Quando Nietzsche chorou

Quando Nietzsche chorou Irvin D. Yalom




Resenhas - Quando Nietzsche Chorou


476 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Michel.Lisboa 09/10/2023

Me identifiquei
Mais uma leitura do autor Irvin D. Yalom, para quem não conhece, é um autor americano que escreve predominantemente ficções relacionadas a psicologia, filosofia e romance (ao menos nos dois livros que eu li do autor).

“Quando Nietzsche chorou” é um livro ficcional que aborda um possível, porém improvável amizade entre o famoso filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o médico austríaco Josef Breuer, este realizou diversas descobertas na área da neurofisiologia e acabou desenvolvendo um método de tratamento que mais tarde ajudaria a formar as bases da psicanálise com ajuda de Sigmund Freud (também presente no livro). O autor aborda a possibilidade do relacionamento entre os dois e como o mesmo poderia também refletir em algo benéfico para ambos.

O livro tem como protagonista Josef Breuer, e como ele foi apresentado a um caso um tanto complicado e difícil de atender, Lou Salomé outra figura histórica como as citadas anteriormente, envia uma carta a Breuer dizendo que o futuro da filosofia alemã estaria em jogo, marcando um encontro no dia seguinte. Nesse local marcado, ela pede ao doutor ajuda para tratar a vontade suicida de seu amigo Friedrich Nietzsche utilizando sua experimental terapia através da conversa, porém sob algumas circunstâncias, Breuer não deve contar ao paciente sobre seu contato com Salomé e tem de ocultar sua ciência prévia de todos seus sintomas.

Certo tempo depois, Josef conhece Friedrich e começa seu tratamento para curar seu paciente, e isso acaba se tornando uma ação muito difícil. Nietzsche é um paciente muito difícil de se lidar, além de seu impulso suicida, expressa por Salomé, o mesmo se encontra com diversos outros sintomas. Ele já havia passado por diversos médicos para tratar seus problemas de saúde, porém sem sucesso.

Ao decorrer do livro, Josef sente uma grande dificuldade em entender seu paciente, Nietzsche se demonstra muito sensível a questões de poder, não suporta se envolver em qualquer tipo de interação que interprete como uma submissão do seu poder ao outro, causando um dilema muito complexo para Josef conseguir auxiliá-lo, praticamente uma brincadeira de gato e rato. Os dois discutem sobre diversos temas filosóficos, sendo sua grande maioria a respeito do desespero existencial.

Gostei muito da obra, já conhecia alguns temas de Nietzsche, mas gostei de ver “ele mesmo” falando sobre suas próprias ideias e convicções, e também as defendendo. Me identifiquei bastante com o livro, gosto de como o autor aborda a relação médico-paciente nessas duas obras que li (esse livro e “A cura de Schopenhauer”), nessas duas leituras graças a abundância de conteúdo sobre outras figuras histórias e autores ganhei interesse em mais alguns livros.

Nota: Repostei a resenha porque quando postei na minha última tentativa, acabou bugando.
comentários(0)comente



Maria 05/10/2023

Bom
Tive sentimentos conflitantes durante a leitura. Desde bastante tempo acho Nietzsche e sua filosofia intragáveis! O pessimismo, o homem-herói, sua autoexaltação e a culpabilização e demonização das mulheres não me descem. Entretanto, com o contraponto do Dr. Breuer o livro se torna menos desagradável, uma vez que este é mais lúcido e tem mais o pé na realidade.
Enfim, tratando-se de um livro que traz, em partes, fatos históricos verdadeiros, acho interessante a leitura pelo viés psicanalítico.
comentários(0)comente



Leticia 05/10/2023

Filosofia
Demorei pra ler por que tava sem tempo real kkkk? Sobre o livro, adorei. São muitos questionamentos filosóficos durante toda a leitura, e pensei que não ia gostar muito. Mas amei. Vale a pena, não é uma leitura difícil e nem cansativa, acontecem várias coisas no percurso.
comentários(0)comente



