Fausto I

Fausto I Goethe




Resenhas - Fausto - Primeira Parte


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Gabriel 15/02/2021

É o livro perfeito por excelência. Fazer uma resenha parece quase um sacrilégio. Meu único conselho é: leia.
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Mateus com h 24/01/2021

Releitura
Minha primeira aventura em Fausto foi na edição de bolso, da Martin Claret. Após uma experiência extremamente exaustiva (uma hora para 15 páginas devido à falta de informações e a necessidade de pesquisa externa) decidi investir nas edições da editora 34.

Fausto é uma obra sublime, de êxtase espiritual, que nos preenche com inquietações e abstratos. Uma aula sobre as fragilidades e imperfeições acerca da complexa criatura chamada homem.

A partir deste momento retomo meu foco para prosseguir com Doutor Fausto de Thomas Mann, mas tendo a certeza que voltarei para essa obra num futuro não muito distante.
Mateus com h 24/01/2021minha estante
Ah, esqueci 5 estrelas NÃO! 10 estrelas.




WJAY 13/10/2020

Escultura de mármore de leitura obrigatória
Uma vez perguntado como fazia esculturas tão bonitas, Michelangelo disse que apenas tirava o excesso de mármore - a escultura já estava lá. Essa foi minha sensação em ler o Fausto I. Apesar de extenso, não sobravam palavras: todas estavam lá por uma razão. Denso como o mármore, você se impressiona também com a forma: magistralmente feito em versos, assim como foi magistralmente traduzido em versos pela Jenny Klabin Segall. A tradutora nos guia com notas de rodapé que apontam todas as muitas referências do livro, dos estudos que Goethe reuniu em toda sua vida. Os poucos e concisos comentários de Marcus Vinicius Mazzari nos ajuda no contexto, pontuando em qual época cada parte foi escrita e como se relaciona com o Fausto II. Uma obra prima.
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Diego 12/09/2020

Obra-prima
O livro é, como um todo, maravilhoso: a tradução de Jenny Klabin Segall, as ilustrações de Eugène Delacroix e, por fim, a apresentação, os comentários e as notas de Marcus Vinicius Mazzari, que são extremamente esclarecedoras.
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João Ks 15/06/2020

Fausto (Primeira parte) – Johann Wolfgang Von Goethe.

“Fausto” é a obra-prima de Goethe. É a obra de uma vida inteira, dado que o escritor alemão levou sessenta anos para concluí-la (1772-1832). Trata-se de um poema trágico. Redigida em versos, a história de Fausto vai sendo contada através de cenas.

Se o processo de composição da obra teve início ainda na juventude de Goethe, encerrando-se muito tempo depois à véspera de sua morte, é natural que a forma e o conteúdo da obra tenham absorvido a variedade de interesses, de valores e de estilos que acompanharam Goethe por toda sua vida.

Vale lembrar que o “Fausto” se desdobra em duas partes (Partes I e II), sendo que ambas guardam certa autonomia.

Nas palavras de Púchkin, “O Fausto é a maior criação do espírito poético e um representante da poesia mais moderna, exatamente como a Ilíada é um monumento da Antiguidade Clássica”.

É claro que um poema dessa envergadura carrega tantos e tão profundos significados, sempre capazes de provocar reflexões e sentimentos a cada novo verso, que merece ser lido mais de uma vez.

Para Otto Maria Carpeaux: “O itinerário do leitor, através das páginas de Fausto, parece-se com a subida pelas escadas de uma torre de uma catedral gótica: é uma escada estreita e às vezes perigosa, mas no alto abre-se o panorama imenso de uma paisagem nossa: do trabalho em liberdade pela ação social e do futuro do gênero humano”.

Assim sendo, ao leitor desavisado deve-se recomendar a entrega total à obra, com estado de espírito aberto e paciente, a fim de que os meandros do poema possam ser captados com proveito. É natural que a leitura de um ou de outro verso possa parecer truncada às vezes, seja porque faz referência a eventos datados, seja em função de seu caráter hermético, ou mesmo em razão dos limites que tradução impõe. Mas certamente isso não compromete o sentido geral que a tragédia impõe a cada nova cena.

Bom, mas o que se passa na história de Fausto?

As coisas começam a acontecer basicamente no “Prólogo no Céu”, quando Mefistófeles (um demônio) como que faz uma aposta com Deus (se é que Deus se rebaixaria a esse nível), afirmando que seduzirá Fausto e com ele firmará um pacto de sangue.

O próprio Mefistófeles assim se apresenta ao leitor: “Sou parte da Energia/Que sempre o Mal pretende e que o Bem sempre cria/ O gênio sou que sempre nega”.

