O deus das pequenas coisas

O deus das pequenas coisas Arundhati Roy




Resenhas - O Deus das Pequenas Coisas


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FernandoMedeiross 31/05/2021

Uma obra de arte.
PQP TO IMPACTADO ATÉ AGORA.

A melhor coisa de fazer essa "Maratona de Autoras Não Brancas" é que eu acabo lendo algumas coisas que não escolheria sem um incentivo extra. "O deus das pequenas coisas" é um ótimo exemplo disso: tirando o fato da autora ter vencido o Booker Prize de 1997 com essa obra, não acho que sinopse me chamaria a atenção.

Ainda bem que a @Marilia me deu um empurrãozinho na direção certa.

Que experiência incrível.

Não só por conter todos os elementos que eu amo, como narrativa que acompanha a vida das pessoas (sem um objetivo claro e muito exploratório) e uma profundidade dolorida nos pensamentos dos personagens, mas principalmente pela estrutura; uma verdadeira obra de arte.

É como se tivéssemos um fluxo de consciência centrado no narrador onisciente: ele narra um fato que o lembra de outro acontecimento; esse segundo traz a tona uma nova história com novos personagens; esses personagens também possuem histórias próprias e assim por diante. É como se vários parênteses fossem abertos, um sempre contido no anterior, e aos poucos fossem fechados. No começo, inclusive, demanda um pouco mais de esforço. Quando você pega o ritmo, no entanto, a leitura ficar super fluida e tudo faz muito sentido.

Que satisfação em ser desafiado por um livro dessa maneira e que vontade que estou agora de buscar por outras estruturas narrativas que também me desafiem como leitor. Obrigado, Arundhati Roy.

Leia se você também quiser encarar essa experiência complexa, profunda, sensível e fantástica.
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Isis.Borges 31/05/2021

Pequenas coisas mudam tudo
A Índia da década de 60 era dividida por castas, essa segregação gerava inúmeras consequências, conflitos políticos, amores proibidos, repressão, minorias silenciadas.
"O deus das pequenas coisas" conta a história de uma família que passa por esse turbilhão de coisas e a pureza de duas crianças lidando com as asperezas da vida.
Um livro que faz sentir, a impotência dos intocáveis, a raiva das mulheres injustiçadas, a dor da perda.
Pequenas coisas alteram o rumo de nossas vidas repentinamente, as crianças concluíram: "(a) Tudo pode acontecer com qualquer um; portanto (b) É melhor estar preparado."
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sotnasallim 29/05/2021

Emocionante.
O livro conta a história de dois gêmeos bivitelinos, Rahel e Estha. Mas é uma história cheia de braços e fragmentos, pois a autora narra como tudo (da história da família ao contexto histórico) levou para aquele fim, é um livro que começa pelo final. Essa história é como uma baía alimentada por diversos rios.

A história é cheia de poesia e momentos reflexivos e, pelo menos da minha perspectiva, é o tipo de história que você absorve muito mais os sentimentos do que propriamente os detalhes do que é narrado. Me diverti com a teimosia da Rahel, a praticidade do Estha e a rebeldia da Ammu. É um livro cheio de momentos tristes, mas de muitos aprendizados, até mesmo sobre a história humana e como o preconceito pode matar um inocente.

?Era a História humana, mascarada de Propósito Divino, revelando-se para uma platéia de menoridade.?

Mas esse não é o tipo de livro que eu recomendaria pra todo mundo, por causa do estilo de narrativa. Ele é narrado em terceira pessoa e a autora faz passagens de tempo sem avisar, fragmentando a história, envolvendo outros personagens e assim narrando outras coisas, envolvendo reflexões poéticas e subjetivas, nem sempre deixando claro o que se passa, então às vezes bate muita confusão. Não é uma narrativa que vai envolver qualquer um.

Sem dúvidas é um livro marcante.
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Sayuri 28/05/2021

Devastador
Fui pesquisar livros de autoras indianas e selecionei esse ao acaso. Nunca imaginei que seria um livro de partir o coração. É visceral o jeito que a autora descreve os acontecimentos, de ver a brutalidade com que vários eventos negativos e que impactaram na vida dos personagens, com consequências irreparáveis.
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Hera 16/05/2021

Excelente
Uma viagem a Kelera, na Índia da segunda metade do século XX. Uma família de classe média alta, castas, política e tensões sociais, cultura etc. A narrativa é sensível, curiosa e reveladora.

É o primeiro livro literário da autora e este lhe rendeu o Booker Prize de 1998. Recomendadíssimo.
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Karina.Reis 10/05/2021

O Deus das pequenas coisas ( não amei)
A melhor definição da obra é da própria autora: o livro é sobre as leis que determinam ?quem deve ser amado, e como. E quanto?.
Atravessar a primeira parte, mais chata do livro, para chegar no triste e esperado final.
A história conta um romance proibido devido a casta na Índia. Mostra crianças sem pai sendo maltratadas, abusadas, fisicamente, emocionalmente e sexualmente. A história mostra, segundo a autora um assunto em que o ?mundo não discute, não questiona?.
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Jader 05/05/2021

Texto muito bonito
A prosa poética, de uma sutileza incrível da autora, abordando temas culturais importantes da Índia.
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Dandara 25/04/2021

O deus das pequenas coisas
Acredito que esse seja o primeiro romance que leio de uma autora indiana. Que belo começo! Com sua escrita poética, Roy nos faz viajar pela cultura indiana, nos colocando de frente com as divisões por castas e as consequências dessa segregação. Tudo de forma muito rica em detalhes. Uma leitura e tanto!
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Licia Maria 24/04/2021

Necessidades Masculinas
O impulso subliminar do homem de destruir aquilo que não pode nem dominar, nem deificar. Necessidades masculinas.