Carla.Parreira 04/10/2023

Quando Nietzsche chorou
??
Primeiramente eis algumas considerações (adaptadas por mim) retiradas através do pensamento de Josef Breuer: Tudo é uma questão de perspectiva, de mudar a disposição de espírito... Depois de caminhar cerca de sete quilômetros, eu descubro que clarifiquei os mais intrigantes problemas...
Aprendi que temos de viver como se fôssemos livres. Ainda que não possamos escapar do destino, temos que enfrentálo de cabeça erguida, temos que desejar que nosso destino aconteça. Temos que amar nosso destino...
Um transe hipnótico é um estado em que você é capaz de experimentar fenômenos alucinatórios de grande vivacidade. Minha inspiração foi que, através disso, conseguiria me aproximar da experiência de desistir do casamento, mas preservando a vida real... A chave para viver bem é primeiro desejar aquilo que é necessário e, depois, amar aquilo que é desejado. Outras considerações segundo Nietzsche: os dons naturais são desenvolvidos através da luta...
A plena escolha só pode florescer sob o clarão da verdade e daí a sentença ?torna-te quem tu és? e ?tudo que não me mata, me fortalece?...
Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor-próprio. Quando pensamos nos que amamos vemos que não amamos a eles, mas as sensações agradáveis que tal amor produz em nós...
Quando persuadimos os outros a gostarem e pensarem bem de nós para depois fazermos isso conosco mesmo, então caímos na falsa solução de ficarmos submissos à autoridade dos outros...
Toda visão é relativa, assim como todo conhecimento. Inventamos nossas experiências. E o que inventamos podemos destruir. Nós criamos Deus e conjuntamente agora o matamos... (Pelo que sei Nietzsche detestava especulações metafísicas sobre a inteligibilidade, natureza e existência ou não existência de abstrações sobrenaturais como Deus). A vida é uma centelha entre dois vácuos. É estranho como nos preocupamos com o segundo vácuo e jamais pensamos no primeiro...
A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida. Caso não se viva no tempo certo, então nunca se conseguirá morrer no momento certo...
O melhor mestre é aquele que aprende com seu discípulo...
Dado um número finito de estados potenciais do mundo e uma quantidade infinita de tempo já passado, segue-se que todos os estados possíveis já devem ter ocorrido; e que o estado presente deve ser uma repetição; e igualmente aquele que lhe deu origem e o que dele decorre, e assim sucessivamente de volta no passado e à frente no futuro... (Aqui Nietzsche é paradoxal. Apesar de materialista ele defende a reencarnação com sua Teoria do Eterno Retorno).
Adentrando na opinião de Freud: ler é uma incessante labuta intelectual que despeja todo o conhecimento para dentro do cérebro pela abertura de três milímetros na íris...
Uma vez descarregada a carga elétrica celebral excessiva responsável pelos sintomas através da catarse emocional, os sintomas se conduzem apropriadamente e de pronto desaparecem.
comentários(0)comente



EduardoCDias 02/10/2023

Fantástico
Um livro que vai num crescendo até te conquistar de vez! Uma situação hipotética onde um conhecido médico na Viena do fim do séc. XIX, se dispõe a tratar problemas psicológicos de Nietzche e tendo como assistente, nada menos que Freud! Muito bem estruturado e divertido algumas vezes é uma lição para quem não está satisfeito com a vida.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ana Livia 23/09/2023

Quando Nietzsche Chorou
Eita! Este livro me fez pensar profundo, filosofei.
Já o havia lido anos atrás, porém não lembrava de absolutamente nada da história, rica história!
É um romance de como surgiu a psicanálise, com 2 mestres se ajudando. Ambos perturbados e em desespero, porém Nietzsche não gostava de contatos sociais e era relutante em admitir suas perturbações.
Lou Salomé, uma jovem mulher "perturbadora", surgiu à Dr Breuer para implorar ajuda à seu amigo Nietzsche.
Dr Breuer aceita a proposta e ambos iniciam uma relação de amizade e confiança.
Enfim, leia!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



osaif 07/09/2023

Uma boa conversa para corações solitários
De início infelizmente o livro realmente foi bem maçante, chato e enrolado. É apresentado o doutor Breuer e seus conflitos pessoais, além do início da trama ao conhecer Salomé. O problema é que automaticamente eu ja fui ler o livro ansiosa esperando o Nietzche aparecer, porém a conversa com o personagem só começa a ficar realmente interessante lá quase pro meio do livro. Mas reconheço que esse início tem impacto na historia e ajuda a empatizar e entrosar com os personagens.