Na primeira cena, intitulada “Noite”, adentramos num ambiente carregado: o quarto escuro, mau arejado e apinhado de livros, onde enfim conhecemos Fausto perdido em seus pensamentos. Essa cena é primordial, pois nela vislumbramos a profundidade da agonia de Fausto. Na condição de erudito, cientista, filósofo e estudioso dos mais variados campos do saber, Fausto alcança um estágio de exaustão intelectual e de franca decepção com a condição humana. Inconformado com os limites impostos ao homem pela mortalidade, aturdido pelo desespero em face do desconhecido, ansioso por revelar os mistérios do Universo, Fausto representa nesta cena a fragilidade do ser humano, capaz até mesmo de cogitar o suicídio como forma de romper os limites da existência.

É nesse contexto que Mefistófeles obtém êxito em firmar com Fausto um pacto de sangue, por meio do qual o protagonista se compromete a servir ao diabo na eternidade desde que obtenha em vida a saciedade de seus desejos e aspirações.

Firmado o pacto, Mefistófeles sai em jornada para apresentar a Fausto o “microcosmo” (o ser humano) e o “macrocosmo” (Universo).

Durante essa jornada, Mefistófeles oferece a Fausto o rejuvenescimento, a beleza física e a predisposição para a paixão, que serão necessários para o protagonista se encantar e conquistar Gretchen, a personagem-chave na tragédia amorosa que conduzirá a primeira parte do “Fausto”.

Antes do final trágico desta primeira parte, há a célebre cena da “Noite de Valpúrgis”, que consiste numa celebração realizada no Monte Broken, sempre em 31 de abril (um dia antes do dia de Santa Valpúrgis). Assim, a “Noite de Valpúrgis” constitui uma missa satânica para a qual aflui um sem número de bruxas, demônios e outros seres infernais, todos empenhados em ouvir o sermão de Satanás no cume do monte Broken. Não fica de fora dessa celebração toda sorte de orgias e de atos grotescos. Fausto é conduzido por Mefistófeles para a “Noite de Valpúrgis” a pretexto de livrar de seu pensamento a figura de Gretchen mediante a consumação de novas experiências.

Ao fim e ao cabo (ao menos nessa primeira parte da obra) parece que aquele Fausto transcendente que vemos na primeira cena (“Noite”), perdido em seus pensamentos e refém do desespero existencial, vai gradualmente se deixando levar pela “humana flutuação” que de início ele próprio abominava (“Oh, não me fales da vã multidão/ Cuja presença o gênio nos desgasta/Deixa-me oculta a humana flutuação/Que, ao seu remoinho, à força nos arrasta”).

É como se Fausto tivesse substituído aquela redoma intelectual e espiritual na qual se encontrava na primeira cena para imergir de cabeça no mundo terreno, experimentando na companhia de Mefisto as vicissitudes humanas, cujo ápice é a tragédia amorosa com Gretchen.

Enfim, a história é contada com primor nos versos de Goethe. E como todo grande clássico da literatura universal, constitui um grande espelho da condição humana.

Aliás, a edição da 34 é formidável, com excelentes tradução e comentários. Pra não falar das belas gravuras de Eugène Delacroix que ilustram as cenas!

Boas leituras!
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usucapiao 26/03/2018

O homem pode ser um deus durante sua existência
Obra fantástica, ápice da literatura romântica, contendo elementos dos mais variados e versando sobre tudo o que a existência humana tem a nos oferecer por meio de metáfora e alegoria, teatro e fantasia. Goethe, como poucos, foi capaz de sintetizar a eterna busca humana por compreensão e significado.

É o livro do qual mais gosto, o que li tantas e tantas vezes, aquele que me trouxe forças nos abismos que a vida insiste em nos colocar de tempos em tempos.

Indico a todo ser humano que não teme o abismo, que se fascina pela existência e que é apaixonado por uma bela escrita.
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Wallas Felippe 17/03/2015

Marcou um momento
Lembro-me que estava lendo o prólogo em junho de 2010, quando recebo a notícia de que meu pai havia falecido. Eu tinha acabado de ler um trecho que nunca mais saiu da minha memória e que marcou minha vida para sempre.

"O que foi torna a ser
O que é perde existência
O palpável é nada
O nada assume essência".

5 minutos depois de eu ler essa parte, parar e ficar tentando entender, meu telefone tocou e então recebi a notícia da morte do meu pai. E foi aí que eu realmente entendi este trecho e sua relação com a morte, o que "era palpável tornou-se um nada", o nada (a morte diante de mim) "tornou-se uma essência"; e, o que foi torna a ser (as lembranças vivas e àquilo que ficou de seu legado), mas "o que é" (sua vida, sua companhia), perdeu a existência.

