Quando Nietzsche Chorou

Quando Nietzsche Chorou Irvin D. Yalom




Resenhas - Quando Nietzsche Chorou


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Rafael2157 24/11/2021

"Torna-te quem tu és!"
A primeira grande frase da lápide de Friedrich Nietzsche significa não somente aperfeiçoar a si mesmo, mas também não aceitar o destino traçado por outrem para você.

É difícil verbalizar como esse livro impactou e ainda me impactará. Me fez refletir e achar respostas para tantos devaneios. Em alguns momentos senti que ele falava diretamente comigo, correspondendo aos meus anseios e dúvidas.

A filosofia nietzschiana se tornou extremamente palpável (e interessante) pra mim, visto que o autor adotou uma abordagem introdutória bem didática e confortável. Fiquei muito animado pra conhecer não somente seus ensaios filosóficos, bem como alguns outros indivíduos históricos que fizeram parte de sua vida.

Como médico, Irvin D. Yalom passa alguns capítulos focando unicamente em diagnósticos e reflexões sobre seus pacientes: tudo funcionou perfeitamente comigo, muito embora eu não tenha nenhum conhecimento prévio sobre medicina, psicoterapia ou mesmo princípios da psicologia. Tudo é amarrado com muito esmero, é visível que existiu um capricho que agrada todos os tipos de leitores.

Acredito que as discussões entre o Josef e Friedrich ecoarão na minha cabeça durante bastante tempo. Seus embates e argumentações, suas grandes mentes pensantes projetando qual será o passo de seu oponente em grande parte dos capítulos é quase como uma partida de xadrez. Eu como leitor, a testemunha que enxerga seus medos, rancores e frustrações me conectei imensamente com esses personagens e seus sentimentos.

É uma história profunda, com figuras reais tão complexas e geniais. Uma ficção cuja única frustração é realmente não ter acontecido.
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RhD 06/12/2020

Uma origem fictícia da psicoterapia
A proposta inicial do livro foi tão interessante que dispensei quaisquer informações preliminares. O resultado foi uma leitura envolvente, cativante e surreal. Embora narre uma origem fictícia da psicoterapia, os aspectos reais da trama ajudaram a tornar a história mais crível, e a desenvoltura e a construção do enredo me surpreenderam sobremaneira. A amizade entre o filósofo Nietszche e o medico Josef Breuer (que nunca de fato ocorreu na vida real) teve um início inusitado e dúplice, mas acabou em uma relação sincera e honesta. A obra figura entre as minhas leituras favoritas. Não poderia dar uma nota senão a máxima possível.
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Cris Lasaitis 31/07/2011

Não sei se ele merece um xingamento ou um aperto de mão. O fato é que Irvin Yalom fez o que eu considerava inimaginável: enfiar Nietzsche em um livro de auto-ajuda convencional! Pensando bem, um xingamento. Nietzsche deve estar se revirando no túmulo!
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gui almeida 29/01/2013

http://nerdcalculista.com/?p=2996
Eu ainda estava na página 50 e já bradava por aí que esse era o meu mais novo livro favorito. Caralhos que me fodam, o autor é épico demais. Se tem uma coisa que eu valorizo na literatura, é personagens com alguma profundidade. Talvez por isso goste tanto de Machado de Assis – poucos autores vão tão a fundo na criação da personalidade e dos pensamentos do personagem. O que pensar, então, de um livro escrito por um psicólogo? E mais – um livro escrito por um psicólogo no qual o personagem principal foi um filósofo que deixou para a humanidade livros em que dissertava seus mais profundos e inócuos pensamentos. E ainda mais – um livro em que esse filósofo conversa com um homem que tenta construir os alicerces da psicanálise.

Os personagens, mesmo fictícios, são muito mais profundos do que todo mundo que frequenta micareta e usa o abada no shopping. Já fiz com que dois amigos lessem e parece uma regra – todo leitor se identifica, ou com um, ou com outro personagem. Inevitavelmente rolará uma identificação com algum personagem, você passará a torcer por ele como um torcedor apaixonado torce por seu time, e, à medida que eles se aprofundam em seus pensamentos e sentimentos, você se aprofunda com eles.

