julianacleto 30/06/2023Aqui é quase o paraísoJudith McNaught tem uma criatividade fora da realidade. Quando tudo parece bem, ela vai lá e cria conflito, caos e confusão, e com isso você fica cada vez mais imersa na leitura. É muita emoção junta. Ela tem personagens bem construídos e muito profundos, além de ter uma escrita madura e o vocabulário impecável.
Outros pontos importantes da Judith são as construções das cenas hot, ela consegue fazer cenas românticas e sensuais sem apelar e exagerar. Embora nesse último livro da trilogia as cenas tenham sido mais explícitas. E uma coisa que autoras contemporâneas de romances de época fazem e eu não concordo muito é a parte da perda da virgindade antes do casamento. Sabemos que em alguns casos muito raríssimos isso podia acontecer, mas na maior parte das vezes, em 1800 e bolinha, as mulheres se casavam virgens e a Judith é bem fiel a isso. Suas mocinhas se casam virgens e seus livros sempre mostram a relação sendo construída durante o casamento, o que eu aprecio bastante e raramente outras autoras trabalham desta forma.
A autora também acrescentou bastante trechos bem-humorados nessa leitura, o que me fez rir diversas vezes.
O prazer maior foi rever meus queridos, Jordan e Alexandra durante boa parte do livro. Amo essas interações entre personagens de livros anteriores. Inclusive acredito que Jordan e Alexandra sejam os personagens favoritos de Judith McNaught, pois depois de ler algumas resenhas sobre a Dinastia Westmoreland vi que eles também aparecem no livro Até você chegar.
Confesso que me deu uma bad após terminar essa trilogia porque eu não queria me desapegar desses personagens ilustres.
Eu fiquei com vontade de ler outros livros da Judith, como por exemplo, a série Dinastia Westmoreland, mas como sei que tem algumas cenas desnecessárias e indícios de relacionamentos abusivos e tóxicos como Agora e Sempre (primeiro livro dessa trilogia), além de Jason Fielding aparecer e eu tomei ranço dele. Eu prefiro continuar com meu lapso de memória hahaha e guardar as boas lembranças de Algo Maravilhoso e Alguém para Amar. Se fosse apenas por esses livros Judith levaria o título de rainha dos romances de época.
Recomendo muito essa leitura. É sobre amor, empatia e perdão.
Um P.S. sobre esse livro, a autora deveria mostrar Ian entregando a Elizabeth o anel que ela encontrou na caixinha da casa da árvore, que com certeza era uma herança de família e que o pai presentou a mãe como anel de noivado. Acredito que seria ainda mais emocionante, depois de tudo que Ian passou pela perda dos pais.