Toda poesia

Toda poesia Paulo Leminski




Resenhas - Toda Poesia


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Maria1691 23/06/2022

Foi um dos livros de poesia mais interessantes que eu li. Inesquecível! Recomendo demais a leitura.

Ver
é dor
ouvir
é dor
ter
é dor
perder
é dor

só doer
não é dor
delicia
de experimentar
cavani._ 23/06/2022minha estante
Eita que resenha boa, quem leu esse livro com você deve estar muito feliz




Rafael Moia 23/06/2022

Polaridade, acima de tudo.
Quem é Alice!? Esses compilados de obras de uma vida inteira me fascinam. É todo um cuidado para para escolher o que vai entrar e muitas vezes o que não vai ser publicado por ser muito pessoal (é o caso de "parte de AM/OR). Particularmente, os poemas de 1976 são os meus preferidos. E a única crítica que tenho é que se Leminski estivesse vivo, acredito que seria bolsonarista.
Vania.Cristina 13/11/2023minha estante
Por que acha isso Rafael?




Sens0 18/06/2022

Estrelas
Algumas poesias parece trava lingua, outras eu não entendi(mas acho que era a intenção não fazer sentido), e algumas foram tão profundas que eu indentifiquei.
O meu favorito é "parte AM/OR", e no livro, parece que Paulo gostava bastante de estrelas, trens e paisagens.
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Queila9 16/06/2022

Existem poemas e POEMAS.
A alguns poemas que parece que foram escritos para você, já tem alguns que mesmo que você leia várias vezes, você ainda não entende, mas essa é a graça dos livros de poema. Livros desse modo não são muito meu estilo, mas quis sair da zona de conforto. E é isso, leiam???
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leticia 30/05/2022

Leminski com L de lelé da cuca?
Apesar de eu não ter entendido a maior parte dos poemas, ainda tenho os meus favoritos. Não sei se esse é o conceito delekkkkk ou se são poemas que apenas ele tem conhecimento sobre, mas não foi um livro pra mim.
Querendo ou não, uma experiência ??
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Iza Alves 30/05/2022

INTENSO
Um verdadeiro murro, poemas que te inundam, achei lindo demais foi meu primeiro livro de poemas e ainda por cima escrito por um brasileiro é uma tarefa complicada compreender alguns, outros parece ter sido escrito exclusivamente pra você, Paulo era realmente uma mente brilhante
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JAlia 27/05/2022

Subjetividade
Adorei o livro como um todo, mas confesso que alguns poemas me deixaram mais encantada do que outros
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anapachecoeumsm 25/05/2022

A poesia porosa e plural de Paulo
Leminski era mais do que um escritor, era muitos dentro de si mesmo. Era judoca, amante de futebol, autodidata, professor, curitibano, carioca, paulista, escritor, marido, pai, amante da vida, observador, e conhecedor dos clássicos.

Antes de tudo estudante, poliglota paroquiano cósmico (segundo Haroldo de Campos), formalista e claro, nas palavras de Leyla Perrone, que configura a multi criatividade de Paulo, era samurai e malandro dentro de suas obras, além da união de visões; ora malandro-samurai, ora samurai-malandro.

Paulo usava das normas clássicas, conhecimentos helenísticos e padrões linguísticos e literários de forma criativa. A língua não era só um conjunto de fonemas pra poesia, mas sim uma brincadeira de dicção, uma arte de jogar bem com as palavras, a "quase" música letrada nas obras dele, que se tornou música cantada por Caetano Veloso, ícone do MPB que reverencia a poesia de Leminski.

Da poesia que apetece o jovem da época, lutando por direitos políticos, contra a crise, com a noção de um mundo em guerra, a poesia era também palatável para crianças menores (eu mesma comecei a lê-lo no fundamental por acaso na biblioteca da escola e muito do meu amor por poesia e querer ser escritora e poeta vem disso) como no clássico "A Lua foi ao cinema" ou seus poemas gráficos imagéticos "o inseto no papel insiste".

Para os mais velhos, que pouco querem/conseguem ler, Paulo é um acalento. É fácil a uma primeira vista cansada, mas carrega histórias que essas pessoas também viveram e gostam de ouvir.

