Investigações Sobre o Entendimento Humano e Sobre os Princípios da Moral

Investigações Sobre o Entendimento Humano e Sobre os Princípios da Moral David Hume




Resenhas - Investigação sobre o entendimento humano


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Agutama 06/10/2024

Hume é indubitavelmente alguém importante na história da filosofia, suas críticas concernente a causalidade ainda hoje podem ser pertinentes. Porém não passa disso, o livro em muitos momentos soa prolixo, gira sobre as mesma questões sem parar. Dou meu respeito a Hume por ter tirado Kant de seu sono dogmático, como o mesmo diz: ?a lembrança de David Hume foi justamente o que há muitos anos interrompeu pela primeira vez meu o sono dogmático? .
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@pedro.h1709 18/05/2024

Investigação sobre o Entendimento Humano
O livro intitulado "Investigação sobre o entendimento humano" de David Hume traz expresso em suas páginas as concepções do autor sobre a formação, estruturação e sobre a validade das ideias humanas.
Sua linguagem é simples, de maneira a alcançar maior público, mas suas ideias exigem atenção e recapitulação para adequado entendimento.

Por vezes parece difícil difícil definir se David Hume é um homem de alguma fé, mas suas críticas sobre as crenças dogmáticas e sobre a formação do conhecimento sobre aquilo que se propõe exclusivamente racional parecem evidenciar uma tendência ao ateísmo com valorização significativa das experiências empíricas.

O autor fala ainda sobre a impossibilidade de explicar com eficacia a noção humana de causa e efeito, de maneira que não podemos conectar eficazmente dois eventos senão pela sua corriqueira aparição em sequência. Desta forma, podemos partir dos efeitos para sugerir as causas, mas o caminho contrário não garante grandes certezas... isso significa dizer que qualquer efeito é possível, apesar de suas probabilidades e que não podemos inferir qualquer efeito senão pela maioria dos exemplos que experenciamos.

David Hume também fala sobre os perigos do ceticismo excessivo, alinhado com uma moderação na aceitação dos sentidos.

Provavelmente é uma das melhores obras deste autor para conhecê-lo de maneira inicial e apreender suas concepções filosóficas já amadurecidas.
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Fabio Shiva 31/03/2024

TRISTE FIM DE UMA INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA: “QUEIMEM OS LIVROS!”
Desde que decidi ler todos os volumes da Coleção Os Pensadores (ao menos da edição que tenho comigo), elegi antecipadamente alguns “favoritos”, que eu ansiava ler mais que os outros. E um desses era volume dedicado ao David Hume, que já havia conquistado a minha admiração por conta dos estudos de epistemologia na Faculdade de Comunicação Social da UERJ, na década de 1990.

Ocorre que Hume teve uma ideia sensacional, que acarretou grandes repercussões na filosofia e na construção do conhecimento científico desde então. Essa ideia, resumidamente, é a seguinte: as relações de causa e efeito que estabelecemos nos fenômenos na natureza são meras crenças e não possuem nenhuma veracidade intrínseca. Por exemplo, vemos a madeira queimando e, em seguida, vemos cinzas. Daí inferimos que toda madeira queimando se transforma em cinzas (ou seja, estabelecemos uma relação de causa e efeito). Mas daí chega o David Hume e diz: nada nos autoriza a supor que a natureza irá se repetir eternamente, por isso dizer que a madeira queimando se transforma em cinzas é simplesmente uma crença apoiada na experiência, mas não é um enunciado da verdade.

O impacto dessa ideia de Hume foi fulminante. Immanuel Kant, outro grandão da filosofia (cujo volume na coleção Os Pensadores espero ler em breve), chegou a dizer que “Hume o havia despertado de seu sono metafísico”. Só no século vinte (ou seja, trezentos anos depois de Hume) é que o desafio lançado por Hume pareceu ter encontrado uma resposta à altura em Karl Popper, filósofo que propôs que a ciência se fundamentasse a partir de “ideias falsificáveis”. Citando um exemplo famoso, a ciência deveria dizer que “todos os cisnes são brancos”, sendo que a existência de um único cisne negro “falsificaria” toda a teoria científica.

Tudo o que escrevi até aqui nessa resenha é o que me lembro dessas aulas na UERJ, que assisti há trinta anos. Fico feliz com minha memória, que dá conta também de minha expectativa ao finalmente travar contato direto com a obra mais famosa de David Hume, “Investigação Acerca do Entendimento Humano”. Contudo a leitura em si, se não chegou a ser uma decepção total, foi bastante frustrante. O livro inteiro parece girar em torno dessa única (e genial, sem dúvida) ideia de Hume, que a explora em todas as suas minúcias. Mas não encontrei outras ideias que me empolgassem da mesma forma, nem de longe. Poderia ter ficado com o resumo das aulas de epistemologia.

