Quando Nietzsche chorou (Ebook)

Quando Nietzsche chorou (Ebook) Irvin D. Yalom




Resenhas - Quando Nietzsche Chorou


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Gabi Machi 06/03/2013

Até metade do livro, a história se desenvolve lenta, sem grandes emoções. Depois, fica tão boa que não consegui parar de ler. Os personagens são cativantes, tem muitos trechos bonitos e verdadeiros e eu me identifiquei bastante com algumas situações.
É um livro muito profundo, são muitas mensagens sendo passadas. Tenho a impressão que eu poderia absorver muito mais desse livro, mas não consegui em uma só leitura. É o tipo de livro que deve ser relido de tempos em tempos.
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Zuccari 27/02/2013

Quando Nietzsche chorou e me fez chorar.
Quando resolvi comprar esse livro, não sabia exatamente o que esperar dele. Desconhecia o autor, mas o enredo parecia promissor, as questões abordadas eram de meu interesse, as personagens retratadas na trama eram, no mínimo, instigantes e o título é daqueles que te desperta uma curiosidade absurda. Logo comecei a lê-lo e ele me atingiu de uma forma que eu nunca poderia imaginar.

Irvin Yalom liga duas figuras históricas importantíssimas num relacionamento fictício em um contexto histórico real da Viena de 1982. O médico e fisiologista austríaco Josef Breuer e o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Devido ao pedido eloquente ou ordem indireta da jovem Lou Salomé, que possuiu um relacionamento breve mas intenso com Nietzsche, Breuer o toma como paciente, porém, sua intenção não é tratar somente a doença física do filósofo, sua real intenção, o motivo pelo qual Lou o contatou, é tratar do desespero de Nietzsche. Entretanto, o médico rapidamente descobre que Friedrich está longe de ser um homem simples e aberto, e com qualquer disposição para falar de suas dores existenciais. Nietzsche se mostra uma figura distante, solitária e dotada de uma profundidade e força impressionantes. Breuer fica abalado com a pessoa do filósofo e se sente seduzido pela ousadia de seu discurso e de suas ideias, e sem entender muito bem o porquê, resolve se empenhar a curá-lo de seu desespero a qualquer custo, ao que Nietzsche se mostra resolutamente contrário. E no decorrer da relação entre os dois, constantemente invertem-se os papéis de médico e paciente, mestre e aprendiz.

As discussões que transcorrem entre os dois homens, ambos brilhantes, ao longo dos capítulos, são permeadas pelas teorias de Nietzsche, como a do eterno retorno, e abrangem as grandes questões que permeiam a existência: o seu significado, a questão da liberdade, das escolhas, o destino, Deus, a morte, o desespero. E conforme os dois disputam entre si quem está no controle, quem ensina e cura o outro, acabam, ao mesmo tempo, por confrontar seus próprios demônios, aprendendo um com o outro e vendo na relação de amizade que surge entre eles uma forma de alívio e cura para ambos. Em determinado trecho do livro, Nietzsche afirma seu desejo antigo de encontrar sua alma gêmea, alguém com quem pudesse ter uma verdadeira relação de amor, de amizade, para buscar uma verdade maior. E é exatamente isso que ele consegue com Breuer. A união filosófica entre dois homens tão diferentes, um, médico, casado, com filhos, abastado e aparentemente satisfeito com sua vida, e o outro, um escritor sem leitores, homem solitário, doente, com poucos recursos e com tendências suicidas, mostra que o desespero não escolhe classe social, não obedece a convenções sociais, ignora supostas virtudes e não tem qualquer tipo de restrição, ele simplesmente mora no coração de cada homem na forma de medo e angústia. Porém, mais do que isso, essa união mostra como o desespero pode unir duas pessoas aparentemente tão diferentes de maneira tão profunda e redimi-las.

O encontro entre Josef e Friedrich nunca aconteceu de fato, mas isso é irrelevante porque o vazio existencial é factual e aflige a todos nós humanos, demasiado humanos. Nós possuímos a tendência de crer em ilusões em nossa busca infindável pela verdade e nos perdermos por isso, mas esquecemos que "também a verdade é uma ilusão, mas uma ilusão sem a qual não conseguimos viver" (YALOM, P. 325, 2012)*. Diante de tamanha expressão filosófica na profundidade dos pensamentos e na busca incansável pela verdade expressa nos encontros desse livro, fictícios ou não, podemos compreender melhor a extensão do desespero existencial e de que modo combatê-lo. "Torna-te quem tu és". "Amor fati", ama teu destino. E por tudo isso, quando Nietzsche chorou, eu também chorei.


*Irvin D. Yalom. Quando Nietzsche Chorou. Tradução de Ivo Korytovski. Rio de Janeiro, Agir, 2012.
Maria Luísa 01/03/2013minha estante
Foi com uma incrível rapidez que li esta obra. Sem criar estruturas narrativas complexas e diferentes, achei este livro muito bem escrito e magistralmente tocante, tanto para quem aprecia uma boa estrutura literária quanto para quem quer conhecer, minimamente que seja, os personagens.




Ba 23/02/2013

Emprestei da minha mãe
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Priscilla 02/02/2013

Ficção e realidade
Gostei muito desse livro. O autor misturou ficção e realidade para mostrar o surgimento da psicanálise e aborda temas muito atuais, como existencialismo, valores, ética e a amizade. As idéias de Nietzsche se misturam a conceitos médicos, criando uma atmosfera bastante interessante para os leigos no assunto. Simplesmente incrível!
Livro para guardar na estante e passar o olho sempre!
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Tati 31/01/2013

Existencialismo flexível
Genial e inovador. Como poucos escritores do séc. XXI.
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João Paulo 29/01/2013

Leitura rápida e agradável.

Com uma habilidade incrível, o autor mescla diversos fatos reais para contar sua história com a reunião de uma série de lições de vida, expostas em uma trama envolvente e cativante, sem cair na auto-ajuda.

Ao contrário do que possa parecer, não traz idéias fora do alcance daqueles que não conhecem o filósofo, fornecendo em linhas gerais, e aprofundando aos poucos noções de seus conceitos.

Para ler de novo, daqui alguns anos.
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gui almeida 29/01/2013

http://nerdcalculista.com/?p=2996
Eu ainda estava na página 50 e já bradava por aí que esse era o meu mais novo livro favorito. Caralhos que me fodam, o autor é épico demais. Se tem uma coisa que eu valorizo na literatura, é personagens com alguma profundidade. Talvez por isso goste tanto de Machado de Assis – poucos autores vão tão a fundo na criação da personalidade e dos pensamentos do personagem. O que pensar, então, de um livro escrito por um psicólogo? E mais – um livro escrito por um psicólogo no qual o personagem principal foi um filósofo que deixou para a humanidade livros em que dissertava seus mais profundos e inócuos pensamentos. E ainda mais – um livro em que esse filósofo conversa com um homem que tenta construir os alicerces da psicanálise.

Os personagens, mesmo fictícios, são muito mais profundos do que todo mundo que frequenta micareta e usa o abada no shopping. Já fiz com que dois amigos lessem e parece uma regra – todo leitor se identifica, ou com um, ou com outro personagem. Inevitavelmente rolará uma identificação com algum personagem, você passará a torcer por ele como um torcedor apaixonado torce por seu time, e, à medida que eles se aprofundam em seus pensamentos e sentimentos, você se aprofunda com eles.

Não é um daqueles livros que se pode ler antes de dormir, por simplesmente tirar o sono. É fomentador e entusiasmante. Não tira o sono por te deixar com medo ou assustado, mas por te dar tantas coisas a pensar, que o sono fica subjulgado.

