Quando Nietzsche Chorou

Quando Nietzsche Chorou Irvin D. Yalom




Resenhas - Quando Nietzsche Chorou


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Gucordeiro 26/07/2023

Vislumbre de uma imensidão de ideias
Personagens míticos, uma época efervescente de grandes ideias e discussões profundíssimas de psicologia e filosofia (por baixo). Josef Breuer e Frederich Nietzsche se encontram para construir o que teria sido o estopim da psicoterapia, caso o encontro tivesse de fato acontecido. Certo que Freud veio logo em seguida para resolver o impasse, mas os sofrimentos divididos pelos protagonistas são tão verdadeiros que não podem ser só ficção. O livro te provoca reflexões interessantíssimas sobre a vida e o ser humano, e até sobre a própria história, e te deixa no fim com um horizonte a ser explorado. Filosofia, moral e psicanálise: três áreas cujas conexões são introduzidas nesse livro; é impossível terminar sem sede por mais. Além disso tudo, o livro ainda consegue expressar uma vasta sequência de sentimentos com os quais se identifica facilmente, e vai te fazer emocionar pelo menos alguma vez. Simplesmente incrível, vale totalmente a leitura.
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Pel/Pri 27/07/2023

Criatividade sem limites
Eu comecei a ler o livro porque gosto do Nietzsche e achei que encontraria algo sobre ele que pudesse me aproximar da pessoa enquanto lia os livros dele, mas não foi bem isso que aconteceu. O autor trabalhou maravilhosamente com as personagens, adorei todas, inclusive o Nietzsche, mas faltou a ausência de gentileza da qual ele era dotado. No entanto, é um excelente romance.
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Maria 27/07/2023

Ficção e realidade andando de mãos dadas
Lançada em 1992, a obra de Yalom mistura ficção (enredo fictício) e realidade (personagens reais) e surpreende pela sagacidade e perspicácia ao desenvolver um enredo bem construído.
Em um primeiro plano, a obra retrata a relação entre Josef Breuer, famoso médico do século XIX, e Friedrich Nietzsche, filósofo alemão em início de carreira. A finalidade de tal relação é a cura da depressão de Nietzsche, numa época em que a psicanálise ainda estava dando os seus primeiros passos. Apesar dos encontros terem como objetivo a cura da depressão do filósofo, Breuer, atormentado pelo desespero, encontra conforto para seus males através da filosofia de Nietzsche.
Apesar de achar o livro bom, confesso que grande parte dele (uns 60%) foi bastante maçante pra mim, principalmente no meio, onde a história se manteve quase que estática. Também me incomodou algumas colocações dos personagens masculinos sobre mulheres; uma delas foi quando o personagem de Breuer se referiu a uma mulher como "escoadouro sexual regular", que achei o cúmulo. Fora essas questões, o livro é bom: traz ótimas reflexões filosóficas (sobre a vida, a morte, a solidão), traça um panorama da ciência do século XIX e aborda as principais temáticas desenvolvidas nas obras de Nietzsche.
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FelipeFurtado 04/08/2023

Existe uma sutil diferença (nem tão sutil assim) entre filosofar sobre a solidão e, de fato, vivencia-la.
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Carla.Parreira 04/10/2023

