkkkk), porém não é o tipo de livro que eu leria novamente, esse tipo de trama soa ultrapassada para mim, prefiro romances mais intensos e consistentes.