Mas longe de mim dizer que a leitura foi uma perda de tempo. Pude detectar nessa obra um elo importantíssimo na solidificação do que hoje considero um “ateísmo dogmático” nas ciências. Já falei sobre esse assunto em várias resenhas de livros de filosofia e ciência. De modo bem resumido: com o conhecimento de que dispomos hoje, não seria científico afirmar que “Deus existe”. Mas do mesmo modo não seria científico dizer o contrário, que “Deus não existe”. Contudo, o pensamento científico, progressivamente orientado pelo cunho materialista (ou fisicalista, como se tem afirmado mais recentemente, depois que as concepções estritamente materialistas foram detonadas pelas descobertas da Mecânica Quântica e afins), chegou ao “ponto cego” de afirmar que só é verdade o que é provado pela ciência, desconsiderando desdenhosamente tudo o que diz respeito à espiritualidade. E é assim que temos hoje uma ciência totalmente divorciada da sabedoria da espiritualidade e que, por partir do pressuposto de que “Deus não existe” e de que “a vida não tem sentido”, se permite enveredar por estudos que só aumentam a nossa capacidade de nos aniquilar mutuamente e ao planeta inteiro conosco, quando poderia estar dedicada à erradicação da fome, da miséria e da infelicidade no mundo...

O assunto é vasto e complexo, e não tenho a menor pretensão de cobri-lo em uma humilde resenha. Menciono aqui de passagem, como registro da importância que foi, para mim, descobrir como Hume foi um passo importante nessa incrível jornada de um trevoso dogmatismo religioso (vivido durante a Idade Média, com a Igreja ditando os saberes) para esse atual e comparativamente luminoso dogmatismo científico, que coloca em risco a nossa própria existência no planeta. Que Deus me dê saúde para testemunhar os próximos capítulos dessa fascinante novela humana!

Ainda sobre Hume, não posso deixar de registrar a minha consternação ao constatar que ele encerra a sua obra-prima afirmando enfaticamente que os livros escritos de forma contrária ao que ele prega deveriam ser sumariamente queimados:

“Quando percorremos as bibliotecas, persuadidos destes princípios, que destruição deveríamos fazer? (...) Portanto, lançai-o ao fogo, pois não contém senão sofismas e ilusões.”

Penso que esse deve ser um dos finais mais tristes possíveis para uma obra de filosofia.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2024/03/triste-fim-de-uma-investigacao.html



site: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/
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Fabíola 02/11/2023

A obra é ótima, super indico, porém essa edição é péssima, muito melhor a edição da Unesp.
Fica a dica!
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Marcos606 12/04/2023

Uma tentativa de definir os princípios do conhecimento humano. Coloca de forma lógica questões significativas sobre a natureza do raciocínio em relação a questões de fato e experiência, e as responde recorrendo ao princípio da associação. A base da exposição de Hume é uma classificação dupla de objetos de consciência. Em primeiro lugar, todos esses objetos são “impressões”, dados de sensação ou de consciência interna, ou “ideias”, derivadas de tais dados por composição, transposição, aumento ou diminuição. Ou seja, a mente não cria nenhuma ideia, mas as deriva de impressões. A partir disso, Hume desenvolve uma teoria do significado linguístico. Uma palavra que não representa diretamente uma impressão só tem significado se traz à mente um objeto que pode ser obtido de uma impressão por um dos processos mentais que acabo de mencionar. Em segundo lugar, há duas abordagens para a construção do significado: uma analítica, que se concentra nas “relações de ideias”, e uma empírica, que se concentra nas “questões de fato”. As ideias podem ser apresentadas à mente simplesmente como significados, e suas relações lógicas umas com as outras podem então ser detectadas pela inspeção racional. A ideia de um triângulo plano, por exemplo, implica a igualdade de seus ângulos internos a dois ângulos retos, e a ideia de movimento envolve as ideias de espaço e tempo, independentemente de haver realmente coisas como triângulos e movimento. Somente nesse nível de meros significados, afirma Hume, há espaço para o conhecimento demonstrativo. As questões de fato, por outro lado, vêm à mente apenas como são, não revelando relações lógicas; suas propriedades e conexões devem ser aceitas como são dadas. Que as prímulas são amarelas, que o chumbo é pesado e que o fogo queima as coisas são fatos, cada um encerrado em si mesmo, logicamente estéril. Cada um, no que diz respeito à razão, poderia ser diferente: o contraditório de cada questão de fato é concebível. Portanto, não pode haver ciência logicamente demonstrativa dos fatos.