Quando Nietzsche chorou
??
Primeiramente eis algumas considerações (adaptadas por mim) retiradas através do pensamento de Josef Breuer: Tudo é uma questão de perspectiva, de mudar a disposição de espírito... Depois de caminhar cerca de sete quilômetros, eu descubro que clarifiquei os mais intrigantes problemas...
Aprendi que temos de viver como se fôssemos livres. Ainda que não possamos escapar do destino, temos que enfrentálo de cabeça erguida, temos que desejar que nosso destino aconteça. Temos que amar nosso destino...
Um transe hipnótico é um estado em que você é capaz de experimentar fenômenos alucinatórios de grande vivacidade. Minha inspiração foi que, através disso, conseguiria me aproximar da experiência de desistir do casamento, mas preservando a vida real... A chave para viver bem é primeiro desejar aquilo que é necessário e, depois, amar aquilo que é desejado. Outras considerações segundo Nietzsche: os dons naturais são desenvolvidos através da luta...
A plena escolha só pode florescer sob o clarão da verdade e daí a sentença ?torna-te quem tu és? e ?tudo que não me mata, me fortalece?...
Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor-próprio. Quando pensamos nos que amamos vemos que não amamos a eles, mas as sensações agradáveis que tal amor produz em nós...
Quando persuadimos os outros a gostarem e pensarem bem de nós para depois fazermos isso conosco mesmo, então caímos na falsa solução de ficarmos submissos à autoridade dos outros...
Toda visão é relativa, assim como todo conhecimento. Inventamos nossas experiências. E o que inventamos podemos destruir. Nós criamos Deus e conjuntamente agora o matamos... (Pelo que sei Nietzsche detestava especulações metafísicas sobre a inteligibilidade, natureza e existência ou não existência de abstrações sobrenaturais como Deus). A vida é uma centelha entre dois vácuos. É estranho como nos preocupamos com o segundo vácuo e jamais pensamos no primeiro...
A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida. Caso não se viva no tempo certo, então nunca se conseguirá morrer no momento certo...
O melhor mestre é aquele que aprende com seu discípulo...
Dado um número finito de estados potenciais do mundo e uma quantidade infinita de tempo já passado, segue-se que todos os estados possíveis já devem ter ocorrido; e que o estado presente deve ser uma repetição; e igualmente aquele que lhe deu origem e o que dele decorre, e assim sucessivamente de volta no passado e à frente no futuro... (Aqui Nietzsche é paradoxal. Apesar de materialista ele defende a reencarnação com sua Teoria do Eterno Retorno).
Adentrando na opinião de Freud: ler é uma incessante labuta intelectual que despeja todo o conhecimento para dentro do cérebro pela abertura de três milímetros na íris...
Uma vez descarregada a carga elétrica celebral excessiva responsável pelos sintomas através da catarse emocional, os sintomas se conduzem apropriadamente e de pronto desaparecem.
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Gabrielly.Huber 22/10/2023

"- Ensino que a vida jamais deveria ser modificada ou esmagada devido a idéia de outro tipo de vida futura.
- Você odeia esta idéia? Ou a adora?
- Odeio-a! Viver para sempre com a sensação de que não vivi, não provei a liberdade...esta ideia me enche de horror.
- Então, viva de tal forma a adorar a idéia!"
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Bruna 13/11/2023

Nesta história, o autor mistura brilhantemente ficção e realidade. Aos leigos na psicanálise e na filosofia de Nietzsche, Yalom proporciona uma interessante porta de entrada através da literatura. Aos amantes das três, literatura, filosofia e psicanálise, um prato cheio! ??
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maria.e.sousa.7 20/11/2023

Excelente!
Não sei porquê eu tinha reticências quanto a este livro. Um pé atrás. Não lembro se foi um comentário que ouvi, que já não lembro mais nem quem o teria feito... Mas eu olhava para ele com reservas.

Ocorre que me surpreendeu! Gostei bastante de conhecer o doutor Josef Breuer e seu trabalho e contribuição à medicina e à própria psicanálise ? que até então eu não sabia que era ele quem tinha lançado a semente, a ideia germinal.

Yalom faz um belo exercício imaginativo juntando, hipoteticamente, o médico Breuer e o filósofo Nietzsche. A troca que ocorre entre o médico e o filósofo é, deveras, iluminadora. Os dois entrecruzam e costuram suas idéias, seus conceitos, suas experiências e achados, tornando esse exercício imaginativo realmente rico e vivamente interessante.

Uma das partes mais notáveis é observar os dilemas do homem ocidental do fim do século XIX, às vésperas do século XX. A angústia gerada pelo dilema entre deveres, obrigações, expectativas ligadas à sua persona pública, versus aquilo que ele realmente é, sua liberdade individual, sua autenticidade. Um dilema que segue atual para todos nós. Como conjugar as nossas obrigações civis, familiares, consequentes de escolhas anteriores, com aquilo que queremos nos tornar, as escolhas que ainda queremos fazer, com o exercício dessa liberdade individual, sem que isso seja apenas rebeldia vazia e inútil.

Gostei muito e definitivamente recomendo!

Eu já queria ler Nietzsche e este livro me instigou um pouco mais.

