Tocando o vazio

Tocando o vazio Joe Simpson




Resenhas - Tocando o vazio


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Soninha 05/09/2023

Desesperador.
Em 1985, Simon e Joe, decidem escalar o Siula Grande, a 6300 metros de altitude, pela face Oeste, nunca antes conquistada, nos Andes Peruanos. O que começa como uma aventura eletrizante, cheia de beleza, descobertas e o desejo de serem os primeiros a realizar essa façanha, se transforma em pesadelo para os dois, ao descobrirem que o difícil não seria a subida do monte, mas sim, a descida. Os amigos se vêem em situação de extrema dificuldade e terão que se separarem, mediante uma decisão difícil, na tentava de sobreviverem . Gostei muito da escrita de Joe, que relata os momentos de desespero vivenciados no cume. Primeiro livro com essa temática, achei que seria entediante, mas descobri durante a leitura, que sentimos na pele um pouco da angústia dos dois amigos. Resistência, dor, superação e amizade, representam esse livro. Recomendo.
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Talita.Lobo 03/09/2021

Intenso
Tocando o vaZio é um livro surpreendente. Como ?primeira? proposta é um livro sobre montanhismo. Um livro que se propõe a falar de aventura, adrenalina, desafios, planejamento, superação?.. um mundo muito distante do meu (não apenas pela questão do esporte, mas pelo cenário de montanha, neve, acampamento). Para além da aventura inicial o livro narra, em primeira pessoa, um acidente mortal. Para além dos desafios e superações que uma expedição como essa se propõe o livro narra sobre questões existenciais, sobre O desafio de se manter vivo, o desafio de guiar o corpo e a mente em busca da sobrevivência. O livro também fala sobre amizade, sobre as dificuldades de ser livre para tomar as decisões mais difíceis que a vida pode te propor, sobre a pequenez humana.
Foi uma leitura que me absorveu, que me deixou curiosa, que me deixou impactada, que me trouxe inúmeras reflexões e ?lições?. São muitas questões apresentadas de uma forma real, humana, por que não paradoxal?
Gostei da leitura, gostei do final, gostei das reflexões do autor no final do livro.
Joao 03/09/2021minha estante
Nossa, adorei sua resenha. Fiquei bem curioso até porque já ouvi falar bem do autor


Talita.Lobo 03/09/2021minha estante
Eu gostei muito do livro. É um relato de um fato real, de uma tragédia vivida pelo autor, mas a narrativa contém um conteúdo nas entrelinhas muito interessante. A discussão chave da história é bastante forte. Daquelas situações que não tem certo ou errado na vida. De verdade, eu achei bem legal ?


Joao 03/09/2021minha estante
Entendi. Particularmente eu gosto muito desse estilo de escrever. Com certeza vou procurar ler :D




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Valéria 01/09/2020

Tocando o vazio é um relato surpreendente de uma queda |nao se prenda a queda real|. É um livro que emociona pelas questoes filosóficas. O amigo que olhando nos seus olhos, corta a corda e te desprende para a morte, a certeza de que não haverá amanhã num aconchego envolvente com a morte, as dores lancinantes em meio a uma paisagem deslumbrante, confundindo medo e esperança. A consciência voltando num olhar espantado de um caminho à frente. A obstinação dos loucos diante do impossivel...a certeza de um único objetivo, provocando o movimento, viver.
Não se pode pensar que a experiência por si é o que transforma a vida. A transmutação ocorre na clareza dos sentidos, naquele instante em que se percebe o que é importante, o que intolerável, do que não vale seu tempo, seu empenho, sua sanidade, sua dignidade.
Paralelamente há aquele que cortou a corda. É leviano dizer que foi um ato de egoismo, visto que era a decisão racional. Mas, o peso da culpa o teria matado, caso o outro não sobrevivesse.

Lembrei Clarice com "Onde estivestes de noite":
"É tão vasto o silêncio da noite na montanha. É tão despovoado, frágil ponto que nos liga ao improvável dia de amanhã. Como ultrapassar essa paz que nos espreita. Silêncio tão grande que o desespero tem pudor (...) é um silêncio que não dorme, é vazio, sem promessa..."

E me permito dar outro fim ao contar de Clarice; encontrar-se com este vazio, neste imenso silêncio, é vermo-nos despidos diante de nós, exigindo-nos um movimento, ainda que este seja ficar imóvel.
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Jis Rocha 20/06/2020

Tocando o Vazio é um relato detalhado em que o próprio autor Joe Simpson conta quando em 1985 em uma cordilheira no Peru sofreu um acidente no meio das montanhas geladas e sozinho teve que lutar contra o frio, fome, desidratação, uma perna quebrada e todos os perigos que o gelo tem.
Um livro desesperador que não consegui parar até finalizar.
Recomendo.
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Joy 14/05/2020