Não é um daqueles livros que se pode ler antes de dormir, por simplesmente tirar o sono. É fomentador e entusiasmante. Não tira o sono por te deixar com medo ou assustado, mas por te dar tantas coisas a pensar, que o sono fica subjulgado.

Ainda que o tema pareça complicado – cacetes voadores, é filosofia e psicologia pura – o autor faz tudo parecer fácil e conhecido do leitor. Não é como uma aula ou uma palestra. O simples diálogo dos personagens é de um enriquecimento imensurável e tudo parece óbvio depois que é dito.
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thaisraiz 04/05/2022

A aleijada
(Eu não aguento mais resenhar isso, é a terceira vez e esse negócio não salva)
Comecei a ler esse livro por estar na coleção do escritório que eu trabalhava antigamente, mas demorou um bom tempo pra que eu conseguisse terminar ele. Eu esperava que fosse só um livro falando sobre filosofia e demonstrando as vulnerabilidades de um dos maiores filósofos da Terra por ser alguém que pensa demais. Fiquei surpresa em ter sido recebida não só pela filosofia mas também pela psicologia. É muito interessante acompanhar de maneira lúdica como mais ou menos se desenvolve os primeiros tratamentos através do diálogo. Por mais que nada do livro tenha de fato ocorrido, a evolução da psicologia partiu de uma abordagem muito parecida com a do livro e eu achei genial o Dr. Yalom conseguir misturar a fantasia com a realidade aplicando os discursos de Nietzsche.
Esse livro foi único pra mim, pois foi quase completamente narrado a partir do quarto de Nietzsche num sanatório mas eu nunca lembrava onde de fato eles estavam, porque a maior parte das cenas e diálogos estava muito mais no mundo das idéias do que no mundo físico, fora que eu nunca senti tanto carinho e ao mesmo tempo indiferença por personagens como senti com esse livro. É um livro sério mas ao menos tempo nada massante e muito intrigante.
Yasmin 04/05/2022minha estante
Ótima resenha, já quero lê esse livro




Kau 16/01/2021

Torna-te quem tu és
Após um encontro impactante com uma jovem e linda mulher, o Dr Breuer se dispõe a tratar fisica e mentalmente um filósofo acometido de fortes dores de cabeça, maus humores, insônia, pensamentos malignos e suicidas (rígido como um muro de tijolos inteligente). Mas o que não estava contanto seria a inversão de papéis.

Como um médico renomado, reconhecido profissionalmente, estruturado financeiramente e com uma família invejável se tornaria paciente de um filósofo (chamado de pagão, agitador, anticristo e algumas coisas menos lisonjeiras nas horas vagas)?
A resposta é simples: nem tudo é o que aparenta. Enquanto todos acham que assistem uma vida perfeita de cinema, o ator principal pode se enxerga vivendo preso a uma solidão autoimposta, ou em uma prisão matrimonial-cultural-profissional.

Dr Breuer não imaginou que ao se abrir para Nietzsche naqueles encontros, em um quarto quieto de hospital ou em um passeio no cemitério, estaria curando sua mente e espírito. Durante aquele tempo de dedicação, conforme o próprio dr Breuer afirma, existiam dois pacientes e não conseguia ver Fietz como o em situação mais grave. Ele próprio via sua vida na burguesia de Viena como uma sentença de morte.

Dois indivíduos vivendo vidas totalmente distintas: um lidando com o sentimento de obrigação para com a família, os pacientes, o pai falecido, e os padrões da sociedade; outro com a decisão de se viver sozinho em uma sobrevivência nômade e castra. Porém, ambos enfrentando cara-a-cara a necessidade de reavaliar decisões e escolhas na mesma medida.

"Olhe profundamente para dentro da vida e encontrará sempre o desespero."
"Não tomar posse de seu plano de vida é deixar sua existência ser um acidente."
"Viva enquanto viver! A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida! Caso não se viva no tempo certo, então nunca se conseguirá morrer no momento certo."
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osaif 07/09/2023

Uma boa conversa para corações solitários
De início infelizmente o livro realmente foi bem maçante, chato e enrolado. É apresentado o doutor Breuer e seus conflitos pessoais, além do início da trama ao conhecer Salomé. O problema é que automaticamente eu ja fui ler o livro ansiosa esperando o Nietzche aparecer, porém a conversa com o personagem só começa a ficar realmente interessante lá quase pro meio do livro. Mas reconheço que esse início tem impacto na historia e ajuda a empatizar e entrosar com os personagens.

Felizmente, o livro mudou minha perspectiva em relação ao Nietzsche, que durante os anos teve sua filosofia deturpada de inúmeras maneiras. E eu adorei ele criticando o Estado, pq Estado é só pra adestrar e controlar o ser humano msm. E pfvr cristãos nao fiquem ofendidos quando ele diz que deus tá morto (pq sim, nós o matamos).

Mas acima de tudo eu me sinto mais próxima de sua filosofia. esse livro é um retrato de filosofia na prática, na vida real. É péssimo se identificar com os conflitos do Breuer mas ao mesmo tempo é tão satisfatório ver ele se libertar, praticar o amor-fati, ter desejo pela sua vida e escolhê-la, não ter mais a visão de "minha vida é uma sentença de morte".

E é tão boa a sensação da história desenrolando, da evolução dos personagens e de ler seus desejos inconscientes e pensar "Freud explica", ver a história se fechando e os dois personagens se ajudando e desenterrando seus piores sentimentos. Que também demonstra a consequência da idealização do outro, do "amar o desejo e não o desejado"

Por fim, as reflexões são realmente muito boas, um convite pra vc encarar seu próprio abismo. Acho que vale a pena o sacrifício do início pra um livro tão incrível no fim, uma leitura fluída que voce fica querendo passar o dia inteiro lendo, refletindo e tendo muitas crises existênciais.

Adorei o livro, realmente não esperava algo tão bom!! não chega a ser um dos meus livros preferidos mas tá quase lá.
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Ps: Os dialogos do livro são bem expositivos então caso vc não seja muito próximo da filosofia te garanto que terá uma experiencia muito boa do mesmo jeito :)
Matheus 07/09/2023minha estante
Sempre quis muito ler esse livro, mas tenho receio de não ter algum conhecimento prévio de filosofia necessário pra entender :(




Mariana.Villa 06/07/2024

Achei meio parado, mas como me interesso muito pela psicanálise e pelas ideias de Nietzsche foi um bom livro
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EduardoCDias 02/10/2023

Fantástico
Um livro que vai num crescendo até te conquistar de vez! Uma situação hipotética onde um conhecido médico na Viena do fim do séc. XIX, se dispõe a tratar problemas psicológicos de Nietzche e tendo como assistente, nada menos que Freud! Muito bem estruturado e divertido algumas vezes é uma lição para quem não está satisfeito com a vida.
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Rafadferrari 29/06/2020

Esse livro é incrível, vai te prender do começo ao fim, e simplesmente uma explosão de sentimentos em cada página, gostei muito.
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Laísa 17/07/2023

Quando Nietzsche chorou por Yalom. Que livro inteligente. Estou em encantada com as ligações criadas de forma ficcional mas que tem um encaixe perfeito.
Já havia lido A cura de Schopenhauer do Yalom e me encantei pela impressionante escrita.
Em Quando Nietzsche chorou, a discussão se adensa sobre relacionamentos, solidão, morte e envelhecimento. Yalom une apenas os 3 maiores da época, Dr. Breuer (médico renomado), Freud e Nietzsche em Viena. Entre jogos de xadrez e clínicas se adensam as discussões.
É um livro espetacular, inteligentissimo. Recomendo muito a leitura.
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itsannaokayy 04/10/2022

Terminei de ler tem muito tempo e esqueci de colocar aqui, então não lembro de muita coisa nãoKKKKKK
Mas no geral gostei da leitura, no começo a leitura foi um pouco chata e só depois eu tive vontade de continuar.
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Léia Viana 14/11/2010

Filosofia - Psicanálise - Diálogos - Reflexões
Descobri este livro através de uma crônica de Martha Medeiros, intitulada “Os inimigos da verdade”, publicada no livro Montanha Russa. Gostei tanto da maneira que ela descreveu o seu deslumbramento que não tive dúvidas, resolvi ler.

Trata-se do nascimento da psicanálise, e gira em torno de um dos meus filósofos favoritos: Nietzsche, mas não é o único personagem ilustre deste romance de ficção, Freud também tem lá a sua participação neste enredo de Irvin D. Yalom.

O livro é muito gostoso de ler, a história narrada pelo autor é tão bem construída e tão recheada de reflexões e diálogos, que, se torna impossível parar de ler e de meditar a respeito de tanta filosofia e psicanálise juntas.

Em meio à leitura, somos surpreendidos por citações de impacto, que nos obriga a parar e a refletir : “Achar tudo muito profundo; eis um traço inconveniente. Faz com que forcemos a vista o tempo todo, e no final, encontra-se mais do que se poderia desejar.”

Eu recomendo a leitura!
Evy 05/01/2011minha estante
Tenho esse livro e pretendo lê-lo também este ano! :)




Brenno.Garcia 24/09/2022

A experiência de ler o livro é como acompanhar uma sessão de terapia estando de ambos os lados da mesa - como paciente e como psicólogo.
Personagens intrigantes e cativantes. Dá para ver o cuidado do autor em pesquisar sobre o contexto histórico e desenvolver bem as personalidades. Recomendo e com certeza lerei novamente no futuro.
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Ruan Wendell 12/08/2020

Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom
De profundas reflexões a puro entretenimento, o livro de Yalom oferece uma rica experiência literária a seus leitores.

A trama de Yalom se baseia em uma amizade fictícia entre os personagens históricos Frederick Nietzsche e Josef Breuer. O Dr. Josef Breuer, um proeminente médico e um dos pais da psicanálise recebe um estranho pedido de uma mulher misteriosa, Lou Salomé, que relata os problemas sofridos pelo filósofo Nietzsche e pede a ajuda do médico para tratá-lo.

No entanto o próprio Dr. Breuer vive momentos difíceis devido a sua obsessão pela paciente Anna O. (pseudônimo de Bertha Pappenheim), uma jovem que sofria de histeria e que foi ajudada por Breuer e seu novo método. Do encontro entre esses dois homens resulta uma profunda amizade, com diálogos sobre filosofia, psicologia e literatura  e que ajudarão não apenas ao filósofo, mas ao médico também.
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"Toda visão é relativa, assim como todo conhecimento. Inventamos nossas experiências. E o que inventamos podemos destruir?".
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A escrita de Yalom é fluida e a todo momento deixa o leitor focado e ansiando pela próxima página. O autor narra com ousadia e inteligência o encontro entre figuras marcantes como Nietzsche, Breuer, Freud e Lou Salomé. Ainda que alguns desses personagens não tenha realmente se conhecido em vida, eles realmente existiram e realizaram importantes contribuições em diferentes áreas.

A amizade entre Freud e Breuer e entre Breuer e Nietzsche é um dos pontos fortes do livro. Ainda que seja uma obra de ficcção, Irvin D. Yalom fez uma extensa pesquisa sobre a vida desses personagens para seu livro. Longe de ser um livro de suspense ou mistério, a narrativa não deixa a desejar com relação ao desenvolvimento da história. Em nenhum momento o livro se torna chato ou cansativo. Nos diálogos entre Breuer e Nietzsche, os dois discutem sobre filosofia, ciência, fé e religião. O que no primeiro momento parecia ser uma amizade para a ajuda e o tratamento de Nietzsche, se torna algo bem mais profundo e que beneficia ambas as partes. Por diversas vezes os papéis são invertidos. O médico se torna o paciente e o paciente se transforma em médico, ou melhor, em psicólogo.

Deixo a recomendação deste livro incrível e que vale bastante a pena a leitura.

Para mais informações acesse o blog Literamundos.

Link na Bio.
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