Toda poesia

Toda poesia Paulo Leminski




Resenhas - Toda Poesia


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NAvia.Milena 01/03/2024

"Meu problema só dói quando queima"
"Os dentes aflitos da vida
Preferem a carne na mais terna infância
Quando
As mordidas doem mais e deixam cicatrizer indeléveis
Quando
O sabor da carne ainda não foi estragado pela salmoura do dia a dia
É quando ainda se chora
É quando ainda se revolta
É quando ainda..."

"Quando eu tiver setenta anos então vai acabar adolescência
Vou largar a vida louca e terminar minha livre-docência
Vou fazer o que meu pai quer
Começar a vida com um passo perfeito
Vou fazer o que minha mãe deseja
Aproveitar as oportunidades de virar pilar da sociedade e terminar meu curso de direito
Então ver tudo em sã consciência
Quando acabar a adolescência"
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DaviOhBrabo 11/03/2024

Achei mais ou menos, mas a culpa é minha
Sinto que não aproveitei muito bem a viagem desse livro e com certeza vou voltar a ele mais tarde. Dessa forma, fica difícil defini-lo aqui. Só consegui compreender melhor o autor quando cheguei aos textos finais do livro. Foi minha primeira tentativa no mundo da poesia, mas acho que se tivesse um conhecimento prévio sólido iria compreender melhor. Enfim, vale a pena, mas leia os clássicos primeiro!
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Leticia2513 24/04/2024

Ruim. Talvez eu seja burra demais para entender o autor, mas pra mim foi péssimo. Um ou dois eram até q ok, mas nada demais
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Marcus Oliver 05/06/2024

É difícil falar de um livro que reúne haicais, canções, poemas líricos e concretos (publicados em vida e póstumos), pois cada livro de poesia e cada poema trazem um novo eu lírico, que não são necessariamente o poeta, mas trazem suas próprias cosmovisões e lógicas internas.
O livro reúne os livros: quarenta clicks em Curitiba; caprichos & relaxos; distraídos venceremos; la vie em close; o ex-estranho; winterverso e poemas esparsos.
Com poemas pequenos e médios Leminski traz seu lirismo que à primeira vista parece uma coisa hermética e que é para poucos compreenderem e dialogarem com as palavras do eu lírico, mas uma, duas, três e várias leituras e releituras permite os diálogos do poema com o mundo e a individualidade do leitor. Não se trata de poemas fechados e feitos para poucos entenderem e sim que requerem uma leitura mais atenta e de outros poetas para se compreender que o banal dito não é banal, mas transcendente.
E claro que se deve ter cuidado, pois os poemas mais curtos, em especial os haicais, parecem às vezes serem tão claros quanto o Sol, mas é tão claro que às vezes cega o que devia ser de tão fácil entendimento. Isso ocorre principalmente com poemas que parecem sem sentido, mas seu sentido está na metalinguagem em que o poema fala da própria poesia e do fazer poético, disfarçado com simplicidades do cotidiano e dos sentimentos.
Leminski reúne vários elementos de seu período, os versos livres e longe dos esquemas de rimas e formas fixas (e claro que o poeta fez poemas utilizando as mais complexas técnicas retóricas e métricas); um poeta marginal em embate com os ideais do período ditatorial e o ?bom gosto? da burguesia vigente, trazendo toques de ironia e crítica; a linguagem é a chamada coloquial e próxima da prosa do dia a dia, então Leminski fala como o povo e incorpora as culturas que teve contato (como a polonesa e especialmente com a japonesa) com um jeito brasileiro com extremo requinte.
Leminski traz uma leveza e brinca com a linguagem, trazendo possibilidades com a língua e os recursos que ela oferece, uma musicalidade que passa desaparecida por uma leitura rápida e desatenta. Nem só de brincadeira com a linguagem e os temas dos poemas que vive o poeta, mas também com as formas, mesclando a imagem e o jeito de escrita (uma herança dos Concretistas) em que o poema não precisa ser apenas texto escrito, mas algo imagético também.
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EstAfani.Sandmann 23/06/2024

Samurai e malandro (?)
Leminski, um gênio no uso das palavras, pra fazer rir, pra confundir, mas sobretudo encantar. Brasileiríssimo, não esquece da dor do dia a dia brutal nos seus poemas. Samurai, sabe exatamente o golpe ou a palavra correta pra inserir bem ali no meio do poema e te deixar impactado. Não o considero cruel, tampouco maldito? ele é louco, sim, mas de uma loucura risonha dessas que encanta. Distraídos considerariam simplista cada estrofe. Mas volta lá, lê de novo, adiciona um pouco de pensar sobre ela, você vai descobrir que tem um mundo ali. Que tem um furacão Leminski em cada poema. Ele, no centro, imóvel, você sendo sacudido com violência. ??
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Carolina Del Puppo 16/07/2024

Tudo de bom
Bom, tenho certeza que nenhum comentário vai ser suficiente para falar deste livro, então recomendo que cada um leia sem ler resenhas, e tire suas experiências sem expectativas.
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Heitor211 19/07/2024

Definitivamente singular
A dificuldade em me conectar com essa obra não pode refletir numa percepção negativa, de fato Paulo foi único! sua poesia em constante movimento e volatilidade são de uma sensibilidade sem tamanho

acho que o livro poderia ser mais curto, mas como se chama Toda Poesia e contém vários livros dele, faz sentido o volume
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Millss 04/09/2024

Vida nas linhas
Adorei as poesias e como a vida do Paulo está em casa verso.
O início foi mais empolgante e senti mais dificuldade conforme as páginas foram aumentando?
Algumas poesias tocam an alma, outras não senti tanto.
Mas todas são igualmente belas.
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Marina.Dorisse 25/09/2024

Gosto de Leminski e gostaria de entendê-lo melhor.
Talvez se entendesse, gostaria ainda mais daquilo que escreve.

