Resenhas - Um estranho numa terra estranha

camaziabento 22/04/2023

Um marciano chamado "Smith"
Um bebê humano criado por marcianos volta à Terra e precisa entender sentimentos e sensações que não lhe foram ensinados pelos seus tutores alienígenas. Ele descobre o que é o ciúme, a ganância, o ódio, o sexo, o humor, o amor e a morte.
O conceito de morte não existe em Marte. O desencarne é apenas um "aniversário" e a vida continua normalmente.
Esse livro nos leva a pensar como muitas paranóias e medos humanos não têm lógica ou sentido, mas no final são importantes por terem um antônimo.
É um livro fácil de ler, uma linguagem comum, mas com conceitos complexos que exigem atenção e meditação, recomendo a leitura.

Mário Henrique 14/09/2017

Um dos melhores livros que li
Não se trata apenas de uma história, mas sim de um tratado sobre autoconsciência, religião e sociedade. Amei ler o livro e fiquei surpreso em como ele se encaixa perfeitamente nos dias de hoje. Há uma frase que me incomodou muito, fazendo com que quase deixasse de ler, mas como ela não foi proferida pelo Jubal (o melhor personagem desse e de todos os livros que li), relevei e segui em frente.

Vou carregar esse livro em mim pelo resto da vida.

Fernanda2477 21/09/2022

Valentine Michael Smith é um homem nascido em Marte, após a primeira tentativa de viagem de exploração a esse planeta. Tendo sido criado pelos marcianos, Smith é descoberto por acaso após uma nova viagem de exploração ao planeta, sendo trazido de volta para a Terra para viver entre seus iguais. Acontece que ao chegar a Terra, Smith depara-se com uma cultura totalmente diferente daquela em que cresceu, tendo dificuldade para lidar com conceitos que, para nós, são muito simples. Ao longo do livro, porém, Smith vai aprendendo a viver nessa estranha sociedade, compreendendo os diversos conceitos que aqui existem ao mesmo tempo em que os mistura ao seu conhecimento, criando assim novas ideias.

O livro apresenta uma premissa bastante interessante. A narrativa é até que fluida, mas em minha opinião o livro é muito longo, com passagens e discussões que, embora sejam interessantes, tornam o livro um pouco cansativo depois de um tempo.

As discussões e reflexões que o livro traz são importantes, ainda mais quando pensamos na época em que foi escrito, com um ar irônico durante quase toda a história. Porém, embora o livro possa estar à frente de seu tempo em muitas ideias, ainda carrega passagens machistas e homofóbicas, o que fez o livro perder um pouco do brilho para mim. Foi uma leitura interessante, mas não é um livro que eu recomendaria para todo mundo e, mesmo se recomendasse, faria algumas ressalvas.

Gustavo.Campello 23/08/2017

Eu Grokei
Primeiro ponto principal de leitura é não levar o livro tão a sério. Se ler assim vai ver o quão maravilhoso ele é, exatamente por quebrar paradigmas e barreiras de coisas que não são o foco do livro. Esqueçam o lance sexual que ficam martelando, o livro é muito mais denso que isto. O final não poderia ser melhor.

A primeira e a segunda parte são ótimas, de longe Jubal é o melhor personagem de todos. A terceira parte achei bem meia boca, quase parei de ler o livro:
"Nove em cada dez vezes, se uma garota é estuprada, é parcialmente culpa dela" Mas que bosta, quase parei de ler o livro aí... mas como faltava só um quarto decidi terminar, mas fiquei com nojo. Ps: e tudo bem que o livro é de 61 e tem o pensamento da época, mas não deixa de me dar asco

A quarta parte melhora consideravelmente, não sou a mesma pessoa de quando comecei a ler o livro, não que virei um libidinoso, muito pelo contrário, consigo agora me entender muito mais, minhas neuroses, meus paradigmas, e principalmente que sou Deus.