Para os amantes da arte clássica, Paulo se utiliza dos termos como ponto de encontro entre o eu(-lírico) sagaz e o erudito e se encontra, não provinciano como diz, mas eternamente brasileiro, o que talvez cause espanto a ele mesmo num momento mais consciente de si, onde se vê plural, integrado de forma orgânica ao nosso dia a dia e cultura e "ex-estranho" a si mesmo. Livro póstumo que carrega muita vida.

No mais, Toda Poesia é uma obra completa não pelo conjunto de obras recolhidas, mas por toda a poesia presente na vivência do Paulo que transportou em cada escolha de palavras até nós. Quem dera pudéssemos ter tido mais obras, mais livros, mais anos, mais vida, no entanto, temos isso e basta a toda poesia.

"VAI VIR O DIA
EM QUE TUDO QUE EU DIGA
SEJA POESIA"

E veio. Foi e ficou.
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lu!za 21/05/2022

Toda Poesia
"bem no fundo

no fundo, no fundo
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas tem família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas"
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elisax.epub 06/05/2022

Nem sei
Esse livro, pra mim, foi se identificar com não mais que uns 10 poemas e me irritar com coisas tipo ?SEGUE O SOL? (???). Nem sei, achei meio revoltante ele ficar tentando ser conceitual escrevendo coisas que só ele vai entender. Basicamente, uma palavra, um sentimento: Que???
Enfim, é isso. Paz
E.
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bella 19/04/2022

tem muitos poemas muito bons!
amei a maneira que o Leminski consegue brincar com as palavras em certos poemas.
podemos ver muito dele em seus poemas e gostei de vários.

alguns que gostei:

"o silêncio
se mete a maltratar
me ditando
abreviaturas de mim
e,
quem sabe,
a mim mesmo me dilatando"

"eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está dentro
ou está fora

quem está fora
não segura
um olhar que demora

de dentro do meu centro
este poema me olha"

"não sou o silêncio
que quer dizer palavras
ou bater palmas
pras performances do acaso

sou um rio de palavras
peço um minuto de silêncios
pausas valsas calmas penadas
e um pouco de esquecimento

apenas um e eu posso deixar o espaço
e estrelar este teatro
que se chama tempo"

"meu coração de polaco voltou
coração que meu avô
trouxe de longe pra mim
um coração esmagado
um coração pisoteado
coração de poeta"
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Lucas 31/03/2022

Na real...
Serei super sincero, é uma coletânea completíssima e uma editoração bem feita.

Mas...

Como tudo aquilo que contém "tudo", tem ali espaço pro belo, legal, divertido, reflexivo como também dentro desse "tudo"
tem espaço pro chato, moroso, feio e estranho.

Se você se permitir nesse livro, garanto que
vai encontrar de tudo. Caso encontre "tudo" como genial e Belo penso duas opções pro leitor: ou é puxa saco ou é mentiroso
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Ju 25/03/2022

Muito bom
Não sou muito fã de poemas, mas alguns de Leminski me encantaram. Creio que foi um ótimo primeiro contato com o gênero nessa nova fase da minha vida, podendo refletir sobre os temas tratados e o sentimento implícito.
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Rafinha.B 22/03/2022

MARAVILHOSO
Eu demorei muito para ler, pois achei que seria uma leitura difícil, mas assim que comecei, fiquei apaixonada.
Um livro que tinha por objetivo apenas me tirar de uma ressaca literária, se transformou em um livro que me fez sorrir, pensar, e acima de tudo, fazer com que outras pessoas lêem também, porque ele é uma obra de arte!

Um dos dos poemas que mais gostei:

"Além alma

meu coração lá de longe
faz sinal que quer voltar
já no peito trago em bronze:
NÃO TEM VAGA NEM LUGAR
pra que me serve um negócio
que não cessa de bater?
mas me parece um relogio
que acaba de enlouquecer.
pra que que eu quero quem chora,
se eu estou tão bem assim
e o vazio que vai lá fora
cai macio dentro de mim?"
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Lore.dossn 22/03/2022

Os livros sabem de cor
milhares de poemas.
Que memória!
Lembrar, assim, vale a pena.

-última leitura para o PAS-UEM???
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