Uma coletânea póstuma clara e cuidadosamente organizada!
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mariana 11/10/2024

Gente que mantém
pássaros na gaiola
tem bom coração.
Os pássaros estão a salvo
de qualquer salvação.
-

Hesitei horas
antes de matar o bicho.
Afinal,
era um bicho como eu,
com direitos,
com deveres.
E, sobretudo,
incapaz de matar um bicho,
como eu.
-

ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga
ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é pão feito em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não porque não tem asa
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rafa 14/10/2024

Te amo
O melhor de todos sempre, a mente dele é unica. a cada poema que eu leio eu me apaixono mais e mais pela escrita dele
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iara 16/11/2024

3,5 *

realmente, me falta certa sensibilidade pra poesia e é a vida. mas, no geral, foi uma boa leitura, eu já tinha muita vontade de ler leminski por ele ser o maior representante do haikai português e, lendo-o, consegui ver a influência do japonês, de bashō na obra dele, foi uma ótima experiência a partir desse ponto de vista. a proxima coletânea de poesia vai ser da hilda hilst e eu acho que com essa vou me identificar muito mais.
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Jaqueline 21/10/2013

“Toda Poesia”, como seu nome indica, reúne toda a obra poética do grande curitibano Paulo Leminski, um dos homens de letras mais importantes do país. Compositor, poeta, publicitário, biógrafo, professor, escritor, Paulo influenciou artistas e músicos, contribuindo com nomes como Gilberto Gil, Novos Baianos, Caetano Veloso e Moraes Moreira.

A edição da editora Companhia das Letras justifica o hype em torno da obra, que foi lançada no início deste ano e integrou diversas listas de mais vendidos. Com uma capa vibrante, a obra é bem acabada e conta com um excelente trabalho de texto, com diferentes tipologias que ressaltam a composição gráfica de algumas das poesias do autor. Dono de uma visão ímpar sobre as palavras e suas rimas, o poeta tem seu trabalho reunido nas mais de 400 páginas deste livro, que traz seu marcante bigode grosso na capa e uma apresentação da obra escrita por Alice Ruiz S, viúva de Paulo.



tenho andado fraco

levanto a mão
é a mão de um macaco

tenho andado só
lembrando que sou pó

tenho andado tanto
diabo querendo ser santo

tenho andado cheio
o copo pelo meio

tenho andado sem pai

yo no creo en caminos
pero que los hay

hay

(pg. 70)

Leminski consegue ser pop e profundo, ágil e delicado, sutil e voraz. Trabalha com brilhantismo e técnica, raciocínio rápido e uma linguagem ligeira, que não admite excessos – cada poema contém apenas o extremo necessário para ser completa em si mesma. Trabalhador árduo da literatura, Leminski admite todo o esforço físico e criativo da escrita, passando longe da frivolidade de quem admite o trabalho poético como simples “expressão da alma”.
Culto e intenso, o autor brinca com as palavras, suas origens e seus significados, como em “overture la vie em close”, poema que integra o livro “La vie en close”, uma das minhas seções prediletas de “Toda Poesia”. Vale a pena ler esta obra devagar, abrindo uma página ao acaso e seguindo os trilhos de Paulo Leminski. Se você ainda não teve o prazer de ler “Toda Poesia”, faça-o imediatamente!

estupor

“esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a dividar
quando eu devia crer

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir”
(pg. 249)



site: http://up-brasil.com/resenha-de-livro-toda-poesia-paulo-leminski/
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Rafa 03/09/2014

Toda Poesia
Leminski foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro e faixa preta em Judô. Um poeta nato do qual o leitor vai poder ler todas as suas poesias já publicadas.

O livro foi lançado pela editora Companhia das Letras em 2013, pelo nome já diz tudo Toda Poesia contem tudo que Leminski já publicou em vida, o livro possui um belo trabalho de diagramação e a cor da capa é bem chamativa e da um destaque a mais quando você está levando ele para qualquer lugar, destaca-se o bigode desenhado na capa do livro, marca registrada de Paulo Leminski.

A forma de escrita do autor é bem simples e muitas vezes curtas, em poucas linhas Leminski consegue fazer o leitor se emocionar, refletir e viajar em suas poesias no livro encontramos poéticas visuais e Haikais. O leitor vai poder encontrar poesias de diversas formas e temas, como por exemplo: amor, vida, alegrias, medos, esperança e etc.

Cada livro recebe uma pequena introdução dizendo o ano em que foi publicado e por qual editora, recomendo você ler esse livro em um final de semana para você curtir cada poesia escrita e aproveitar o final de semana da melhor maneira possível que é lendo.

site: http://www.livreando.com.br/2014/09/resenha-toda-poesia.html
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Deyse 26/09/2014

Algumas poesias são lindas e me doem na alma, mas outras, confesso, não consegui absorver a essência. Sei que isso é problema meu, não do autor, mas não consigo gostar inteiramente de um livro se não me identifico ou simpatizo com ele.
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