ritanog 29/06/2019The perks of being a wallflower (escrita em julho de 2017)Na primeira vez que li As Vantagens de Ser Invisível, eu tinha 16 anos. Na época, se tornou um dos meus livros favoritos. Agora, 4 anos depois, no quarto período de Letras, li novamente, mas no seu idioma de origem e de uma forma mais crítica.
O livro é em formato de cartas, ou seja, cada dia é contado em uma carta/capítulo diferente e a história é ambientada nos anos 90. O protagonista se chama Charlie, tem 16 anos. Ao iniciar a leitura, percebe-se que ele é um menino que não se encaixa em nenhum dos grupos da sua escola. Também ficamos sabendo que ele está iniciando o High School (equivale ao Ensino Médio no Brasil) e (como evento drástico e condutor da trama) seu único amigo foi encontrado morto em casa. O drama inicia-se quando, em um fim de semana, ele decide ir a um jogo de futebol americano da sua escola e lá conhece Sam e Patrick, dois “irmãos emprestados” e do último ano que irão mudar a sua vida.
O livro fala abertamente sobre inúmeros assuntos “tabus”, como uso de drogas ilícitas, machismo e homofobia. Ao desenrolar a história, descobrimos que Charlie possui alguns problemas psicológicos e posteriormente, como ele os adquiriu — sendo este o clímax da história, cujos sentimentos prevalentes que senti foram angústia, tristeza e indignação, durante minhas duas leituras.
O meu personagem favorito do livro, sem dúvidas, é Bill, professor de Inglês Avançado de Charlie. Ele sempre o empresta livros e pede que ele faça uma resenha do mesmo. Gosto dele, mesmo que seja um personagem um pouco afastado do foco principal do enredo. Além disso, nota-se que ele faz muito bem ao Charlie. É da sua boca, também, que sai uma das frases mais famosas do livro, e, consequentemente, do filme baseado nele:
“We accept the love we think we deserve.”
The Perks Of Being A Wallflower foi escrito por Stephen Chbosky e é seu primeiro romance. Possui uma leitura fluida e de fácil entendimento tanto em inglês quanto em português. Os personagens são construídos de forma satisfatória e consistentes. A história foi muito bem ambientada: ao ler, é possível sentir a “aura anos 90”.
Seu gênero é Young Adults, que em português equivale ao infanto-juvenil. O fato do livro abordar assuntos sérios é um ponto positivo, pois é uma boa maneira de iniciar pré-adolescentes e adolescentes em tais tópicos. Além disso, o livro também faz menção a músicas e outros livros, que, para mim, é mais um ponto. Considero que assim, instigando a curiosidade a fim de que a história atual fique mais completa no imaginário do leitor, é uma ótima forma de fazer o jovem leitor adentrar ainda mais no mundo da literatura.