Investigação sobre os princípios da moral é um refinamento do pensamento de Hume sobre moralidade, no qual ele vê a simpatia como o fato da natureza humana que está na base de toda vida social e felicidade pessoal.
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Kenny 06/02/2023

Não gosto muito de fazer resenhas de livros de filosofia, pois o foco não é necessariamente a forma como o conteúdo é abordado e sim o conteúdo em si.
Para este livro, devo afirmar que a tradução está excelente, as ideias de Hume foram bem explicadas. Em alguns momentos ocorre uma dificuldade, mas isso já é esperado de livros de filosofia.
Essa edição vem com várias notas de rodapé que tornam a leitura muito mais interessante para estudiosos.
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Izabela 21/11/2022

Investigação sobre o entendimento humano
Muito bom mesmo, as vezes um tanto difícil de entender, mas continua sendo uma obra incrível, recomendo.
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Darkzumo 29/09/2022

O mestre de Kant
O primeiro filósofo empirista que já li. Nesse livro somo apresentados as formas de como nossa mente se guia e porque cometemos algumas suposições errôneas, como tentar supor sobre a existência de coisas que estão além da nossa capacidade.

Mesmo com a disparidade entre épocas, eu acho que os juízos de Hume causam muito mais abalo que os de Descartes e Leibniz, que tentaram racionalizar a mente em vez de estudá-la de fato, ainda que na de Cartesius haja referências ao tempo-espaço e às impressões.
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Fabíola 10/04/2022

A melhor edição e tradução.
É muito difícil achar edições boas, escritas acessíveis e fiéis a obra e pensamento do autor, principalmente em livros de filosofia.
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Vinícius 21/11/2021

A era do Iluminismo
As ideias trazidas no livro são a base para o iluminismo francês. Partindo de que a ciência experimental tem que se basear na observação (o empirismo): onde qualquer pensamento elaborado pela nossa mente procede da experiência, dado que toda idéia verdadeira procede da impressão.
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Maikom.Abreu 09/10/2021

David Hume
Minha experiência com Hume foi dura kkk ele não é um filósofo para iniciantes em filosofia, claro que toda leitura tem seus benefícios, os que logrei com essa leitura foi experiência de como é ler uma investigação filosófica, e uma base para a releitura desse volume que precisa ser feita para melhor entendimento.
Leandro 08/08/2022minha estante
Pode me indicar um para começar?


Atakiri 17/03/2024minha estante
Você acha?Eu genuinamente tô achando ele bem tranquilo de ler, acredito que é um dos melhores filósofos pra quem tá iniciando na Filosofia, óbvio que não é um Platão ou Maquiavel, mas ainda assim sinto que é bem acessível




Isabelle 19/05/2021

#desafioliterário2021
Esse livro tens uns bons 8 anos que está na minha estante pegando poeira. Quando comprei era muito nova para entender uma só palavra e depois de lê-lo continuo com a mesma opinião de que não entendi muita coisa hahaha tive que ler uns artigos e resenhas no meio para garantir que tava no caminho certo. Ainda estou tentando driblar o meu medo de ler filosofia e gostei bastante de Hume e apesar de achar que algumas partes do livro mais atrapalharam do que ajudaram, foi uma boa experiência. Sempre aprendendo coisas novas. Quero ler mais do autor para conseguir expôr uma opinião sólida.
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Renatinha 07/04/2021

Causa e efeito
Filósofo e historiador britânico, David Hume imprime sua primeira preocupação, na INVESTIGAÇÃO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO, em torno das ideias. Hume quer entender como nossas experiências no mundo influência nossos comportamentos numa relação de causa e efeito.

"Portanto, a existência que qualquer ser somente pode ser provada mediante argumentos derivados de sua causa e efeito, e estes argumentos se fundam totalmente na experiência. Se raciocinarmos a priori, qualquer coisa pode parecer capaz de produzir qualquer coisa".
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lindalvabarbosa 06/09/2020

Uma mente humana pode explicar como outras mentes funcionam?
Nessa obra David Hume apresenta seu estudo sobre como funciona o entendimento humano, mas é preciso considerar o período em que foi elaborado e o contexto social em que o autor vivia para aproveitar bem sua obra, porque, comparado aos temas discutidos hoje, os exemplos utilizados por ele podem parecer simples demais para embasar uma discussão tão profunda a que se propõe aqui, que é entender como nossa mente funciona. Minha principal crítica fica sobre suas referências a crença na existência de um Ser Supremo, que para mim não deixa muito claro qual realmente é a sua posição como filósofo sobre essa questão nesse estudo, seria preciso conhecer outras obras do autor para distingui-la melhor. Outro ponto que senti falta foi do autor considerar em sua investigação as primeiras criações do ser humano, que nesse caso não poderiam ter surgido de impressões de objetos já existentes e visualizados pelo próprio ser humano, mas somente de necessidades e tentativas, ou seja, não existia a experiência prévia para gerar impressões.
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