O Menino de Areia

O Menino de Areia Tahar Ben Jelloun




Resenhas - O Menino de Areia


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Mari 29/07/2024

A premissa e a primeira parte do livro eram muito promissores mas acho que depois disso, a historia se perdeu e muita coisa que podia ser explorada foi jogada pra longe :(
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Márcia Andréa 02/06/2009

Mostra o que uma cultura, uma tradição pode causar na vida de uma pessoa, embora nesse caso, de uma certa forma, ela tenha permitido, ter tido sua dose de prazer em aceitar sua condição imposta por seu pai.
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Clara T 20/04/2024

De Contar Histórias
Se você está caminhando e tem um grupo formado ouvindo a narração de uma história sobre Ahmed, a oitava criança de um casal árabe que já tinha sete filhas, você gostaria de ouvir a história?
A proposta é muito promissora, ficamos sabendo do sofrimento do pai, com a pressão da família para um herdeiro e a total incapacidade para controlar se desta vez será um menino e o plano genial de que essa criança será Ahmed, independente se for menino ou menina.
Durante a infância, ninguém podia se aproximar da criança, apenas os pais. Eles cumpriram os rituais e a criança foi crescendo como um menino. Teve oportunidade de ir para a escola, e brincava com outros meninos, mas de resto, tinha pouco contato com outras pessoas.
Quando chegou a adolescência, algumas coisas passaram a ser questionadas.
O autor envolve o leitor com a dinâmica de contar histórias, altera narradores que presumem conhecimento de uma verdade sem ter conhecido o personagem. Parte são páginas de um diário, parte são cartas, parte são testemunhos e parte são as histórias que vieram sendo contadas pelas ruas.
Podem ser várias histórias de pessoas diferentes entrelaçadas e sobrepostas como sendo de uma pessoa só, mas também pode ter sido uma vida longa de diferentes experiências.
Ahmed em determinado momento, após a morte da esposa prefere se reconhecer como Zahra. Também pode ser que tenha fugido para o circo, como mulher barbada. Talvez tenha se isolado no terraço e esperou a vida expirar.
Pelas características culturais, a história de Ahmed pode ser realmente plural, tantas outras crianças, com outros nomes que tiveram esta condição escolhida por seus pais.
Esta narrativa desperta para uma realidade muitas vezes ignorada, pela construção da sociedade patriarcal da cultura árabe.
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