4,8/5
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elainegomes 05/12/2023

Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom

Existem livros que você simplesmente devora, e outros que pede uma leitura calma, lenta para que cada palavra seja degustada.

Quando Nietzsche Chorou, deve ser degustado, sua leitura é uma experiência terapêutica, posso apostar que você também vai se identificar com diversas passagens, angústias e porque não se transformar junto com os personagens.

Os personagens deste romance são reais, e foi prazerosa a leitura conciliada com pesquisa para saber o limite da ficção e realidade.

Acompanhamos o engatinhar da psicanálise. E quando se fala em psicanálise logo lembramos de Sigmund Freud, mas o pai da psicanálise teve um mentor dr Breuer, e através desta parceria que passamos a conhecer através do método catártico a terapia da conversa, limpeza da chaminé, dar voz ao inconsciente e sentimentos, entre outras tantas técnicas terapêuticas.

Eu particularmente desconhecia a história de Lou Andreas-Salomé, e já quero mergulhar em sua biografia.

A parte ficcional do livro é justamente a dinâmica entre Lou Salomé, dr Breuer e o incrível ?paciente e médico? Friedrich Nietzsche.

Friedrich Nietzsche e dr Breuer passam por um processo de auto conhecimento, perdão e cura, através da ainda desconhecida psicanálise em uma combinação perfeita com as obras filosóficas de Nietzche.

A leitura é densa mas prazerosa, não requer este monte de pesquisa que fiz (mas sou dessas), as obras de Nietzche são citadas e ?experimentadas? durante o processo terapêutico ficcional, e a cada menção, eu seguia para leitura pontual da obra citada, o que tornou a leitura lenta mas riquíssima além de ter (Re)despertado a vontade do estudo da filosofia nietzschiana.

?A verdade e a mentira são construções que decorrem da vida no rebanho e da linguagem que lhe corresponde. O homem do rebanho chama de verdade aquilo que o conserva no rebanho e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do rebanho.? Friedrich Nietzsche

?Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar.? Irvin D. Yalom
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myhtuck 27/01/2024

Quando Nietzsche chorou
?Você viveu sua vida? Ou foi vivido por ela? Escolheu-a? Ou ela escolheu você? Amou-a? Ou a lamentou? Eis o que quero dizer quando pergunto se você consumiu sua vida. Você a esgotou??

Sou suspeita para falar do dr. Yalom. Adoro seus livros, sua escrita.

Esse livro, em especial, foi o que me fez conhecer Yalom, porém o li depois de outras histórias escritas por ele.

Muito interessante toda a pesquisa feita. Realmente parece ser um encontro entre Breuer e Nietzsche. Uma pena não ter sido um encontro real.

Nota: 5/5
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Matheus.Correa 11/02/2024

Morra no momento certo!
Que obra incrível, monólogos que te prendem e te fazem compreender o quão profundo pode ser um diálogo sobre a existência, sonhos, medos e paixões. Breuer, amigo e professor de Freud, decide, a pedido de Loud Salomé, tratar Nietzsche, que segundo a mesma, está passando por momentos grandes de instabilidade e pensamentos de morte. Seguimos então o encontro desses dois homens, que confidenciam momentos íntimos de diálogos profundos.
O livro é isso, é sobre a solidão, a culpa e o receio de não se viver, estar apenas sobrevivendo ao que a vida escolhe por nós. Em um compilado de pensamentos e aforismos do filósofo, o autor nos traz dentro do contexto a oportunidade de ter certa intimidade com o filósofo e aquilo que o assola. A imagem de um homem de muita sabedoria, mas sem o trato com a humanidade me trouxe proximidade ante as questões que tanto o pensador trouxe em seus textos. O livro é autêntico, gentil e sabe trazer em sua abordagem os preconceitos de cada um dos homens, os tornando tangíveis e reais.
Um livro pra ser facilmente colocado na cabeceira, recomendo demais.
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Cla Motta 29/02/2024

Uma vez despojada dos significados excedentes
… eles se verão como o ser humano, desmasiado humano.
Nietzsche daria um ótimo autor de best seller de auto ajuda com seus conselhos sobre aproveitar a vida de forma consciente, justamente por ela ser curta.
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