Felizmente, o livro mudou minha perspectiva em relação ao Nietzsche, que durante os anos teve sua filosofia deturpada de inúmeras maneiras. E eu adorei ele criticando o Estado, pq Estado é só pra adestrar e controlar o ser humano msm. E pfvr cristãos nao fiquem ofendidos quando ele diz que deus tá morto (pq sim, nós o matamos).

Mas acima de tudo eu me sinto mais próxima de sua filosofia. esse livro é um retrato de filosofia na prática, na vida real. É péssimo se identificar com os conflitos do Breuer mas ao mesmo tempo é tão satisfatório ver ele se libertar, praticar o amor-fati, ter desejo pela sua vida e escolhê-la, não ter mais a visão de "minha vida é uma sentença de morte".

E é tão boa a sensação da história desenrolando, da evolução dos personagens e de ler seus desejos inconscientes e pensar "Freud explica", ver a história se fechando e os dois personagens se ajudando e desenterrando seus piores sentimentos. Que também demonstra a consequência da idealização do outro, do "amar o desejo e não o desejado"

Por fim, as reflexões são realmente muito boas, um convite pra vc encarar seu próprio abismo. Acho que vale a pena o sacrifício do início pra um livro tão incrível no fim, uma leitura fluída que voce fica querendo passar o dia inteiro lendo, refletindo e tendo muitas crises existênciais.

Adorei o livro, realmente não esperava algo tão bom!! não chega a ser um dos meus livros preferidos mas tá quase lá.
---------
Ps: Os dialogos do livro são bem expositivos então caso vc não seja muito próximo da filosofia te garanto que terá uma experiencia muito boa do mesmo jeito :)
Matheus 07/09/2023minha estante
Sempre quis muito ler esse livro, mas tenho receio de não ter algum conhecimento prévio de filosofia necessário pra entender :(




Daiane.Mazzetto 01/09/2023

Muito bonito
Gostei muito da forma como o autor construiu a história em torno da vida de Nietzsche. Me fez ter muitas reflexões, já tinha lido um livro do Nietzsche e não curti muito. Hoje tenho uma outro olhar sobre seus escritos
comentários(0)comente



FelipeFurtado 04/08/2023

Existe uma sutil diferença (nem tão sutil assim) entre filosofar sobre a solidão e, de fato, vivencia-la.
comentários(0)comente



Maria 27/07/2023

Ficção e realidade andando de mãos dadas
Lançada em 1992, a obra de Yalom mistura ficção (enredo fictício) e realidade (personagens reais) e surpreende pela sagacidade e perspicácia ao desenvolver um enredo bem construído.
Em um primeiro plano, a obra retrata a relação entre Josef Breuer, famoso médico do século XIX, e Friedrich Nietzsche, filósofo alemão em início de carreira. A finalidade de tal relação é a cura da depressão de Nietzsche, numa época em que a psicanálise ainda estava dando os seus primeiros passos. Apesar dos encontros terem como objetivo a cura da depressão do filósofo, Breuer, atormentado pelo desespero, encontra conforto para seus males através da filosofia de Nietzsche.
Apesar de achar o livro bom, confesso que grande parte dele (uns 60%) foi bastante maçante pra mim, principalmente no meio, onde a história se manteve quase que estática. Também me incomodou algumas colocações dos personagens masculinos sobre mulheres; uma delas foi quando o personagem de Breuer se referiu a uma mulher como "escoadouro sexual regular", que achei o cúmulo. Fora essas questões, o livro é bom: traz ótimas reflexões filosóficas (sobre a vida, a morte, a solidão), traça um panorama da ciência do século XIX e aborda as principais temáticas desenvolvidas nas obras de Nietzsche.
comentários(0)comente



Pel/Pri 27/07/2023

Criatividade sem limites
Eu comecei a ler o livro porque gosto do Nietzsche e achei que encontraria algo sobre ele que pudesse me aproximar da pessoa enquanto lia os livros dele, mas não foi bem isso que aconteceu. O autor trabalhou maravilhosamente com as personagens, adorei todas, inclusive o Nietzsche, mas faltou a ausência de gentileza da qual ele era dotado. No entanto, é um excelente romance.
comentários(0)comente



476 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR