Cissa 31/08/2010
Me decepcionei...
Sempre achei que um livro policial deve tratar de assuntos de polícia: crimes, vítimas, morte, motivos, métodos, perseguições e captura ou não do assassino.
A Besta é um livro policial, porém, achei a história construída de maneira confusa, com crimes envolvendo pedofilia que é atualmente bem comum no nosso país e no mundo como um todo. Faltou algo mais para a história me prender, faltou suspense, garra dos escritores. Assim, o argumento ficou retido à vida na prisão, às gangues que se formam dentro delas e o assunto pareceu truncado para mim.
O segundo livro que li dos autores, Box 21, apesar de forte e cruel, achei a história mais bem arquitetada, mais bem explorada.
Em "A Besta" a violência contra crianças é dada como violência simples, sem a conotação que deveria ter. Crimes contra crianças são horrendos, devem ser tratados como um dos piores crimes já que não dá à vítima a possibilidade de defesa e quem os comete, geralmente, está à beira da animalidade. Mas animais são mais coerentes que nós e mais dignos já que quando matam o fazem para se alimentar ou por motivo de defesa.
Faltou muito para a história ser o que tanto falavam dela. Violência gratuita com o único objetivo de criar polêmica e vender histórias, realmente não é literatura para mim, é folhetim.
Fiquei achando que A Besta da história era eu: a leitora que achava que lia um romance policial e se decepcionou.
Mas posso estar exagerando, talvez esperasse demais da história. Então quem ler o livro me conte depois o que achou. Gostaria de ter outras opiniões, pois talvez, este não tenha sido o momento ideal para que eu lêsse esse romance e desse uma nota tão aquém do merecido.