Você conseguir sentir na pele o sofrimento...
Comecei a ler o livro sem muita fé de que iria terminar, na verdade, comprei o livro só pra fechar um pacote que estava em promoção... Mas me surpreendi com a escrita e com a história! O livro começa de forma entediante, é difícil continuar a leitura, até que mais ou menos na centésima página do livro o jogo muda e a
história fica envolvente demais!! É agonizante a leitura (no bom sentido rsrs), a forma como ele descreve o sofrimento que passou pra chegar até o Simon novamente.... Recomendo muito o livro!
@laara_reading 18/06/2020minha estante
Abandonei o livro porque a leitura se arrasta muito pra chegar em uma parte interessante...




claudio.louzd 07/05/2020

No segmento, é perfeito, merece meu 10. Aventura, História Real, Escalada, Montanhismo, Gelo.
No segmento, é perfeito, merece meu 10.
Relata a história de dois escaladores que enfrentaram sérios problemas quando foram os primeiros a conquistar o pico do Siula Grande, no Peru, em 1985.
A epopeia deles é algo e é muito bem narrada nesse livro que foi sucesso de vendas.
Para quem gosta do gênero, é obrigatório. De ler rápido como um rapel de 30 metros...
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almeidalewis 02/05/2020

Uma história
Apesar de ser escrito por um alpinista recomendo uma descrição de um não alpinista profissional também ( o meu Everest ) aí vai entender o que quero dizer
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ianagrecco 19/03/2019

Impressionante!
Achei a leitura um pouco arrastada no início, talvez por ser completamente leiga no assunto do montanhismo. Diversas vezes tive que consultar o glossário ao fim do livro - que foi de grande ajuda -, mas, mesmo assim, nem sempre conseguia visualizar o cenário que os personagens enfrentavam. Eu não conhecia NADA da história e gostaria de ter lido o livro sem saber do final, que é anunciado já na sinopse no verso do livro. Porém, lendo o relato do autor ao final do livro, eu entendi por que os fatos são expostos ainda de antemão. Além do mais, para quem já conhece a história não haveriam grandes surpresas de qualquer forma. Mesmo sabendo do que aconteceu, a leitura dos capítulos que narram o acidente em diante é impressionante e a gente não querer parar de ler, queremos saber como os acontecimentos se desenrolam. A narrativa do autor da dor sentida é angustiante e causa muito desconforto, a gente consegue sentir a angústia e a aflição. Gostei muito que o livro apresenta a visão dos dois montanhistas, mas senti falta de uma aproximação maior com o Simon. Depois, pesquisando a história, fiquei triste ao ver que eles não mantiveram muita amizade por muito tempo. De qualquer forma, um livro impressionante, por vezes inacreditável e que nos mostra quão longe pode chegar o instinto humano de sobrevivência. Vale muito a leitura!
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Celaro 26/07/2016

Cortar ou não a corda: eis a questão!
Um relato bem real, do tipo que deixa o leitor agoniado a cada frase, a cada passo do personagem na luta pela vida. Dois montanhistas partem para uma escalada inédita para atingir o topo da montanha Siula Grande pela face oeste, na cordilheira Huayhuash, no Peru. Na descida um acidente deixa Joe inapto a caminhar. Lutam os dois para seguir descendo, até que uma importante decisão precisa ser tomada por Simon: cortar ou não a corda que sustenta Joe, suspenso sobre o vazio.
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Eduardo 24/03/2015

Um dos melhores relatos de sobrevivência
Em meio a gretas, morainas, boulders e bivaques, o livro me fez pensar e compreender um pouco a situação psicológica das pessoas assoladas pelo perigo eminente.

A narração em primeira pessoa de Joe, um alpinista inglês que, acompanhado de seu parceiro Simon, objetivam ser os primeiros montanhistas a escalar o pico de Siula Grande pelo lado oeste, nos leva a acompanhar cada perigo físico e psicológico da aventura.

O início do livro é um pouco desestimulante, com tantas palavras próprias ao alpinismo, o glossário é essencial mas ao mesmo tempo ineficaz em imaginar este mundo.

Após alcançarem o topo do pico, a -20ºC encarando tempestades de neve, os alpinistas percebem que a parte mais difícil será a descida.

Enfrentando o vazio, um pedaço de terra onde o céu e o chão se fundem em uma só cor, os alpinistas precisam a todo momento decidir qual caminho tomar sem imaginar o que virá a dois metros adiante.

É durante esta descida que o gelo se parte, Joe acaba caindo de uma parede e quebrando o joelho direito.

Com a panturrilha solta do restante de sua perna, e, a mais de cinco mil metros de altitude a morte é dada como certa.

Neste momento o autor começa a descrever com detalhes estarrecedores cada pensamento seu, como o medo da reação de seu parceiro quando souber do ferimento. Será que Simon irá abandoná-lo, o mais prudente, ou tentar salvá-lo.

O mais chocante, é perceber que a própria esperança de viver se torna um dos seus maiores inimigos. A falta inicial de esperança faz Joe criar uma coragem negligente, capaz de levá-lo de volta ao topo da parede sem perceber o perigo.

Porém quando esta esperança e o otimismo retornam, acabam trazendo consigo o temor de cada passo, o medo da queda, a dor física, e o pânico ao imaginar quais serão as decisões de Simon.