É incrível como às vezes a ficção nos bate na cara e joga a vida como ela verdadeiramente é em cima de nós.
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Lau 14/12/2010

Tradução demoníaca
O meu problema com esse livro restringe-se à tradução, que está muito ruim, o que acaba tornando o texto cansativo. Li trechos de outra tradução, da Editora 34, que me fizeram entender o porquê da grandiosidade dessa obra na literatura mundial. Se não fosse por essa leitura, eu teria ficado com uma péssima impressão da obra-prima de Goethe.
Wesley.Duarte 03/12/2016minha estante
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Nepomuceno 11/07/2010

Queria poder aproveitar melhor..
Confesso que não li Fausto por falta de ânimo. Mas não por causa do livro em si, mas pelas condições que eu tinha pra ler um livro: entre um trabalho e outro da faculdade, em salas de espera, sempre com pouco tempo e muitos afazeres concorrendo com a leitura. Mesmo assim tenho o livro marcado pra, quem sabe um dia, voltar a lê-lo.
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Kil 10/05/2010

O Ego
Esse livro é importantíssimo pra mim porque me fez ver claramente, o quando a dualidade entre corpo e espírito é presente em todas as pessoas. A abertura do livro já é magistral. Há cenas em um teatro onde o poeta, com idade, um empresário e um bufão tem diálogos interessantes, versos. Falando sobre a estupidez do público no geral e a necessidade da arte. Fiquei encantada e todas as vezes na abertura, choro.

Quando o Diabo vai falar com Deus e pede pra tentar Fausto, já esperamos que o mundo não comporte tantos Jós. Fausto está apto e desejoso de se vender. Invoca os espíritos. Seu conhecimento o torna prepotente, quer se igualar a Deus. Quem não quer? E ao mesmo tempo, lamenta a vida perdida nos estudos... O objetivo dele é viver tudo, prazeres da carne, o que o Demônio acorre. Mas, é com Margarida que o conflito se exacerba. Vemos que nossas ações por menos que queiramos tem consequências sobre outras vidas. Ela morre e vai pro inferno também por causa dele. Ele não causa só a própria danação! As cenas são lindíssimas e Goethe sempre é uma leitura fascinante.
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Feline 13/10/2009

Sabedoria e humor por detrás das traduções pomposas
Livro contra o qual lutei muito. Fui vencido quando finalmente descobri, lendo comentaristas e críticas, o humor que há por trás da aparente sisudez - reforçada pelas traduções.
Tenho o livro e a ópera e ainda é sempre uma fonte de sabedoria, este belo livro (e uma fonte de diversão também). Pra muita gente, a Divina Comédia é o grande livro original, mas para mim, o Fausto é o primordial.
Prefiro o danado do Mefistófeles olhando e gostando da bundinha dos anjos (ao ser queimado pelo amor divino) ao excesso de citações de contemporâneos de Dante, em A Divina Comédia - guardadas todas a diferenças de tempo e contexto entre as duas obras.
Muita gente tem medo do Fausto, mas garanto: resistir e garimpar o humor fazem a leitura valer a pena, com sabedoria para a vida toda.
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Inugami 23/07/2009

O livro tem uma premissa interessantíssima!
A história parece fascinante, pelo menos pra mim que sempre tive queda por ocultismo.

Mas assim como em "Os Lusíadas" a linguagem e formato torna MUITO complicada a leitura.
Um dia eu vo pegar pra ler e entender. Juro.
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Karudasu 07/06/2009

Aconteceu com este o que aconteceu com A Divina Comédia: A estrutura em verso e a estrutura teatral fizeram a leitura ficar lenta e pesada, e eu acabei largando. Mas a história parece ser boa e eu pretendo terminar.
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pqno buda 10/03/2009

Terrivelmente lindo, não preciso ficar bajulando, a respeito dessa edição está tudo muito bem feito e a tradução é maravilhosa, fluente, já li a mesma primeira parte traduzida por Agostinho D'Ornellas na edição da Martin Claret, mas não gostei, foi bom também, mas nesse caso entra a questão do gosto...
Essa primeira parte nos prende de forma incrível, conforme você ganha fluência na leitura dos versos, você entra de cabeça e "alma" naquele mundo frio e cinzento e logo sente a presença de Mefistófeles, quando ele e Fausto saem de cena ficamos ansiosos com sua volta, preocupados com o que o futuro lhes reserva, mas não se engane, nem tudo está fora de controle...
você com certeza sairá diferente depois dessa....
Joshua9 10/01/2024minha estante
Mephistopheles.




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