Ainda que o tema pareça complicado – cacetes voadores, é filosofia e psicologia pura – o autor faz tudo parecer fácil e conhecido do leitor. Não é como uma aula ou uma palestra. O simples diálogo dos personagens é de um enriquecimento imensurável e tudo parece óbvio depois que é dito.
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Janine 06/01/2013

Expectativa alta, Leitura a desejar.
Pensei que a obra seria fascinante.
No entanto, achei cansativa e repetitiva, sem que me prendesse a atenção.
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Drezza 02/01/2013

Um livro impressionante para pensar e repensar em fatos importantes que nos ocorrem durante essa nossa vida, que segundo o autor já a vivemos muitas vezes e retornamos a revivê-la incessantemente para tentar corrigirmos nossos erros e relalizar nossos sonhos. Onde o médico se torna o paciênte e o paciênte o médico, e o leitor se torna os dois personagens. Incrível como uma história que se passou há mais de cem anos atrás baseada em amores, obsseções e crise existencial pode ser tão atual. Simplesmente consegue-se chegar ao patamar de enxergar a verdade que antes era obstruída pelo entorpecente cotidiano.
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Carla Martins 02/01/2013

Não gostei
O livro tem uma proposta super interessante e, por isso, fiquei mega curiosa para ler. Trata-se de uma obra que conta a história do início da psicanálise e que junta dois nomes que não viveram na mesma época, como se eles tivessem se conhecido, ficado amigos e até se relacionado como paciente / médico: o Dr. Breuer (um dos pais da psicanálise) e o filósofo Fiederich Nietzsche.

A criatividade, o contexto e o desenrolar da trama são muito bem desenvolvidos na obra, mas o livro não me marcou e, em alguns momentos, até me cansou um pouco.

Porém, a pesquisa realizada em cima das características reais de cada personagem e, depois, a construção de uma realidade paralela em que esses dois personagens se encontram e convivem como se tivessem realmente se conhecido merecem destaque especial. Essas caracteristicas são tão marcantes que, depois de algumas páginas lidas, o leitor começa a acreditar realmente na proximidade das duas figuras históricas, sem saber o que é criação do autor e o que refere-se à pesquisa e a dados reais sobre ambos.

Muita gente gostou, a crítica elogiou mas, em mim, infelizmente o livro não teve o impacto que eu esperava, talvez pelo simples fato de o tema central - a psicanálise - não ser um assunto sobre o qual estudei ou com o qual trabalho. Talvez se fizesse parte mais ativa do meu dia-a-dia, o livro desempenhasse em mim um papel maior.

Não é que eu não tenha gostado do livro, eu até gostei, mas costumo dizer, a quem me pergunta, que eu "gostei médio".
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Leila 04/12/2012

Impressão sobre o livro
Principalmente para amantes da Psicologia / Psicanálise. Excelente livro!
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Tânia 13/11/2012

Quando Nietzsche chorou
"Josef Breuer, um dos pais da psicanálise, está prestes a se deparar com um grande desafio: tratar do filósofo Friedrich Nietzsche, atormentado por uma crise existencial e por uma depressão suicida."
Sabemos que a história é uma ficção, afinal, Breuer e Nietzsche nunca se conheceram, mas o autor da história traça um elo tão verdadeiro entre ficção e realidade, com uma riqueza tão grande de detalhes da vida desses dois personagens e de Freud que nos faz imaginar de uma forma quase real esse encontro como verdadeiro.
O livro é uma viagem ao mais profundo do ser humano, tanto que as vezes durante a leitura chegamos a nos sentir coadjuvantes desse enredo, acompanhando os conflitos e as dores atemporais de Nietzsche. E posso dizer que quando Nietzsche chorou, eu também chorei.
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Rafael Pimentel 05/11/2012

Uma das mais importantes lições que se pode tirar deste livro: transforme o "assim se deu" pelo "assim o desejei"; em outras palavras, seja o senhor de sua vida.
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