Li em diversos relatos de guerra, que o fato de aceitar a morte e perder a esperança, ajudou muitos heróis a surgirem. Foi apenas com Joe que conseguir entender de fato a situação.

Quando não há mais o que perder, o que custa se arriscar?
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Gustavo Araujo 11/07/2013

A Filosofia da Montanha
O desejo inexplicável que acomete algumas pessoas de chegar no topo de uma montanha, simplesmente porque ela “está lá”, para usar a conhecida explicação de George Mallory, tem sido explorado com frequência pela literatura de aventura. Começou com o clássico Annapurna de Maurice Herzog, passando pelos fantásticos relatos que misturam a filosofia de vida e façanhas inigualáveis de Reinhold Messner, chegando, por fim, às trágicas experiências narradas por John Krakauer em “No Ar Rarefeito”.

Em comum, todas essas obras têm como contexto a busca de homens e mulheres pela superação de adversidades, de ambientes inóspitos, e de seus próprios medos, mesmo nas condições mais difíceis. Olhar a morte nos olhos e viver para contar.

O relato constante de “Tocando o Vazio” não foge a essa regra. Porém, vai mais longe que qualquer obra precedente do gênero.

Em 1985, o britânico Joe Simpson e seu companheiro de escalada Simon Yates decidem escalar nos Andes Peruanos. Esbanjam confiança, entusiasmados como nunca com a expectativa de conquistar montanhas tão perigosas e ermas quanto belas.

A chegada ao topo do Monte Siula Grande, de 6.344m, é extenuante, temperada por momentos difíceis e desafiadores, que exigem doses extras de coragem e técnica apurada. Exatamente como ambos preveem e, de certa forma, desejam. Na descida, porém, algo impensável acontece: Simpson quebra a perna. Numa escalada de alta montanha isso pode soar como um atestado de óbito. A lei não escrita dos montanhistas é fria, inclemente, mas, diz-se, necessária: aquele que não tem condições de avançar deve ser deixado para trás, sob pena de comprometer a segurança e a vida dos demais integrantes da equipe.

Simpson sabe disso. Yates também. Mesmo assim, tentam descer juntos, com Yates arriscando-se a todo instante em meio à nevasca que castiga a montanha para ajudar o companheiro. O Siula Grande é escarpado e íngreme ao extremo. Descer sozinho já é uma proeza técnica para poucos. Carregar outra pessoa nessas condições beira o suicídio. Com a escuridão e a tempestade de neve cada vez pior, ambos percebem que só resta uma opção: Joe está condenado. Para ter chances de sobreviver, Simon deve partir.

Com o remorso consumindo cada molécula de seu ser, Yates corta a corda que os une e desparece montanha abaixo, sabendo que ele próprio terá uma tarefa extremamente árdua para chegar ao acampamento na base da montanha.

Simpson se vê sozinho com a morte à espreita. Não se entrega ao desespero, porém. Começa travar consigo mesmo uma guerra psicológica. Passa a rastejar e a escorregar pelas escarpas, lutando contra as dores lancinantes. O progresso é lento, mas ele se se agarra com todas as forças à esperança, permitindo-se pensar que, afinal, há uma chance. Até que cai em uma fenda. Com esforço sobre humano consegue se puxar para o exterior. A essa altura, faminto, fraco e atacado por hipotermia, pensa em desistir. De repente, vislumbra um caminho em meio à tempestade que, mesmo em suas condições terríveis, pode significar a salvação.

Enquanto isso, de volta ao acampamento, Yates é acossado por uma sensação de impotência, de arrependimento e tristeza. Por fim, resignado, convence a si mesmo que o companheiro está irremediavelmente morto, incapaz de se locomover numa montanha como aquela, e ainda mais naquelas condições climáticas. É hora de se preparar para partir.

Simpson avança vagarosamente, dominado todavia por um sentimento de urgência crescente, ciente de que em breve Simon levantará acampamento. Se não puder alcança-lo, terá sua morte definitivamente decretada.

Pela manhã, Yates está pronto para deixar a região. Em meio à chuva, julga ouvir um chamado, quase um lamento.

“Tocando o Vazio” é uma história de sobrevivência sem paralelos brilhantemente escrita e que leva o leitor – em meio a uma leitura compulsiva – a se perguntar o que faria em uma situação tão dramática como a vivida por Simpson e Yates. Abandonar o outro? Resignar-se e aceitar a morte? De onde tirar forças para vencer o maior medo de todos?

Um épico que trata de questões filosóficas e que ao mesmo tempo aborda o que há de mais valoroso no ser humano. Coragem, amizade e bravura.

Imperdível.

site: http://pontopacifico73.com/2013/07/11/tocando-o-vazio-resenha/
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Clif 30/06/2009

emocionante...
Dramático...
dá pra sentir a agonia do personagem na tentativa de sobreviver!!!!
o filme/documentário (Desafio Vertical) tbm é legal mas ñ se compara ao livro.
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