Eu fui massacrada por essa história, por essa escrita, por todos os sentimentos que surgiram capítulo a capítulo. Massacrada pela dor de ver tantas faces dessa história se repetindo, incansavelmente, todos os dias. Em todas as culturas, as minorias (minorias?) Sendo silenciadas, reprimidas, represadas, manipuladas...?
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Brito 15/04/2021

O Deus das pequenas coisas- Arundhati Roy
Falar deste livro é falar de histórias que, como pequenos rios, vão engrossando o caudal da história grande: a descida à infância, o lirismo, a Índia, as coisas grandes que nunca são ditas, a amargura, a fealdade, o mal, a prepotência, a brutalidade, a alegria, a luta dos pobres, os medos, o amor, a capacidade de criar uma família, de tudo quanto existe como pano de fundo na Índia, como as castas, o lugar das mulheres, a violência de género; tanta coisa terrível de que não se fala, que é como se não existisse, mas existe, está lá, e como o mar, volta e meia, assenhoreia-se do modo de viver que é o seu e mata, destrói, rebenta com tudo, implacável.
Fala-nos de tanta coisa este livro riquíssimo que nos aproxima das diferentes realidades de uma forma quase inocente, traz-nos e leva-nos num labirinto de frases que são peixes prateados com pedaços de infância colados à barriga.
Três gerações, três visões, três contextos diferentes, três formas diferentes de sentir, ser, amar e estar na família.
E as histórias vão se desenrolando, histórias trágicas: um rapazinho que sofre violência, uma menina que morre afogada, uma mulher que obrigam a morrer em vida, um homem assassinado pela lei, e como pano de fundo, vermelho vivíssimo, as extremas desigualdades sociais e de género, a prepotência mais visceral e uma pretensa moral que justifica o injustificável; tudo escondido debaixo do prato das atrocidades sem fim.
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Chele 02/04/2021

Numa prosa cheia de poesia e metáforas Arundhati Roy nos apresenta a história dos gêmeos Rahel e Estha repleta de inocência e o rumo trágico de uma família arruinada pela bestialidade humana. A habilidade com que a autora nos conta a história é fantástica  as coisas vão surgindo fragmentariamente, e sempre sob um determinado ponto-de-vista. O livro também retrata o caldeirão político no qual a Índia estava mergulhada e que atinge até as ?pequenas coisas?.
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Sid Russo 03/03/2021

Livro simplesmente delicado e magnífico. Vamos do amor ao destino triste e solitário de cada personagem. Esta obra vai além do bem e do mal, nos mostra a vontade de amar de cada indivíduo e como isto está atrelado aos detalhes pequenos que nos levam a momentos de grande valor no livro. A autora constrói um lindo romance sobre o arcaico sistema de castas indiano, que prevalece até hoje, com paradoxos não discutidos pelo mundo.
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Zé - #lerateondepuder 04/02/2021

Uma história de coisas muito tristes
A dura vida na Índia, muito dura para as mulheres, principalmente aquelas que não têm dote (ou um local para ficar), mas extremamente mais dura para quem é da casta mais baixa, a dos intocáveis.
É um livro das tristezas familiares que acabam em grandes tragédias, onde só é possível ver a felicidade em coisas mais singelas.
Uma trama que irá descrever dois grandes deuses em boa parte das cenas: o Deus da perda e o Deus das pequenas coisas.
Um leitura singular, a partir de uma escrita diferenciada que, mesmo dando dicas o tempo todo do que acontecerá ao final, tudo em forma de suspense, consegue torná-lo ainda mais surpreendente e triste.
VALE CADA MINUTO DE LEITURA.
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Marcela Bianchini 23/01/2021

fantástico
o livro é, sem sombra de dúvida, uma das coisas mais bonitas e sensíveis que eu já ali.
a narrativa não linear pode desagradar os leitores mais racionais, mas a mim me agradaram muitíssimo: i) o tom infantil da narrativa, o que deixa claro que a história é, sobretudo, sobre os gêmeos bivitelinos; ii) a leveza com que temas difíceis são tratados, como o comunismo, incesto, abuso infantil e o sistema de castas indiano.
um belo livro, afinal.
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fev 13/01/2021

É importante alertar que há abuso sexual/pedofilia.

Tem muita coisa em O Deus das Pequenas Coisas. E eu não sei se consigo explicar qualquer coisa. Só sei que posso dizer que amei as analogias, as críticas. Acredito que muitas pessoas podem não gostar do vai e volta da estória e ficar até meio perdido no início, mas a jornada dessa família é muito instigante. O livro tem passagens lindas. Eu indico demais a leitura.

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